O parto - Assistência ao TP Flashcards

(67 cards)

1
Q

Trabalho de parto

A

Contrações uterinas repetidas de frequência, intensidade e duração suficientes para causar apagamento cervical progressivo e dilatação

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2
Q

Perídodos do TP

A
  1. Primeiro período: dilatação
  2. Segundo período: Expulsão
  3. Terceiro período: Secundamento
  4. Quarto período: Primeira hora pós parto
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3
Q

Primeiro estágio do trabalho de parto

A

Começa com o início do TP e termina com a dilatação cervical completa.

É dividido nas fases: latente e ativa

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4
Q

Dilatação

Eventos relacionados a fase latente

A
  • Contrações irregulares (não coordenadas)
  • Modificações cervicais
    • Esvaecimento (apagamento)
    • Dilatação (até 4 cm nessa fase)
  • Tampão mucoso (com o esvaecimento do colo, sai o tampão com aspecto de clara de ovo)
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Q

Qual a diferença entre o esvaecimento do colo e a dilatação em nulíparas e multíparas?

A
  • Na primigesta: Primeiro esvaece, depois dilata
  • Na multípara: Primeiro dilata, depois esvaece

Não é regra absoluta, mas geralmente é assim

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6
Q

Contuda assistencial na fase latente do primeiro período do parto

A
  • Orientações (que o trabalho de parto ativo vai começar em algumas horas)
  • Paciente pode ir pra casa ou ficar no hospital, mas não vai pra sala de parto ainda
  • Fase latente não é indicação de internação, só deve-se internar pacientes com dilatação ≥ 5cm
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7
Q

Qual o tempo máximo de fase latente do TP?

A

NÃO EXISTE UM TEMPO MÁXIMO

(nova atualização da OMS)

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8
Q

Fase ativa do primeiro estágio do trabalho de parto

A
  • Aumento na dilatação cervical e descida da apresentação fetal
  • Começa com 5cm ou mais de dilatação e termina com a dilatação cervical completa
  • Contrações regulares (mín 3/10 min)
  • Pode ser dividida em:
    • Fase de aceleração
    • Fase de aceleração máxima
    • Fase de desaceleração
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9
Q

Fase ativa do primeiro estágio do trabalho de parto

Fase de aceleração

A

Aumento na velocidade de dilatação

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10
Q

Quando começar a fazer partograma

A

A partir de 5 cm de dilatação
Fase ativa do primeiro período do TP (dilatação)

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11
Q

Quando realizar a peridural?

A

Qualquer momento da fase ativa da dilatação do TP

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12
Q

Conduta assistencial durante a fase ativa da dilatação

A
  • Internação
  • Deixar a paciente livre (pra caminha, deitar, tomar banho de imersão, ficar no chuveiro, na bola de pilates, ela decide o que quer fazer)
  • Auscultar BCF (a cada 15-30 min)
  • Toque atualmente a cada 4h (OMS) – Se ainda no período de dilatação
  • Epidural (indicada para paciente que quiser)
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13
Q

O que NÃO fazer na conduta assistencial durante a fase ativa da dilatação do TP

A
  • Tricotomia
  • Enema/lavado intestinal
  • Não deixar paciente restrita ao leito (ela pode ficar mais livre, sentar na bola)
  • Aminiotomia e ocitocina (estimula a paciente a andar e se mover)
  • Deixar em jejum absoluto
  • Cardiotocografia em todo mundo
  • AVF para todo mundo
  • Pelvimetria para todo mundo

Não muda desfecho perinatal

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14
Q

No passado a regra era que a fase ativa progredisse com dilatação de 1cm por hora, assim da dilatação inicial de 5cm, até a final de 10cm, essa fase deveria durar no máximo 5h.

Atualmente, entretanto, sabe-se que algumas mulheres tem esse período mais demorado e tudo bem!

Assim, atualmente qual é o tempo considerado máximo para a fase ativa do TP?

A
  • Em primigesta: 12h
  • Em multíparas: 10h
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15
Q

Como acompanhar a evolução do parto?

A

Partograma

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16
Q

Partograma

A
  • Ferramente usada para o acompanhamento clínico do trabalho de parto
  • A OMS tem aconselhado a não usar mais a linha de alerta e a linha de ação como parâmetros de intervenção
  • X: dilatação na internação (marca o X em cima da linha de alerta)
  • Bolinha: altura da apresentação (de acordo com o plano de DeLee)
  • 8: Horário da admissão (3 quadradinhos pintados = 3 contrações em 10 minutos)
  • Anotar o BFC a cada 15-30min
  • Toque 4h após toque de admissão (novo X e nova bolinha de acordo com a dilatação e com os planos de DeLee)
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17
Q

Paciente admitida com dilatação de 4 cm e com apresentação no -1 de DeLee, as 14h (3 contrações/10 min). BFC normal em todas as auscultas seriadas. As 16h foi feito o segundo toque, e a dilatação continuava a mesma, apesar do feto se localizar no plano zero de DeLee.

Qual a denominação da parada de dilatação após 2h e qual a conduta nesse caso?

A

Parada Secundária da Dilatação.

Faz apenas duas horas que a paciente foi admitida, então a dilatação ainda pode progredir tranquilamente.

Orientações à deambulação, uso da bola de pilates, movimentação.

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18
Q

Parada secundária da dilatação

(definição e significado clínico)

A

Caracteriza-se pela ausência de descida da apresentação em dois toques sucessivos com intervalo de 1 hora (ou em novo toque após 2h)

Pode significar duas coisas:

  • Ou ela está começando a ter progressão nas contrações e logo vai aumentar a dilatação
  • Ou pode ser um indicativo de desproporção céfalo-pelvica (dilatação evolui até 6, 7 cm e para de dilatar)
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19
Q

Parto precipitado

A

Parto que evolui muito rapidamente, menos de 4h de fase ativa

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20
Q

Consequências do parto precipitado

A
  • Aumenta as chances de laceração do canal de parto
  • Hematoma fetal
  • Hemorragia

(sempre verificar bem o trajeto em busca de alterações)

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21
Q

Dieta durante o TP

A

Segundo o MS

  • Livre e fracionada: na fase latente do TP
  • Líquida sem resíduos: gestantes de baixo risco em fase ativa de TP
  • Jejum: pacientes de risco
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22
Q

Quais os parâmetros avaliados no toque durante o TP?

A
  • Dilatação
  • Apagamento do colo
  • Altura do bebê
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23
Q

Como avaliar a altura do feto em relação aos planos de De Lee?

A
  • Tocar a espinha isquiática (Zero de De Lee), se a cabeça do bebê não estiver lá, ele ainda está alto (positivo)
  • Quando estiver na espinha isquiática: Zero
  • Abaixo pode estar +1, +2 ou +3 (mais externo)
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24
Q

Episiotomia

Tipos?

A

Mediana (perineotomia)

OU

Médio-lateral (geralmente à direita)

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25
Fase ativa do primeiro estágio do trabalho de parto Fase de aceleração máxima
O período do TP com a maior aceleração da dilatação cervical
26
Fase ativa do primeiro estágio do trabalho de parto Fase de desaceleração
Durante a porção terminal da fase ativa, a dilatação parece ficar mais lenta, até dilatação cervical completa
27
Segundo estágio do trabalho de parto
Intervalo entre a dilatação cervical completa e o nascimento Período expulsivo
28
Terceiro estágio do trabalho de parto
Secundamento Intervalo entre o nascimento e a saída da placenta
29
Quarto estágio do trabalho de parto
Primeira hora pós parto
30
Episiotomia Mediana (perineotomia) Cite 3 vantagens e 1 desvantagem
1. Vantagens: * Menor lesão muscular, sangramento, dor * Pouca dispareunia residual * Reparo cirúrgico mais fácil 2. Maior risco de lesão retal * Por isso é menos utilizada
31
Episiotomia Médio-Lateral Cite 1 vantagem e 3 desvantagens
1. Menor risco de rotura 2. Desvantagens: * ↑Dor * ↑Lesão muscular * ↑Sangramento É a mais feita
32
Segundo período do parto
Período expulsivo Começa com a dilatação completa do colo e termina com a saída do bebê
33
Qual o período do parto de maior atividade uterina?
Segundo período Contrações mais longas e intensas
34
Assistência ao segundo período do trabalho de parto
* Auscultar o batimento cardíaco fetal a cada 5 minutos * Quando a paciente sentir vontade de evacuar/empurrar (puxos): aí mandar empurrar, enquanto ela não sentir não peça pra ela fazer, só aferir a FC fetal
35
Tempo máximo para o período expulsivo
Primigesta: 3h. Multípara: 2h. ## Footnote Nos casos que o bebê e a mãe estão bem
36
Indicações de episiotomia
* Risco iminente de laceração * Distocia de ombro * Instrumentação do parto (passar um fórceps por exemplo) ## Footnote Mas rotineiramente não é mais feito
37
**V ou F?** As posições verticalizadas podem ser melhores para o desprendimento do feto porque a gravidade ajuda
Verdadeiro
38
Como proteger o períneo durante o parto
* Segurar o períneo (hands on) * Colocar compressas mornas * Fazer massagem perineal
39
No primeiro período o mais importante é a dilatação No segundo período o que vai ser avaliada é a \_\_\_
Descida no plano de DeLee
40
Intervalo de uma hora com a cabeça no mesmo plano de DeeLee
**Parada secundária da descida** ## Footnote (diagnóstico do segundo período, no primeiro pode parar, no segundo não)
41
Possíveis causas para a parada secundária da descida
* Paciente com contrações insuficientes * Vício pélvico (bacia não favorável) * Desproporção céfalo-pélvica
42
Distocia de ombros
Diâmetro biacrômial maior que o diâmetro cefálico ## Footnote Ombro fica preso no púbis
43
Principal característica materna associada a distocia de ombros fetal
Diabetes Mellitus
44
Manobras de primeira linha para distocias de ombras
* Manobra de **Mc Roberts**: hiperflexão das coxas (aumenta o ângulo do arco púbico) * Manobra de **Rubin I**: pressão SUPRA PÚBICA feita por um auxiliar concomitante a manobra de Macroberts
45
Manobras de segunda linha para distocias de ombros
* **Manobra de Rubin II:** Introdução dos dedos indicador e médio para procurar o dorso do ombro impactado na sínfise púbica e gira ele quase 180° para tentar desempactar * **Manobra de Woods:** Encontra o ombro de baixo e gira 180° (o Woods normal você pega na porção anterior do ombro de baixo e gira para trás. No **Woods invertido**, pega o ombro de baixo pela porção posterior e gira pela frente - imagem) * **Extração do ombro posterior**: introdução dos dedos na vagina, puxa o braço na tentativa de destravar o outro * **Manobra de Gaskin**: Paciente na posição de 4 apoios
46
Conduta se distocia de ombros | (HELPERR)
* **H:** Help (call for help) * **E:** Episiotomy * **L:** Legs (Mc Roberts) * **P:** Pubic pressure (Robin I) * **E:** Enter rotation manouver (manobras de rotação da 2 linha) * **R:** Remove the posterior arm (extração do ombro posterior) * **R:** Roll the paciente to her hands and Knees (Posição de 4 apoios)
47
Distocia de ombros Manobra de terceira linha
Manobra de Zavanelli Rotar a cabeça para OP, empurrar a cabeça para dentro do canal vaginal novamente e fazer uma cesárea de emergência ultra rápida * Manobra de salvamento * Altas taxas de mortalidade
48
Quais os riscos da manobra de Kristeller?
* DPP * Atonia * Infecção uterina * Laceração hepática materna * Fratura de costela * Ruptura uterina PROSCRITA
49
Assistência ao segundo período de parto na apresentação pélvica
* Manejo expectante * Não tracionar * Não realizar aminiotomia * Deixa sair sozinho, até ficar só a cabeça, aí fazer a **manobra de Bracht** (rebater o corpo em cima da sínfise púbica (pode-se fazer Rubin I junto, pressão supra púbica)
50
Apresentação pélvica com distocia de ombros Condutas
* **Manobra de Pajot:** Indicada para desprender o ombro no parto pélvico. Introduz os seus dedos, põe o dedo em cima do ombro e traz eles * **Manobra de Rojas:** segura o feto pela cintura pélvica e faz-se um movimento elicoidal para tentar desprender os ombros
51
Apresentação cefálica CABEÇA DERRADEIRA Conduta
* **Manobra de Mauriceau:** Coloca o seu dedo na boca do bebê e faz um movimento de alavanca * **Fórcipe de Piper:** Piper - pélvico
52
Condutas assistênciais segundo período do parto
* Auscultar o batimento cardíaco fetal a cada 5 minutos * Quando a paciente sentir vontade de evacuar/empurrar (puxos) mandar ela empurrar * Proteger o períneo * Assim que o ombro anterior do feto é desprendidopode-se fazer ocitocina (10UI) IM na mãe, para diminuir o risco de atonia uterina e hemorragia puerperal * Clampeamento tardio do cordão: 1 a 3 minutos
53
Condutas assistênciais no terceiro período do parto
* Ocitocina (de preferência fazer no segundo período, no momento da remoção do ombro anterior) * Trações controladas do cordão (diminui as chances de perda sanguínea e mortalidade materna), não é puxar
54
TERCEIRO PERÍODO DO PARTO
SECUNDAMENTO OU DEQUITAÇÃO PLACENTÁRIA
55
Tipos de secundamento
* **Baudeloque – Schutz** * Dequita pelos lados fetais, vem a placenta e depois o sangue * Desce na forma de guarda-chuva (Schutz – Chuva) * **Baudeloque – Ducan** * Primeiro desprende o lado materno, sangra, depois a placenta começa a sair
56
Quais os músculos seccionados em uma episio?
1. Transverso superficial do períneo 2. Bulbocavernoso 3. Feixes puborretais do músculo elevador no ânus 4. Fibra do esfincter estriado do ânus 5. Transverso profundo do períneo
57
Tempo adequado para dequitação
**30 min**
58
Conduta se a placenta não dequitar em 30 min
**Curagem uterina** Chamar anestesista, sedar a mãe, colocar a mão no útero e pegar a placenta
59
Baudelocque-Schultze
Mecanismo mais comum de dequitação. Saída da placenta com face fetal, seguida de hemorragia intensa ("em guarda-chuva")
60
Baudelocque-Duncan
Apresentação da face materna à dequitação placentária - placenta sai e sangra ao mesmo tempo
61
Condutas e manobras auxiliares à saída da placenta? (4)
1. 10 UI IM de ocitocina pós-expulsão fetal (para todas) 2. Tração controlada do cordão 3. Manobra de Fabre 4. Manobra de Jacob-Dublin
62
Manobra de Fabre
Tração controlada do cordão umbilical + palpação do fundo uterino em busca de movimentos (avaliar se placenta descolou - manobra do "pescador")
63
Manobra de Jacob-Dublin
No momento em que placenta sair → rodar no próprio eixo axial → ajuda a manter as membranas íntegras.
64
Quarto período do parto ou período de Greenberg
Primeira hora após o secundamento
65
Eventos da quarta fase do parto (4º período/Greenberg)?
Miotamponagem e trombotamponagem
66
Trombotamponagem
Formação de trombos nos grandes vasos úteroplacentários que constituirão o hematoma intrauterino sessando o sangramento
67
Miotamponagem
Ligadura dos vasos intramiometriais, principalmente do sítio placentário, pela musculatura uterina O útero contrai e faz o tamponamento dos vasos sangrantes (ao segurar o fundo do útero pode-se sentir ele contraindo)