Estudo semanal 2 (diabetes, tto IC) Flashcards
(22 cards)
ENDOCRINO
Cite 6 sintomas clássicos de diabetes.
Polidipsia, poliúria, polifagia, fadiga, perda de peso, visão turva.
ENDOCRINO
A DM1 é caracterizada por destruição das células beta, ocasionando deficiência absoluta de insulina, em razão de autoimunidade. Já a DM2 ocorre por resistência à insulina nos adipócitos e no músculo esquelético e/ou por secreção deficiente de insulina pelo pâncreas.
Diferencie a DM1 da DM2, abordando:
*início usual
*associação com HLA
*ICA/Anti-GAD
*Obesidade ao diagnóstico
*Complicação aguda mais característica
*Tratamento medicamentoso inicial
*Peptídeo C
DM1
*início usual : infância e adolescência
*associação com HLA : sim
*ICA/Anti-GAD : presentes
*Obesidade ao diagnóstico : ocasional
*Complicação aguda mais característica : cetoacidose diabética
*Tratamento medicamentoso inicial : insulinoterapia
- além disso, há queda nos níveis do peptídeo C sérico
DM2
*início usual : acima dos 40 anos
*associação com HLA : não
*ICA/Anti-GAD : ausentes
*Obesidade ao diagnóstico : frequente
*Complicação aguda mais característica : síndrome hiperoslmolar hiperglicêmica
*Tratamento medicamentoso inicial : hipoglicemiantes orais
-Peptídeo C normal ou elevado (hiperinsulinemia compensatória)
ENDOCRINO
Explique a LADA.
O termo LADA se refere à diabetes autoimune tardia do adulto e pode ser compreendida como “DM1 tardio”, em que a destruição das células beta ocorre de maneira mais lenta que na DM1. (pept C diminui mais lentamente também)
As características clínicas da LADA são semelhantes aos indivíduos com DM2 (ganho de peso e resistência à insulina).
*independência de insulina por pelo menos 6m pós diagnóstico
*presença de pelo menos um anticorpo contra cél beta positivo
*Anti-GAD é o marcador mais sensível
ENDOCRINO
Discorra sobre MODY e seus critéiros.
MODY equivale à diabetes melitus no adulto jovem, a qual ocorre por mutações nos genes envolvidos no desenv. e função das céls beta, sendo possível o diagnóstico por testes genéticos com sequenciamento.
Os critérios incluem:
*início antes dos 25a em pelo menos um membro da família
*autoanticorpos negativos
*DM na família antes dos 25a em duas ou três gerações consecutivas
*sem sinais de resistência à insulina
*secreção endógena de insulina sustentada (pept c maior que 0,6mg/ml)
ENDOCRINO
O diagnóstico de diabetes requer duas medidas anormais de GJ, HbA1c ou G2h. Quais os valores desses marcadores em caso de classificação do paciente como pré-diabético?
Glicemia em jejum entre 100 e 125 (glicemia alterada, indica tolerância diminuída à glicose, deve-se realizar o TOTG)
\+
Glicemia de 2h entre 140 e 199 (no teste de tolerância à glicose)
= PRÉ-DIABETES
HbA1c entre 5,7% e 6,4%
ENDOCRINO
Quais alterações nos exames laboratoriais podem afirmar o diagnóstico de diabetes?
Glicemia em jejum -> dois valores iguais ou superiores a 126mg/dl
Glicemia de 2h no TOTG igual ou maior a 200mg/dl
HbA1c maior ou igual a 6,5%
Glicemia ao acaso maior que 200 mg/dl + GJ maior ou igual a 126mg/dl (paciente sintomático)
CARDIO
Qual a conduta de tratamento a ser tomada em paciente ICFEr, NYHA II a IV, em uso de terapia tripla, mas com FEVE menor que 35%?
Nesse caso, deve-se optar por estratégias terapêuticas adicionais. Em caso de FEVE menor ou igual a 35% deve-se trocar IECA/BRA por Sacubitril-Valsartana.
Se o paciente apresentar, porém, ritmo sinusal e frequência cardíaca maior ou igual a 70 bpm, adiciona-se à terapia tripla a Ivabradina.
Em caso de FEVE menor que 35% em afrodescendentes autodeclarados, deve-se optar pela adição de Nitrato e Hidralazina, além da terapia tripla.
CARDIO
Em caso de paciente em estágio A (assintomático, sem doença estrutural, mas com risco de desenvolver IC), qual a conduta médica a ser tomada?
*Deve-se orientar o paciente sobre a importância de mudanças no estilo de vida, estimulando a interrupção do tabagismo e do etilismo, por exemplo.
*Além disso, em caso de HAS ou elevado risco cardiovascular, deve-se estabelecer uma meta de pressão sistólica abaixo de 120 mmHg e tratamento da HAS.
*Uso de estatinas para pacientes com DCA ou elevado risco cardiov.
*Uso de empaglifozina em diabéticos.
CARDIO
Por que se deve evitar a associação de IECA+BRA em pacientes em uso de Espironolactona?
Isso se dá em razão do risco de Hipercalemia.
IECA -> inibição da conversão de angiotensina l em angiotensina ll -> redução de aldosterona
BRA -> bloqueio dos receptores de angiotensina -> redução de aldosterona
Espironolactona -> antagonista de aldosterona -> redução da ação da aldosterona
A redução da atividade da aldosterona leva à redução da retenção de sódio e água, à redução da pressão arterial e à retenção de Potássio (aumenta os níves séricos de K+)
CARDIO
Qual o TTO adequado para gestante com insuficiência cardíaca e quais os fármacos contraindicados?
TTO adequado:
*Em casos de miocardiopatia periparto -> bromocriptina
* Betabloqueadores (exceto atenolol)
* Hidralazina e Nitrato
* Digoxina
* Diuréticos apenas em casos de congestão pulmonar
TTO a ser evitado:
Antagonistas de aldosterona
TTO contraindicado:
*IECA
*BRA
*ATENOLOL
*Ivabradina
CARDIO
Julgue verdadeiras ou falsas:
- Não se deve utilizar diuréticos de alça e tiazídicos em pacientes com ICFEr assintomáticos.
2.Nitrato e Hidralazina são também indicados em paciente com piora da função renal e/ou hipercalemia com uso e IECA e BRAs.
3.Sacubitril/valsartana é menos seguro que IECA em relação à função renal
4.O TTO não farmacológico da IC inclui vacinação anual contra influenza e covid-19 e a cada dois anos contra pneumococos, para previnir fatores agravantes de IC.
- V
- V
- F
- V
CARDIO
Diferencie o quadro clínico de edema agudo de pulmão e o tratamento nos casos de IC aguda nova ou IC crônica agudizada.
Em caso de IC aguda nova, a congestão pulmonar não é acompanhada de hipervolemia sistêmica. Por isso, o TTO tem como objetivo redistribuir o vol. da circulação pulmonar para periférica. *nitroglicerina e nitroprussiato de sódio, diuréticos, suporte ventilatório com PP não invasivo.
Em caso de IC crônica agudizada, há congestão pulmonar e sistêmica, de modo que o TTO visa a redução da hipervolemia, com uso de diuréticos e vasodilatadores e, por vezes, inotrópicos.
CARDIO
Quais as classes não indicadas no TTO de hipertensão do paciente com insuficiência cardíaca?
Bloqueadores de canal de cálcio não-diidropiridinicos (verapamil e diltiazem) e alfa bloqueadores (Prazosina, Doxazosina)
CARDIO
Considere como verdadeiras ou falsas:
1. Pacientes com asma podem ser tratados com BB, dando-se preferência para aqueles com maior seletividade B1 (nebivolol e bisorpolol)
- Na troca de IECA por sacubitril/valsartana, o IECA deve ser suspenso 36 horas antes de iniciar a nova terapia.
- Ivabradina não deve ser utilizada por gestantes.
4.A doença aterosclerótica é a principal causa de IC, dado que leva à isquemia miocárdica.
- V
- V
- V
- V
ENDÓCRINO
As metas no TTO de DM2 incluem:
HbA1c menor que 7%
Glicemia pré-prandial e glicemia de jejum menores que 110
Glicemia pós-prandial menor que 140
Perda de peso de 5% a 15%. Atingir as metas ou não é importante marcador para a conduta médica no TTO. Qual a conduta em caso de paciente assintomático com HbA1c maior que 9%?
Em paciente assintomático, com HbA1C maior que 9%, deve-se iniciar o tratamento com terapia dupla (Metformina + AD) ou terapia baseada em insulina. Caso, após 3 meses, a Hba1C esteja acima da meta, deve-se realizar terapia tripla (Metformina + 2 AD) ou terapia baseada em insulina. Da mesma forma, se, em 3 meses, a HbA1c estiver acima da meta, deve-se recorrer à terapia quádrupla ou à terapia baseada em insulina.
ENDÓCRINO
Quais as opções de antidiabéticos orais no TTO da DM2? (7) E os injetáveis?
ADO:
Biguanidas (Metformina)
Sulfoniluréias (Glicasida, Glimepirida,…)
Inibidores da DPP4 (Sitagliptina, Linagliptina,…)
Inibidores da SGLT2 (Dapaglifozina)
Inibidores da alfa-glicosidase (Acarbose)
Glitazonas (Pioglitazona)
Glinidas (Repaglinida)
INJETÁVEIS:
Análogos de GLP1 (Liraglutida, Semaglutida, Dulaglutida,…)
ENDÓCRINO
Discorra sobre o mecanismo de ação da Metformina, bem como Dose máxima, RAM e Ci.
A Metformina é um fármaco do grupo das biguanidas e atua no bloqueio do glucagon (redução da glicogênese e da glicogenólise), na redução da absorção de glicose no TGI e na melhora da ação periférica da insulina (aumenta a sensibilidade muscular à insulina). Esse fármaco, porém, não aumenta a síntese de insulina, o que traduz menor risco de hipoglicemia.
Sua dose máxima diária é de 2550mg, sua eliminação é principalmente renal e os principais efeitos adversos são: diarréia, deficiência de B12*, acidose lática e dor abdominal.
Ci: sepse, dc aguda, icc grave, TFG<30 (DEVE-SE INTERROMPER O TTO -> RISCO DE ACIDOSE LÁTICA)
*Após 4 anos do início do tto: avaliar B12 anualmente
ENDÓCRINO
Por que a Glicazida é contraindicada em pacientes DM1?
A Glicazida se trata de uma sulfoniluréia, a qual estimula a secreção de insulina endógena. No DM1, há destruição das células beta pancreáticas e, portanto, o estímulo da liberação de insulina pelo pâncreas promovido pela Glicazida não é eficiente para auxiliar no quadro de DM1.
ENDÓCRINO
Explique a utilidade dos fármacos Linagliptina, Alogliptina, Sitagliptina,… no TTO da DM2.
Linagliptina, Alogliptina e Sitagliptina são fármacos inibidores da enzima DPP4. Essa enzima é degradadora de hormônios incretínicos e, portanto, quando inibida, permite o aumento dos níveis de GLP1 circulante, por exemplo.
O GLP1, por sua vez, estimula a liberação de insulina, reduz a liberação de glucagon e retarda o esvaziamento gástrico, contribuindo para a saciedade. Esses fármacos promovem a redução de HbA1c em até 1,2% e possuem efeito neutro sobre o peso, além de efeito protetor do endotélio.
ENDÓCRINO
Em caso de presença de doença vascular ateroesclerótica, qual a conduta de TTO da DM2?
Primeiramente:
*Terapia dupla (Metformina + Análogo de GLP1 ou Inibidor SGLT2)
- Se HbA1c acima da meta ->
*Terapia tripla (Metformina + GLP-1 RA + ISGLT2)
- Se HbA1c acima da meta ->
*Terapia quádrupla (Metformina + GLP-1 RA + ISGLT2 + outro AD) ou (Terapia baseada em insulina)
ENDÓCRINO
Quais as indicações para a insulinoterapia?(4)
Gravidez
Doenças graves
Quando a combinação de ADO não possinilita HbA1c menor que 7%
Pacientes muito sintomáticos (G>300 e/ou HbA1c >9%)
NEURO
Quais os achados da síndrome de hipertensão intracraniana? (5)
Alteração de consciência, papiledema, vômito, cefaleia e paralisia de sexto par de nervos cranianos (estrabismo convergente).