DERMATOSES Flashcards
(105 cards)
tratamento da dermatite de contato
Hidrocortisona a 1% e imunomoduladores tópicos (tacrolimo e pimecrolimo) são utilizados para
controlar o processo inflamatório, e o ácido salicílico 3 a 5% em creme ou xampu para retirar as
escamas.
Para casos leves de crosta láctea, pode ser realizada a aplicação de emolientes antes do banho,
seguida de escovação e lavagem no intuito de facilitar a queda das escamas graxentas do couro
cabeludo.
dermatite de fraldas, a limpeza suave, evitando lenços umedecidos e produtos perfumados, e o uso frequente de cremes de barreira podem minimizar a dermatite, assim como a troca frequente da fralda.
tratamento da dermatite seborreica
- Agentes antifúngicos como cetoconazol e sulfeto de selênio podem ser adicionados ao tratamento da
DS. - O cetoconazol a 2%, em
xampu, 2 vezes/semana por
até 8 semanas, e o sulfeto de
selênio xampu 2
vezes/semana, são efetivos. - Xampus ceratolíticos com
derivados do alcatrão a 4% e
seus derivados e o piritionato
de zinco a 1% favorecem a
descamação, diminuem a
produção de sebo e possuem
propriedades antifúngicas.
agente etiológico da larva migrans/bicho geográfico
erupção cutânea autolimitada causada pela penetração e migração das larvas do Ancylostoma caninum (cachorro) e do Ancylostoma braziliensis contidas nas fezes de cães e gatos
A contaminação se dá principalmente pelo ovo ou pela larva presente na terra de parques e jardins e na areia das praias.
A larva penetra ativamente na pele formando uma pápula pruriginosa.
tratamento da da larva migrans/bicho geográfico
- No caso de poucas lesões (menos que 5), pode-se utilizar um
- creme de tiabendazol a 5%, 2 vezes/dia, por 2 semanas;
- albendazol (crianças maiores de 2 anos) 400 mg, em dose única oral, e repetir 7 dias depois.
- Nos casos mais extensos ou nas formas disseminadas
- 1 dose/dia, por 3 dias consecutivos;
- tiabendazol oral 25 a 50 mg/kg/dia, a cada 8 horas, durante 5 a 10 dias;
- ivermectina oral 200 mcg/kg em dose única, repetida 7 dias depois.
agente etiológico e via de transmissão da escabiose
É uma doença contagiosa causada pelo Sarcoptes scabiei variedade hominis e transmitida pelo contato direto pele a pele com pessoas infectadas, sendo descrita a transmissão por roupas e, mais raramente, por outros fômites.
O início da doença é insidioso, com aparecimento de lesões papulovesiculares eritematosas e pruriginosas, com prurido principalmente noturno.
tratamento da escabiose
As terapêuticas atuais são:
- Enxofre precipitado a 10% em creme, loção cremosa ou vaselina sólida.
Indicado para crianças menores de 2 meses
aplicado 1 vez à noite, do pescoço para baixo, durante 3 noites consecutivas, com repetição do tratamento após 7 dias de intervalo sem utilizar a medicação.
A medicação deve ser manipulada, pois não existe produto comercialmente disponível. - Permetrina em loção cremosa a 1 ou 5%
aplicada 1 vez, deixando agir durante 8 a 12 horas, com reaplicação após 1 semana, sendo que essa repetição evita, inclusive, a reinfestação.
É segura a partir dos 2 meses de idade. - Deltametrina loção a 20 mg/100 mL.
Aplicação 1 vez/dia durante 5 dias. - Ivermectina:
200 mcg/kg em dose única
indicada para crianças com peso maior de 15 kg.
Ela atua unindo-se seletivamente aos canais de GABA e causa a morte do parasita por paralisia muscular e inanição.
Seu uso é seguro em humanos, pois não atravessa a barreira hematoencefálica.
Por seu mecanismo de ação, não atua sobre os estágios jovens do parasita, recomendando-se uma segunda dose 10 a 15 dias após.
orientações importantes em caso de escabiose
Orientações gerais
- Lavar as roupas com água quente ou expô-las ao sol e passar com ferro quente;
- tratar os familiares, independentemente de a sintomatologia estar presente;
- informar aos familiares sobre a possível continuação do prurido por algum tempo após o tratamento, para evitar o uso excessivo ou prolongado das medicações escabicidas e suas consequências.
definição de nodulo escabioso
- Representa uma reação imunológica de hipersensibilidade do hospedeiro ao parasita, aos seus resíduos ou aos seus antígenos, e ocorre geralmente após o tratamento.
apresentação clínico do nódulo escabioso
- Apresenta-se como nódulo ou nódulos eritematosos intensamente pruriginosos localizados em qualquer área do corpo, com preferência pela genitália masculina e pelas axilas; são de resolução demorada.
tratamento do nódulo escabioso
O tratamento é sintomático com anti-histamínicos e utilização de corticosteroide oclusivo, não sendo necessário o tratamento específico da escabiose se este já tiver sido realizado
definição de impetigo
Esta forma de piodermite superficial que não forma cicatrizes apresenta-se sob duas formas clínicas: o impetigo não bolhoso ou crostoso e o impetigo bolhoso. A forma crostosa é a mais frequente, correspondendo a quase 70% dos casos.
- Infecção cutânea superficial apenas epiderme
*Causado por cocos Gram positivos
agente etiológico do impetigo crostoso
O S. aureus, sozinho ou em combinação com o estreptococo beta-hemolítico do grupo A, é responsável pela quase totalidade dos casos, sendo o S. aureus o agente mais recuperado de forma isolada.
Impetigo não-bolhoso = Streptococcus beta
hemolítico do grupo A de Lancefield
* * Às vezes associado ao S. aureus
quadro clínico do impetigo crostoso
A lesão inicia-se com uma vesícula ou pústula sobre uma base eritematosa, que se rompe com facilidade e cujo
ressecamento dá origem a uma crosta aderente e amarelada, também descrita como “melicérica”
A linfadenopatia regional é comum, sendo um indicativo da presença de Streptococcus nesses casos, e pode surgir febre nos casos em que houver complicação do impetigo.
vesícula
↓
bolha densa
↓
crosta
↓
exulceração
(queimadura de cigarro)
Crostas melicéricas
agente etiológico do impetigo bolhoso
O impetigo bolhoso tem como seu principal agente etiológico o S. aureus, produtor de uma toxina epidermolítica, sendo considerado por alguns autores uma forma localizada de síndrome da pele escaldada.
Impetigo bolhoso = Staphylococcus aureus
epidemiologia do impetigo bolhoso
O impetigo bolhoso é o mais comum entre crianças de 2 a 5 anos de idade.
quadro clínico do impetigo bolhoso
Essa forma de piodermite inicia-se com vesículas, que se transformam em bolhas flácidas de paredes finas, com conteúdo inicialmente claro que, depois, torna-se turvo.
As bolhas rompem-se facilmente, permanecendo uma erosão rasa rodeada por restos da bolha (colarete), e a confluência de bolhas leva à formação de figuras policíclicas.
A face é o local mais afetado, embora qualquer região da pele possa ser atingida.
A linfadenomegalia regional não é comum e está mais associada à presença de infecção por Streptococcus.
Lesões semelhantes a
queimadura de
cigarro
tratamento não farmacológico do impetigo
O tratamento deve ser individualizado para cada paciente, sendo que, em geral, a doença é autolimitada e dura até 3 semanas, podendo se estender conforme ocorram novas lesões por autoinoculação.
O essencial é a realização de limpeza delicada com remoção das crostas e restos das bolhas para evitar que a doença se espalhe e mesmo se perpetue.
tratamento tópico do impetigo
Tratamento tópico
O uso de antibióticos tópicos pode ser eficaz quando existe um pequeno número de lesões, ou quando apenas uma região topográfica está acometida.
- mupirocina (3 vezes/dia, por 7 dias) e a retapamulina (2 vezes/dia, por 5 dias) são antibióticos eficientes contra Staphylococcus e Streptococcus.
- A neomicina em associação com bacitracina demonstrou ser menos eficiente e, além disso, com um risco considerável de até 10% dos pacientes desenvolverem reações alérgicas, inclusive anafiláticas.
- O ácido fusídico demonstrou eficácia, porém a resistência a ele está aumentando, sendo recomendado seu uso por um período curto
indicações para o tratamento sistemico do impetigo
- acometimento de estruturas mais profundas (tecido subcutâneo e fáscia muscular);
febre; - Linfadenomegalia;
- faringite associada a infecções próximas à cavidade oral, uma vez que a criança pode retirar a medicação tópica com a boca;
- infecções no couro cabeludo causadas pela dificuldade do uso de cremes ou pomadas no local;
- lesões numerosas (acima de 5) ou mais que dois locais topográficos.ese
tratamento sistemico do impetigo
- número maior de lesões ou o acometimento de duas ou mais regiões topográficas, a recomendação é que seja realizado o tratamento sistêmico (doses e posologia vide tratamento da celulite).
- cefalexina ou a amoxicilina + ácido clavulânico são os antibióticos mais indicados
uso de penicilina benzatina ainda pode ser eficaz em regiões onde haja maior prevalência de piodermites com cepas de Streptococcus que ocasionam glomerulonefrite.
- macrolídeos, como azitromicina, claritromicina e eritromicina, podem ser uma opção terapêutica dependendo da sensibilidade bacteriana local a essas drogas.
- Ressalta-se que o uso de rifampicina em associação ou isoladamente é desencorajado, por promover o surgimento de cepas resistentes na comunidade.
- Por ser uma doença contagiosa, recomenda-se que a criança seja afastada por pelo menos 24 horas das atividades após início do tratamento adequado, devendo ser reavaliada para verificar se ocorreu melhora antes do retorno, pelo risco de falha terapêutica e disseminação da infecção.
tratamento do molusco contagioso
- Tratamento é controverso devido ser autolimitado
- Opção pela terapêutica permite o alívio do desconforto e o aspecto inestético causado pelas lesões,
reduz a autoinoculação e a transmissão para outras crianças e previne infecções secundárias e
cicatrizes. - Remoção por meio da curetagem é a forma mais rápida e efetiva de tratamento.
- Pode-se também empregar a crioterapia com nitrogênio líquido, aplicada em jatos muito rápidos
sobre cada lesão, ou com auxílio de um cotonete. Dor intensa e as dificuldades técnicas tornam esse
método pouco indicado para crianças. - Substâncias cáusticas, como as soluções de hidróxido de potássio (KOH) a 5%, embora possam
causar ardor e irritação local.
tratamento da tínea capitis
tratamento sistêmico -> uma vez que a medicação deve penetrar no folículo piloso
A griseofulvina é bem tolerada e segura, sendo recomendado o uso de 20 a 25 mg/kg/dose, 1 vez/dia (após refeição gordurosa para aumentar sua absorção) por 6 a 8 semanas
O tratamento concomitante com xampu antifúngico, como o cetoconazol e o sulfeto de selênio, 2 a 3 vezes/semana, é recomendado, uma vez que esses agentes, ao removerem as placas, erradicam esporos viáveis e ajudam a diminuir o potencial de extensão da infecção
antifúngicos azólicos (fluconazol, itraconazol e cetoconazol) e a terbinafina, têm sido avaliados como alternativas.
O cetoconazol, antifúngico azólico de amplo espectro, tem uma boa atividade contra os dermatófitos, especialmente as espécies de Trichophyton.
Entretanto, em razão do risco de hepatotoxicidade
O fluconazol, doses de 3 a 6 mg/kg/dia, por 2 a 4 semanas
itraconazol
muitas interações com outras medicações podem ocorrer e, portanto, todas as drogas utilizadas concomitantemente devem ser revisadas antes de considerar tal tratamento
A terbinafina - entre terbinafina e griseofulvina demonstraram que o uso de terbinafina por 4 semanas é tão eficaz quanto a griseofulvina por 8 semanas para as infecções por Trichophyton.
griseofulvina superior à terbinafina quando a tinea capitis é causada pelo Microsporum canis. Dessa forma, quando for confirmado o diagnóstico de tinea por M. canis, a droga de escolha é a griseofulvina
tratamento da pediculose
- Permetrina: possui um efeito ovicida de 70% e parasiticida de 97%
Pode ser utilizada em loção cremosa a 1 ou 5%, deixando agir por 10 minutos, com enxague em seguida. Possui um efeito residual, mas deve ser repetida 1 semana a 10 dias depois
Ivermectina: 200 mcg/kg em dose única, repetida 7 dias depois, pois a ivermectina não atua em todos os estágios de vida dos piolhos
Deve ser reservada nos casos refratários ao tratamento tópico, em comunidades fechadas ou quando há infecção ou eczematização secundária que dificulte o uso do produto tópico
A dose de 400 mcg/kg pode ser considerada quando ocorre falha terapêutica
Toalhas, pentes e escovas devem ser desinfetados com álcool e limpos com água fervente.
A remoção das lêndeas é necessária para a resolução da infestação, e o controle dos contatos infestados é essencial para evitar recorrência.
As lêndeas podem ser retiradas com água morna e vinagre ou a combinação em partes iguais de vinagre e condicionador, sendo que a combinação de água, vinagre e um óleo essencial apresenta um fator físico, obstruindo a respiração dos piolhos adultos, levando-os à morte
patologias se enquadram na dermatose inflamaória
- Dermatite da área de fraldas
- Dermatite Seborréica
- Dermatite Atópica
- Urticária