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Flashcards in Dermatoses gestacionais Deck (34)
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1
Q

Penfigóide gestacional (ou herpes gestacional)

A

Doença vesico bolhosa autoimune
Dermatose comum da gestação, de caráter imunológico (sem relação com herpes viral).
Caracterizada pela presença de placas pruriginosas e urticariformes, contém também vesículas que começam no abdome e podem se estender, modificando-se em erupção bolhosa generalizada.
*Geralmente inicia-se em região peri umbilical.

2
Q

Diagnóstico histológico do penfigóide gestacional

A

Imunofluorescência direta ou biópsia
Depósito de complemento na membrana basal (c3) juntamente com eosinófilos provocando a dissolução das junções entre a epiderme e a derme.
IgG especifico contra a membrana basal epidérmica.
Presença de anticorpos anti-HLA: ALTA agressão imunológica durante a gravidez.

3
Q

Penfigóide gestacional (ou herpes gestacional) geralmente surge no primeiro trimestre.

Verdadeiro ou falso?

A

FALSO

Geralmente surge no terceiro trimestre, na época do parto, mas pode surgir no 2º e já foi relatado no 1º (raro)

4
Q

O Penfigóide gestacional é associado a que outras doenças gestacionais?

A

Mola hidatiforme ou coriocarcinoma.

Além de aumentar as chances de desenvolvimento de doença de Graves

5
Q

Quadro clínico Penfigóide gestacional

A

Prurido na região periumbilical
Pápulas eritematosas, urticariformes no abdome.
Disseminação gradual pelo tronco, dorso, nádegas e membros
Não acomete face, couro cabeludo e muito raramente mucosas
*Localização atípica em palmas das mãos, planta dos pés e extremidades.

6
Q

Evolução Penfigóide gestacional

A

Após uma semana do surgimento das placas, surgem vesículas e bolhas sobre elas, com conteúdo citrino com hemácias (coloração rosada)

7
Q

Repercussões do Penfigóide gestacional no neonatos

A

10% dos RN nascem com lesões discretas e autolimitadas.

8
Q

Diagnóstico Penfigóide gestacional

A

Eosinofilia tecidual, clivagem subepidérmica com infiltrado inflamatória perivascular linfocitário

9
Q

Tratamento Penfigóide gestacional

A

Prednisona/Prednisolona 0,5 a 1 mg/kg/dia VO
Anti- histamínicos sistêmicos e corticóides tópicos geralmente são ineficazes
*Remissão após o parto

10
Q

A erupção polimorfa da gravidez (pápulas e placas urticariformes da gravidez) geralmente atingem primigestas no 3º trimestre.

Verdadeiro ou Falso?

A

VERDADEIRO

11
Q

Etiologia da erupção polimorfa da gravidez (pápulas e placas urticariformes da gravidez)

A

Desconhecida

*Pode ter relação com hormônios (inclusive sexuais) e com reações imunológicas.

12
Q

Quadro clínico erupção polimorfa da gravidez (pápulas e placas urticariformes da gravidez)

A

Erupção polimorfa: múltiplas pápulas ou placas urticarianas eritematosas pruriginosas que evoluem para pápulas vesiculosas, purpúricas, em “alvo” ou circinadas.

13
Q

Principais locais de aparecimento da erupção polimorfa da gravidez (pápulas e placas urticariformes da gravidez)

A

Abdome, SOBRE AS ESTRIAS (pápulas eritematosas de 1 a 2 mm, circundadas por uma halo isquêmico)
Coxas, nádegas, braços e mamas.
Costumam poupar palmas das mãos e planta dos pés.

14
Q

Diagnóstico erupção polimorfa da gravidez (pápulas e placas urticariformes da gravidez)

A
  • Laboratorial: sem alterações
  • Histologia: Paraceratose e espongiose, com permeio de eosinófilos
  • Clínica
15
Q

Diagnóstico Diferencial erupção polimorfa da gravidez (pápulas e placas urticariformes da gravidez)

A
Penfigoide gestacional
Prurido e foliulite da gravidez 
Dermatite de contato
Farmacodermias
Pitiríase rósea
16
Q

Tratamento erupção polimorfa da gravidez (pápulas e placas urticariformes da gravidez)

A

Involução espontânea até 6 semanas após o parto.

Corticoides tópicos
Anti-histamínicos sistêmicos sedantes (dexclorfeniramina, loratadina)
Loções antiprurinosas

17
Q

Colestase da gravidez (prurido gravídico)

A

Prurido autotóxico, difuso, mais comum no terceiro trimestre de intensidade variável e com tendência a ser generalizado e persistente, desaparecendo após o parto

18
Q

Etiologia Colestase da gravidez (prurido gravídico)

A

Pouco esclarecida

fatores alimentares, hormônios, genética, meio ambiente

19
Q

Época de aparecimento Colestase da gravidez (prurido gravídico)

A

Fase tardia da gravidez

20
Q

Quadro clínico Colestase da gravidez (prurido gravídico)

A

Prurido nas palmas das mãos e plantas dos pés ou generalizado
Exacerbação noturna
Escoriações pela coceira
Astenia
Náuseas, vômitos e anorexia
1 a 4 semanas após o prurido aparece a icterícia
Urina escura e fezes claras
Pode ocorrer fenômenos hemorrágicos pela deficiência de Vit K

21
Q

Resolução Colestase da gravidez (prurido gravídico)

A

2 a 4 semanas após o parto

22
Q

Diagnóstico Colestase da gravidez (prurido gravídico)

A
Elevação dos ácidos biliares (mais sensível)
Elevação de:
Transaminases
Fosfatase alcalina 
Triglicerídeos e fosfolípides
Lipoproteínas
Gamaglutamiltransferases
Bilirrubina direta
E diminuição de albumina
23
Q

Diagnósticos Diferenciais Colestase da gravidez (prurido gravídico)

A
Hepatites (virais e medicamentosas)
Obstrução biliar
Cirrose biliar
Hipertireoidismo
Hipersensibilidade
Policitemia vera
Escabiose
24
Q

Manejo Colestase da gravidez (prurido gravídico)

A

Monitorização fetal a partir de 34 semanas
Indução do parto com 37-38 semanas
Loções antipruriginosas com mentol
Emolientes tópicos
Fototerapia com UVB
ÁCIDO URSODESOXICÓLICO (diminui ácidos biliares)

25
Q

Riscos para as crianças de mães com Colestase da gravidez (prurido gravídico)

A

Prematuridade, mecônio no líquido amniótico e perdas fetais

26
Q

Erupção atópica da gravidez (Prurido gestacional de Bernier)

A

rash com intenso prurido de curso benigno e autolimitado que ocorre em pacientes atópicos ou com histórico familiar de atopias (asma, rinite, eczemas), ocorre principalmente no 3º trimestre da gestação e tem resolução no pós-parto

27
Q

Lesões da Erupção atópica da gravidez (Prurido gestacional de Bernier)

A
Placas eczematosas (tipo E) e Lesões papulosas pruriginosas (tipo P)
Lesões na face, pescoço, no colo e nas dobras flexurais antecubitais e poplíteas. 
Exacerbação noturna
28
Q

Qual a dermatose gestacional mais comum?

A

Erupção atópica da gravidez (Prurido gestacional de Bernier)

29
Q

Placas eczematosas “tipo E” da Erupção atópica da gravidez (Prurido gestacional de Bernier)

A
Placas eritematosas 
Edematosas
Mal definidas nas bordas
Tamanhos variados
Superfície por vezes úmida
30
Q

Lesões Papulosas prurigoides “tipo P”

A

Pequenas elevações eritematosas
Papulosas ou nodulares
Faces de extensão de membros, pescoço e colo

31
Q

Diagnóstico laboratorial da Erupção atópica da gravidez (Prurido gestacional de Bernier)

A

Eosinofilia 20 - 70%
IgE
Histopatologia inespecífica

32
Q

Tratamento da Erupção atópica da gravidez (Prurido gestacional de Bernier)

A
Alívio sintomático 
Emolientes tópicos
Cremes de corticoide
Anti histaminicos VO
Raro o uso de corticoide sistêmico 
Fototerapia com UVB
33
Q

Psoríase pustulosa da gravidez

A

Afecção pustulosa rara que ocorre primariamente na gestação e, com frequência, está associada à febre, tetania e hipocalcemia.
Variante da psoríase pustulosa.

34
Q

Lesão característica da Psoríase pustulosa da gravidez

A

Erupção aguda, iniciada no 3º trimestre, raramente segue com prurido.
Placas eritematosas, edemaciadas, com pústulas superficiais nas bordas, pode começar nas grandes dobras e depois se disseminar.
Não se observam lesões de face ou palmoplantares (raro).