Imunohematologia 1 - Antígenos de eritrócitos Flashcards

1
Q

O que é e o quais são os antígenos de passagem única?

A

Os antígenos de passagem única são aqueles que passam uma única vez pela bicamada lipídica

ABO, Le, KELL, MNS

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2
Q

O que é e quais são os antígenos de passagem múltipla?

A

Antígenos de passagem múltiplas são aqueles que passam várias vezes pela membrana;

Duffy, Rh

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3
Q

Genética do sistema ABO

A

Cromossomo 9, mendeliana simples, 3 alelos A e B co-dominantes e O recessivo

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4
Q

Enzima e açúcar A

A

N-acetilgalactosaminiltransferase N-acetil-D-galactosamina

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5
Q

Enzima e açúcar B

A

Galactosiltransferase D-galactose

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6
Q

Indivíduos Bombay

A

Indivíduos que não produzem os antígenos ABO e não são secretores Genótipo h/h, se/se Possuem anti-A, anti-B e anti-H pois não produzem nem a substância precurssora H

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7
Q

O que e quais são os anticorpos naturais? Como eles são produzidos?

A

Anticorpos naturais são aqueles formados por contato com a natureza, polen, bactérias. São os acs do sistema ABO. São do tipo IgG e IgM

A hemólise é predominantemente intravascular.

Em torno do 4 ou 6 mês de vida em que a criança come terra, vai estar exposta a antígenos do ambiente e o sistema imunológico dela vai produzir uma resposta contra aquilo, na forma de anticorpos, então como essa criança está exposta a substâncias que são mto parecidas com os antígenos A ou B que está presentes em bactérias, sementes ou pólen, ela produz naturalmente esses anticorpos anti-A ou anti-B ou anti-H.

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8
Q

Como é realizada a tipagem ABO direta?

A

Hemácias do doador (suspensão a 5%) + anticorpos anti-A e anti-B. Ou sejam ocorre a partir de aglutinação (agrupamento Ac-mediado de partículas que expressam antígenos na sua superfície).

Indivíduo AB: irá aglutinar com o Anti-A e o Anti-B

Indivíduo B: irá aglutinar somente com Anti-B;

Indivíduo A: irá aglutinar somente com Anti-B;

Indivíduo O: não irá aglutinar.

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9
Q

Como é realizada a tipagem ABO reversa?

A

Soro/plasma do doador + Hemácias comerciais A1 e B.

É um teste que verifica a presença de anticorpos.

Indivíduo AB: não irá ter reação.

Indivíduo B: irá aglutinar com A1;

Indivíduo A: irá aglutinar com B;

Indivíduo O: Anti-A e Anti-B

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10
Q

Qual a frequência estimadas do grupos sanguíneos ABO?

A

O 50% A 30-35% B 12% AB 3%

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11
Q

Subgrupos de A

A

A1 80% da população, reage com lecitina A1;

A2 20% da população, reage com anti-H pois a enzima do A2 é deficiente em acoplar o carboidrato, sobrando H

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12
Q

Subgrupos de B

A

Muito mais raros.

Lembrar do B adquirido (algumas infecções podem modificar momentaneamente o grupo)

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13
Q

Qual o antígeno mais imunogênico do sistema Rh?

A

Antígeno D D > c > E > C > e

D e c relacionados com DHFRN;

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14
Q

Quais são os antígenos de maior frequência do sistema Rh?

A

Anti-e (98%);

Anti-D (85%);

Anti-c (70%);

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15
Q

O que deve acontecer para um indivíduo ser Rh negativo?

A

Deve ocorrer a deleção total do gene RhD, com hibridização das caixas Rh

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16
Q

O que deve acontecer para um indivíduo ser Rh nulo?

A

Deve ocorrer mutações na proteína RhAG que participa do processo que ancora as proteínas RhD e RhCE

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17
Q

Genética do sistema Rh

A

Cromossomo 1 Genes RhD e RhCE que codificam as proteínas RhD e RhCE, com possibilidade de 8 haplótipos

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18
Q

Quando suspeitar de subgrupo de A?

A

Quando houver resultados discrepantes entre as provas ABO direta e reversa ou na busca de CH de subgrupo A2 para pacientes que apresentam anticorpo anti-A1 clinicamente significativo

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19
Q

O que deve ser feito caso o RhD seja negativo?

A

Realizar a pesquisa de D fraco

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20
Q

D parcial

A

Variante qualitativa de D no qual faltam epítopos Polimorfismo de um único nucleotídeo Só pode receber RhD negativo, mas é considerado RhD positivo Produz anti-D contra as subunidades presentes

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21
Q

D fraco

A

Variante quantitativa de D no qual o antígeno se expressa fracamente Precisa de teste AGH pra ser identificado É considerado RhD positivo, e pode receber RhD positivo pois não costuma produzir anti-D

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22
Q

Del

A

Variante quantitativa em que há expressão muito muito muito fraca do antígeno D Só é detectada pela técnica de adsorção-eluição

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23
Q

Como é realizada a pesquisa de D fraco?

A

1ª etapa: pingar uma gota anti-D –> centrifugar –> ler

2ª etapa: incubar a 37ºC por 15 min –> centrifugar –> ler

3ª etapa: lavar 3x com soro fisiológico –> adicionar soro de Coombs –> centrifugar –> ler

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24
Q

Como são os anticorpos Rh?

A

Anticorpos que não são de ocorrência natural, do tipo IgG Não ligam complemento e tem hemólise predominantemente extravascular Reagem a 37ºC

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25
Q

Prevenção da Doença Hemolítica Perinatal

A

IGRh ou Rhogam, dose de 300 microgramas por 15mL

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26
Q

Antígenos sistema Kell

A

Antígenos K (KEL-1) e k (KEL2-Cellano) Cellano é o antígeno de alta frequência

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27
Q

Genética sistema Kell e anticorpos

A

Cromossomo 7 Anticorpos são IgG

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28
Q

Considerações importantes sistema Kell

A

1) é sensível a agentes redutores DTT e AET por conta das pontes dissulfeto
2) é capaz de criar endotelina - vasoconstritor
3) causam DHRN e reação transfusional hemolítica
4) fenótipo K° (nulo): indivíduos produzem anti-Ku
5) Síndrome Mcleod: acancitose, defeitos neurológicos, ligado ao X
6) deleção de parte do gene causa Doença Granulomatosa Crônica

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29
Q

Antígenos sistema Duffy

A

Fya e Fyb, dois alelos Mudança de glicina para aspargina

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30
Q

Genética sistema Duffy e anticorpos

A

Cromossomo 1 Anti-Fya e Anti-Fyb são IgG

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31
Q

Considerações importantes sistema Duffy (3)

A

1) Fy(a-b-) são resistentes à infecção por Plasmodium vivax –> seleção natural
2) causam DHRN e reação transfusional hemolítica imediata ou tardia
3) Fya e Fyb são sensíveis a enzimas proteolíticas papaína, ficina e bromelina

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32
Q

Antígenos sistema Kidd

A

Jka e Jkb

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33
Q

Genética do sistema Kidd e anticorpos

A

Cromossomo 18 Anti-Jka é mais comum, IgG

34
Q

Considerações importantes sistema Kidd (3)

A

1) glicoproteína permite transporte de ureia na passagem do rim
2) causam reações transfusionais hemolíticas mais tardias
3) raramente causam DHRN

35
Q

Genética do sistema MNS e anticorpos

A

Dois genes homólogos GYPA e GYPB que codificam duas glicoproteínas, glicoforina A e glicoforina B Anti-M e anti-N não são ativos a 37ºC e não são importantes clinicamente Anti-A e anti-s são IgG e ativos a 37ºC

36
Q

Antígenos sistema MNS

A

M e N são antígenos antitéticos localizados na GPA S e s são antígenos antitéticos localizados na GPB

37
Q

Considerações importantes sistema MNS

A

1) causam DHRN e reação transfusional hemolítica
2) sofrem ação das enzimas proteolíticas também

38
Q

Antígenos do sistema Lewis

A

Le a Le b Não são produzidos pelas hemácias, mas incorporadas na membrana celular através do plasma

39
Q

Genética sistema Lewis e anticorpos

A

Geralmente não são importantes clinicamente

40
Q

O que são os ANTÍGENOS ERITROCITÁRIOS? (4)

A
  1. São determinantes antigênicos localizados nos eritrócitos (promove a produção de anticorpos);
  2. São oligossacarídeos ou proteínas que induzem uma resposta imune;
  3. A Sociedade Internacional de Transfusão Sanguínea (ISBT) reconhece 368 antígenos em 39 sistemas, além do ABO e Rh, sendo que outros 34 possuem relevância clínica;
  4. Alguns antígenos de alta ou baixa frequência não são alocados em um desses 36 sistemas, pois não existe uma base genética ainda definida pra que se diga que realmente aquilo faz parte de um grupo sanguíneo. Existem alguns antígenos que não entram dentro de um grupo sanguineo.
41
Q

Como vão estar esses antígenos eritrocitários na membrana da hemácia? (4)

A
  1. Os antígenos de passagem única do tipo I, que têm como seu principal representante o grupo sanguíneo ABO, sendo um carboidrato que se insere na superfície externa da membrana da hemácia, possuem uma região aminoterminal na face externa e carboxiterminal na face interna. Há uma região transmembrana e hidrofóbica;
  2. As proteínas de passagem única do tipo II, que têm como principal representante o grupo kel, possui a região carboxiterminal para fora e aminoterminal para dentro.
  3. As proteínas de múltiplas passagem, como, por exemplo, a proteína Rh, se ancora na camada lipídica de forma muito mais forte, passando pela membrana cerca de 6 a 12 vezes.
  4. Existem também as proteínas que dependem da GPI para conseguir se ancorar
42
Q

Como que é a membrana da hemácia?

A

É uma membrana celular comum que possui uma bicamada lipídica.

43
Q

Os grupos sanguíneos são ….

A

HERDADOS

44
Q

Como que os genes dos grupos sanguíneos são codificados e expressos na membrana eritrocitária? (2)

A

Dos 14 cromossomossos autossômicos mais o cromossomo sexual o código genético será transcrito na forma de RNAm e esse RNAm vai ser traduzido na forma de uma proteína. Esta é a forma direta;

A expressão indireta ocorre através da transcrição e tradução de uma proteína com atividade catalítica (enzima) e que irá adicionar a uma estrutura de oligossacarídeos um carboídrato imunodominante, que vai dar o antígeno A ou B. Ou seja, uma enziuma vai produzir um carboidrato ou açucar que vai estar expresso na membrana da hemácia. Este possui como exemplo o sistema ABO

45
Q

Qual a Lei de Landsteiner?

A

Se o indivíduo não possui um antígeno na membrana da hemácia, ele é capaz de produzir naturalmente um anticorpo contra o antígeno que ele não tem.

46
Q

Como é a bioquímica dos antígenos ABO?

A

Há a formação dos antígenos A, B e H;

Os genes ABO não codificam a produção de antígenos ABO, ocorre de forma indireta;

A partir da enzima glicosiltransferase, ocorre a adição de um resóduo de açucar imunodominante a uma substância precursora básica, que é a substância H. Desta, pode ser que seja adicionado um resíduo de açucar que dará a imunodominância A ou B

47
Q

Como é produzida a imunodominância?

A

Depois que o indivíduo tem essa substância precursora H, caso o indivíduo tenha o alelo B, esse alelo B vai produzir uma enzima que vai adicionar a essa substância precursora H um resíduo de D-galactose. Esse resíduo de galactose (o açúcar imunodominante) vai ser o açúcar imunodominante dos indivíduos que tem esse antígeno B; caso o indivíduo herda de um dos pais o alelo A, esse alelo A vai ser traduzido em uma outra enzima, essa outra enzima adiciona essa substância precursora H num açúcar imunodominante, N-acetil-D-galactosamina.

48
Q

O que são os antígenos ABH solúveis?

A

Os antígenos solúveis só vão ser encontrados em indivíduos que expressam o gene secretor (gene secretor FUT2). Esse gene FUT2 é encontrado na forma dominante (Se/Se, Se/se). O indivíduo só vai ter a produção dessa secreção se tiver o gene secretor na forma dominante. Indivíduos que não possuem a forma dominante (se/se) não são secretores, ou seja não se encontra esse antígeno A na saliva, no plasma ou em outra secreção exceto o liquor.

Existe um grupo de indivíduos raríssimos (Bombay) que não possuem nem antígeno A, nem B nem H na hemácia e nenhum desses antígenos na secreção, ou seja se o indivíduo não tem nenhum desses antígenos produzidos, o sistema imunológico dele reconhece qualquer antígeno na natureza como estranho e produz anticorpo anti-A, anti-B, e também anticorpo anti-H.

49
Q

Qual a importância do sistema Rh? (3)

A

O sistema de grupo sanguíneo Rh é o mais polimórfico, ou seja, existe muito mais antígenos enquanto no sistema ABO tinham 4 antígenos, no Rh existe 55 antígenos nesse sistema.

É o segundo em importância clínica após ABO.

O antígeno D (D positivo/D negativo) é o mais imunogênico, ou seja, se o indivíduo é negativo e recebe o sangue positivo ele tem uma grande chance de formar anticorpo anti-D, a chance é mto grande. Esse antígeno D, caso o indivíduo forme anticorpo contra isso pode levar a uma aloimunização, ou seja, a produção de um anticorpo contra aquele antígeno estranho, causando a Doença Hemolítica Perinatal, a doença da mulher grávida de 1939, e reação transfusional hemolítica que também aconteceu com ela quando recebeu o sangue do marido dela.

50
Q

Quais são os antígenos e Haplótipos do sistema Rh?

A

Os principais antígenos desse sistema, além do antígeno D é o antígeno que se chama antígeno C, E, c, e.

Também é dado uma numeração (RH1, RH2 etc). O sistema possui 2 genes RHCE e RHD que codificam 8 haplótipos, ou seja, uma combinação entre esses antígenos D, C e E

51
Q

Como funciona o sistema Rh?

A

A gente possui dois genes, o gene RHD e o gene RHCE, esses dois genes estão em posição oposta e eles possuem 10 regiões que vão levar a expressão da proteína na hemácia chamadas de exons do 1 ao 10. Esse código genético que está nos exons é que vai ser transcrito e traduzido em forma de proteína, essa proteína que vai estar na bicamada lipídica e vai ser uma proteína transmembranar que vai ser produzida a proteína RhD. Quanto a proteína RhCE, ela vai ser produzida, ela produz a proteína RhCE e dentro dessa proteína RhCE o indivíduo pode ter na posição 226 ou o antígeno E grande ou o antígeno e pequeno e na posição 103 ou o antígeno c ou o antígeno C, dependendo do aa da estrutura

52
Q

Como acontece o RhD negativo?

A

O gene RHD é flanqueado por duas regiões que são duas caixinhas no slide chamadas caixas Rhesus. Quando as duas caixas Rhesus se hibridizam acontece uma deleção total do gene RHD, então se indivíduo não tem esse gene RHD ele não produz na bicamada lipídica a proteína RhD, então em mais de 14% da população que é D negativa geneticamente é isso que acontece, ela tem uma hibridização dessa caixa Rhesus, não tem o gene RHD então não produz a proteína RhD.

53
Q

O que é o Rh Nulo?

A

Existe um outro grupo de indivíduos que a gente chama de RhD nulo que ele não vai produzir nem a proteína RhD nem a proteína RhCE.

Isso ocorre pois a proteína RhD e RhCE estão dentro de um complexo, esse complexo na bicamada lipídica depende dessa proteína RhAG, quando um indivíduo tem uma mutação nessa proteína RhAG, a proteína RhD e RhCE não consegue se ancorar na membrana. Quando acontece então, uma mutação dentro dessa proteína RhAG o indivíduo não produz nem RhD nem RhCE, é o fenótipo nulo.

54
Q

Como é o indivíduo RhD normal?

A

Na membrana da hemácia tem a proteína transmembranar e na parte externa dessa proteína tem os epítopos (epítopo é uma região externa daquela proteína que vai ser uma região imunodominante que pode ser formado o anticorpo que vai reagir com o epítopo). Pra formar a proteína RhD existem 3 epítopos. o indivíduo D normal possui a proteína em grande quantidade na hemácia produz 3 epítopos.

55
Q

O que são as variantes de RhD?

A

Além de ter os indivíduos negativos e positivos tem outras variantes, um indivíduo no meio dos dois conceitos que seria o indivíduo fraco ou parcial. Não produz uma quantidade adequada de proteína na membrana da hemácia.

56
Q

O que é o D parcial?

A

Existe um grupo de indivíduos que possui uma mutação que vai modificar um aa dentro da cadeia de proteína. Esse único aa que vai se mudar na região externa faz com que o indivíduo perca um desses epítopos, por isso o nome D parcial, ele tem a proteína dele, mas a proteína falta um epítopo.

Se esse indivíduo D parcial receber o sangue de um indivíduo D normal, apesar dele ser D positivo, ele vai formar o anticorpo contra a parte que falta pra ele, por isso chamado de D parcial. Todo indivíduo D parcial, geralmente quando descobre isso, vai começar a receber sangue D negativo, porque se ele receber D positivo ele vai formar anticorpo contra o que falta pra ele. indivíduos D positivos que podem produzir anticorpos

57
Q

O que é o indivíduo D fraco?

A

Uma única modificação de aa faz com que essa proteína não consiga se ancorar de uma forma adequada na membrana da hemácia, então ao invés do indivíduo normal que tem 50 mil antígenos por hemácia esse indivíduo vai ter mil antígeno por hemácia, então se eu colocar um anticorpo anti-D pra ver se realmente tem aquela reação, no indivíduo normal vou ter uma reação bem forte e o indivíduo que tem pouca proteína vai ter uma reação mais fraca, ele tem menos proteína, mas os epítopos estão intactos. Esse indivíduo pode receber sangue do D normal. Por que? Porque a região externa dos dois é igual. então o indivíduo D fraco pode receber sangue D positivo normal, sem problemas

58
Q

O que é o Del?

A

Existe o outro grupo de indivíduos que também possui alguns “snipes” - modificações de aa na região transmembranar ou intramembranar e que vai formar pouquíssima quantidade de proteína D e que a gente só consegue localizar que esse indivíduo realmente é D positivo caso faça uma técnica chamada técnica de adsorção e eluição que é uma técnica hipersensível pra localizar a presença dessa proteína na membrana.

59
Q

Qual o grande problema dos indivíduos D fraco e Del?

A

No caso de um doador de sangue. Se eu utilizo uma técnica que não detecto isso e transfundo um sangue que tem a proteína pro indivíduo D negativo o sistema imunológico é mto potente em em conseguir descobrir por mais que seja pequena a quantidade essa proteína estranha e formar anti-D. Então existem casos em que o banco de sangue não consegue detectar isso e acaba aloimunizando o paciente fazendo com que o indivíduo D negativo forme um anticorpo contra aquilo.

60
Q

Como é feita a tipagem?

A

(!) SEMPRE LEMBRE: a tipagem RhD necessita utilizar um anticorpo anti-D que vai localizar se a proteína D esta ou não na membrana da hemácia e também o controle da mesma marca do anticorpo anti-D, sempre os dois em paralelo, o antígeno com anticorpo e o controle em paralelo. Sempre a reação do controle tem que ser negativa. A reação com anti-D vai ser positiva caso o indivíduo tenha o antígeno D e negativa quando ele não tiver esse antígeno. Caso o indivíduo seja negativo, pra localizar D fracos ou Del a gente faz uma fase a 37ºC e soro Coombs que vão potencializar a reação e fazer com que localize os indivíduos que produzem baixa qtdd de antígeno na hemácia, além disso a gente faz uma reação com esse anticorpo anti-CDE que a maioria dos indivíduos D negativos são tem reação negativa com esse anticorpo. Isso é necessário e geralmente indica se o indivíduo pode ser D fraco ou não.

61
Q

O que são os anticorpos Rh?

A

São anticorpos IgG imunes (IgG1 e IgG3 são os mais importantes);

Sua ocorrência não é natural;

Nao ligam o complemento;

A destruição de hemácias por anticorpo Rh é extra vascular (baço);

Pode atravessar a placenta e causar DHFRN

62
Q

O que é a doença hemolítica perinatal?

A

Geralmente acontece na segunda gestação. Então na primeira gestação a mulher é negativa, tem o filho que tem a característica do pai de ser positivo, quando entra em contato com o sangue do feto, ela produz o anticorpo anti-D. Esse anticorpo anti-D ele fica no soro/plasma daquela mulher além da memória imunológica. Se ela tem o segundo filho pode ser que esse antiCorpo atravesse a barreira placentária por ser um anticorpo da classe IgG e vai então atacar o segundo feto.

Para evitar –> imunoglobulina anti-Rh

63
Q

O que é o sistema Kell?

A

O sistema kell é um sistema de grande importância clínica, foi descoberto em 46, após a descoberta do soro de Coombs que potencializou as reações. consiste em 36 antígenos.

Os mais importantes são o antígeno K, presente em 9% da população, e o k (Cellano) que é um antígeno de alta frequência , ou seja, quase 100% da população tem esse antígeno Cellano. Isso acontece por um polimorfismo de um único nucleotídeo, o indivíduo tem um K ou k (Cellano).

64
Q

Glicoproteína Kell e gene KEL

A

Os antígenos Kell tem domínio C terminal incomum, ou seja, ela está pra fora, diferente dos outros, ele é invertido, é uma proteína transmembrana de passagem única do tipo 2 e é dobrado por pontes dissulfeto, essas pontes dissulfeto podem ser quebradas por agentes redutores DTT ou o AET, ou seja, se eu utilizo esses agentes redutores, quimicamente eu posso quebrar essa ligação da proteína K e fazer com que essa proteína não seja mais reconhecida pelo anticorpo. O anticorpo para conseguir se ligar a proteína K precisa de uma conformação 3D em que ele vai se ligar. Se eu quebro essas pontes dissulfeto, ao invés da proteína estar dobrada ela vai ficar reta. Quando ela fica reta, muda a conformação tridimensional e o anticorpo passa direto, não consegue se ligar e não tem reação. Então eu consigo destruir essa proteína pra que esse anticorpo não funcione. Em algumas técnicas isso é utilizado. Ela tem uma importância bioquímica, pode ser capaz de produzir endotelina 3 que é um vasoconstritor. O gene KEL ta no cromossomo 7 tem 19 exons

65
Q

Anticorpos Kell

A

Os anticorpos são clinicamente importantes assim como o Rh, também são da classe IgG, funcionam a 37ºC e são clinicamente importantes causa a doença hemolítica do recém-nascido e reações transfusionais hemolíticas.

66
Q

Fenótipo K0

A

Fenótipo muito raro, chamamos de K nulo em que aberrações genéticas no gene KEL faz com que esses indivíduos não tenham nem o antígeno K nem o k(Cellano) e produzam esse anticorpo anti-KEL5.

67
Q

Síndrome de McLeod

A

Existe a síndrome de McLeod que está associada ao cromossomo x, em que o indivíduo vai ter a acantocitose que é uma modificação morfológica das hemácias, defeitos musculares e neurológicos e que vai ser causada por uma mutação no gene XK que é ligado ao X, geralmente é o menino vai herdar da mãe e os antígenos KEL são expressos fracamente ao contrário de um indivíduo normal.

68
Q

Deleção de parte do Gene XK causa ….

A

Doença granulomatosa crônica com síndrome McLeod

69
Q

O que é o sistema Duffy? (4)

A
  1. São antígenos na glicoproteína expressa pelo gene Duffy-ACKR1;
  2. O polimorfismo Duffy consiste em dois antígenos, Fya e Fyb
  3. O indivíduo pode ter os três fenótipos mais comuns: Fy(a+b+), Fy(a+b-), Fy(a-b+) e esses alelos Fya e Fyb também vão ser diferentes devido ao indivíduo ter glicina na posição 42 (a) ou Asparagina na posição 42 na glicoproteína Duffy.
  4. Em africanos existe um terceiro alelo em que o indivíduo não produz nem o antígeno a nem o antígeno b e isso tem uma importância clínica (malária)
70
Q

Considerações Sistema Duffy: (3)

A

1) Fy(a-b-) são resistentes à infecção por Plasmodium vivax –> seleção natural
2) causam DHRN e reação transfusional hemolítica imediata ou tardia
3) Fya e Fyb são sensíveis a enzimas proteolíticas papaína, ficina e bromelina

71
Q

Qual a correlação entre a glicoproteína Duffy, quimiocinas e a malária?

A

Uma grande importância dessa glicoproteína Duffy é que ela é receptora pra quimiocinas da interleucina-8 e também receptor pra merozoítos do Plasmodium vivax. Então pra indivíduos que tem malária isso é a porta de entrada pra hemácias. Os indivíduos africanos possuem uma mutação em que eles não produzem nem o antígeno a e nem o antígeno b e isso, como uma seleção natural faz com que esses indivíduos não sejam afetados pelo merozoítos P. vivax , ou seja, ele não consegue acesso a porta de entrada pra conseguir entrar dentro da hemácia simplesmente por não ter nenhum antígeno a e nenhum antígeno b.

72
Q

…. e …. são produtos alélicos com frequências similares na maioria das populações;

A

Jka e Jkb

73
Q

O sistema Kidd promove uma ação no rim, qual?

A

Permite o transporte rápido de uréia durante a passagem dos eritrócitos pelo rim.

A glicoproteína kidd tem importância porque é uma transportadora de ureia, então é importante pra hemácia passar no rim e não ser destruída naquele meio hipertônico demais, ela precisa então adquirir ureia pra que ela fique isotônica dentro do rim e pra que ela libere ureia de maneira muito rápida pra não ser destruída depois. Então ela tem essa capacidade. É por aqui que é transportado ureia. Existe um grupo de indivíduos que é Jk(a-b-) que não possuem essa glicoproteína então acabam não tendo o transporte de ureia adequado. Existem estudos pra saber se o indivíduo tem problema renal ou não devido a isso.

74
Q

Qual a frequência do sistema Kidd nos europeus, africanos e asiáticos?

A

Jka: 76, 92 e 73%;

Jkb: 72, 49 e 76%

75
Q

Qual a importância dos anticorpos Kidd?

A

Podem causar reações transfusionais hemolíticas severas e também um tipo de ração que chamamos de reação transfusional tardia, ou seja, o paciente recebe uma transfusão hoje e o anticorpo dele começa a ser produzido depois de uma semana que ele está em casa ele vai apresentar sintomas de hemólise. Então reações tardias acontecem no sistema Kidd com anticorpos anti-kidd. Comumente causam reações transfusionais hemolíticas tardias e raramente causam DHRN

76
Q

O que é o sistema MNS?

A

É um sistema que possui alta complexidade, com 49 antígenos;

Possui dois genes homólogos intimamente ligados GYPA e GYPB;

Eles codificam duas glicoproteínas, glicoforina A (GPA) e gliforina B (GPB);

A glicoforina A vai ter os antígenos M ou N e a glicoforina B vai ter os antígenos S ou s

glicoforina A onde vai ta inserido os antígenos M ou N; e a glicoforina B que vai ter os antígenos S ou s.

77
Q

Qual dos antígenos do sistema MNS são ativos a 37ºC e são importantes clinicamente?

A

Anti-S e anti-s. Eles são IgG e são ativos a 37ºC, estando implicados em RTHs e em DHRN.

Quando o indivíduo forma anticorpo contra M ou contra N, geralmente não tem importância na clínica, vai atrapalhar no laboratório, mas clinicamente não tem importância pos são anticorpos que não são ativos na temperatura corporal, reage geralmente no frio.

78
Q

Discorra sobre os antígenos Lewis:

A
  1. São carboidratos sobre glicolipídios;
  2. Não sao produzidos por células eirtróides, são incorporadas na membrana celular através do plasma;
  3. Lea (LE1) e Leb (LE2)
79
Q

Qual a importância do sistema Lewis?

A

Os unicos indivíduos que produzem anti-Lea ou anti-Leb são indivíduos Le(a-b-) ao mesmo tempo. O indivíduo que é só Le(a+b-), não produz anti-Leb, precisa ser Le(a-b-) pra produzir anti-Lea ou anti-Leb e geralmente esses anticorpos não reagem a 37ºc, ou seja não tem importância na clínica, mas no laboratório aparece e atrapalha as reações e pode ocasionar perda de tempo em uma variação imunohematológica.

Não são importantes clinicamente.

80
Q

Para que serve a fenotipagem?

A

A fenotipagem utiliza anticorpos conhecidos como antissoros para a identificação de antígenos raros na membrana eritrocitária.