Tromboembolismo, AR e LES Flashcards
(41 cards)
Cite 2 manifestações do tromboembolismo venoso
Trombose venosa profunda (TVP)
Tromboembolismo pulmonar
O tromboembolismo é uma das principais causas de morte materna, perdendo apenas para hipertensão e hemorragias.
V ou F?
Verdadeiro!
Tríade de Virchow
Estase
Lesão endotelial
Alteração da coagulação
*Três categorias de fatores que contribuem para a trombose venosa e trombose arterial
Porque constitucionalmente a gestação é um período de hiper coagulabilidade?
Para diminuir sangramentos (inclusive pós dequitação)
Porque ocorre a estase sanguínea na gestação?
2 fatores:
Alteração na capacitância venosa (decréscimo da velocidade linear do sangue das veias dos MMII induzida por alterações hormonais e consequente incompetência valvular)
Compressão de grandes veias pelo útero gravídico
Qual decúbito proporciona aumento da velocidade do sangue em ambos MMII
Decúbito lateral esquerdo
Quais as principais causas de lesão endotelial na gestação que podem predispor ao tromboembolismo?
A implantação do trofoblasto O parto (muitas lesões vasculares no sítio de inserção placentária) Cesárea e fórcipes Pré-eclâmpsia (há ativação endotelial)
Quais alterações fisiológicas causam o estado de hipercoagulabilidade gravídico?
Aumento dos fatores de coagulação (I, II, VII, VIII, IX e X)
Diminuição da proteína S
Fatores de alto risco para tromboembolismo
Tromboembolismo venoso prévio em qualquer momento Deficiência de antitrombina Fator V de Leiden em homozigose Síndrome antifosfolípide Anemia falciforme Proteinúria nefrótica (> 3,5 g/24h) Neoplasias malignas Imobilidade no leito por período superior a 1 semana com IMC > = 30 kg/m2
Trombofilias hereditárias
Deficiência de antitrombina, da proteína C, da S,
Hiper-homocisteinemia
Mutações genéticas dos fatores V e II (protrombina)
Principal trombofilia adquirida
Síndrome antifosfolípide (SAF)
Síndrome antifosfolípede
Estado de hipercoagulabilidade mediada por auto anticorpos trombogênicos.
Aumenta os riscos de TVP morbidade e mortalidade obstétrica
Anticorpos da Síndrome antifosfolípede (SAF)
Anticoagulante lúpico e anticardiolipina
O que a Síndrome antifosfolípede pode causar?
Maiores riscos trombóticos, maior incidencia de abortamentos inexplicáveis, óbito fetal, RCF, DHEG, DPP e prematuridade, óbito materno e fetal
Como a SAF leva a trombose?
Interferindo na função normal dos fosfolípides ou das proteínas que se ligam a eles envolvidas na coagulação (protrombina, proteína C, anexina V e fator tissular).
Anticorpos contra a beta-2 glicoproteína 1 que tem função anticoagulante
Dano endotelial
Diagnóstico SAF
1 ou + Critérios clínicos
1 ou + Critérios laboratoriais
Critérios clínicos para diagnóstico da Diagnóstico SAF
Um ou mais episódio de trombose vascular confirmada
Um ou mais óbitos de fetos morfologicamente normais com 10 ou + semanas
Um ou mais partos prematuros consequente a pré-eclâmpsia grave, eclâmpsia ou insuficiência placentária
3 ou + abortamentos espontâneos inexplicados antes da 10 semana de gestação, excluídas causas anatômicas, genéticas e hormonais maternas
Critérios laboratoriais para diagnóstico da Diagnóstico SAF
Anticoagulante lúpico no plasma
Anticorpo anticardiolipina igG ou IgM em titulação alta
Anticorpo anti-beta-2-glicoproteina-1
Todos em 2 ocasiões com intervalo mínimo de 12 semanas e no máximo 5 anos
Pode-se fazer a dosagem dos anticorpos para SAF durante a gestação?
Não!
Pode ter um falso positivo, 5% das gestantes normais tem anticorpos antifosfolípides e em sua maioria não preenchem os critérios para a síndrome.
Riscos para gestantes com SAF
HAS, DHEG, prematuridade, trompose, TPP, óbito fetal inexplicado até o final da gravidez
Quando a gravidez de uma mulher com SAF deve ser completamente desaconselhada?
Na presença de histórico de: Hipertensão pulmonar Hipertensão não controlada Evento trombólito recente como AVE *alto risco de mortalidade materna
Acompanhamento da gestante com SAF
Informar os riscos
Após 20 sem pedir proteinúria de 24h e acompanhar a PA rigorosamente
Orientação quanto ao aparecimento de sintomas relacionados a trombose, tromboembolismo, pré-eclâmpsia ou diminuição da movimentação fetal
USG com doppler da artéria umbilical a cada 3 ou 4 semanas a partir de 18-20 semanas
Avaliar crescimento fetal, vLA e bem-estar fetal.
Porque todas mulheres com SAF possuem risco de desenvolverem DHEG?
Na segunda onda de invasão placentária pela presença de anticorpos pró trombóticos, pode criar-se micro trombos na placenta e desenvolver DHEG.
Tratamento SAF na gestação
Aspirina em dose baixas e heparina de baixo peso molecular (HBPM) iniciado quando identificado a viabilidade fetal pelo BCF
*Para 72h antes do parto, volta no pós-parto imediato e continua por pelo menos 6 dias pós-parto