Cirurgia Flashcards

(147 cards)

1
Q

Indicações de cirurgia na hérnia umbilical da criança (4)

A
  1. Não fechamento após 4-6 anos
  2. Concomitante a hérnia inguinal
  3. Maior que 2cm
  4. Associada a DVP
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2
Q

Indicações de cirurgia na hérnia umbilical do adulto (2)

A
  1. Sintomática

2. Ascite volumosa

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3
Q

Hérnia de Spiegel - onde ocorre?

A

Entre borda lateral do músculo reto abdominal e linha semilunar (linha de Spiegel)

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4
Q

Hérnias lombares - 2 exemplos e onde ocorrem

A
  1. Grynfelt - abaixo da 12a costela

2. Pétit - acima da crista ilíaca

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5
Q

Parede posterior do canal inguinal - quais seus componentes?

A
  1. Fáscia transversalis
  2. Músculo oblíquo interno
  3. Músculo transverso do abdome
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6
Q

Parece anterior do canal inguinal - qual componente?

A

Aponeurose do músculo oblíquo externo

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7
Q

Conteúdo do canal inguinal nos homens e nas mulheres

A

Homem: funículo espermático (plexo venoso pampiniforme, vasos deferentes, músculo cremaster, conduto peritônio vaginal)

Mulher: ligamento redondo do útero

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8
Q

Hérnia inguinal Indireta

Quais suas características gerais? (4)

A

Passa pelo anel inguinal interno
Mais comum da infância
É a que mais encarcera
Patencia do conduto peritônio vaginal

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9
Q

Hérnia inguinal Direta - qual o ponto de fragilidade?

A

Triângulo de Hesselbach

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10
Q

O que é e o que compõe o triângulo de Hesselbach?

A

Ponto de fragilidade da parede posterior (fáscia transversalis)

Composto por:
Borda lateral do m reto abdominal
Vasos epigastricos inferiores
Ligamento inguinal

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11
Q

Hérnia inguinal direta e indireta. Qual é congênita e qual adquirida?

A

Adquirida - direta

Congênita - indireta

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12
Q

Hérnia femoral - mais comum …3)

A

Mulheres
Lado direito (esquerdo protegido pelo sigmoide)
Encarcerar

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13
Q

Classificação de NYHUS das hérnias abdominais

A
I. Indireta com anel interno normal 
II. Indireta com anel interno dilatado
III. Defeito na parede posterior
a. Direta
b. Indireta
c. Femoral
IV. Recidivante:
a. Direta / b. Indireta / c. Femoral / d. Mista
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14
Q

Como tratar hérnias inguinofemorais?

A
  1. Redutível: cirurgia eletiva
  2. Encarcerada: tentativa de redução manual / cirurgia de urgência se refratário ou risco de complicação (estrangulação após 6 horas, obstrução intestinal)
  3. Estrangulada: cirurgia de emergência (inguinotomia, se reduzir na anestesia precisa ser laparotomia xifopub)
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15
Q

Qual o princípio da cirurgia de correção das hérnias?

A

Abordagem anterior com reforço posterior

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16
Q

Quais os tipos de reforço posterior das hérnias inguino-abdomnais?

A
  1. Shouldice: embricamento muscular
  2. Lichtenstein: uso de tela livre de tensão
  3. McVay: para hérnias femorais - ligamento de Cooper
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17
Q

Hérnia de Richter - qual é?

A

Pinçamento da borda antimesenterica - isquemia sem obstrução

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18
Q

Hérnia de Littre - qual é?

A

Contem diverticulo de Meckel

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19
Q

Hérnia por deslizamento

A

Conteúdo se torna parte do saco herniado

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20
Q

Quais os componentes do Índice de Risco Cardíaco Revisado (ou índice de Lee)?

A
  1. Coronariopatia
  2. IC descompensada
  3. DM uso de insulina
  4. DRC com Creat > 2,0
  5. AVE/AIT
  6. Cirurgia torácica, abdominal ou vascular supra inguinal
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21
Q

A partir do índice de risco cardíaco revisado, qual conduta tomar?

A
  • menos que 2 preditores: libera para cirurgia

- dois ou mais preditores: solicitar avaliação de capacidade funcional Cardiaca

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22
Q

Como avaliar capacidade funcional cardiaca sem exame? Qual o limiar mínimo para cirurgia?

A
  1. <4 Mets: comer, vestir, andar em casa
  2. 4-10 Mets: trabalho doméstico, andar rápido, subir lance de escadas
  3. > 10 Mets: atividade física intensa

Libera quando maior ou igual a 4 Mets

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23
Q

Quando a avaliação de capacidade funcional não for capaz de liberar para cirurgia, o que solicitar?

A

Teste de estresse farmacológico (teste cardíaco não invasivo - ECO)

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24
Q

Duas maneiras de minimizar risco cirúrgico quando IRCR alto?

A
  1. Beta bloqueador pelo menos mais de um dia antes

2. Estatina se cirurgia vascular

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25
Quatro situações que impedem cirurgia!
1. IC descompensada 2. Angina instável 3. Valvopatia grave 4. Arritmia grave
26
Classificação ASA
1 - saudável 2 - doença sistêmica sem limitação ou tabagista 3 - doença sistêmica com limitação sem incapacidade ou IAM prévio 4 - limita e incapacidade (IC grave) 5 - moribundo (espera a morte) 6 - morte cerebral E = emergencial
27
Quais exames pre operatórios solicitar relacionados ao paciente e ao procedimento?
1. Procedimento - coagulograma se estimativa de perda > 2 litros, Neuro/cardio/tórax - raio x de tórax se cirurgia cardíaca/tórax 2. Paciente - < 45 anos: NADA - 45-54: ECG em homens - 55-70: ECG e hemograma para todos - > 70 anos: ECG, hemograma, eletrólitos, glicemia e função renal + relacionados a alguma doença de base
28
Quais medicações de uso crônico manter até mesmo no dia da cirurgia? (3)
1. Corticoide (inclusive aplicar durante e após cirurgia) 2. Insulina (reduzir apenas dose para 2/3 da NPH ou 1/2 da Lantus) 3. Antihipertensivos
29
Quais medicações suspender e quando? (5)
1. Antidiabeticos orais - no dia da cirurgia - metformina 2 dias antes 2. AINES - até 3 dias antes 3. Antiagregantes - 7 a 10 dias antes - AAS pode manter 4. Novos anticoagulantes - 2 dias antes 5. Warfarina - 5 dias antes e avaliar INR - libera para cirurgia se menor igual 1,5 - se precisa anticoagulação: introduzir heparina (HNF até 6 horas antes, HBPM 24 horas antes) - retorna 24 horas após
30
INR inadequado para cirurgia, como proceder?
1. Cirurgia eletiva: vitamina K e aguarda cirurgia em algumas horas 2. Cirurgia de urgência: complexo protrombinico ou plasma e segue para cirurgia
31
Qual a classificação Cirurgica quanto a contaminação?
Limpa - não penetra em TGI/biliar/urinário/respiratório Limpa-contaminada ou potencialmente contaminada: penetra controladamente, sem extravasamento Contaminada: penetra sem controle : “ite” sem pus, trauma recente Infectada: “ite” supurada, trauma antigo, contaminação fecal por mais de 4 horas
32
Quando fazer profilaxia antibiótica nas cirurgias?
30-60 minutos antes da incisão
33
Quando fazer profilaxia em cirurgia limpa?
Quando mexer com osso ou colocar prótese!
34
Pre requisitos para retirada de colar cervical (5)
1. Glasgow 15 2. Sem dor a palpação 3. Mobiliza 45 graus para os dois lados 4. Sem déficit neuro 5. Sem uso de alcool ou drogas
35
Indicações de IOT (4)
1. Glasgow ≤ 8 2. Apneia 3. Vômitos incoercíveis ou grande quantidade de sangue 4. Incapacidade de manter oxigenação
36
Contraindicação para intubação naso (2)
1. Fratura de base | 2. Apneia
37
Indicação de TQT no trauma
Suspeita de fratura de laringe: - enfisema - palpação instavel - rouquidão
38
Medida inicial de reposição volemica no choque
1l no adulto 20ml/kg na crianca SF ou RL aquecidos
39
Classificação de choque em graus
I - PA normal / FC normal / Perda < 750ml ou 15% - reposição SF/RL II - PA normal / FC > 100 / Perda ≥ 750ml ou ≥ 15% - reposição inicial SF - sem resposta = CH III - Pa baixa / FC > 120 / Perda ≥ 1500ml ou 30% - SF/RL + sangue IV - PA baixa / FC > 140 / Perda ≥ 2000ml ou 40% - TRANSFUSÃO MACIÇA
40
Como se da a transfusão maciça?
10 concentrados em > 24 horas | 4 concentrados em 1 hora
41
Quando submeter paciente a IOT na contusão pulmonar?
Hipoxemia apesar de medidas: | Sat < 90% ou paO2 < 60
42
Indicações de toracotomia de emergencia na sala do traumas
1. Drenagem imediata > 1500ml 2. Drenagem mantida > 200ml em 2-4 horas 3. Necessidade continua de CH
43
Quando retirar um dreno de tórax? (2)
1. Pulmão completamente reexpandido | 2. Não borbulhamento do dreno por 48-72h
44
Quando suspeitar de trauma de aorta? (4)
1. Mediastino > 8cm 2. Fratura de 1-2 arcos costais 3. Desvio traqueia para direita 4. Perda do contorno aórtico
45
Quando um LPD é positivo?
1. Aspirado inicial ≥ 10ml de sangue ou conteúdo digestivo 2. Após lavagem: - > 500 Leuco - > 100.000 hemacias - Gram positivo - Presença de bile ou fibras alimentares
46
5 indicações imediatas de laparotomia No trauma
1. Trauma penetrante: Evisceração / Choque / Peritonite | 2. Trauma fechado: Peritonite / (Retro)pneumoperitonio
47
Sequência de atendimento do trauma penetrante nao cirurgico
FAF: - face anterior do abdome = laparotomia - flanco / dorso e estável = TC antes FAB: - exploração digital primeiro - exploração negativa = alta - exploração positiva ou duvidosa = jejum, exame físico seriado, hemograma 8/8h - manteve sem alterações = alimenta e alta - abdome virou cirurgico = laparotomia - queda > 3Hb ou leucocitose = FAST / LPD / TC abdome
48
Sequência de atendimento no trauma fechado nao cirurgico
1. Paciente estável: - TC abdome com contraste (pode fazer o FAST antes) 2. Paciente instavel: - Não politrauma (abdominal exclusivo): laparotomia - Politrauma: LPD/FAST
49
Hipertensão Intraabdominal - Graus Sindrome compartimental abdominal - definição
Grau 1: PIA 12-15 Grau 2: PIA 15-20 Grau 3: PIA 21-25 Grau 4: PIA > 25 SCA: PIA ≥ 21 com disfunção orgânica (insuficiencia renal ou respiratória, dificuldade de ventilação, hipotensão, hipertensão intracraniana)
50
Tratamento da síndrome compartimental abdominal
1. Grau III: medidas conservadoras inicialmente (SNG, HV cautelosa, analgesia, sedação, drenagem de coleção) - refratario = descompressão 2. Grau IV: sempre descompressão + medidas clinicas
51
3 causas de febre no Peroperatório
1. Infecção pre-existente 2. Reação a droga ou transfusão 3. Hipertermia maligna
52
Causa, 3 consequências e tratamento de hipertermia maligna
Causa: reação por anestésico inalatório ou succinilcolina levando a alto influxo de calcio para celulas musculares Consequências: 1. Hipercapnia e acidose 2. Rabdomiólise e hipercalemia 3. Hipertermia com elevação 1 grau a cada 5 minutos Tratamento: - cessar fármaco - bicarbonato - Dantrolene
53
Duas causas de febre no PO imediato
1. Atelectasia | 2. Infecção necrosante por Strepto pyogenes ou Clostridium
54
3 fases da cicatrização
1. Inflamatória 2. Proliferativa / regeneração 3. Maturação / remodelamento
55
Principais eventos da fase inflamatória de cicatrização
1. Inicio com hemostasia e aumento de permeabilidade vascular 2. Chegada inicial de neutrofilos 3. Exsudato fibronoso 4. Chegada de macrófagos -> liberam TGF-Beta 5. Chegada de linfócitos T -> liberam INF-gama -> estimulo para fibroblastos
56
Eventos da fase de regeneração / proliferativa de cicatrização
1. Estímulo de fibroblastos com deposição de colágeno III | 2. Angiogenese
57
Eventos da fase de maturação da cicatrização
Miofibroblastos | Troca de colágeno 3 ou colágeno 1
58
Definição de grande queimado (6)
1. SCQ ≥ 10% de segundo grau 2. Qualquer % de terceiro grau 3. Lesão por inalação 4. Queimadura química ou elétrica grave 5. Envolvimento de mãos, pés, face, genitália, períneo ou grandes articulações 6. Doença clínica que possa descompensar
59
Dois tipos de lesão decorrentes de queimadura em face/pescoço
1. Lesão térmica de vias aéreas superiores - causada por fumaça quente - estridor, rouquidão, edema - IRPA precoce - IOT se grande edema, pO2 < 60, pCO2 > 50, relação < 200 2. Lesão por inalação - causada por dejetos - sibilos, escarro carbonáceo - IRPA em 24 horas - NBZ com b2 e heparina (?)
60
2 complicações de incêndios em ambientes fechados
1. Intoxicação por CO - rebaixamento de consciência, cefaleia - diagnostico por dosagem de carboxihemoglobina - tratamento: aumentar FiO2 ou camara hiperbarico 2. Intoxicação por CN - rebaixamento de consciência, pele vermelha cereja (não utiliza O2, esta cheio de O2) - diagnostico: dosagem de cianeto e aumento de lactato - tratamento: hidroxicobalamina (B12) e tiosulfato de sódio
61
Cálculo da Hidratação em Queimados
Volume RL: Peso x SCQ x 4 (Parkland) ou 2 (ATLS) -> total em 24h - metade em 8h - metade em 16h —-> analgesia com opioide EV —-> MANTER DIURESE > 0,5ML/KG/H
62
Queimadura de segundo grau 1. Camada atingida 2. Aspecto da lesão 3. Tratamento
1. Atinge derme - superficial (papilas) - profunda (reticular) 2. Lesão eritematosa ou rósea (mais pálida conforme profunda), com bolhas, menos dor conforme mais profunda 3. Superficial: limpeza, ATB tópico (sulfadiazina de prata) / Profunda: enxerto cutâneo
63
Queimadura de quarto grau - o que é? - complicações e condutas?
1. Queimadura elétrica grave 2. Rabdomiolise (forçar diurese > 2ml/kg/h com manitol, alcaliniza urina com bic) / Sindrome compartimental (dor ao estiramento passivo do musculo, fasciotomias)
64
5 fatores que prejudicam a cicatrização de feridas
1. Infecção local (>10 elevado 5 bactérias/grama) 2. Hipoxemia (tabagismo, doença vascular) 3. DM 4. Desnutrição com hipoalbuminemia < 2 5. Idade avançada
65
Três sinais/sintomas da doença de Whipple
1. Síndrome disabsortiva 2. Miorritmia oculomastigatória (PATOGNOMÔNICO) 3. Artralgia/artrite
66
Confirmação diagnóstica de Whipple
Biópsia duodenal com macrófagos PAS +
67
Tratamento de Whipple:
1. Ataque com 2 semanas de ceftriaxone | 2. Manutenção por 1 ano com bactrim
68
Base Fisiopatologia da doença celíaca e mutação predisponente
1. HLA-DQ2-DQ8 | 2. Inflamação da mucosa do intestino delgado
69
Duas formas de apresentação clínica da Doença Celíaca - e em criancas?
1. Clássica: síndrome disabsortiva típica, com diarreia alta 2. Oligossintomatica: desnutrição (perda de prot/CH/gord), osteopenia (queda VIT D), ANEMIA FERROPRIVA REFRATÁRIA (principal causa, logo depois sindrome nefrótica) Em crianças: hipotrofia glútea/miopatia, depressão, ataxia, inflamação a distancia
70
4 associações autoimunes com celíaca
1. DM1 2. Hashimoto 3. Dermatite herpetiforme 4. Deficiencia de IgA
71
Diagnóstico de doença celíaca (2)
1. Diagnóstico provavel: anticorpo IgA positivo + BX duodenal com atrofia de vilosidades e hipertrofia de criptas 2. Diagnóstico confirmado: 18 semanas de dieta sem glúten com melhora clínica e anticorpo negativo! Não precisa de nova biópsia!
72
Complicação intestinal de celíaca
Linfoma intestinal
73
3 aspectos anatomopatológicos da RCU e sua principal localização
1. Limitada a mucosa 2. Ascendente e contínua 3. Limitada ao reto e cólons (não acomete anus/delgado) Mais frequente: retosigmoide (50%) e colite esquerda (30%)
74
4 alterações clínico-patológicas da RCU
1. Erosões da mucosa com sangramento 2. Perda de haustrações (lesão em cano de chumbo) 3. Pseudopólipos pós inflamatórios 4. Microabscessos e criptite em biópsia
75
3 características anatomopatológicas da DC e sua principal localização
1. Acomete todo TGI 2. Padrão transmural 3. Caráter descontínuo e saltatório Principal acometido: ileocolite (50% em FID simulando apendicite) e doença perineal (33%)
76
6 alterações clínico-patológicas da DC
1. Granulomas não caseosos em biópsia (PATOGNOMÔNICO) 2. Lesão em pedras de calçamento 3. Ulceras aftoides (manifestação mais precoce) 4. Estenoses 5. Fissuras 6. Fístulas
77
Manifestações extra-intestinais da RCU (3)
1. Colangite esclerosante primária -> marca atividade de doença 2. Uveíte 3. Pioderma gangrenoso (principalmente face dorsal de pés e pernas, inicio com pústula que expande e se ulcera)
78
Manifestações extra-intestinais da DC
1. Eritema Nodoso -> marcador de atividade 2. Uveíte 3. Espondilite anquilosante -> se artrite é marcador de atividade 4. Cálculos renais e biliares -> associado a atividade de doença
79
Complicação em DII (2) - ambos principalmente em RCU
1. Megacólon tóxico - > Febre, distensão e dor abdominal, hipotensão - > Leucocitose, RX com transverso > 6cm - > Tratamento: ATB + Corticoide EV + Ciclosporina EV 24-48h - > Refratários: proctocolectomia + Hartmann (sangramento refratário tb indica) 2. Cancer colorretal - > Iniciar rastreio após 8-10 anos de doença com COLONO + BIÓPSIA ANUAIS - > Displasia de alto grau ou carcinoma = COLECTOMIA TOTAL
80
Tratamento clínico da DII (4)
1. Mesalazina/Sulfassalazina: doença distal, VO ou retal 2. Corticoide: apenas no ataque, VO/EV/retal 3. Imunossupressores: MTX/AZA/CiclosporinaEV 4. Inibidores de TNF-alfa: infliximab/adalimumab
81
4 indicações de tratamento cirurgico na DII e quais cirurgias realizar
1. RCU: - Megacólon tóxico ou sangramento refratários - Displasia de alto grau ou cancer —> Proctocolectomia com ileostomia ou Colectomia total com anastomose entre bolsa ileal e reto/anus 2. DC: - Fissuras ou fístulas refratárias - Estenoses com obstrução intestinal —-> Ressecção do segmento acometido ou estenosoplastia
82
7 sinais de alarme na diarreia aguda para entrar com ATB - qual ATB?
1. Imunocomprometidos 2. Idosos ≥ 70 anos 3. Uso recente de ATB 4. Febre ≥ 38,5 5. Não melhora em 48 horas 6. Sangue nas fezes 7. Desidratação aguda —-> Quinolonas são a primeira escolha!
83
Principais protozoários causadores de diarréia em imunocompetentes (2), seus ciclos, quem tratar e qual esquema
1. Estamoeba histolytica e Giárdia lamblia - > contaminação oral-fecal, ingesta de cistos, trofozoítas no intestino, cistos nas fezes - > pesquisa de cistos no EPF - > TRATAR TODOS, ATÉ ASSINTOMÁTICOS - > Secnidazol, tinidazol, metronidazol, nitazoxanida - > albendazol 5d cobre giárdia, mas sem atividade contra ameba
84
Diferenças clínicas entre giardíase e amebíase
1. Amebíase - > Diarreia baixa - invasiva em cólon - > Disenteria, abscesso hepático NÃO ICTÉRICO (diferencial com abscesso bacteriano) - > Ameboma (granuloma intestinal com amebas, diferencial de cancer de cólon) - > NÃO TRATAR AS COMENSAIS 2. Giardíase - > Diarreia alta, não invasiva - > Atapetamento da mucosa de delgado, levando a disabsorção (diferencial com celíaca)
85
Ameba e giárdia cursam com eosinofilia?
NAAAAAAO
86
Quadro clínico, diagnóstico e tratamento da Toxocaríase
1. Clinica: Loeffler, Hepatomegalia, eosinofilia intensa, febre 2. Diagnóstico: Elisa 3. Tratamento: albendazol + corticoide (inflamação intensa)
87
Ancilostomíase - quadro clínico e local que habita
1. Delgado | 2. Loeffler, rash cutâneo migratório (larva penetra), anemia ferropriva pelo sangramento duodenal
88
Estrongiloidíase 1. Quadro clínico e complicação na imunossupressão 2. Diagnóstico 3. Tratamento
1. Loeffler, rash cutâneo, —-> Imunossupressão a larva intestinal se torna infectante, causando autoinfestação com doença disseminada (normalmente o ovo eclode no intestino e a larva é liberada solo para se tornar infectante, na imunossupressão a larva evolui no próprio intestino) 2. Pesquisa de larva nas fezes (BAERMANN-MORAES) 3. Primeira linha: ivermectina
89
Crohn leve em uso de mesalazina e não respondeu, próximo passo?
Adicionar ATB e ver resposta! Se nao responder coloca corticoide!
90
Classificação da gravidade da DC
1. Leve a moderada 2. Moderada a grave: perda peso >10%, anemia, não respondeu ao tratamento inicial, sinais de inflamação sistemica, vômitos persistentes, dor e hipersensibilidade abdominal 3. Grave a fulminante: caquexia, toxemia, indícios de abscesso intra abdominal, peritonite...
91
Classificação de gravidade da RCU
1. Leve: ≤ 4 evacuações/dia, sem sinais de inflamação sistêmica, cólicas leves 2. Moderada: > 4 evacuações/dia, anemia discreta, dor abdominal moderada. Discretos sinais de inflamação sistêmica (febre baixa). Não há desnutrição. 3. Grave: ≥ 6 evacuações/dia, dor abdominal intensa, inflamação sistemica exuberante, anemia grave, desnutrição
92
Critérios de Roma IV para Síndrome do Intestino Irritável
1. Dor abdominal pelo menos 1 dia na semana pelos últimos 3 meses + 2 dos seguintes: - > dor relacionada a evacuação - > alteração na frequencia de evacuações - > alteração na forma das fezes
93
Células delta do pâncreas produzem qual hormônio? Qual sua função?
Somatostatina - inibição da secreção pancreática - estímulo a contração da vesícula biliar
94
Retinopatia em pancreatite aguda
Purstcher-like (exsudatos algodonosos)
95
Diagnóstico de pancreatite aguda
2/3 critérios: - > quadro clínico com dor abdominal sugestiva - > elevação em 3x normal de enzimas pancreáticas (amilase > 160 / lipase > 140 - Amilase volta ao normal primeiro, lipase é mais específica) - > TC com imagem sugestiva
96
Quando solicitar TC na pancreatite?
1. Após 48-72 horas do quadro 2. Quadro muito grave de início 3. Quadro em piora
97
Quando abordar um pseudocisto pancreático?
Após 4 semanas quando: 1. Compressão de estruturas (principalmente estômago) 2. Rotura levando a ascite 3. Hemorragia
98
Definição de hepatite fulminante
Evolução para encefalopatia em menos de 8 semanas
99
Quando suspeitar de mutante pré-core de HBV?
HbeAg negativo com HBsAg positivo e grande elevação de transaminases
100
Formas de evolução da hepatite B crônica
1. Evoluir para cirrose e depois para CHC | 2. Evolução direta para CHC
101
7 indicações de tratamento da Hepatite B
1. Aguda: hepatite fulminante ou coagulopatia grave 2. Cronica: - > HbeAg positivo com > 30 anos ou Com TGP > 2x LSN/lesão em biópsia ou elastografia - > HbeAg negativo com mutação pré-core - > IMUNOSSUPRIMIDOS - > Manifestações extra-hepáticas - > Coinfecção com HCV/HIV - > Histórico familiar de CHC
102
Esquema de primeira linha para tratamento de HBV e tratamento alternativo.
1a linha geral: Tenofovir Alternativa: alfapeginterferon
103
Evolução da hepatite C crônica
Hepatite C crônica (80% infectados) -> cirrose hepática (30%) -> CHC (10%)
104
Esquema geral de tratamento da HCV
1. Sofosbuvir + daclastavir +/- ribavirina | - 12 a 24 semanas
105
Triângulo de Calot - estruturas que o delimitam e o que está em seu interior
Limites: ducto cístico, ducto hepático comum, borda hepática Conteúdo: artéria cística
106
3 tipos de cálculos biliares
1. Amarelos: formados na vesícula, só contem colesterol, FR tudo que aumenta colesterol 2. Pretos: formados na vesícula, radiopacos, hemólise crônica/cirrose hepática 3. Castanhos: primários do colédoco
107
5 indicações de colecistectomia em colelitíase assintomática
1. Vesícula em porcelana 2. Cálculo > 2,5-3,0cm 3. Anemia hemolítica 4. Pólipo 5. Vesícula dupla
108
Padrão ouro para diagnóstico de colecistite
Cintilografia biliar com tecnécio -> ausência de captação na vesícula
109
Achados no USG em colecistite
1. Parede espessada >3mm 2. Cálculo impactado em infundíbulo 3. Sinal de Murphy “ultrassonográfico”
110
3 formas de perfuração na colecistite aguda
1. Perfuração livre: coleperitônio -> cirurgia de urgência 2. Perfuração bloqueada (abscesso) -> avaliar colecistostomia 3. Fístula intestinal: íleo biliar com obstrução intestinal
111
Tríade de Riegler do íleo biliar
1. Cálculo ectópico 2. Pneumobilia 3. Obstrução intestinal
112
4 classificações de Mirizzi
I - sem fístula II - com fístula até 1/3 da circunferência do ducto III - com fístula até 2/3 da circunferência do ducto IV - fístula biliobiliar em toda circunferência do ducto
113
Quando suspeitar de colecistite alitiasica
1. Paciente em UTI ou politraumatismo, NPT ou jejum prolongado 2. Febre e leucocitose sem foco -> solicitar USG de abdome
114
Como investigar coledocolitíase em quem tem colelitíase?
Depende da avaliação de risco! CPRE é melhor em quem tem alta probabilidade! 1. Alto risco: icterícia flutuante ou USG mostrando cálculo no colédoco -> CPRE 2. Médio risco: colédoco ≥ 5mm com pelo menos 2 dos seguintes: aumento de BT/FA/Transaminases/pancreatite + colangite -> ColangioRNM 3. Baixo risco: mesmos fatores anteriores com colédoco < 5mm -> CPRE peroperatória 4. Muito baixo risco: nenhum fator anterior -> colecistectomia VLP apenas
115
Tratamento da coledocolitíase
1. Descoberto no pré-op: CPRE + papilotomia 2. Descoberto no intra-op: exploração de VB 3. Múltiplos cálculos ou intrahepáticos: derivação biliodigestiva
116
Tríade de Charcot e Pêntade de Reynolds
1. Febre 2. Icterícia 3. Dor abdominal 4. Rebaixamento nível consciência 5. Hipotensão
117
Colangite grave (pentade), qual a conduta?
Antibioticoterapia + descompressão VB imediata
118
Tumor de Klatskin - qual é? Quadro cínico?
Colangiocarcinoma proximal (perihilar) -> icterícia progressiva com vesícula impalpável
119
Classificação de Bismuth - onde é usada?
Tumor de Klatskin ``` I - Só hepático comum II - Junção dos hepáticos IIIA - Atingiu até hepático Direito IIIB - Atingiu até hepático Esquerdo IV - Ambos hepáticos ```
120
Quando iniciar dieta em íleo paralítico?
1. Quando mostrar sinais de melhora: retorno de gases e fezes Iniciar com dieta líquida, suspender hidratação EV
121
2 tratamentos em Síndrome de Ogilvie
1. Neostigmina 2,5mg -> cuidado com bradicardia, deixar monitorizado, reverte com atropina 2. Colono descompressiva quando CECO > 11-13cm refratário
122
3 pontos de obstrução mecânica do TGI e suas causas
1. Infância: bezoar, ascaris, hérnia, invaginação 2. Delgado: BRIDAS, neoplasia, hérnia, íleo biliar 3. Cólon: volvo, neoplasia, diverticulite
123
Investigação inicial AAO
1. Toque retal: funcional/fecaloma/massa 2. RX abdome ortostase/decúbito - > Delgado: empilhamento de moedas/pregas coniventes/dilatação central - > Cólon: hastrações colônicas/dilatação periférica
124
Síndrome de Bouveret
Semelhante a íleo biliar, porém cálculo impactado no duodeno/piloro.
125
3 indicações de cirurgia de urgência em obstrução intestinal
1. Obstrução completa 2. Isquemia/estrangulamento 3. Irritação peritoneal
126
Tratamento do volvo de sigmoide
1. Não complicado: tentativa de reversão endoscópica, para não ter recidiva = sigmoidectomia eletiva 2. Complicado: sigmoidectomia a Hartmann
127
Diagnóstico de Invaginação intestinal
1. Em adultos: TC abdome | 2. Crianças/alternativas: USG com sinal do alvo / enema opaco com sinal da Lua Crescente
128
Associação de malformações com atresia duodenal
1. Agenesia de vesícula e atresia biliar 2. Malformações cardíacas/renais/vertebrais 3. Malformação do plexo mioentérico 4. Síndrome de Down
129
Formas aguda e crônica de lesão intestinal pós-actínica
1. Aguda: após 3-4 semanas de RT, lesão tecidual direta e inflamação - > diarreia, dor abdominal e má absorção 2. Crônica: principalmente idosos, QT, cirurgia junto - > obstrução intestinal, fibroses e vasculite intestinal, abscesso e supercrescimento bacteriano
130
3 indicações de cirurgia de urgência por corpo estranho
1. Baterias 2. Objeto pontiagudo 3. Maior que 5cm
131
Síndrome de Wilkie ou Síndrome da Artéria Mesentérica Superior
1. Obstrução da terceira porção do duodeno pela artéria mesentérica superior 2. Típica de jovens com importante perda ponderal (bariátrica/anorexia) 3. Exame contrastado com interrupção entre duodeno e jejuno
132
Tríade de Borchardt do volvo Gástrico
1. Dor intensa, constante e repentina 2. Regurgitações frequentes com pouco vômito 3. Impossibilidade de passagem de SNG
133
Doença de Hirschprung - quando suspeitar/fisiopatologia/diagnóstico
1. Falência de expulsão do mecônio após 24HV, com BLAST SIGN (saída explosiva de gases e fezes ao toque retal) 2. Agenesia dos plexos nervosos intestinais, levando a contração hipertônica em reto e esfincter interno, com consequente dilatação de todo intestino acima 3. Diagnóstico via biópsia retal com ausência de células ganglionares, aumento de atividade de acetilcolinesterase
134
4 causas de isquemia mesentérica aguda
Principal: EMBOLIA!!! (FA, IAM recente) - > Vasocontrição - > Trombose arterial - > Trombose venosa
135
Diagnóstico e padrão ouro para isquemia mesentérica aguda
1. Mais usado: angioTC | 2. Padrão ouro: arteriografia
136
Colite isquêmia - fisiopatologia, diagnóstico e tratamento
1. Hipoperfusão tecidual levando a isquemia colônica, típica de idoso em choque na UTI 2. Diagnóstico: enema opaco com Thumbprinting (sinal de impressões digitais) ou retosigmoidoscopia com edema e ulceras 3. Tratamento: suporte clínico, tentar reverter hipoperfusão, cirurgia se sangramento, colite fulminante ou peritonite.
137
Tríade clínica na intoxicação por Chumbo
1. Abdome agudo (acumulo tóxico no peritonio - dor difusa) 2. Anemia hipo-micro com reticulocitos aumentados 3. Alteração neurológica aguda com demencia
138
Achado extra em intoxicação por chumbo
Linha gengival de Burton
139
Diagnóstico e tratamento da intoxicação por chumbo
1. Chumbo sérico > 25 | 2. Quelantes: EDTA/DMSA
140
Quadro clínico da porfiria intermitente aguda
1. Dor abdominal difusa 2. Hiperatividade simpática 3. Distúrbio psiquiátrico 4. Neuropatia periférica, convulsões, coma
141
Precipitantes de crise de porfiria aguda intermitente
1. Alcool 2. Tabaco 3. Drogas 4. Chumbo 5. Cirurgia/infecção
142
Diagnóstico e tratamento da porfiria intermitente
1. ALAu elevado ou PBG (porfobilinogênio) urinÁrido > 50mg/dia 2. Hematina/Arginato heme / Carboidratros (SG 10%)
143
Avaliação e conduta na pancreatite crônica a partir do Ducto de Wirsung
1. Wirsung dilatado: pancreatojejunostomia latero-lateral (Puestow modificado) 2. Wirsung normal: doença de pequenos ductos, sem conduta cirurgica
144
3 fases da febre tifóide e seus períodos
1-2 semanas: BACTEREMIA (placas de Peyer) - > Maior positividade de hemoculturas - > Sinal de Faget 2-3 semanas: HIPERRREATIVIDADE -> desaparecimento da bactéria de circulação, mantém presente em outros sítios —> roséola —> hepatoesplenomegalia —> torpor ——> MIELOCULTURA É O MAIS SENSÍVEL, BIÓPSIA OU SOROLOGIA ≥4 semanas: CONVALESCENÇA -> Cura ou portador crônico
145
Esquema de profilaxia pós exposição de HAV
1. Até 2 semanas após contato 2. Para contactos íntimos: sexual, domicilio, institucional 3. ≥ 1 ano = vacina / menor = Ig
146
Doença de Wilson 1. Diagnóstico 2. Quadro clínico 3. Tratamento
1. Aumento do cobre sérico ou urinário / diminuição de ceruloplasmina 2. Hepatopatia, parkinsonismo e sintomas SNC, anéis de Kayser-Fleischer em paciente jovem tipicamente 3. Quelantes de cobre: trientina / D-penicilamina
147
6 “Hs” da hemocromatose
1. Hiperpigmentação Cutânea 2. Heart - Insuficiencia cardíaca 3. Artrite 4. Hiperglicemia 5. Hepatopatia 6. Hipogonadismo