Direito Processual Penal Flashcards

(49 cards)

1
Q

A oitiva do investigado é obrigatória no IP?

A

Não. “ 2. É desnecessário o interrogatório do réu, então investigado, durante o inquérito policial.” (AgRg no REsp 1840917/TO, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 22/06/2021, DJe 28/06/2021).

PS: A doutrina discorda do STJ. Segundo Renato Brasileiro e Aury Lopes Jr, ser interrogado no curso das investigações é direito do investigado.

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2
Q

V ou F?
Embora não exista propriamente uma dialética na fase da persecução criminal, as declarações do imputado, quando deseja prestá-las, em sede policial, não poderão ser interpretadas como tumulto ou retardamento às investigações, pois elas podem esclarecer fatos, circunstâncias, e podem evitar a inobservância das normas constitucionais e legais na fase pré-processual.

A

VERDADEIRO. Embora não seja obrigatória a oitiva do investigado em sede inquisitorial, o interesse dele em falar é legítimo, não podendo ser interpretado em seu desfavor. Noutras palavras, ouvir o que o investigado tem a dizer, em nenhuma hipótese, pode ser considerado um atropelo à persecução penal. Pelo contrário — o que é mais importante — suas declarações poderão evitar a desobediência completa da norma constitucional ao garantir o mínimo quanto ao contraditório e ampla defesa. É o que se extrai dos seguintes julgados: STJ, HC 410.942 SP 2017/0193298-4 e RHC 47.938 CE 2014/0117707-2; STF, AG.REG. no Agr. Instr. AI 687.893 PR.

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3
Q

Pode o delegado de polícia promover o desindiciamento?

A

SIM. . Os delegados de polícia
são agentes da Administração Pública e possuem o poder de autotutela, estampado na Súmula 473 do STF,
de modo que podem rever seus atos quando eivados de vício.
Nesse sentido, o desindiciamento pode ser feito, não apenas pelo Delegado, mas também pelo
Poder Judiciário, uma vez verificada a ilegalidade daquele indiciamento.

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4
Q

📌 O que significa o efeito prodrômico do indiciamento no inquérito policial?

A

“Prodrômico” vem do grego “pródromos”, que significa aquilo que vem antes, prenúncio, preparação.
Então:

🔹 Efeito prodrômico do indiciamento = O indiciamento prepara o terreno para a denúncia e para a futura ação penal. Não é punição, mas tem peso investigativo.

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5
Q

Autoridades com foro por prerrogativa de função podem ser indiciadas? Se sim, existem exceções?

A

Em regra, a autoridade com foro por prerrogativa de função pode ser indiciada. No entanto, para isso, é indispensável que a
autoridade policial obtenha uma autorização do Tribunal competente para julgar
esta autoridade.
Existem duas exceções previstas em lei de autoridades que não podem ser
indiciadas:
a) Magistrados (art. 33, parágrafo único, da LC 35/79);
b) Membros do Ministério Público (art. 18, parágrafo único, da LC 75/93 e art. 41,
parágrafo único, da Lei nº 8.625/93)

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6
Q

📌 Onde está o fundamento legal, no CPP, para o arquivamento do inquérito policial?

A

🔹 O CPP não possui artigo específico que trate do arquivamento do inquérito.
🔹 A doutrina utiliza a analogia com os arts. 395 e 397 do CPP, que tratam da rejeição da denúncia e da absolvição sumária — decisões baseadas em juízo de cognição sumária.
🔹 Assim, o arquivamento do inquérito é admitido quando faltam elementos mínimos de autoria, materialidade ou justa causa.

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7
Q

A ação controlada na Lei de Organização Criminosa (Lei nº 12.850/13) exige autorização judicial prévia?

A

Não. Na Lei de Organização Criminosa, não é exigida autorização judicial prévia, apenas comunicação ao juiz, que poderá fixar limites.

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8
Q

É possível a prisão em flagrante por crime habitual?

A

Segundo a corrente majoritária, não. Um ato isolado não permite comprovar a habitualidade exigida para a configuração do crime.

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9
Q

É possível prisão em flagrante nos crimes de ação penal privada ou de ação penal pública condicionada à representação?

A

Sim, é possível. No entanto, a lavratura do auto de prisão em flagrante depende da manifestação de vontade da vítima ou de seu representante legal.

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10
Q

Em quais hipóteses é cabível a prisão preventiva, segundo o art. 313 do CPP?

A

🔹 Resposta:

Crimes dolosos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 anos;

Condenação por crime doloso com trânsito em julgado.

Casos de violência doméstica e familiar para garantir medidas protetivas;

Dúvida sobre a identidade civil do indiciado.

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11
Q

Pode-se decretar prisão preventiva por crime culposo ou contravenção penal?

A

Não, a prisão preventiva não é cabível para crimes culposos nem contravenções penais.

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12
Q

No cálculo da pena máxima para fins de prisão preventiva, o que deve ser considerado?

A

Devem ser consideradas:

Qualificadoras;

Causas de aumento e de diminuição de pena;

Concurso de crimes (soma das penas ou aumento conforme o tipo de concurso).
Atenuantes e agravantes não são consideradas.

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13
Q

A prisão domiciliar prevista no art. 318 do CPP pode ser aplicada após o trânsito em julgado da sentença condenatória?

A

Não. A prisão domiciliar do art. 318 do CPP só se aplica aos casos de prisão preventiva, não sendo cabível na fase de execução penal definitiva. Não confundir com a prisão domiciliar prevista no art. 117 da LEP.

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14
Q

Quais são as hipóteses em que a prisão preventiva pode ser substituída por prisão domiciliar?

A

Maior de 80 anos;

Pessoa extremamente debilitada por doença grave (prisão domiciliar humanitária);

Pessoa imprescindível aos cuidados de menor de 6 anos ou com deficiência;

Gestante;

Mulher com filho de até 12 anos incompletos;

Homem, se for o único responsável por filho de até 12 anos incompletos.

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15
Q

O que é a justa causa para o recebimento da denúncia, segundo o art. 395, III, do Código de Processo Penal?

A

A justa causa é a exigência legal para o recebimento da denúncia e se caracteriza pela presença de três elementos:
(a) Tipicidade – adequação da conduta ao tipo penal;
(b) Punibilidade – inexistência de causas extintivas da punibilidade;
(c) Viabilidade – existência de fundados indícios de autoria.

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16
Q

Como se determina se o procedimento penal será ordinário, sumário ou sumaríssimo?

A

O procedimento penal é definido pela pena máxima cominada ao crime:

Ordinário: crimes com pena máxima igual ou superior a 4 anos (art. 394, §1º, I, CPP).

Sumário: crimes com pena máxima inferior a 4 anos (art. 394, §1º, II, CPP).

Sumaríssimo: infrações penais de menor potencial ofensivo (pena máxima até 2 anos), regido pela Lei 9.099/95.

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17
Q

O que ocorre com o pedido de trancamento da ação penal por falta de justa causa, feito por habeas corpus, quando sobrevém sentença condenatória?

A

Com a prolação da sentença condenatória, fica prejudicado o pedido de trancamento da ação penal por falta de justa causa, conforme dispõe a Súmula 648 do STJ.

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18
Q

Requisitos para o acordo de não persecução penal.

A

NÃO SENDO CASO DE ARQUIVAMENTO

CONFESSADO FORMAL E CIRCUNSTANCIAMENTE

CRIME SEM VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA

PENA MÍNIMA INFERIOR A 4 ANOS

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19
Q

Requisitos para a transação penal.

A

PENA MÁXIMA NÃO SUPERIOR A 2 ANOS

O AUTOR DA INFRAÇÃO DEVE SER PRIMÁRIO

TER BONS ANTECEDENTES E BOA CONDUTA SOCIAL

NÃO TER RECEBIDO OUTRA TRANSAÇÃO PENAL NOS ÚLTIMOS 5 ANOS

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20
Q

Requisitos para a suspensão condicional do processo.

A

PENA MÍNIMA IGUAL OU INFERIOR A 1 ANO

REPARAÇÃO DO DANO, SALVO NA IMPOSSIBILIDADE DE FAZÊ-LO

Atenção: Não confundir com suspensão condicional da pena.

21
Q

Requisitos da suspensão condicional da pena (sursis). Art. 77, CP

A

PPL não superior a 2 anos

Não ser reincidente em crime doloso

a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício;

Não seja indicada ou cabível a substituição prevista no art. 44 deste Código. (substituição por penas restritivas de direito)

22
Q

Qual é o requisito temporal mínimo para concessão do livramento condicional ao condenado não reincidente em crime doloso com bons antecedentes?

A

Cumprimento de mais de 1/3 da pena.

23
Q

Qual é o requisito temporal para concessão do livramento condicional ao condenado reincidente em crime doloso?

A

Cumprimento de mais da metade da pena.

24
Q

Quais são os requisitos de comportamento exigidos para a concessão do livramento condicional, conforme o inciso III do art. 83 do Código Penal?

A

a) Bom comportamento durante a execução da pena;
b) Ausência de falta grave nos últimos 12 meses;
c) Bom desempenho no trabalho atribuído;
d) Aptidão para prover a própria subsistência com trabalho honesto.

25
A reparação do dano é exigida para o livramento condicional?
Sim, é necessário que o condenado tenha reparado o dano causado pela infração, salvo se demonstrada a efetiva impossibilidade de fazê-lo.
26
Qual é o tempo mínimo de cumprimento da pena para concessão do livramento condicional em crimes hediondos, tortura, tráfico de drogas, tráfico de pessoas ou terrorismo?
Mais de 2/3 da pena, desde que o apenado não seja reincidente específico nesses crimes.
27
No caso da prisão temporária, decorrido o prazo contido no mandado de prisão, a autoridade responsável pela custódia deve por imediatamente o preso em liberdade?
SIM. Conforme determina o artigo 2º, §7º, da Lei 7.960/89: Artigo 2, § 7º: Decorrido o prazo contido no mandado de prisão, a autoridade responsável pela custódia deverá, independentemente de nova ordem da autoridade judicial, pôr imediatamente o preso em liberdade, salvo se já tiver sido comunicada da prorrogação da prisão temporária ou da decretação da prisão preventiva.
28
O furto qualificado pelo emprego de explosivo ou artefato análogo que cause perigo comum é crime hediondo?
SIM. Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, consumados ou tentados: […] IX – furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum (art. 155, § 4º-A).
29
V ou F? O ROUBO majorado, que é quando há destruição ou rompimento de obstáculo mediante o emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum (art. 157, §2º-A, inciso II do Código Penal) NÃO É HEDIONDO.
VERDADEIRO. Não está incluso no rol taxativo.
30
V ou F? JUSTIÇA MILITAR DOS ESTADOS - NÃO JULGA CIVIS JUSTIÇA MILITAR DA UNIÃO - JULGA CIVIS, QUANDO PRATICAREM CRIMES CONTRA AS INSTITUIÇÕES MILITARES DA UNIÃO
Verdadeiro. Súmula 53 STJ: Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar civil acusado de prática de crime contra instituições militares estaduais. Art. 79 do CPP: A conexão e a continência importarão unidade de processo e julgamento, salvo: I – no concurso entre a jurisdição comum e a militar;
31
Qual o conceito de prova "irritual"?
PROVA IRRITUAL pode ser compreendida como a prova típica colhida sem a observância do modelo previsto em lei. Como essa prova irritual é produzida sem obediência ao modelo legal previsto em lei, trata-se de prova ilegítima, passível de declaração de nulidade”.
32
V ou F? O reconhecimento fotográfico pode ser considerado um meio de prova irritual, pois colhida sem a observância dos elementos ou modelos previstos em lei.
FALSO O reconhecimento fotográfico deve seguir o procedimento legal previsto no art. 226 do Código de Processo Penal (CPP). Jurisprudência do STJ: O reconhecimento de pessoa, seja presencialmente ou por fotografia, somente pode ser considerado meio de prova válido quando seguir as formalidades do artigo 226 do CPP e for corroborado por outras provas colhidas sob o crivo do contraditório e da ampla defesa.
33
V ou F? O reconhecimento de pessoas, por sua natureza, consiste em prova irrepetível.
VERDADEIRO. Artigo 3º, inciso II, da Resolução 484/2022 do CNJ: "O reconhecimento de pessoas, por sua natureza, consiste em prova irrepetível, realizada uma única vez, consideradas as necessidades da investigação e da instrução processual, bem como os direitos à ampla defesa e ao contraditório."
34
Uma pessoa passava pela roleta de uma estação do metrô, com uma mochila nas costas, quando foi abordada por dois agentes de segurança da empresa. Acreditando que se tratava de vendedor ambulante, os agentes fizeram uma busca pessoal e encontraram na mochila dois pacotes de Cannabis sativa (maconha). A busca pessoal realizada pelos agentes é lícita?
NÃO. É ilícita a revista pessoal realizada por agente de segurança privada e todas as provas decorrentes desta. STJ. 5ª Turma. HC 470.937/SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 04/06/2019 (Info 651).
35
As medidas protetivas de urgência têm natureza jurídica de ___________ (tutela inibitória/cautelar penal) e sua natureza jurídica não se subordina à existência atual ou vindoura de boletim de ocorrência, inquérito policial, processo cível ou criminal.
Tutela inibitória. A tutela inibitória é uma medida judicial preventiva que visa impedir a prática de atos ilícitos ou prejudiciais, ou a sua repetição ou continuidade, antes mesmo que ocorram danos. É uma forma de tutela jurisdicional que visa garantir a proteção do direito, prevenindo a violação A tutela inibitória visa impedir o ilícito, enquanto as medidas cautelares penais visam garantir a eficiência do processo penal.
36
V ou F? Eventual reconhecimento de causa de extinção de punibilidade, arquivamento do inquérito ou absolvição do acusado não origina necessariamente a extinção da medida protetiva de urgência. Máxime pela possibilidade de persistência da situação de risco ensejadora da concessão da medida.
VERDADEIRO. STJ. 3ª Seção. REsp 2.070.717-MG, REsp 2.070.857-MG, REsp 2.070.863-MG, Rel. para o acórdão Ministro Rogerio Schietti Cruz, julgado em 13/11/2024.
37
V ou F? Com relação ao habeas corpus: De acordo com o Código de Processo Penal, o pedido de informações à autoridade coatora é facultativo, exceto no caso de habeas corpus de competência originária dos tribunais.
FALSO. Segundo o CPP, o pedido de informações é facultativo, contudo não há ressalva quanto à competência originária dos tribunais.
38
Em relação aos procedimentos criminais relacionados à Lei 12.850/2013 (Organização Criminosa), analise as afirmativas a seguir: Uma vez procedida e aceita a proposta ao acordo, dela o colaborador não poderá retratar-se; eventuais provas que autoincriminem o colaborador não poderão ser utilizadas exclusivamente em seu desfavor.
FALSO. Art. 4º,§ 10, Lei 12.850/13. As partes podem retratar-se da proposta, caso em que as provas autoincriminatórias produzidas pelo colaborador não poderão ser utilizadas exclusivamente em seu desfavor.
39
V ou F? Para que o colaborador se beneficie da proposta de acordo, ele deverá contribuir de maneira efetiva para a coleta de provas, não bastando a simples confissão ou a incriminação de terceiros.
VERDADEIRO.
40
V ou F? Denomina-se decisão interlocutória simples o provimento jurisdicional que recebe a denúncia ou queixa.
VERDADEIRO. As decisões interlocutórias simples são aquelas relativas a regularidade ou marcha processual sem discutir o mérito da causa e que não encerra nenhuma etapa do procedimento, como, por exemplo, o recebimento da denúncia ou queixa, quando decreta a prisão preventiva, entre outros. Obs.: Rejeição da denúncia ou não recebimento da queixa é uma decisão interlocutória mista terminativa, não confunda.
41
O que são decisões interlocutórias simples no processo penal?
São decisões que solucionam questões relativas à regularidade ou marcha processual, sem analisar o mérito da causa (ex.: recebimento da denúncia, decretação de prisão preventiva).
42
O que caracteriza uma decisão interlocutória mista?
São decisões com força de definitivas que encerram uma etapa do processo ou a própria relação processual, sem julgamento do mérito da causa.
43
O que são decisões interlocutórias mistas não terminativas?
São decisões que encerram uma etapa do procedimento, mas não extinguem o processo (ex.: decisão de pronúncia no júri).
44
O que são decisões interlocutórias mistas terminativas?
São decisões que extinguem o processo sem julgamento do mérito, como a rejeição da denúncia.
45
O Juiz pode redecretar a prisão preventiva de ofício?
SIM. Norberto Avena: "E quanto ao restabelecimento de prisão preventiva que foi decretada e, depois, revogada? Não há dificuldade aqui, pois o art. 316, caput, do CPP faculta ao juiz, de ofício ou mediante provocação, tanto na investigação quanto no processo, restabelecer a custódia que havia sido revogada caso sobrevenham razões que autorizem esta providência." 2023 - pag. 1682
46
V ou F? O juiz poderá redecretar a prisão do acusado, para garantia da aplicação da lei penal, pois a medida visa assegurar diretamente a eficácia do resultado do processo, com um possível provimento condenatório; presentes, todavia, os indícios suficientes do crime e de sua autoria.
47
Em quais hipóteses é cabível a prisão preventiva?
Crimes dolosos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos Já foi condenado por outro crime doloso (transitado em julgado) Envolve violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência; Dúvida sobre a identidade civil ou não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida.
48
V ou F? As regras relativas ao juiz das garantias não se aplicam às seguintes situações: processos de competência originária dos tribunais, regidos pela Lei no 8.038/1990; processos de competência do tribunal do júri; casos de violência doméstica e familiar; processos criminais de competência originária dos Tribunais Regionais Eleitorais; infrações penais de menor potencial ofensivo.
VERDADEIRO.
49
V ou F? É pacífico no Superior Tribunal de Justiça o entendimento de que o fato de o agente mentir acerca da ocorrência delituosa constitui violação à lealdade e boa-fé processual, podendo servir como circunstância judicial desfavorável na fixação da pena (personalidade ou conduta social).
FALSO. O falseamento da verdade eventualmente possa, a depender do caso e se cabalmente comprovado, justificar a responsabilização do réu por crime autônomo, isso não significa que essa prática, no interrogatório, autorize a exasperação da pena-base do acusado.