Cardiologia Flashcards
(189 cards)
SÍNDROME DE DRESSLER vs PERICARDITE EPISTENOCÁRDICA
SÍNDROME DE DRESSLER:
> Pós-IAM (5%);
> Ag liberados, no sangue, pelo músculo lesionado levam ao desenvolvimento de anticorpos contra o pericárdio e pleura;
> 2 a 3 sem após;
> Dor torácica pleurítica + febre baixa + atrito pericárdico + aumento PCR/VHS;
> DD PERICARDITE EPISTENOCÁRDICA: ocorre <10d após o evento de IAM, provavelmente relacionada à interação da necrose epicárdica com o pericárdio (denota grande extensão do IAM);
FIBRILAÇÃO ATRIAL (DEFINIÇÃO ECG, CLASSIFICAÇÃO)
DEFINIÇÃO ECG:
> RR irregular;
> Ausência de P;
> QRS estreito (se ausência de bloqueio de ramo).
CLASSIFICAÇÃO:
(1) PAROXÍSTICA: <7 dias;
(2) PERSISTENTE: 7 dias há 1 ano;
(3) PERSISTENTE DE LONGA DATA: > 1 ano.
(4) PERMANENTE: persistente OU persistente de longa data onde opta-se por não restaurar o ritmo sinusal.
LOCAL DE FORMAÇÃO DE TROMBOS NA FA
APÊNDICE ATRIAL ESQUERDO (ou AURICULETA);
FA ESTÁVEL: CONTROLE DE FC vs CONTROLE DE RITMO
CONTROLE DE FC vs CONTROLE DE RITMO
> CONTROLE DE FC (PREFERENCIAL, não é inferior e a maioria dos pacientes com controle de ritmo acabam reinternando com mais frequência), c/ B-BLOQ, BCC, DIGITÁLICO (se IC) ou AMIODARONA.
> CONTROLE DE RITMO (CARDIOVERSÃO QUÍMICA OU ELÉTRICA);
(1) 1º EPISÓDIO se associado a algum fator desencadeante;
(2) Persistência dos SINTOMAS MESMO APÓS CONTROLE DE FC (p.e. palpitações, fadiga)
(3) Impossibilidade de controlar FC.
FA ESTÁVEL: CARDIOVERSÃO QUÍMICA E ELÉTRICA
CARDIOVERSÃO:
(a) QUÍMICA:
- AMIODARONA 900 MG/ 24H - 600-800 MG/DIA ATÉ 10G.
(b) ELÉTRICA:
- CARDIOVERSÃO 50-100J;
MOMENTO DA CARDIOVERSÃO:
- FA<48H + BAIXO RISCO CE: CARDIOVERTER + NÃO ANTICOAGULAR
- FA<48H + ALTO RISCO CE: CARDIOVERTER + ANTICOAGULAR
- FA>48H + BAIXO RISCO CE: ANTICOAGULAR 3-4 sem (ou ECO TE) + CARDIOVERTER + ANTICOAGULAR 3-4 sem (stunning myocardium, formam-se bolsões de estase de sangue com risco de trombo por esse período)
- FA>48H + ALTO RISCO CE: ANTICOAGULAR 3-4 sem (ou ECO TE) + CARDIOVERTER + ANTICOAGULAR ad eternum
MARCA-PASSO: TIPOS DE CABO-ELETRODO
MARCA-PASSO: TIPOS DE CABO-ELETRODO
(1) UNIPOLAR:
- Ânodo está no GERADOR (longe do coração) e cátodo na PONTA DO ELETRODO;
- ESPÍCULA GRANDE, fácil identificação;
- MAIOR risco de interferência (meio condutor: TECIDO SUBCUTÂNEO);
(2) BIPOLAR:
- Ânodo está no ANEL DO ELETRODO (dentro do coração) e cátodo na PONTA DO ELETRODO (ambos dentro do coração);
- ESPÍCULA PEQUENA;
- MENOR risco de interferência (meio condutor: CABO);
OBSERVAÇÃO:
- ANODO (percebe os estímulos produzidos pelo coração e pelo próprio cátodo) e CATODO (aplica o estímulo no miocárdio) assim, se o anodo não receber nenhum estímulo cardíaco espontâneo, ele leva essa informação sobre a ausência de função cardíaca à unidade geradora, que produz um estímulo para percorrer os cabos de volta até chegar o catodo, que então aplica o estímulo artificial ao miocárdio.
MARCA-PASSO: TEMPORÁRIOS E DEFINITIVOS (UNICAMERAL, BICAMERAL E RESSINCRONIZADOR)
MARCA-PASSO: TEMPORÁRIOS E DEFINITIVOS (UNICAMERAL, BICAMERAL E RESSINCRONIZADOR)
TEMPORÁRIOS:
(1) TRANSCUTÂNEO;
(2) TRANSVENOSO (punção venosa profunda). um médico é considerado competente se 10 procedimentos e 1-2/ano;
(3) EPICÁRDICO (toracotomia)
DEFINITIVOS:
(1) UNICAMERAL: AD OU VD (SEM sincronia AV);
(2) BICAMERAL (COM sincronia AV): AD E VD;
(3) RESSINC: AD E VD E VE (via seio coronariano) - quando o estímulo ventricular é feito apenas no VD, a ativação elétrica ventricular ocorre com um comportamento de BRE, ou seja, VD É ATIVADO ANTES DE VE. Para tentar atenuar esse efeito, atualmente se coloca o eletrodo junto ao SEPTO IV (AO INVÉS DE ÁPICE DE VD). Mas não é perfeito, pois o VE é ativado de uma maneira não fisiológica, ou seja, a sua parede septal é estimulada muito antes do que sua parede lateral (causando perda de desempenho). Ao se colocar outro cabo no VE, é possível estimular os 2 ventrículos simultaneamente, o que melhora a performance. (PRINCIPAL INDICAÇÃO: ICC GRAVE + BRE, para melhorar a dissincronia. mesmo se não houver bradiarritmia).
MARCA-PASSO: PARÂMETROS
PARÂMETROS:
(1) FREQUÊNCIA;
(2) OUTPUT: intensidade do estímulo produzido em mA.
(3) SENSING: potencial elétrico mínimo para ser reconhecido pelo marca-passo.
MARCA-PASSO: MODOS DE ESTIMULAÇÃO
MODOS DE ESTIMULAÇÃO (ESC): 1ª: câmara estimulada (ESTÍMULO) 2ª: câmara sentida (SENSING) 3ª: resposta ao sensing (COMANDO) \+ COMUNS: AAI, VVI, DDD
EXEMPLOS:
- AAI: UNICAMERAL | estimula A | sente estímulo intrínseco A (onda P) | inibe o marcapasso se estímulo intrínseco A = DOENÇA DO NÓ SINUSAL + condução AV preservada;
- VVI: UNICAMERAL | estimular V | sente estímulo intrínseco V (complexo QRS) | inibe marcapasso se estímulo intrínseco V = FA/FLUTTER + BAV;
- DDD: BICAMERAL | estimula A e V | sente estímulo intrínseco de A (onda P) e V (complexo QRS) - PODE HAVER 2 ESPÍCULAS, UMA ANTES DE P E OUTRA ANTES DO QRS = BAVT;
- Quando reconhece o QRS, todo o seu funcionamento é inibido, pois é sinal que a contração ventricular irá acontecer espontaneamente. Mas, quando reconhece a onda P, há inibição do estímulo atrial artificial, se não surgir nenhum QRS espontâneo a seguir, o marca-passo dispara estimulação ventricular após um intervalo AV programado.
MARCA-PASSO: ECG
MARCA-PASSO: ECG
- ESPÍCULA: maior amplitude (BIPOLAR) e menor amplitude (UNIPOLAR).
- Estímulo atrial no AD: P POSITIVA EM LATERAL ALTA (D1 e aVL)
- Estímulo ventricular no ápice de VD: PADRÃO BRE (QRS alargado e negativo em V1) e QRS NEGATIVO NAS DERIVAÇÕES INFERIORES (DII, DIII e aVF) - o estímulo caminha “de baixo para cima”, isto é, ele “foge” das derivações inferiores.
ECG: TAQUICARDIA ATRIAL MULTIFOCAL
ECG: TAQUICARDIA ATRIAL MULTIFOCAL
> Onda P com pelo menos 3 morfologias diferentes;
> RR irregular;
> QRS estreito;
> FC >100 bpm (se 60-100 bpm, chama-se ritmo atrial multifocal);
*É A ARRITMIA MAIS CARACTERÍSTICA DA DPOC DESCOMPENSADA;
ANTIDIABÉTICOS ORAIS: REDUÇÃO DO PESO
ANTIDIABÉTICOS ORAIS: REDUÇÃO DO PESO
(1) Biguanidas (metformina);
(2) Agonistas do GLP1;
(3) Inibidores do SGLT2;
HIPERALDO PRIMÁRIO vs HIPERALDO SECUNDÁRIO
Duas causas de ALDOSTERONA alta, porém na PRIMÁRIA há produção de ALDOSTERONA, enquanto que na SECUNDÁRIA, p.e. HAS renovascular (estenose de artéria renal*), o aumento de aldosterona é as custas de RENINA, pois a hipoperfusão renal leva a ativação constante do SRAA. Uma forma de diferenciar é a relação ALDOSTERONA/ ATIV. RENINA PLASMÁTICA.
*pois a doença não nasce na ZONA GLOMERULOSA do córtex adrenal.
TOLERÂNCIA AOS NITRATOS
TOLERÂNCIA AOS NITRATOS: os nitratos para agirem utilizam o GLUTATION. Os estoque celulares desses radicais podem esgotar-se após várias administrações do fármaco. Assim, as próximas doses vão paulatinamente PERDENDO O SEU EFEITO, sendo que a última dose tem um efeito bem menor que a primeira. Para restaurar o pleno efeito do nitrato, o paciente deve permanecer pelo menos 12h SEM TOMAR A DROGA, PARA QUE SEJAM RESTAURADAS AS RESERVAS DE GLUTATION. PORTANTO, A POSOLOGIA DOS NITRATOS DEVE SER FEITA DE 6/6H OMITINDO-SE A 4ª DOSE.
SACADA: DESCOBRINDO FLUTTER ATRIAL
Em algumas situações, as ondas F podem ser de difícil visualização no ECG, pois incidem sobre o QRS do ciclo anterior, principalmente em casos de flutter atrial e respostas ventriculares elevadas (2:1). P/ facilitar o diagnóstico, pode-se utilizar medidas que LENTIFICAM A CONDUÇÃO AV (MANOBRA VAGAL, ADENOSINA) dos estímulos causando uma SEPARAÇÃO DOS QRS e permitindo uma melhor visualização da atividade atrial.
SACADA: ONDAS T CEREBRAIS
As “ONDAS T CEREBRAIS” são ondas T GIGANTES, NEGATIVAS e DIFUSAS, simulando uma ISQUEMIA SUBEPICÁRDICA, em geral acompanhadas de aumento do intervalo QT.
Por disfunção AUTONÔMICA intensa.
Comum no AVEh.
ALERGIA AO AAS
DESSENSIBILIZAÇÃO DO AAS
Consiste na administração oral de doses sucessivamente crescentes de AAS até atingir a dose terapêutica pretendida, com o objetivo de reduzir ou eliminar os EA ao fármaco, induzindo uma situação de TOLERÂNCIA ao mesmo. Nas SCA com SUPRA DE ST não está indicado realizar protocolo de dessensibilização, visto que isso iria atrasar a reperfusão coronária. Nestas situações, a evidência é escassa, mas sugere que se deve administrar dose de carga de uma TIENOPIRIDINA e HNF.
SACADA: SUPRA DE ST EM PAREDE INFERIOR (DII, DIII e aVF)
SUPRA DE ST EM PAREDE INFERIOR: > Derivações precordiais DIREITAS (v3R E v4R); > Derivações POSTERIORES (V7 e V8); > CI morfina, BB ou nitrato; > Supra de ST em D3>D2: CD ou D2>D3: CX;
SACUBITRIL/ VALSARTANA (MA, ESTUDO, INDICAÇÕES E MONITORIZAÇÃO COM NT-proBNP)
SACUBITRIL/ VALSARTANA:
MECANISMO DE AÇÃO:
- INIBIÇÃO DA NEPRILISINA, inibindo a degradação de peptídeos natriuréticos e bradicinina;
ESTUDO:
- O estudo PARADIGM-HF mostrou sua superioridade em relação ao ENALAPRIL;
INDICAÇÕES:
- Indicação: em SUBSTITUIÇÃO ao IECA/ BRA, p/ disfunção de VE, sintomática, apesar de terapia tripla otimizada;
- Seu uso combinado ao IECA/ BRA é CI;
MONITORIZAÇÃO COM NT-proBNP:
- A monitoração deve ser feita c/ NT-proBNP, uma vez que o sacubitril inibe a degradação do BNP, aumentando seus valores.
ICC: FE
ICC: FE
(1) ICFEN: >50%
(2) ICFEL: 40-49%
(3) ICFER: <40%
INFARTO DO MIOCÁRDIO: CLASSIFICAÇÃO
INFARTO DO MIOCÁRDIO: CLASSIFICAÇÃO
TIPO 1: evento coronário primário (erosão de placa e/ou ruptura ou dissecção);
TIPO 2: aumento de demanda (anemia, hipotensão, sepse);
TIPO 3: morte súbita;
TIPO4: (a) procedimento percutâneo (b) trombose de stent;
TIPO 5: revascularização miocárdica;
ECG: CONTAGEM DE FC
ECG: CONTAGEM DE FC
- RR REGULAR: 300, 150, 100, 75, 60, 50…
- RR IRREGULAR: Nº QRSx6 (papel tem duração de 10 seg);
SD DE STOKE-ADAMS
SD DE STOKE-ADAMS
- Episódio súbito de perda de consciência secundário a arritmias cardíacas, geralmente BAVT. Ocorre devido a diminuição do débito cardíaco, podendo ocorrer convulsão devido a hipóxia.
DROGAS QUE AUMENTAM INTERVALO QT
LEVO: levofloxacino e outras quinolonas; P: psicotrópicos (HALOPERIDOL); A: amiodarona; P: procainamida e quinidina (anti-arrítmicos I); E: eritromicina e outros macrolídeos; R: remédio para fungo (fliconazol); S: sotalol (anti-arrítmico classe III)