Insuficiencia arterial cronica Flashcards
(30 cards)
Qual o conceito da Insuficiência Arterial Crônica de Membros Inferiores (IAC-MMII), também conhecida como Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP)?
É a diminuição lenta e progressiva do aporte sanguíneo arterial levando à isquemia, manifestando-se frequentemente como claudicação intermitente.
[cite: 2]
Qual a principal causa da DAOP e qual sua incidência na população dos EUA, especialmente em homens acima de 50 e 70 anos?
A aterosclerose é a principal causa da DAOP. Afeta 10% da população nos EUA, 5% dos homens com mais de 50 anos e 20% acima de 70 anos.
[cite: 3]
Descreva a história natural da claudicação intermitente na DAOP em termos de melhora/estabilidade, risco de amputação e mortalidade anual. Qual a principal causa de mortalidade nesses pacientes?
Na claudicação intermitente, 80% dos pacientes melhoram ou permanecem estáveis. O risco de amputação é de 1% ao ano, e o índice de mortalidade é de 3 a 5% ao ano. A principal causa de mortalidade é o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM).
[cite: 5, 6, 7]
Quais são as duas classificações etiológicas da DAOP e o que cada uma representa?
A DAOP é classificada etiologicamente como Arteriopatia Orgânica (causada por obstrução física do vaso) e Arteriopatia Funcional (causada por espasmo vascular).
[cite: 8]
Descreva a classificação anatômica da DAOP em termos de formas alta, média e baixa, e qual síndrome está associada à forma alta?
A classificação anatômica divide a DAOP em: Forma Alta (Aorto-ilíaca), associada à Síndrome de Leriche; Forma Média (Femoro-poplítea); e Forma Baixa (Infrapatelar).
[cite: 9]
Cite 3 doenças inflamatórias arteriais orgânicas que podem causar insuficiência arterial crônica, além da aterosclerose e microangiopatia diabética.
Além da aterosclerose e microangiopatia diabética, outras doenças inflamatórias orgânicas que podem causar IAC são: Doença de Büerger (Tromboangeíte Obliterante - TAO), Doença de Takayasu e Arterites ‘sensu lato’.
[cite: 13]
Quais são as 3 principais condições funcionais que podem causar insuficiência arterial crônica, sem obstrução orgânica?
As condições funcionais que podem causar IAC são: Síndrome de Raynaud, Acrocianose e Livedo Reticular.
[cite: 15]
Quais são os 4 principais fatores de risco para aterosclerose que devem ser investigados na anamnese da DAOP?
Os 4 principais fatores de risco para aterosclerose são: Tabagismo, Hipertensão Arterial, Diabetes e Hipercolesterolemia.
[cite: 16]
Quais os 5 principais sintomas e 4 sinais da insuficiência arterial crônica, focando em alterações cutâneas e de fâneros?
Sintomas: Claudicação intermitente, Alteração de coloração e temperatura, Alteração de fâneros, Dor de repouso, Lesão trófica. Sinais: Alteração de coloração da pele (palidez, cianose, hiperemia), Alteração de fâneros (pelos, espessamento de unhas), Alteração da sensibilidade e Ausência ou diminuição dos pulsos.
[cite: 17, 19]
No diagnóstico da DAOP, quais os 4 exames complementares essenciais, e qual a importância da palpação dos pulsos?
Os exames complementares essenciais são: Doppler-ultrassom, Arteriografia, Angiotomografia e Exames laboratoriais (para fatores de risco). A palpação dos pulsos (femoral, poplíteo, tibial posterior, pedioso) é crucial para avaliar a perviedade arterial e o grau de isquemia.
[cite: 21, 22, 23]
Como o Índice Tornozelo-Braço (ITB) é utilizado no diagnóstico da DAOP, e qual seu valor preditivo para a doença?
O Índice Tornozelo-Braço (ITB) é um índice dopplerimétrico obtido pela divisão da pressão sistólica do tornozelo pela pressão sistólica braquial. É um exame não invasivo e de baixo custo, fundamental para o diagnóstico e avaliação da gravidade da DAOP, com valores <0,90 indicando doença arterial periférica.
[cite: 24]
Qual a função da Arteriografia e Angiotomografia no diagnóstico da DAOP, e qual a vantagem da Angiotomografia sobre a Arteriografia convencional?
A Arteriografia e a Angiotomografia são exames de imagem que permitem a visualização detalhada da anatomia arterial e das lesões obstrutivas. A Angiotomografia oferece a vantagem de ser menos invasiva que a arteriografia convencional, fornecendo imagens seccionais e reconstruções 3D.
[cite: 26, 27, 28]
Qual a classificação da DAOP de Fontaine e de Rutherford, e como essas classificações se correlacionam para guiar o tratamento?
A Classificação de Fontaine divide a DAOP em Estágios I (Assintomático), IIa (Claudicação limitante), IIb (Claudicação incapacitante), III (Dor isquêmica em repouso) e IV (Lesões tróficas). A Classificação de Rutherford categoriza a doença em 0 a 6. Ambas correlacionam a gravidade dos sintomas com o grau de isquemia, auxiliando na decisão terapêutica.
[cite: 32]
Quais são as condutas terapêuticas para a DAOP baseadas no quadro clínico (Assintomático, Claudicação, Dor em Repouso, Lesão Trófica)?
Para pacientes assintomáticos ou com claudicação, o tratamento é geralmente clínico. Para dor em repouso ou lesão trófica (estágios mais avançados), o tratamento cirúrgico é indicado.
[cite: 35]
Quais são as 6 principais classes de fatores de risco a serem controlados no tratamento clínico da DAOP?
Os fatores de risco a serem controlados são: Tabagismo, Hiperlipidemia, Hipertensão Arterial, Sedentarismo, Diabetes e Trombofilias.
[cite: 36]
Quais as medicações recomendadas no tratamento clínico da DAOP, incluindo um vasodilatador e anti-agregantes plaquetários?
As medicações recomendadas são: Cilostazol (50 a 100mg 2x/dia) como vasodilatador, e anti-agregantes plaquetários como AAS (100mg 1x/dia). O estudo COMPASS também sugere Rivaroxabana 2,5mg 2x/dia associada em certos casos.
[cite: 37]
Quais são as 5 principais abordagens do tratamento cirúrgico da DAOP?
As 5 principais abordagens do tratamento cirúrgico são: Derivações arteriais (‘by-pass’), Endarterectomias, Tratamento Endovascular (angioplastias e ‘stents’), Simpatectomia e Amputações.
[cite: 38]
Descreva as principais derivações arteriais (‘by-pass’) utilizadas no tratamento da DAOP, associando-as às formas anatômicas.
As derivações arteriais incluem: ‘by-pass’ aorto-bifemoral (para forma alta/Síndrome de Leriche), Femoro-femoral cruzado, Axilo-bifemoral, Ilíaco-femoral, Femoro-poplítea e Femoro-tibiais.
[cite: 39, 40, 41, 43]
O que é Endarterectomia e como ela difere de um ‘by-pass’?
Endarterectomia é um procedimento cirúrgico que envolve a remoção da placa aterosclerótica do interior da artéria, restabelecendo o fluxo. Difere do ‘by-pass’, que é a criação de um novo caminho para o sangue desviar da obstrução, usando um enxerto.
[cite: 49, 50, 51]
Qual o conceito do Tratamento Endovascular na DAOP e qual a principal técnica de acesso para esses procedimentos?
O Tratamento Endovascular é uma técnica minimamente invasiva que permite o diagnóstico e tratamento de grande parte das Doenças Vasculares periféricas. A principal técnica de acesso é a Técnica de Seldinger.
[cite: 52, 53, 54]
Quais são os principais dispositivos utilizados no tratamento endovascular da DAOP, e como atuam?
Os principais dispositivos são: Balões (para angioplastias, inflando dentro da estenose), Stents (estruturas metálicas inseridas após angioplastia para manter a artéria aberta) e Stents recobertos (stents com uma camada protetora).
[cite: 56, 57, 58]
Explique o processo de um stent montado em balão sendo expandido dentro de uma artéria obstruída.
Um stent montado em balão é inserido na artéria obstruída. O balão é inflado, expandindo o stent e comprimindo a obstrução contra a parede do vaso. Após a expansão, o balão é desinflado e retirado, deixando o stent expandido dentro da artéria para manter a perviedade.
[cite: 59]
Quais são os 4 fatores que influenciam a escolha entre tratamento endovascular e cirúrgico convencional na DAOP?
Os 4 fatores são: Situação clínica do paciente, Condições anatômicas da lesão e do paciente, Disponibilidade de material (urgência) e Qualidade técnica profissional.
[cite: 60]
Descreva o caso clínico exemplificado no documento de estenose de artéria ilíaca esquerda tratada por angioplastia.
O documento exemplifica o caso de uma mulher de 65 anos com estenose de artéria ilíaca esquerda, tratada com sucesso por angioplastia (mostrando imagens pré e pós-procedimento).
[cite: 61, 62]