F. Pulmonar Flashcards

(35 cards)

1
Q

Diferenças entre tratamento da Asma e DPOC

A

Asma:
- Inflamação predominantemente eosinofílica e alérgica.
- Alta resposta a corticosteroides inalatórios (CI).
- Tratamento escalonado: inicia-se com CI em baixa dose e adiciona-se LABA (nunca usado isoladamente).
- Uso de anticorpos monoclonais em casos graves (ex.: omalizumabe, mepolizumabe).

DPOC:
- Inflamação neutrofílica, relacionada ao tabagismo.
- Corticosteroides menos eficazes, usados apenas em pacientes com exacerbações frequentes.
- Base do tratamento são broncodilatadores: LAMA (ex.: tiotrópio) e LABA (ex.: vilanterol).
- Uso frequente de combinação LAMA + LABA, com ou sem CI.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Mecanismo de ação e vantagens da combinação vilanterol + umeclidínio (DPOC)

A

Vilanterol: agonista beta-2 adrenérgico de longa duração (LABA) → promove broncodilatação ao ativar receptores β2 nos músculos lisos das vias aéreas.

Umeclidínio: antagonista muscarínico de longa duração (LAMA) → bloqueia receptores M3 → inibe broncoconstrição colinérgica.

Vantagens da associação:
- Efeito broncodilatador sinérgico (duplo mecanismo).
- Melhora da função pulmonar e da qualidade de vida.
- Redução de exacerbações e necessidade de corticosteroides.
- Uso 1x ao dia (melhora a adesão).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Maior eficácia de CI + LABA comparado ao CI isolado (Asma)

A

» CI reduz a inflamação, enquanto o LABA mantém as vias aéreas dilatadas por ação nos receptores β2.

»O uso isolado de CI não controla adequadamente sintomas noturnos ou de esforço.

A combinação:
- Aumenta o controle da asma.
- Melhora a função pulmonar.
- Reduz exacerbações.
- Reduz necessidade de doses altas de CI (menor risco de efeitos adversos).

» LABA aumenta a expressão de receptores glicocorticoides, potencializando a ação anti-inflamatória dos CI.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Monoterapia com LABA e SABA na asma

A

» Monoterapia com LABA é contraindicada na asma: aumenta risco de morte relacionada à asma.

» SABA (ex.: salbutamol) é eficaz no alívio rápido, mas o uso crônico como monoterapia está associado a controle inadequado e aumento de mortalidade.

» Diretrizes atuais (GINA) recomendam:
- Evitar monoterapia com SABA.
- Utilizar CI + formoterol em dose baixa como terapia de alívio e manutenção.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Uso de omalizumabe e mepolizumabe na asma

A

Omalizumabe:
- Anticorpo monoclonal anti-IgE.
- Indicado em asma alérgica grave, com IgE elevada e sensibilização a alérgenos.
- Reduz exacerbações e hospitalizações.

Mepolizumabe:
- Anticorpo monoclonal anti-IL-5.
- Indicado em asma eosinofílica grave.
-Reduz número de exacerbações e necessidade de corticosteroides sistêmicos.

Ambos são indicados em pacientes com asma grave não controlada com CI + LABA.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Qual o principal mecanismo de ação dos agonistas beta-2 adrenérgicos?

A

Ativam receptores β2 nos brônquios, promovendo broncodilatação via aumento de AMPc.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Quais são exemplos de agonistas beta-2 de curta duração (SABA)?

A

Salbutamol, fenoterol.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Quais são exemplos de agonistas beta-2 de longa duração (LABA)?

A

Salmeterol, formoterol, vilanterol.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Qual a diferença entre salmeterol e formoterol em termos de início de ação e por que isso acontece.

A

Formoterol tem início rápido porque é um agonista total, salmeterol tem início lento porque é um agonista parcial.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Qual o mecanismo de ação dos corticosteroides inalatórios?

A

Reduzem a inflamação brônquica ao inibir a transcrição de genes pró-inflamatórios.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Quais são exemplos de corticosteroides inalatórios?

A

Beclometasona, budesonida, fluticasona.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Quais os principais efeitos adversos dos corticosteroides inalatórios?

A

Candidíase oral, disfonia e tosse.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Por que os CI são usados em associação com LABA na asma?

A

Os corticóides inalatórios sozinhos apenas reduzem o processo inflamatório das vias aéreas. Entretanto, ao associá-los ao beta-2 adrenérgico, especialmente o LABA, há um grande sinergismo, visto que os corticóides vão aumentar a expressão de beta-2 na musculatura lisa dos brônquios, fazendo com que, ao usá-los em conjunto, seu efeito seja exacerbado. Essa combinação vai resultar em um melhor controle dos sintomas, redução das exacerbações e melhora da função pulmonar. E, além disso, essa associação permite que menores doses de corticóide inalatórios sejam necessárias fazendo com que a sua administração seja reduzida para atingir o mesmo efeito terapêutico, evitando possíveis efeitos adversos sistêmicos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Qual o mecanismo de ação dos antagonistas muscarínicos?

A

Os antagonistas muscarínicos atuam como broncodilatadores no sistema respiratório ao bloquearem competitivamente os receptores muscarínicos do tipo M3 presentes no músculo liso das vias aéreas. Normalmente, a ativação desses receptores pela acetilcolina (liberada por fibras parassimpáticas) promove broncoconstrição e aumento da secreção de muco. Ao impedir essa ativação, os antagonistas muscarínicos reduzem o tônus vagal basal das vias aéreas, levando ao relaxamento do músculo liso brônquico e, consequentemente, à broncodilatação. Além disso, eles diminuem a secreção de muco, o que também contribui para a melhora da ventilação. Essa classe de fármacos é especialmente útil na Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), em que o componente colinérgico do tônus broncomotor é mais pronunciado. Entre os principais representantes estão o ipratrópio (ação curta) e o tiotrópio (ação longa), que melhoram os sintomas respiratórios e reduzem as exacerbações.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Quais são exemplos de antagonistas muscarínicos de longa ação (LAMA)?

A

Tiotrópio, umeclidínio.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Qual o alvo do omalizumabe?

A

Imunoglobulina E (IgE) – bloqueia sua ligação a mastócitos e basófilos impedindo a progressão da resposta alégica.

17
Q

Qual o alvo do mepolizumabe?

A

Interleucina-5 (IL-5) – envolvida na ativação e recrutamento de eosinófilos.

18
Q

Qual o perfil de pacientes indicados para imunobiológicos na asma?

A

Asma grave, eosinofílica ou alérgica, não controlada com CI + LABA.

19
Q

Quais os benefícios dos imunobiológicos na asma grave?

A

Redução de exacerbações, hospitalizações e necessidade de corticosteroides sistêmicos.

20
Q

Explique a utilização do formoterol e do salbutamol no
contexto da asma

A

O salbutamol e o formoterol são agonistas β2-adrenérgicos usados no tratamento da asma, porém com indicações diferentes conforme sua duração de ação. O salbutamol é um β2-agonista de curta duração (SABA), com início rápido e efeito broncodilatador que dura cerca de 4 a 6 horas. Ele é utilizado principalmente para o alívio imediato dos sintomas de broncospasmo, sendo indicado durante crises agudas de asma ou como medicação de resgate. Já o formoterol é um β2-agonista de longa duração (LABA), com início de ação também rápido, mas com duração prolongada, de até 12 horas. Ele é utilizado em associação com corticosteroides inalatórios no tratamento de manutenção da asma moderada a grave, ajudando a prevenir os sintomas e reduzir a frequência das exacerbações. Importante destacar que o formoterol, embora tenha início de ação rápido, não deve ser usado isoladamente no tratamento da asma, pois isso aumenta o risco de eventos adversos graves; ele deve sempre ser combinado com um corticosteroide inalatório.

21
Q

Diferença da asma grava alérgica e eosinofilica

A

A asma grave alérgica e a asma grave eosinofílica são dois fenótipos distintos de asma, ambos caracterizados por inflamação persistente das vias aéreas, mas com mecanismos imunológicos e terapias específicas diferentes. A asma grave alérgica está relacionada à ativação da resposta imune mediada por IgE, sendo desencadeada por alérgenos ambientais como ácaros, pólen ou pelos de animais. Esse tipo de asma geralmente se inicia na infância ou adolescência e está associada a histórico pessoal ou familiar de atopia (como rinite alérgica e dermatite atópica). Já a asma grave eosinofílica é caracterizada por inflamação brônquica mediada predominantemente por eosinófilos, sob estímulo de citocinas como IL-5, IL-4 e IL-13, podendo ocorrer independentemente de sensibilização alérgica. É mais comum em adultos e frequentemente associada a pólipos nasais, sinusite crônica e exacerbações frequentes, mesmo com o uso de corticoides inalatórios.

22
Q

Impacto do tabagismo no sistema resp

A

Tabagismo paralisa os cílios, e ao danificar as células glandulares provocam acumulo de muco ,podendo causar tosse e infecções.

23
Q

Diferença entre VEF1 e CPT

A

VEF1: volume pulmonar expiratório no primeiro segundo

CPT: capacidade pulmonar total

24
Q

Por que DPOC é progressiva

A

A DPOC é uma doença progressiva porque envolve uma inflamação crônica, principalmente neutrofílica, que leva à liberação de enzimas como elastase, responsáveis por destruir a elastina — proteína essencial para a elasticidade pulmonar. Com a perda da elastina, os alvéolos perdem a capacidade de retração, dificultando a expiração e causando aprisionamento aéreo. Em resposta à lesão, o organismo tenta reparar o tecido substituindo a elastina por colágeno, que é mais rígido e não elástico, contribuindo para a rigidez pulmonar e piora funcional. Além disso, o estresse oxidativo gerado pela fumaça do cigarro e pela ativação de células inflamatórias aumenta ainda mais a lesão tecidual, reduz a resposta a corticosteroides e perpetua o ciclo de destruição e remodelamento, o que explica por que a DPOC avança mesmo após cessar a exposição ao agente agressor.

25
Muco X asma
Na asma, o muco se torna um componente importante da obstrução das vias aéreas devido à inflamação crônica que altera tanto a produção quanto a composição desse muco. Durante a resposta inflamatória, há ativação de células como eosinófilos, mastócitos e linfócitos Th2, que liberam citocinas inflamatórias (como IL-13) capazes de estimular a proliferação de células caliciformes e glândulas submucosas, aumentando a secreção de muco. Além disso, esse muco se torna mais espesso, viscoso e elástico por conta do acúmulo de proteínas, DNA de células inflamatórias mortas e outros produtos celulares, o que dificulta sua eliminação pelas vias aéreas. Essa combinação de produção aumentada e dificuldade de eliminação faz com que o muco se acumule nos brônquios, formando tampões que obstruem os lúmens brônquicos, principalmente nos bronquíolos menores. Isso contribui significativamente para a limitação ao fluxo aéreo, piora da troca gasosa, aumento do trabalho respiratório e, em casos graves, pode levar à atelectasia de segmentos pulmonares.
26
Tratamento asma 1
CIBD + LABA ou SABA de resgate
27
Tratamento asma 2
CIBD diário + SABA ou LABA de resgate
28
Tratamento asma 3
CIBD diário + LABA fixo + SABA de resgate
29
Tratamento asma 4
CI dose média diário + LABA fixo + SABA de resgate
30
Tratamento asma 5
CI dose alta diário + LABA fixo » asma alérgica grave: + omalizumabe » asma eosinofílica grave: + mepolizumabe - corticoide pode ser oral
31
Qual o fator genético na DPOC
Deficiência em alfa-1 antitripsina e histórico familiar
32
Tratamento DPOC grupo A
SABA ou SAMA conforme necessidade
33
Tratamento DPOC grupo B
LABA 2x ao dia Ou Broncodilatação dupla: LABA (vilanterol) + LAMA (brometo de umeclidínio)
34
Tratamento DPOC grupo C
LABA 2x ao dia + SABA ou SAMA (ipratrópio) se necessário Ou Broncodilatação dupla: LAMA + LABA - LAMA: umeclidínio ou tiotrópio - LABA: vilanterol ou olodaterol + CI se houver asma sobreposta ou eosinofília
35
Tratamento DPOC grupo D
LABA + CI regular + SAMA (ipratrópio) se necessário Ou Broncodilatação dupla: LAMA + LABA » no caso de falha do CI ou VEF1 < 50% - LAMA: umeclidínio ou tiotrópio - LABA: vilanterol ou olodaterol