ASMA AGUDA Flashcards

(36 cards)

1
Q

definição de asma

A

Doença crônica das vias aéreas caraterizada por:
* Obstrução ao fluxo aéreo reversível (embora não completamente em alguns pacientes) espontaneamente ou com tratamento;
* Inflamação em que muitas células têm um papel importante, em particular mastócitos e eosinófilos;
* Aumento da reatividade das vias aéreas a uma variedade de estímulos (hiperresponsividade brônquica = HRB);
* Manifestando como episódios recidivantes de sibilância, dispnéia, aperto no peito e tosse, particularmente à noite e pela manhã ao acordar.

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2
Q

fisiopatologia

A

EDEMA + CONTRAÇAO DA MUSCULATURA LISA BRONQUICA + HIPERSECREÇAO DE MUCO -> OBSTRUÇAO

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3
Q

sinais e sintomas na anamnese e exame fisico que sugere asma

A

Anamnese completa
Sintomas que sugerem o diagnóstico:
• Episódios frequentes de sibilancia
• Tosse induzida por exercício, choro ou riso
• Tosse induzida por alergenos e não apenas em episódios virais (dd com rinite)
• Tosse noturna sem resfriado (dd com sinusite - gotejamento posterior ao deitar)
• Duração dos sintomas mais que 10 dias
• Sintomas que se repetem após os 3 anos
• Melhora de episódios anteriores com uso de B2 agonistas e coritcosteroides

• Realizar exame físico cuidadoso
- Sibilancia
- Classificação da gravidade do episódio avaliado
- tempo expiratorio prolongado

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4
Q

criterios para risco de asma aos 6 anos

A

Lactente com idade ≤ 3 anos tem SR (sibilancia recorrente 3 a 4 episódios no ultimo ano) + 1 critério > ou 2 <s tem 9,8 vezes mais chance de asma aos 6 anos

obs: quando um lactente < 3 anos com sibilancia de repetiçao, nao necessariamente

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5
Q

criterios de prediçao de asma futura

A

IPA modificado

criterios maiores
- pai ou mae com asma
- dermatite atopica
- sensibilizaçao a um ou mais aeroalergenos

criterios menores
- sensibilizaçao alergico a leite, ovo ou amendoim
- sibilancia nao associada a infecçoes virais
- eosinofilia maior que 4%

IPA original

criterios maiores
- pai ou mae com asma
- dermatite atopica

criterios menores
- rinite alergica
- sibilancia nao associada a infecçoes virais
- eosinofilia maior que 4%

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6
Q

diagnostico de asma

A

antes dos 8 anos: quadro clinico sugestivo, bronquiolite de repetiçao

depois dos 8 anos: espirometria

Lactentes (0 a 2 anos): deve-se avaliar a persistência dos sintomas, que é um indicador de gravidade.
Avaliar se o lactente apresentou sibilância na maioria dos dias nos últimos 3 meses:
- Se sim, este lactente deve ser diagnosticado como SIBILANTE PERSISTENTE, após exclusão cuidadosa de outras causas.
- Se não, ou seja os sintomas são intermitentes (recorrentes), deve-se avaliar a histórico de uso prévio de corticóide sistêmico e hospitalização para caracterizar a gravidade.

Pré-escolares (3 a 5 anos): a chave para diferenciar o fenótipo é a persistência de sintomas no último ano:
- Se sintomas desaparecem completamente entre os episódios e, normalmente, seguem-se a um
resfriado, o diagnóstico mais apropriado é ASMA INDUZIDA POR VIRUS.
- ASMA INDUZIDA PELO EXERCÍCIO também pode ser um fenótipo.
Pesquisa de sensibilização a alérgenos específicos (teste cutâneo ou IgE específica) podem ser solicitados (quando disponíveis), e deve-se observar se há associação entre a exposição a alérgenos e o aparecimento de sintomas.
Se positivos, os testes ou a associação, o fenótipo é ASMA ATÓPICA OU ALÉRGICA.
Se ausentes, pode-se dizer que é ASMA NÃO-ATÓPICA; mas a interpretação deve ser cautelosa, pois a sensibilização poderá ocorrer posteriormente.

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7
Q

epidemiologia da evoluçao da asma

A

Estudos epidemiológicos têm empregado a persistência da sibilância ou a sua recorrência (três ou mais episódios) no lactente como sinônimo de asma.
• A Sibilancia Recorrente (SR) representa problema significativo de saúde pública, sobretudo em países em desenvolvimento.
• A prevalência de sibilância nos primeiros 3 anos de vida pode chegar a 50% (pelo menos um episódio por lactente).
• 60 a 70% dos lactentes que sibilam nos primeiros anos de vida, não sibilam mais após os 3 anos.
• Metade dos casos de asma persistente se iniciam antes dos 3 anos e 80% antes dos 6 anos.
• Entre 1 e 6 anos, já pode haver perda de função pulmonar. • A gravidade da asma no adulto tem correlação com a gravidade da asma na infância.

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8
Q

anamnese em caso de crise asmatica

A

historia clinica
Anamnese dirigida enquanto providencia o tratamento; • Crise atual: duração dos sintomas; fatores desencadeantes; sintomas infecciosos; uso de medicações para crise e últimas doses.
• Melhor Pico de Fluxo Expiratório (PFE) ; • Medicações de manutenção; • Crises anteriores: data da última crise; frequência das crises; última internação por asma e necessidade de intubação e internação em CTI.

investigar o que desencadeia a asma
Resposta à exposição a um agente externo :
• Infecções respiratórias virais • Exposição a alérgenos, por exemplo pólen , pó de soja, esporos de fungos • Alergia alimentar • Poluição do ar • Mudanças sazonais e / ou retorno à escola • Má adesão
• um subconjunto de pacientes apresenta exacerbação sem exposição a fatores de risco conhecidos .
• Podem ocorrer exacerbações graves em pacientes com sintomas leves ou bem controlados de asma

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9
Q

conduta de acompanhamento de criança asmatica e objetivo do acompanhamento

A
  • Rx de tórax - para excluir mal formações, fibrose cística, tuberculose, hiperinsuflação.
    • Pesquisa de sensibilização a alergenos
    • PFE < 80% - sugere obstrução de vias aéreas
    • Espirometria

O Objetivo do acompanhamento é o controle das exacerbações

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10
Q

exame fisico em caso de crise de asma

A

• Vias aéreas superiores e inferiores: • Impressão clínica geral; • Estado mental; • Frequência respiratória (FR); • Frequência cardíaca (FC); • Dispnéia; • Fala;
• Uso de musculatura acessória; • Ausculta pulmonar; • PFE; • Saturação de oxigênio (Sat O2), • Pressão parcial de oxigênio (PaO2) e • Pressão parcial de gás carbônico (PaCO2).

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11
Q

6 primeiros passos do manejo em caso de crise asmatica

A
  1. Decúbito elevado
  2. Hidratação conforme situação hídrica do paciente
  3. Dieta conforme avaliação do desconforto respiratório
  4. Ambiente: calmo, organizado, manuseio mínimo, presença dos pais é importante se possível.
  5. Monitorização
  6. Oxigênio
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12
Q

tratamento com oxigenioterapia em caso de crise asmatica

A

❖ PRIMEIRO PASSO -> Oxigenioterapia:
* SatO2 ≥ 95%.
* FiO2 entre 50 e 60% em geral é suficiente para obter uma PAO2 >70mmHg. – MAS IDEAL É MANTER ENTRE 80 E 100 MMHG
* Ação broncodilatadora por efeito direto.
* Cateteres nasais, máscaras faciais, campânulas ou tendas, VNI, VM

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13
Q

tratamento farmacológico da crise asmatica

A

❖Broncodilatadores de curta ação:
* Β2 - agonistas de curta ação são o sustentáculo do AAA;
* Agentes mais utilizados na Brasil são salbutamol, fenoterol e terbutalina.
* Nebulímetros a jato (com droga veiculada em 3-4 ml de solução salina, com fluxos de 6-8 litros de oxigênio)
* Inaladores pressurizados dosimetrados (sprays) com espaçadores.
- fenoterol faz diminuição do potassio

❖Corticóides (moderado ou grave ou caso leve com uso previo de corticoide (pelo menos 1 dose)):
Os corticóides sistêmicos (CS) devem ser usados precocemente.
* Os mesmos reduzem a inflamação, aceleram a recuperação, reduzem recidivas e hospitalizações e diminuem o risco de asma fatal.
* Via oral ou intravenosa tem efeito clínico equivalente. * Não existem evidencias que suportem a utilização dos corticosteroides inalatórios (CI), em substituição aos corticosteroides orais e ou parenterais, no tratamento de crises de asma na população pediátrica.

Drogas alternativas:
❖Brometo de ipratrópio:
* O brometo de ipratrópio (BI) é um agente anticolinérgico que produz broncodilatação dentro de 20 - 30 minutos
* Nas exacerbações mais graves, pode ser empregado em doses repetidas, administrado conjuntamente com um β2-agonista de curta ação;
* Pode ser utilizado de forma intermitente frequente (a cada 20 minutos) em associação às drogas β2-agonistas, por 1-2 horas( 3-6 nebulizações), na tentativa de diminuir a necessidade de admissão hospitalar.
- grave: B2 + brometo de ipratropio
- muscarinico
- apos estabilizar, retirar e ficar ao com o B2

❖Sulfato de magnésio:
* Indicado nas exacerbações muito graves, sem resposta ao tratamento usual.
* Quando favorável, a resposta terapêutica ocorre em 1-2 h após a infusão de dose única de sulfato de magnésio intravenosa
- mantem o calcio fora da celula -> aumenta o periodo de relaxamento do musculo
- em bomba de infusao em 30-40 min
- risco de PCR

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14
Q

classe dos Broncodilatadores de curta ação:

A
  • Β2 - agonistas de curta ação são o sustentáculo do AAA;
  • Agentes mais utilizados na Brasil são salbutamol, fenoterol e terbutalina.
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15
Q

efeito adverso relevante do fenoterol

A

fenoterol faz diminuição do potassio

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16
Q

indicação do uso de corticoide em caso de crise asmatica

A

moderado ou grave ou caso leve com uso previo de corticoide (pelo menos 1 dose

17
Q

benefício do uso de corticoide em caso de crise asmatica

A

Os mesmos reduzem a inflamação, aceleram a recuperação, reduzem recidivas e hospitalizações e diminuem o risco de asma fatal.

18
Q

classe e mecanismo de ação do brometo de ipratrópio (BI) em caso de crise asmatica

A

O brometo de ipratrópio (BI) é um agente anticolinérgico que produz broncodilatação dentro de 20 - 30 minutos

19
Q

indicação de brometo de ipratrópio em caso de crise asmatica

A

Nas exacerbações mais graves, pode ser empregado em doses repetidas, administrado conjuntamente com um β2-agonista de curta ação;

20
Q

modo de uso do brometo de ipratrópio (BI) em caso de crise asmatica

A

Pode ser utilizado de forma intermitente frequente (a cada 20 minutos) em associação às drogas β2-agonistas, por 1-2 horas( 3-6 nebulizações), na tentativa de diminuir a necessidade de admissão hospitalar.
- grave: B2 + brometo de ipratropio
- muscarinico
- apos estabilizar, retirar e ficar ao com o B2

21
Q

indicação de sulfeto de magnesio em caso de crise asmática

A

Indicado nas exacerbações muito graves, sem resposta ao tratamento usual.

22
Q

tempo para que ocorra a resposta terapeutica do sulfeto de magnesio em caso de crise asmática

A

Quando favorável, a resposta terapêutica ocorre em 1-2 h após a infusão de dose única de sulfato de magnésio intravenosa

23
Q

mecanismo de ação do sulfeto de magnesio em caso de crise asmática

A

mantem o calcio fora da celula -> aumenta o periodo de relaxamento do musculo

24
Q

modo de uso do sulfeto de magnesio em caso de crise asmática

A
  • em bomba de infusao em 30-40 min
25
efeito adverso do sulfeto de magnesio em caso de crise asmática
risco de PCR por manter o calcio fora da celula -> aumenta o periodo de relaxamento do musculo
26
posologia da prednisona ou prednisolona em caso de crise asmatica
dose de 1 a 2 mg/kg/dose por via oral dose máxima de 60 mg
27
posologia da metilprednisolona em caso de crise asmatica
dose de 0,5-1 mg/kg/dose a cada 4-6h por via EV dose máxima de 60 mg
28
posologia da hidrocortisona em caso de crise asmatica
dose de 2-4 mg/kg/dose a cada 4-6h por via EV dose máxima de 250 mg
29
posologia do brometo de ipatrópio em caso de crise asmatica
0,125 mg (0,5 ml) até 10kg a cada 20 min por 3 doses 0,250 mg (1 ml) acima de 10 kg a cada 20 min por 3 doses
30
posologia do sulfato de magnésio em caso de crise asmatica
25-75 mg/kg via EV, na dose máxima de 250 mg diluir a uma concentraçao de 60 mg/ml (máximo de 200 mg/ml)
31
tempo para avaliação da resposta terapêutica em caso de crise asmatica
A avaliação da resposta terapêutica deve ser realizada 30-60 min após o tratamento inicial, com reclassificação da gravidade da criança
32
critérios de internação hospitalar em caso de crise asmatica
Persistência de Sat O2 < 92% após tratamento inicial com broncodilatador é uma das indicações de hospitalização. Os critérios de internação devem ser menos rígidos para os pacientes com problemas socioeconômicos, em especial aqueles sem condições de tratamento domiciliar adequado ou com dificuldade de acesso a tratamento hospitalar.
33
indicação de tratamento em domicílio em caso de crise asmática
Os pacientes com boa resposta ao tratamento que não apresentam sinais de gravidade, com SatO2 > 95% e que atingiram PFE ou VEF1 ≥ 70% do valor previsto podem ser liberados para o domicílio.
34
critérios de internação em UTI em caso de crise asmatica
- A deterioração progressiva ou a manutenção dos critérios de exacerbação muito grave apesar do tratamento adequado, bem como a necessidade de ventilação mecânica ou a ocorrência de parada cardiorrespiratória compõem critérios para a transferência para uma UTI - melhora minima o piora do PFE após BD - PaO2 < 60 mmHg ou queda da SatO2 91% a deseito de oxigenioterapia - PaCO2 > 40 mmHg - exaustão ou respiração débil, confusão ou sonolencia, inconsciencia - PCR
35
critérios de alta em caso de crise asmatica
- Educação do paciente e familiares sobre o manejo da doença; - Se necessário encaminhar ao especialista, devendo ser acompanhamento com o Pediatra Geral; - Orientar sobre a continuidade do tratamento anti-inflamatório de manutenção. Se julgar necessário, iniciar o tratamento medicamentoso de manutenção; - Checar técnica inalatória; - Evitar fatores desencadeantes de crises – orientar controle ambiental; - Usar Prednisona/Prednisolona na dose de 1 a 2 mg/Kg/dia (máx. 60 mg) por 3 a 5 dias no total, salvo em exacerbação muito leve.
36
critérios de alta do pronto socorro em caso de crise asmatica
- ß2-agonista de ação rápida por até 72 horas após desaparecimento da sibilância a cada quatro a seis horas; - Orientar sobre a continuidade do tratamento anti-inflamatório de manutenção; - Prescrição de prednisolona ou prednisona oral, 1 a 2 mg/kg/dia, máximo de 40 mg, por três a cinco dias para crianças se utilizamos CI - Uso correto de dispositivos; Evitar fatores desencadeantes das crises.