INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO – ITU Flashcards

(32 cards)

1
Q

INCIDÊNCIA: <1 ano

A

sexo masculino = proteus e e coli (fimose fisiologica)

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2
Q

INCIDÊNCIA : > 1 ano

A

sexo feminino : e coli

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3
Q

AGENTES ETIOLÓGICOS: bacterianos

A

Escherichia coli – 80% dos casos;

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4
Q

AGENTES ETIOLÓGICOS: VIRAIS

A

raro em crianca

  • Adenovírus e enterovírus;
  • Coxsackie;
  • Echovírus;
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5
Q

AGENTES ETIOLÓGICOS: fungicos

A

imunossuprimidos, que fizeram
uso de ATB de amplo espectro prologando e uso
de sondagem vesical;

  • Candida spp;
  • Aspergillus spp;
  • Criptococcus neoformans;
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6
Q

FISIOPATOLOGIA

A

principal via : ascendente
- colonização periuretral por cepa urupatogenica UPEC)
-adesao bacteriana por fímbrias na parede celular (principal fator de virulencia)

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7
Q

fimbrias tipo 1

A

maioria das cepas de E. coli; não patogênicas; Inibidas pela D-manose;

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8
Q

fimbrias tipo II

A

cepas orogênicas; manoses resistentes; favorecem adesão e ascensão;

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9
Q

QUADRO CLÍNICO

A

de acordo com o grupo etário e com a
localização da infecção

varia de uma “bacteriúria
assintomática” até uma pielonefrite aguda,podendo culminar em um quadro de urossepse
(especialmente em lactentes);

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10
Q

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DE ACORDO
COM A LOCALIDADE

A

Cistite: disúria, polaciúria, urgência, incontinência e dor suprapúbica; Odor fétido, geralmente afebril e sem
lesão renal

Pielonefrite: dor (lombar e flancos), febre,
prostração, náuseas, vômitos e diarreia;
o Grave: a mais comum em < 2 anos com
FSSL; (febre sem sinal localizatorio)

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11
Q

BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA

A

so gestante precisa tratar

Urocultura positiva sem manifestações clínicas;

Benigna – não causa lesão renal;

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12
Q

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DE ACORDO
COM A IDADE = lactentes

A
  • Lactentes (0 a 2 meses):
    o Mal ganho ponderal;
    o Febre;
    o Prostração;
    o Inapetência;
    o Dor abdominal, vômitos e diarreia;
    o Palidez;
    o Irritabilidade;
    OBS: raramente há sinais ou sintomas ligados ao
    trato urinário, como polaciúria, gotejamento urinário,
    disúria ou urina com odor fétido;
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13
Q

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DE ACORDO
COM A IDADE = 2 meses a 2 anos

A

o Febre;
o Inapetência;
o Urina com odor fétido;
o Dor abdominal e vômitos;
o Irritabilidade;

inespecificos, exceto pela alteracao no odor
mas mesmo nos casos de pielonefrite , ainda faltam sintomas localizatorios especificos = alto risco de futura lesao renal (posso estar diante de um quadro alto = pielo , sem manifestacao especifico = retarda o diagnostico e tratamento

OBS: mesmo com pielonefrite, faltam sintomas
localizatórios – alto risco de lesão renal;

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14
Q

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DE ACORDO
COM A IDADE = pre escolares

A

quando comeca sintomas mais específicos
o Sintomas urinários: disúria e polaciúria;
o Febre – pode estar ausente se somente
cistite;
o Enurese;
o Dor abdominal ou pélvica;
o Urina turva e com odor fétido;

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15
Q

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DE ACORDO
COM A IDADE = escolares e adolescentes

A

o Sintomas mais típicos;
o Dor lombar, pélvica e abdominal;
o Febre – pode estar ausente se somente
cistite;
o Enurese e incontinência;
o Urina turva, fétida e hematúria

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16
Q

SINTOMAS POUCO RECONHECIDO

A
  • Mal ganho ponderal;
  • Febre monossintomática;
  • Icterícia (bilirrubina direta) no RN;
  • Incontinência;
  • Enurese secundária;
17
Q

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

A

URINA I
- se crianca ainda nao tem controle miccional eu faco sondagem ou pinção suprapubica
-se tem controle = jato medio

nitrito :boa especificidade (98%) e baixa sensibilidade (50%); - Pelo menos 4 horas de retenção para
acúmulo adequado;

Leucocitúria: > 10 cél/mm3;

Hematúria;

A presença de poucas células epiteliais indica
uma boa coleta; = significa que peguei o jato medio

18
Q

BACTERIOSCOPIA

A

Pesquisa de bactérias em gota de urina não-
centrifugada;
Coloração de gram à normalmente gram-
negativas (E. coli);
Presença de qualquer quantidade;

19
Q

UROCULTURA

A

O diagnóstico de ITU é confirmado pela
bacteriúria significativa = igual ou superior a 100.000
UFC de uma única bactéria;

20
Q

o que confirma diagnostico de itu

A

O diagnóstico de ITU é confirmado pela
bacteriúria significativa, que é a presença na
urina de um número igual ou superior a 100.000
UFC de uma única bactéria

21
Q

quantidades que indicam infeccao na utucultura, a depender do metodo de coleta

A

quanto mais invasivo o metodo de coleta, menos bacteria eu devo ter

uantidades:
o Jato médio: > 100.000 UFC;
o Sondagem : > 50.000 UFC;
o Punção suprapúbica = qualquer quantidade indica infeccao

22
Q

outros exames

A
  • Fazer se evidência de doença sistêmica;
  • Hemograma e Hemocultura à para verificar se
    há sepse;
  • Ureia e creatinina à verificar se há lesão renal;
23
Q

escolha do atb

A
  • Inicialmente deve ser feita de forma empírica
    para cobertura de gram negativos = E. Coli
    (80%);
  • Pode solicitar Bacterioscopia (Gram) para
    direcionar;
  • Duração de 7 a 14 dias;
  • Melhora clínica após 24 a 48h;
24
Q

profilaxia

A

Não deve ser feita de rotina à fazer apenas em
pacientes com refluxo vesicoureteral e outras
anomalias que levam a estase;

25
investigação
A investigação por imagens do trato urinário está indicada após o 1º episódio bem documentado de infecção urinária, em qualquer idade e para ambos os sexos, e justifica-se pela frequente associação de ITU a anomalias do trato urinário, principalmente o refluxo vesicoureteral (RVU) e os processos obstrutivos;
26
ULTRASSONOGRAFIA DE RINS E VIAS URINÁRIAS
Se o 1º episódio for com menos de 2 anos;
27
URECISTOGRAFIA MICCIONAL
Qualquer idade se 2 ou mais episódios ou < 2 anos no 1º episódio se: o Alterações ao US: § Lesão renal; § Hidronefrose;
28
1. Analise os fatores epidemiológicos que influenciam a incidência de ITU em diferentes faixas etárias, abordando diferenças de gênero e prevalência entre crianças menores e maiores de 2 anos.
A epidemiologia da ITU é variável de acordo com idade, sexo e raça; é mais comum nos meninos menores de 1 ano de idade (agentes Proteus e E. coli) e mais comum nas meninas maiores de 1 ano (Klebsiella e E.coli e Proteus); podem apresentar febre os menores de 2 anos quando meninas brancas; os maiores de 2 anos só vão apresentar febre quando tiverem outros sintomas associados;
29
2. Explique a fisiopatologia da ITU, destacando a via ascendente como principal mecanismo de infecção e os fatores relacionados à adesão bacteriana.
A fisiopatologia da ITU ocorre a partir da colonização periuretral; a bactéria principal é a cepa uropatogênica da E. coli, seu principal fator de virulência é a adesão bacteriana por meio das suas fímbrias (fímbria tipo I restrita a bexiga e fímbria tipo II para favorecer a ascensão renal); além disso, essa bactéria é capaz de se disseminar via sangue, levando a sepse;
30
3. Compare os quadros clínicos de cistite, pielonefrite e bacteriúria assintomática, descrevendo os sintomas específicos e suas implicações clínicas.
Bacteriúria assintomática: é definida pela urocultura positiva, mas com ausência de manifestações clínicas, é mais comum nas meninas, benigna e não causa lesão renal; Cistite é a ITU restrita a bexiga e se manifesta com disúria, polaciúria, urgência, incontinência e dor suprapúbica, além de odor fétido; é geralmente afebril e não causa lesão renal; Pielonefrite é a ITU que ascendeu aos rins, se manifesta com dor lombar, febre, prostração, náusea, vômitos e diarreia; é grave e pode resultar em lesão renal; Além da caracterização localizatória a ITU tem diferentes quadros clínicos de acordo com a idade; nos lactentes raramente se observam sintomas ligados ao trato urinário, o mais comum é o mal ganho ponderal, febre, prostração, inapetência, dor abdominal e diarreia; dos 2 meses aos 2 anos começam a aparecer sintomas relacionados ao trato urinário (odor fétido), mas se mantém a prostração, febre, inapetência e dor abdominal (mesmo com pielonefrite há ausência de sinais localizatórios - risco de lesão renal); nos pré-escolares e escolares já se apresentam os sintomas típicos de disúria,polaciúria, urina turva e com odor fétido, dor lombar, febre (apenas se pielonefrite);
31
4. Discuta as condições predisponentes ao desenvolvimento de ITU, como refluxo vesicoureteral, obstruções e alterações funcionais, e como elas contribuem para a recorrência de infecções.
Existem algumas condições que são predisponentes: obstrução do fluxo urinário (válvula de uretra posterior, estenose da JUP e mielomeningocele) litíase, refluxo vesicoureteral, alterações funcionais no desfralde, cateterização (demora ou intermitente); essas condições contribuem para a recorrência da infecção pois todas estão associadas a estase urinária, o que leva a proliferação bacteriana;
32
5. Detalhe os principais métodos diagnósticos para ITU, incluindo urina I e urocultura, e explique como a coleta adequada influencia a confiabilidade dos resultados.
A urina I é fundamental para análise física e química da urina: presença de leucocitúria ou hematúria, presença de nitrito (bactérias) e aspectos físicos como turgor e odor; já a urocultura é usada para confirmar bacteriúria significativa com mais de 100.000 UFC de uma única bactéria; achados inferiores a 10.000 são considerados negativos e entre 10.000 e 100.000 precisa repetir a coleta; se identificar duas cepas bacterianas é considerado como contaminação; além da urocultura é possível de ser feito uma bacterioscopia para ajudar a guiar o ATB e é necessário a presença de qualquer quantidade; outros exames como hemograma e hemocultura (verificar sepse), creatinina e ureia (indicativas de lesão renal) serão solicitados para averiguar a presença de doença sistêmica;