ATLS Flashcards

1
Q

O que é a curva trimodal do trauma?

A

Tempo de mortes devido ao trauma
Imediata: no momento do trauma
Precoce: alguns minutos até algumas horas após o trauma
Tardia: dias ou semanas após

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2
Q

Formas de diminuição mortes no trauma

A

Imediata: prevenção
Precoce: prevenção + ATLS
Tardias: prevenção + ATLS + hospitalar

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3
Q

O que fazer no A

A

Checagem de VA + colocação colar cervical

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4
Q

Sinais de ma-perviedade de VA

A

Rouquidão, estridor, taquipneia, hipoxia, cianose, uso de musc acessória

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5
Q

Manobras básicas de manutenção de VA

A
Aspiração com sonda rígida;
retirada manual de CE;
abertura (Chin lift e Jaw Thrust);
máscara não RI (12-15l/min - 100%);
cânula orofaríngea/Guedel (só em inconsciente - adulto gira, criança não).
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6
Q

Quais as VA definitivas?

A

IOT / INT / crico cirúrgica / traqueo

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7
Q

Qual a definição de VA definitiva?

A

Presença de tubo na traqueia com cuff insuflado abaixo das cordas vocais

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8
Q

Quais a VA avançadas?

A

Crico por punção e máscara laríngea + definitivas

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9
Q

1 opção para VA definitiva

A

IOT/INT

Só não realiza se trauma de face extenso (msm assim tenta)

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10
Q

Contra-indicação absoluta para INT

A

Fratura de base de crânio (sinais de Battle e Guaxinim, rinootorragia/reia), apneia e trauma de face extenso

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11
Q

Tipos de VA cirúrgica

A

Crico cirúrgica e traqueo

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12
Q

Mnemonico de avaliação VA difícil

A

L - look: dentes/língua grande, obeso, pescoço curto, mandíbula p.
E - evaluate: 3-3-2 (abertura boca, mento, hioide-língua)
M - Mallampati: 1 tudo, 2 mole e úvula, 3 base da úvula, 4 duro
O - obstrução
N - neck mobility

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13
Q

Características máscara laríngea

A

VA avançada, dispositivo supraglotico, 30-45min no max (leva a hipercapnia), não previne broncoaspiracao (não oclui por completo EES)

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14
Q

Qual a sequência rápida de intubação?

A

7 Ps

  • Preparação: separar e testar material
  • Pré-oxigenação: sem pressão +
    • Realizar Sellick (cricoidea p trás) ou BURP
  • Pré-tratamento: analgesia (fentanil ou lidocaína)
  • Paralisia com indução: sedação (Etomidato, propofol, quetamina) e BNM (succinilcolina, rocuronio, cisatracurio)
  • Posicionamento
  • Passagem do tubo (até ± 22cm)
  • Pos-intubacao: ausculta e Rx
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15
Q

Quando realizar VA cirúrgica?

A

Se falha no tubo, trauma de face extenso (ainda assim tenta IOT antes) ou edema de glote importante
Crico cirúrgica ou por punção

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16
Q

Limitações da crico por punção

A

Não é definitiva, 30-45min no max (hipercapnia)

Vantagem é realização + rápida

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17
Q

Contra-indicação crico cirúrgica

A

Criança < 12a (8a em algumas lit.)
Fratura de laringe
Fratura exposta de traqueia

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18
Q

Indicação de traqueo

A

Se não for possível realizar crico

+ difícil, + sangramento, + demorada

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19
Q

Diferença de pneumotórax simples e hipertensivo

A

No hipertensivo, pct tem hipotensão e turgência de jugular

Ambos apresentam-se com MV abolido e hipertimpanismo

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20
Q

Condutas no pneumotórax simples e hipertensivo

A

Simples: dreno de tórax (pct. assintomático c pneumo pequeno - < 1/3 - pode-se observar apenas)

Hipertensivo: toracocentese de alivio (imediata - nao esperar Rx) e dps dreno de tórax

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21
Q

Local de realização da punção torácica

A

2 EIC na LMC ou 5 EIC entre a LAA e LAM (novo ATLS)

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22
Q

Cuidados pós-dreno

A

Fisioterapia respiratória / deambulação / analgesia / manter água no dreno e abaixo do nível do pct

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23
Q

Quando retirar o dreno de tórax?

A
  • Reverter causa base
  • Drenagem diária mínima (50-200ml)
  • Estabilidade hemodinâmica
  • Avaliar aspecto do drenado
  • Rx p/ avaliar pulmão (totalmente insuflados)
  • Ausência de escape aéreo por mais de 24h
  • Se pressão positiva = não retirar
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24
Q

Diferença semiológica entre pneumo e hemotorax?

A

Hemotorax apresenta macicez à percussão

Ambos apresentam-se com MV reduzido/abolido

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25
Q

Conduta no hemotorax?

A

Drenagem torácica

Se maciço = coletar e preparar volume drenado para autotransfusão

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26
Q

Definição de hemotorax maciço

A

Saída de 1500ml/imediato ou 200ml/2-4h de sangue

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27
Q

Indicação de toracotomia de urgência

A
  • Hemotorax maciço com instabilidade hemodinâmica
  • Lesão penetrante com tamponamento
  • Lesão de grandes vasos com instabilidade
  • Lesão traqueobrônquico extensa
  • Evidência de perfuração esofagiana
  • Ferida torácica extensa
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28
Q

V ou F

Em todos os casos de tórax instável no adulto, tem que se pensar em contusão pulmonar

A

V

Em crianças, por ter ossos menos rígidos, pode haver contusão importante sem fratura

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29
Q

Definição de tórax instável

A

2 fraturas em duas costelas consecutivas

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30
Q

Conduta na contusão pulmonar/tórax instável

A

Analgesia potente - pode chegar a bloqueio neuromuscular costal - evitar atelectasia (dói = não respira)

Restrição hídrica - balanço hídrico negativo

Fisioterapia respiratória importante

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31
Q

Definição de pneumotórax aberto

A

Orifício torácico > 2/3 da luz traqueal

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32
Q

Conduta no pneumotórax aberto?

A
Curativo oclusivo em 3 pontas
\+
Drenagem torácica 
\+
Cirurgia definitiva
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33
Q

Mecanismo de ruptura traumática de aorta?

A

Desaceleração brusca / trauma lateral

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34
Q

Exame de imagem se suspeita de trauma de aorta?

A

Rx de tórax - não confirma diagnostico, indica (alargamento de mediastino, perda do contorno da aorta, cap apical, desvio D de traqueia, etc)

TC de torax com contraste - padrão-ouro para diagnóstico

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35
Q

V ou F

Toda ruptura de aorta gera morte imediata no trauma

A

F

Algumas vitimas podem ter uma ruptura parcial, sendo contido por um hematoma

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36
Q

Conduta na ruptura de aorta

A
  • Manter PAM baixa: 60-70mmHg
  • FC < 80bpm
  • Cirurgia

Obs: evitar essas medidas se TCE ou outros fatores que contraindiquem manter frequência baixa

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37
Q

Qual a indicação para toracotomia de reanimação?

A

Pct com ferimento torácico penetrante que evolui para PCR assistida por AESP

Não se realiza em trauma fechado (nunca!)

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38
Q

Definição de tamponamento cardíaco

A

Presença de sangue entre as laminas do pericárdio (20-30ml já são suficientes)

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39
Q

Quando pensar em tamponamento cardíaco?

A

Pct com trauma torácico penetrante (principalmente na zona de Ziegler), apresentando dor torácica, FC aumentada e tríade de Beck

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40
Q

O que é a tríade de Beck?

A
  • Hipotensão
  • Abafamento de bulhas
  • Turgência de jugular
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41
Q

O que é a zona de Ziegler?

A

Zona de perigo na parede torácica

  • Sup: angulo de Louis
  • Inf: processo xifoide
  • D: borda lateral direita do esterno
  • E: linha axilar anterior
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42
Q

Exame diagnostico para tamponamento?

A

USG FAST - janela pericárdica

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43
Q

Conduta no tamponamento cardíaco

A
  • Punção de Marfan/pericárdica: inserção de jelco calibroso à esquerda do processo xifoide, em direção ao ombro E, a 45 graus, aspirando.
  • Janela pericárdica: cirúrgica torácica
  • Conduta definitiva: toracotomia anterolateral
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44
Q

Pct diagnostico de pneumotórax, com dreno funcionante e bem posicionado, mas sem melhora clínica/radiológica. Pensar em que? Qual a conduta?

A

Pensar em lesão de grande VA - passagem de um segundo dreno

O diâmetro da lesão brônquica é maior que o do dreno, não dando conta da drenagem

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45
Q

Definição de choque

A

Ma perfusão tecidual sistêmica

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46
Q

Tipos de choque

A

Hemorrágico:
- Hipovolêmico (pode ser não hemo): perda de volume

Não hemorrágico:

  • Obstrutivo: dificuldade de bombeamento por causas externas ao coração
  • Cardiogênico: dificuldade de bombeamento por causas cardíacas
  • Distributivo (séptico, anafilático e neurogênico): grande distribuição/acumulo de sangue na periferia, gerando baixo débito cardíaco - pct quente
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47
Q

Principais causas para cada tipo de choque

A
  • Hipovolêmico: trauma
  • Obstrutivo: pneumo hipertensivo, tamponamento, TEP
  • Cardiogênico: IC, trauma torácico frontal (esterno)
  • Distributivo: sepse, anafilaxia,
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48
Q

Classificação do choque hipovolêmico/ hemorrágico

A

Classe I: perda de ate 750ml - PA, FC, FR e DU normais

Classe II: perda de 750-1500ml - PA normal, FC 100-120, FR 20-30, DU 20-30ml/h

Classe III: perda de 1500-2000ml - hipotensão (< 80x60), FC 120-140, FR 30-40, DU 5-15

Classe IV: > 2L - hipotensão, FC > 140, FR > 35, DU desprezível

Resumo:

  • PA normal = 1 ou 2 + taquicardia = 2
  • Hipotensão = 3 ou 4 + FC > 140 = 4

Obs: ATLS 10 não utiliza mais valores, apenas aumento/redução dos parâmetros

Choque moderado: perda > 30%
Choque grave: perda > 40%

49
Q

Tratamento básico de choque hipovolêmico

A

I: cristaloide aquecido

II: cristaloide aquecido (considerar transfusão - ATLS 10)

III: transfusão

IV: transfusão maciça

50
Q

Tipos de acesso para reposição violência no trauma

A
  • Periférico: 2 acessos calibroso (14-16) anticubital
  • Central: mais demorado (mais fino)
  • Intra-ósseo: pode correr de tudo (platô tibial, femur distal, esterno, úmero) - MT usado em crianças
  • Dissecção de safena: anterior e superior ao maleolo medial, duas polpas digitais
51
Q

Melhor parâmetro para avaliar reposição volemica no trauma

A

Diurese - SVD em tds

Adulto: > 0,5ml/kg/h
Criança < 12a: > 1ml/kg/h
Bebê: > 2ml/kg/h

52
Q

Qual volume de cristaloide correr para pct chocado no trauma?

A

1L de SF/RL e avaliar resposta (ATLS 10) - se necessário, + 1L

Obs: avaliar parâmetros clínicos - FC, Glasgow, perfusão, etc

53
Q

O que é hipotensão permissiva?

A

Manter pressão um pouco baixa (PAS ± 90) a fim de não piorar o sangramento (antes de resolvê-lo)

54
Q

Qual o protocolo de transfusão maciça?

A

> 10 CH em 24h, associado a transfusão de plaquetas e plasma

Complicações: hipoCa, hiperK, alcalose met

55
Q

Qual a indicação de uso de ácido tranexamico (transamin)?

A

Fármaco anti-fibrinolitico usado em choque III e IV

56
Q

Quais as drogas que podem administradas via tubo traqueal?

A

VANEL

V - vasopressina
A - atropina
N - naloxone
E - epinefrina
L - lidocaína
57
Q

Quando não fazer hipotensão permissiva?

A

TCE

Pressão baixa = ma perfusão cerebral

58
Q

Etiologia e fisiopatologia do choque neurogênico

A

Trauma raquimedular - lesão alta (até T5/T6) - perda do tônus vascular simpatico - choque distributivo

59
Q

QC do choque neurogênico

A

Hipotensão, FC normal ou reduzida, extremidades quentes e avermelhadas (choque distributivo)

DU e nível de consciência normais - não ha perda de volume

60
Q

Tratamento do choque neurogênico

A

Droga vasoativa (nora)

61
Q

Quais os tipos de trauma abdominal

A

Fechado/contuso: mais comum

Aberto/penetrante: PAF ou PAB

62
Q

Quais os órgãos mais acometidos nos diferente tipo de trauma abdominal

A

Contuso: víscera parenquimatosa (baço - fígado - delgado)

Penetrante:

  • PAB: fígado
  • PAF: intestino
Batida = baço 
Facada = fígado
Tiro = tripa
63
Q

Investigação (exames) de trauma contuso

A

Instável: FAST ou LDP

Estável: TC

64
Q

Quais as janelas do FAST?

A
  • Pericárdica ou subxifoidea
  • Hepatorrenal ou espaço de Morrison
  • Esplenorrenal
  • Suprapubico: mulheres podem ter ate 50ml de liquido livre aqui
65
Q

Vantagens e desvantagens do FAST e LDP

A

FAST:

  • fácil, rápido, não invasivo, sensível, mas pouco especifico
  • Operador dependente

LDP:

  • fácil, rápido, acessível, sensível, mas pouco específico
  • Invasivo
  • Pcts obesos, gestantes e recém-op = contra relativo
  • Laparo já indicada = contra absoluta

Ambos não avaliam retroperitonio

66
Q

Critérios para LPD +

A

> 10ml sangue

Bile, fezes ou alimentos, etc.

100.000 hemácias ou 500 leucócitos após infusão de 1L de SF e aspiração de 200ml p análise

67
Q

Pct instável com LPD/FAST +. Conduta?

A

Laparotomia

Se pct estável, conduta conservadora

Se peritonite ou pneumo peri = cirúrgico

68
Q

Vantagens e desvantagens da TC no trauma abd

A
  • Não invasivo, alta sensibilidade e especificidade, avalia tudo
  • Radiação, custo, tempo

Pct tem que estar estável!

69
Q

Conduta e classificação para trauma de baço e fígado a partir da TC

A

Baço:

  • Graus 1 a 5: 5 há separação do pedículo vascular
  • 1 a 3 = expectante. 4 avalia
  • 5 = cirúrgico

Fígado:

  • Graus 1 a 6: 6 ha separação de parte do órgão
  • 1 a 5 = expectante
  • 6 = cirúrgico

Conduta expectante: UTI + Hb seriados + clinica. Se estável e sem alterações, não opera

Obs: conduta p rim é igual

70
Q

Qual a conduta se blush arterial na TC?

A

Radiologia intervencionista com embolização

71
Q

TC mostrando liquido livre sem lesão de víscera sólida. Pensar em que? Conduta

A

Lesão de delgado, mesentério ou serosa de bexiga (se houver perfuração completa desse órgão, terá ar tb)

Conduta: laparoscopia (P) ou observação

72
Q

Lesão de transição toracoabdominal. Conduta?

A

Laparoscopia ou toracoscopia.

Pois pode haver lesão de diafragma e nenhum exame vê diafragma corretamente

Transição: abaixo do 5 EIC

73
Q

O que é a cirurgia de controle de danos?

A

Laparotomia rápida, com a intenção apenas de não deixar o pct morrer. Estabiliza na UTI e dps reopera

74
Q

O que é síndrome compartimental abdominal no trauma?

A

Aumento da pressão intrabdominal devido principalmente a edema de vísceras por hidratação intensa e sec ao trauma

75
Q

QC de síndrome compartimental abd no trauma

A

Abdome tenso e distensão abdominal em pct que estava bem e evolui com oligúria/dispneia ou desacoplamento da VM (em intubados)

76
Q

Classificação da hipertensão intraabdominal

A
  • Normal: 5-10mmHg
  • I: 12-15
  • II: 16-20
  • III: 21-25
  • IV: > 25

Hipertensão abdominal: > 12
S. Compartimental: > 20 com disfunção orgânica

77
Q

Complicações da S. Compartimental abd

A

Aumento da pressão de vários sistemas, levando a disfunções orgânicas

78
Q

Diagnóstico da S compartimental abd

A

Medida da pressão intrabdominal por meio de SVD

79
Q

Tratamento da S compartimental abd

A
  • Clínico: Analgesia + sedação + sondas (para diminuir volume - tirar ar das vísceras ocas)
  • Definitivo: laparotomia descompressiva (se PIA > 25 ou não responsiva a medidas clínicas)
80
Q

Conduta na PAF?

A

Cirúrgica

81
Q

Conduta na PAB em parede anterior?

A

Se evisceração, choque ou peritonite = cirurgia

Se estável, sem peritonite ou evisceração = exploração digital c analgesia local

  • Sem penetração de cav abd = lavagem + sutura + dT
  • Com penetração = internação por 24h + exame físico e Hb seriados 8/8h + dieta zero. Se queda de Hb (>3), leucocitose, choque, peritonite ou evisceração = cirurgia
82
Q

Conduta na PAB em flancos ou dorso?

A

TC contrastada

Região mais protegida por musculatura = menos lesões de vísceras

83
Q

Deve-se realizar laparoscopia em PAB de parede anterior?

A

Só em grandes centros - geralmente e so para visualização (não resolutivo)

84
Q

Trauma uretral - QC, diagnostico e conduta

A
  • QC: uretrorragia, hematuria, bexigoma, retenção visical, deslocamento cefálico da próstata, hematoma de períneo, trauma de períneo
  • Uretra anterior: bulbar e peniana - trauma contuso, a cavaleiro
  • Uretra posterior: membranosa e prostática - trauma de bacia
  • Diagnóstico: uretrografia retrograda
  • Tto: cistostomia (não sondar) + uretroplastia
85
Q

Trauma vesical - QC, diag, conduta

A
  • QC: hematúria franca em trauma de pelve ou abd
  • Diag: cistografia retrógrada
  • Tto: Extraperitoneal (trauma pelve) = SVD por 2/3s. Intraperitoneal (trauma abd contuso) = laparotomia + ráfia da bexiga
86
Q

Trauma renal - QC, diag e tto

A
  • QC: hematúria e trauma em flanco ou lombar
  • Diag: TC contrastada
  • Tto: conservador na maioria. Cirúrgico apenas se grau 5
87
Q

Escala de coma de Glasgow

A

3-15

Abertura ocular:

  • 4: espontânea
  • 3: verbal
  • 2: doloroso
  • 1: ausente

Resposta verbal:

  • 5: normal
  • 4: confuso
  • 3: palavras desconexas
  • 2: sons incompreensíveis
  • 1: ausente

Resposta motora:

  • 6: normal
  • 5: localiza a dor
  • 4: resposta inespecífico a dor
  • 3: decorticação
  • 2: descerebração
  • 1: ausente
88
Q

Classificação de TCE pelo Glasgow

A

Leve: 13-15

Moderado: 9-12

Grave: ≤ 8

89
Q

QC básico no TCE

A

Cefaleia, náuseas, vômitos, alteração de nível de consciência, etc.

90
Q

V ou F

TCE isolado pode causar choque

A

F

Pct com TCE e choque hipovolêmico, procurar outra causa

91
Q

Indicações de TC no TCE leve

A
  • Sinais de fratura de base de crânio
  • Déficits focais
  • Fraturas de crânio
  • > 65a
  • Glasgow < 15 por >2h
  • Vômitos (>2 ep), amnesia (> 30min), perda de consciência (> 5min), cefaleia intensa
  • Mecanismo de trauma importante
  • Uso de anticoagulantes
92
Q

Conduta no TCE moderado

A

Observação + TC + avaliação da neuro

93
Q

Conduta no TCE grave

A

Internação + TC + avaliação da neuro + IOT

94
Q

Quando não pedir TC no TCE leve?

A

Instabilidade hemodinâmica (hipotensão < 90x60)

95
Q

Qual a fórmula de. perfusão cerebral normal? E PIC?

A

PPC = PAM - PIC
PPC: 80mmHg (manter >60)
PIC: 5-15mmHg (> 20 = HIC)

96
Q

Qual a meta de PA e SatO2 para evitar lesão secundaria num TCE?

A

PAS > 100mmHg
SatO2 95-98%

Cabeceira elevada e cabeça reta
Sedação

97
Q

Tratamento de HIC no TCE

A
  • Pcts normotensos: Manitol (diurético, reduz PIC e edema, mas causa hipotensão)
  • Hipotensos: pode utilizar NaCl (solução hipertônica)

Outras medidas: sedação com barbitúrico, PCO2 em torno de 35mmHg, hipotermia ou craniectomia descompressiva

Refratariedade: craniectomia ou barbitúrico (não reduz mortalidade)

Não se realiza hiperventilação! Manter PCO2 35mmHg

98
Q

Qual mecanismo de compensação inicial para evitar aumento da PIC após TCE?

A

Saída de liquor e sangue venoso do crânio

99
Q

Quais as lesões focais e difusas cerebrais?

A

Focais:

  • Hematoma epi ou subdural
  • Hemorragia intraparenquimatosa
  • Contusões

Difusas:

  • Concussões
  • Lesão axonal difusa
100
Q

Características do hematoma subdural

A

Hematoma + frequente (30%)
Idosos e alcoólatras
Sangramento venoso (veias em ponte)
Lua crescente na TC região fronto-parieto-temporal
Costuma ter lesao parenquimatosa concomitante

101
Q

Indicações de craniectomia descompressiva na hematoma subdural

A
  • Piora neuro por HIC
  • Herniacao
  • Hematoma > 10mm ou desvio da linha media > 5mm
102
Q

Características do hematoma epidural

A
    • raro
  • Lesão temporal ( sang arterial - meningea media)
  • Intervalo lúcido (desmaia, acorda, dps vai piorando)
    • fatal
  • TC c lente biconvexa
  • Conduta cirúrgica: se TCE grave, herniacao, hematoma > 15mm ou desvio da linha media > 5mm
103
Q

QC de HIC

A
  • Paciente em piora neurológica (chegou bem, mas vai rebaixando)
  • Bradicardia, hipertensão, bradipneia (se os 3 = tríade de Cushing)
104
Q

Quais sinais de herniacao do úncus?

A
  • TCE grave em piora neurológica
  • Tríade de Cushing
  • Midríase ipsilateral (hérnia comprimindo nervo oculomotor)

Pct pode morrer a qualquer momento - devido continuação da herniacao - atinge bulbo - parada resp

105
Q

Características das contusões/hematomas cerebrais

A
  • Frequentes
  • Lesões frontais e temporais com mecanismo difuso
  • Mecanismo de golpe e contragolpe
  • Conduta expectante: interna e TC seriadas
106
Q

Características das concussões cerebrais

A
  • Lesão difusa
  • ˜Knock-out˜
  • Déficits transitórios
  • Perda de consciência por <6h
  • TC normal
  • Conduta: tto de suporte apenas
107
Q

Características da LAD

A
  • Lesão difusa
  • Coma > 6h em por TCE (perda imediata)
  • Mecanismo: rotação da cabeça com estiramento neuronal (lesões por desaceleração)
  • TC ou RM normais (ou alteração interhemisferica / petequias)
  • Conduta: tto de suporte
108
Q

Definição de TRM

A

Lesão em qualquer seguimento da coluna ou medula

Costumam ocorrer em mais de um seguimento e associa com TCE

Baixa mortalidade, mas alta morbidade

109
Q

Qual tipo de pct dispensa exame adc para avaliação de lesão cervical?

A

Glasgow 15, consciente, sem dores, EF normal (sem crepitações ou dor a mob)

Pode retirar o colar cervical

110
Q

Qual exame. De escolha para avaliação de lesão cervical?

A

TC

Na falta, Rx cervical lateral/perfil + transoral

111
Q

Dermátomos importantes para lembrar

A
C4 = ombro
T5 = mamilo
T8 = xifoide
T10 = umbigo
T12 = sínfise púbica
112
Q

Definição de choque medular

A

Estado de arreflexia da coluna após trauma importante - não é um choquepela definição clássica

113
Q

Características do trauma de face e de pescoço

A

Face: Trauma de baixa gravidade, mas muito importante esteticamente

Pescoço: 20% mortalidade

114
Q

Qual a classificação de Le Fort para traumas de face

A

I - separa dente da face

II - fratura piramidal; separa dente e nariz da face

III - disjunção cranio-facial

115
Q

Qual o tempo pós-acidente que se espera p operar trauma de face?

A

1 mês - devido grande edema do trauma

116
Q

Quais as regiões do pescoço e importância

A

I - do tórax ate cricoide: grandes vasos e trato aerodigestivo; grande mortalidade e difícil acesso, mas pouca incidência

II - cricoide ate ramo da mandíbula: vasos e trato aerodigestivo tb, mas de menor importância; aérea de maior incidência e menor mortalidade

III - do ramo ate o crânio: nervos e glândulas

117
Q

Em quais casos está indicada abordagem cirúrgica imediata em trauma de pescoço ?

A

Sinais claros de dano vascular, aéreo ou digestivo
- Sangramento ativo
- Ferida soprante
- Hematoma em expansão
- Enfisema subcutâneo
- Estridor
Não se opera mais apenas com invasão do platisma (conduta antiga)

118
Q

Investigação de trauma de pescoço

A

Vascular: Doppler ou angioTC

Aéreo: bronco ou laringoscopia

Disgestivo: EDA ou esofagografia

Zona III: TC de crânio