Intoxicação Ocupacional Flashcards

1
Q

Como é chamada uma substância exógena?

A

Xenobiótico

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2
Q

Qual a definição de gases?

A

Fluido sem formas que permanecem no estado gasoso em CNTP

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3
Q

Qual a definição de vapores?

A

Forma gasosa de substâncias normalmente sólidas ou líquidas em CNTP

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4
Q

Qual a definição de partículas ou aerodispersoides?

A

Partículas microscópicas em estado sólido ou líquido

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5
Q

Cite exemplos de vapores

A

Benzeno, tolueno e xileno

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6
Q

Cite exemplos de aerodispersoides

A

Poeira, fumaça, moagem, detonação, neblina e névoas

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7
Q

Cite exemplos de gases

A

CO, NO, O3

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8
Q

Defina uma toxicidade leve

A

Aquela em que os efeitos são rapidamente reversíveis e desaparecem com o término da exposição, sem intervenção médica

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9
Q

Defina toxicidade moderada

A

Aquela em que os efeitos são reversíveis e não são suficientes para provocar danos físicos sérios ou prejuízos à saúde

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10
Q

Defina toxicidade severa

A

Mudanças irreversíveis no organismo humano, podendo produzir lesões graves ou morte

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11
Q

Quais os tipos de efeitos tóxicos existentes?

A

Local, sistêmico, imediato/agudo, crônico, retardado, reversível, irreversível, irritante, asfixiante e anestésicos

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12
Q

Cite exemplos de substâncias tóxicas irritantes

A

Amônia, cloro, soda cáustica, ácido sulfúrico

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13
Q

Cite exemplo de substâncias tóxicas com efeito anestésico central

A

Álcoois, éter clorofórmio

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14
Q

Qual o principal gás asfixiante?

A

Monóxido de carbono

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15
Q

Qual o período em que se considera uma intoxicação aguda?

A

24 horas

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16
Q

Quais as principais formas de contaminação ocupacional por substâncias químicas?

A

Respiratória, cutânea e gastrointestinal

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17
Q

V ou F: em geral exposições a menores doses terão efeitos menos intensos e com início mais lento

A

Verdadeiro, porém há excessões

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18
Q

Quais os pontos principais da abordagem inicial a uma vítima de intoxicação aguda?

A
  1. Avaliação inicial com foco em estabilização
  2. Diagnóstico específico da intoxicação
  3. Tratamento, consistindo em a) Descontaminação, b) Antídoto (se disponível) e c) suporte clínico
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19
Q

Quais as medidas de descontaminação cutânea após uma intoxicação aguda?

A

Retirar roupas impregnadas e lavar a superfície exposta com água abundante

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20
Q

Quais as medidas de descontaminação respiratória após uma intoxicação aguda?

A

Remover a vítima do local e administrar oxigênio umidificado suplementar

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21
Q

Quais as medidas de desintoxicação ocular após um acidente?

A

Instilar uma a duas gotas de colírio anestésico e realizar lavagem com SF 0,9% ou água filtrada

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22
Q

Quais as principais medidas de descontaminação gastrointestinal após uma intoxicação aguda?

A

Lavagem gástrica, carvão ativado ou lavagem intestinal

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23
Q

Qual a conduta após um acidente com intoxicação exógena?

A

Afastar o trabalhador, emitir CAT, notificar o SINAN, acompanhar outros trabalhadores e tomar medidas preventivas

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24
Q

Qual a farmacocinética do chumbo?

A

O chumbo não é metabolizado, logo ele é complexado a macromoléculas, sendo diretamente absorvido, distribuído e excretado.

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25
Q

Qual a situação clínica pode aumentar a absorção do chumbo?

A

Deficiência de ferro

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26
Q

V ou F: 90% do chumbo inalado é absorvido

A

Verdadeiro

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27
Q

Qual a meia vida do chumbo?

A

37 dias no sangue
40 dias nos tecidos moles
20 a 30 anos nos ossos

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28
Q

Da onde vem o termo saturnismo?

A

Da Roma antiga, os romanos acreditavam que eram presentes fornecido pelo Deus Saturno, e usava o acetato de chumbo para adoçar seus vinhos.

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29
Q

Quais os fatores de risco ocupacionais para saturnismo?

A
  • Trabalho com acumuladores elétricos
  • Fundição de latão e bronze
  • Reparo de radiadores de carro
  • Instrução e prática de tiro
  • Produção de cerâmica
  • Jateamento de tintas à base de chumbo
  • Lixamento e polimento de materiais que tem chumbo
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30
Q

Qual o quadro clínico do saturnismo?

A

Sintomas sutis e inespecíficos (algumas vezes até assintomática), principalmente no sistema nervoso e gastrointestinal na fase inicial, de início insidioso e progressivo.

Chamam a atenção os sintomas gastrintestinais

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31
Q

Quais os sistemas mais acometidos na fase inicial do saturnismo?

A

Nervoso e gastrintestinal

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32
Q

Quais os sintomas mais importantes na fase crônica do saturnismo?

A

Nefropatia, gota, IRC, encefalopatia crônica com alterações do humor e cognição, neuropatia periférica

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33
Q

Quais os sintomas de intoxicação aguda por chumbo?

A
  • Encefalopatia aguda
  • Neuropatia periférica grave
  • Cólica saturnina¹

1 - cólica difusa de forte intensidade às vezes acompanhada de constipação, hipertensão e sem leucocitose ou alterações do exame físico. Pode haver febre.

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34
Q

Quais os sintomas de uma intoxicação leve por chumbo?

A
  • Mialgia
  • Irritabilidade
  • Parestesias
  • Fadiga
  • Dor abdominal intermitente
  • Letargia
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35
Q

Quais os sintomas de uma intoxicação moderada por chumbo?

A
  • Cefaleia
  • Vômitos e Náuseas
  • Fadiga severa
  • Dor abdominal difusa e frequente
  • Perda de peso
  • Redução de libido
  • Constipação intestinal
  • Tremores
  • Mialgias
  • Parestesia
  • Artralgia
  • Labilidade emocional
  • Dificuldades de concentração
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36
Q

Quais os sintomas de uma intoxicação grave por chumbo?

A
  • Encefalopatia
  • Neuropatia motora
  • Convulsões
  • Coma
  • Cólica abdominal aguda
  • Linha gengival de Burton
  • Nefropatia
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37
Q

Como é o quadro de gota e qual intoxicação ocupacional está relacionada?

A

Artrite periférica recorrente por hiperuricemia, com presença de cristais de urato monossódico articulares ou urolitíase por excesso de ácido úrico.

Está associada ao saturnismo

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38
Q

Como é feito o diagnótico do saturnismo?

A
  • Exame clínico
  • IBE/EE (exposição)
  • IBE/SC (significado clínico)
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39
Q

Qual o indicador biológico de exposição excessiva (IBE/EE) do chumbo?

A

Chumbo tetraetila urinário.

Valor: 50 microgramas/L

COLETA: Ao fim da jornada de trabalho

Fonte: Quadro 2 da NR 7

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39
Q

Qual marcador indireto apresenta correlação com plumbemia?

A

Protoporfitina eritrocitária ou Zinco-protoporfirina (ZPP).

Aumenta a partir de 50 mcg/dL

A protoporfirinemia permanece mesmo após normalização de outros parâm.

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39
Q

Qual o indicador biológico de exposição com significado clínico (IBE/SC) do chumbo?

A
  • Chumbo (Pb-S) no sangue, VR de 60 mcg/100 ml¹
  • Ácido Delta-Amino-Levulínico (ALA-U) urinário, VR 10 mg/g de creatina

COLETA: Qualquer momento, desde que esteja trabalhando nas últimas semanas.

1 - Em gestantes, recomenda-se afastamento a partir de 30 mcg/100 ml

Fonte: Quadro 2 da NR 7

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40
Q

Qual o tratamento do saturnismo?

A
  • Afastamento da exposição
  • Casos graves (encefalopatia, intoxicação aguda ou Pb-S > 80 mcg/100 ml): quelação
  • Cólicas: Gluconato de cálcio

Quelantes disponíveis:
* BAL - Dimercaprol
* CaNa.EDTA - Edetato dissódico de cálcio
* Cuprimine - D-penicilamina
* Succimer - Ácido 2,3-dimercaptosuccínico (DMSA)

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41
Q

Quais outros sintomas podem ocorrer no saturnismo?

A
  • ORL: Zumbido, Deficiência auditiva, Vertigem, Gosto metálico
  • Neuro/Psiq: Perda de memória, Alucinações, Ataxia, Distúrbios da marcha, Paresia de mãos e MMII, Neuropatia
  • Cardiovascular: Palpitações, Anemia, Palidez, Hipertensão arterial
  • GO/URO: Infertilidade, Disfunção erétil, Anormalidades menstruais, Partos prematuros
  • Reumato: Gota
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42
Q

Quais as características do benzeno?

A

Hidrocarboneto aromático líquido, volátil, inflamável, explosivo e de odor adocicado.

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43
Q

Quais os principais usos do benzeno?

A

Solvente nas indústrias de laboratórios químicos, petrolíferas, siderúrgicas, usinas de álcool anidro, gasolina e carvão mineral.

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44
Q

Descreva a farmacocinética do benzeno

A
  • Absorção: Via respiratória (1ª) e cutânea (2ª).
  • Metabolismo: Fígado (50-70%)
  • Eliminação: Pulmões (fração não metabolizada)
  • Distribuição: Maior em órgãos com alto teor lipídico
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45
Q

Quais os metabólitos do benzeno e qual tipo de doença mais comum eles causam?

A

** Metabólitos tóxicos**: Óxido de benzeno e benzeno-epóxi

Ação mielotóxica, leucemogênica e cancerígena

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46
Q

Quais os efeitos agudos da intoxicação por benzeno?

A
  • Irritação de mucosas
  • Edema pulmonar
  • Narcose
  • Excitação
  • Sonolência
  • Tontura
  • Cefaleia
  • Náuseas
  • Taquicardia
  • Dispneia
  • Tremores
  • Convulsões
  • Perda de consciência
  • Morte
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47
Q

Quais os sinais mais frequentes de intoxicação crônica por benzeno?

A

Mialgia, astenia, sonolência, tontura e sinais infecciosos de repetição

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48
Q

Quais neoplasias podem ser causadas pelo benzeno?

A
  • Leucemia
  • Linfoma Não-Hodgkin
  • Mieloma múltiplo
  • Mielofibromatose
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49
Q

Quais os sinais de uma intoxicação crônica por benzeno?

A

Cognitivos: Perda de atenção, memória, habilidade motora, orientação visoespacial e visoconstrutiva, funções executivas, raciocínio lógico, linguagem, aprendizagem e humor.

Centrais: Astenia, cefaleia, depressão, insônia, agitação, alterações de comportamento

Periféricos: Polineuropatia periférica, mielite transversa

Auditivos: Perda neurossensorial, zumbido, vertigem e dificuldades de processamento

Hematopoiéticos: Anemia aplástica, leucemia, linfoma não-Hodgkin, mieloma múltiplo, mielofibromatose

Dermatológicos: Eritema, Dermatite Irritativa de Contato

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50
Q

Quais os achados laboratoriais mais comuns no benzenismo?

A
  • Neutropenia
  • Leucopenia
  • Eosinofilia
  • Linfocitopenia
  • Monocitopenia
  • Macrocitose
  • Pontilhado basófilo
  • Pseudo Pelger (hipossegmentação de neutrófilos)
  • Plaquetopenia
  • Macroplaquetas
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51
Q

Como é feito o diagnóstico do benzenismo?

A
  • Exame clínico
  • Histórico ocupacional
  • Evidências no hemograma
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52
Q

Qual o tratamento para o benzenismo?

A

Não existe tratamento específico.

Afastar da exposição e fornecer suporte clínico.

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53
Q

Qual o prognóstico do benzenismo?

A

Uma vez afetado, o trabalhador deve ser considerado de maior risco, e nunca mais voltar a ser exposto.

A normalização do hemograma não garante a normalização da medula, podendo desenvolver neoplasias e anemia aplástica tardia, com ou sem retorno da exposição.

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54
Q

Quais as características do tolueno?

A

Líquido incolor, de odor adocicado, inflamável, derivado o alcatrão, carvão e petróleo.

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55
Q

Quais os usos do tolueno?

A

Indústria de tintas, óleos, fluido industrial e solvente.

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56
Q

Quais os efeitos da intoxicação por tolueno?

A

Similares ao benzeno no SNC, fígado, rins e pele. Pode causar fadiga, letargia, sonolência, cefaleia, náusea, confusão mental e falta de apetite.
É teratogênico.

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57
Q

Qual o tratamento para intoxicação por tolueno?

A

Não existe tratamento específico.

Afastar da exposição e fornecer suporte clínico.

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58
Q

Quais as características do xileno?

A

Líquido incolor, de odor adocicado, também derivado do petróleo e carvão.

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59
Q

Qual o uso mais comum do xileno?

A

Solvente industrial

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60
Q

Qual a principal via de absorção do xileno?

A

Respiratória, porém também pode ser absorvido por ingestão acidental ou contato com a pele, pois tem ação desengraxante.

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61
Q

Quais as manifestações clínicas da intoxicação por xileno?

A
  • Insuficiência renal
  • Insuficiência respiratória por edema pulmonar
  • Hemorragias e pneumonia hemorrágica severa, com risco de óbito, mesmo em pequenas quantidades!
  • Sintomas neurológicos inespecíficos: Cefaleia, agitação, fala arrastada, tontura, confusão, sonolência, náuseas, vômitos
  • Irritação em mucosas
  • Supressão do SNC, com efeito anestésico em altas doses
  • Dermatite característica
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62
Q

Qual o mecanismo de ação do óxido nitroso?

A

Inibição dos receptores de NMDA e estimulação de receptores GABA-A

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63
Q

Quais as manifestações da intoxicação por óxido nitroso (NO)?

A
  • Ação anestésica
  • Ataxia
  • Polineuropatia
  • Psicose
  • Deficiência de vitamina B12 –> Anemia megaloblástica
  • Agranulocitose (por mielotoxicidade)
  • Neurotoxicidade
  • Dispneia e edema pulmonar em casos graves
  • Encefalopatia por compostos nitrogenados

Pode haver intervalo lúcido entre a exposição e sintomas

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64
Q

Como é feito o diagnóstico da intoxicação por óxido nitroso?

A

É clínico, uma vez que os testes laboratoriais são inespecíficos

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65
Q

Como se trata uma intoxicação por NO - Óxido nitroso?

A

Sem tratamento específico. Tomar medidas de descontaminação e suporte clínico.

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66
Q

Em que condições pode se formar o óxido nitroso?

A

Locais fechados com material orgânico, por decomposição deste.

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67
Q

Quais as características do mercúrio?

A

É o único metal líquido em temperatura ambiente, e é volátil.

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68
Q

Quais os usos do mercúrio?

A

Extração de ouro e prata, manômetros, termômetros, equipamentos eletrônicos, lâmpadas fluorescentes, amálgama dental, baterias, tintas, antissépticos, reagente de laboratório e catalisador químico.

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69
Q

O que é a “Dança de São Vítor”?

A

Espasmos musculares involuntários associados a distúrbios psiquiátricos pela intoxicação por chumbo.

Era comum na manufatura de chapéus, sendo a origem do “Chapeleiro Maluco” ou “Loucura dos Chapeleiros”.

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70
Q

Quais as formas existentes de mercúrio e suas diferentes características farmacocinéticas?

A
  • Elementar (metálico): absorvido por via inalatória, causa pneumonite química e pode ser letal. É depositado no cérebro e rins. É pouco absorvido no TGI.
  • Sais de mercúrio inorgânico: Absorvido por via inalatória e digestiva, com deposição em rins.
  • Mercúrio orgânico: Absorção por via inalatória, digestiva e cutânea. São lipossolúveis e geralmente acometem o SNC.
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71
Q

Qual o quadro clínico de uma intoxicação aguda por mercúrio?

A

Inalação: pneumonite química e edema pulmonar

Ingestão: dor abdominal, lesões cáusticas da boca ao estômago, gastroenterite hemorrágica, melena, tenesmo.

Lesões renais: necrose tubular aguda, oligúria, albuminúria, anúria e insuficiência renal

Pele e mucosas: lesões cáusticas nas vias de absorção, podendo gerar úlcerad

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72
Q

Quais os sinais de intoxicação crônica por mercúrio?

A

Tríade clássica: Neuropsiquiátricos, tremores e gengivoestomatite.

Sintomas inespecíficos: Fraqueza, fadiga, anorexia, perda de peso,

Neurológicos: Tremores, distúrbios do movimento, insônia, alteração do humor, ataxia, disartria, parestesias, perda auditiva e perda de CV, Parkinsonismo secundário/Síndrome Extrapiramidal, transtornos de personalidade, encefalopatia tóxica

Gastrintestinais: Dor abdominal, estomatite ulcerativa crônica, gengivite crônica, gastrenterite hemorrágica

Cardíacos: Arritmias

Renais: Doença glomerular, nefropatia túbulo-intersticial

Pele: Dermatite alérgica de contato

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73
Q

Como é feito o diagnóstico de intoxicação por mercúrio?

A
  • Exame clínico
  • Histórico ocupacional
  • Achados laboratoriais
74
Q

Como é feito o tratamento da intoxicação por mercúrio?

A

Medidas de suporte, descontaminação e quelantes:

  • BAL - British Anti-Lewisite / dimercaprol
  • DMSA-Succímero
  • D-penicilamina
75
Q

Qual o uso do manganês, em geral?

A

Indústria de ferro e aço, como reagente, visando reduzir o conteúdo de oxigênio e enxofre no aço fundido em ligas especiais.

Também é usado o MnO2 (manganês inorgânico) como agente oxidante despolarizante em baterias de células secas e acumuladores. É usado ainda na indústria de fogos de artifício, fósforo, reagente na indústria química e corante na indústria têxtil.

O sulfato de manganês (MnSO4) é usado na produção de fertilizantes, aditivos alimentares, medicamentos, tintas, vernizes, vidros especiais e cerâmicas.

76
Q

Quais as formas de exposição ao manganês?

A

Inalatória (principal) e cutânea

77
Q

Quais as manifestações da intoxicação por manganês?

A

Respiratórios: Bronquite, pneumonite, bronquiolite obliterante crônica, enfisema crônico difuso, fibrose pulmonar e irritação

Neurológicos: Irritabilidade, anorexia, fraqueza, fadiga, disartria, alteração da marcha, parkinsonismo, demência, transtornos de personalidade, depressão, neurastenia

Oculares: Coriorretinite

78
Q

Qual o tratamento da intoxicação por manganês?

A

Suporte clínico, descontaminação e Etileno Diamino-TetrAcético (EDTA)

79
Q

Qual a principal forma de contaminação por cromo?

A

Inalatória, por meio de névoas, mas também dérmica e gástrica

80
Q

Quais as utilizações mais comuns do cromo?

A
  • Galvanoplastia (ácido crômico)
  • Tintas
  • Anticorrosivos
  • Catalizadores
  • Cimento
81
Q

Quais as manifestações clínicas da intoxicação por cromo?

A
  • Irritação de vias aéreas superiores
  • Hipersensibilização: Bronquite crônica, rinossinusite e asma
  • Lesões de mucosa, com perfuração de septo nasal
  • Dermatite alérgica de contato
  • Dermatite irritativa de contato
  • Úlceras na pele
  • Necrose tubular renal
  • Lesão hepática
  • Câncer de pulmão
82
Q

Como é feito o diagnóstico de intoxicação por cromo?

A

Clínico.

83
Q

Quais as manifestações clínicas da Beriliose?

A

Pele: Eritemas, vesículas e úlceras

Respiratórios: Irritação de vias aéreas, perfuração de septo nasal e pneumonite química¹, com edema pulmonar,² tosse seca e irritativa, dor retroesternal, cianose, taquicardia, taquipneia e crepitações em bases³

Imunológico: Proliferação de linfócitos T no pulmão

1 - Lesão que tende a ser grave e causar óbito
2 - Pode haver processo miliar na radiografia
3 - Febre só ocorre em infecções secundárias

84
Q

Quais as formas de absorção do berílio?

A

Inalatória (principal) e cutânea

85
Q

Qual a diferença entre a intoxicação por cádmio e berílio?

A

A intoxicação por cádmio não gera lesões na pele e nasofaringe.

86
Q

O que são gases asfixiantes?

A

Gases que impedem a utilização do oxigênio pela célula.

Os principais exemplos são o CO e o cianeto.

87
Q

Quais as características do Monóxido de Carbono?

A

Gás inodoro, incolor, insípido, não irritante, de alta difusão.

É gerado pela combustão incompleta de qualquer substância com carbono.

88
Q

Quais as características clínicas de uma intoxicação por CO?

A

Sintomas inespecíficos e algo dose-dependentes (apesar de não haver correlação com carboxihemoglobinemia), afetando principalmente cérebro e coração.

Leve: Cefaleia leve, fadiga e dispneia leve
Moderada: Tontura, náusea, vômitos, fraqueza, confusão, letargia, turvação visual
Grave: Síncope, convulsões, RNC¹, ataxia, arritmias, rigidez muscular, isquemia miocárdica, acidose metabólica, coma e óbito

1 - Rebaixamento do nível de consciência

89
Q

Qual o mecanismo de ação do Monóxido de Carbono?

A

O CO atravessa a membrana alveolar e liga-se à hemoglobina com afinidade 200-300x maior que o O2 e formando a carboxiemoglobina.

Assim diminui a disponibilidade de oxigênio no sangue e altera também a curva de saturação, dificultando a dissociação do pouco O2 restante para os tecidos.

Também gera estresse oxidativo e dano mitocondrial, gerando mais alterações isquêmicas cerebrais e cardíacas.

90
Q

Em que situação é mais provável a intoxicação por Monóxido de Carbono?

A

Ambientes fechados, pouco ventilados, com combustão incompleta de carbono (incêndios, altos fornos, aquecedores a combustão, veículos motorizados)

91
Q

Quais os indicadores (IBE/EE) disponíveis para exposição a CO?

A
  • Carboxihemoglobina no sangue - 3,5%
  • Monóxido de carbono no ar exalado - 20 ppm

Devem ser colhidos no fim da jornada.

Podem ser alterados em tabagistas, ultrapassando 10% em alguns pacientes assintomáticos.
A oximetria tem pouco valor.

92
Q

Qual o tratamento da intoxicação por monóxido de carbono?

A
  • Remoção da exposição
  • Descontaminação
  • Suporte clínico e ventilatório
  • FiO2 100% até HbCO < 3%

Não há tratamento específico.

93
Q

Qual a meia-vida da carboxiemoglobina em ar ambiente?

A

3 a 4 horas.

É reduzida em até 6x pela oferta de O2 a 100%.

94
Q

O que são sais de cianeto e onde são usados?

A

Sais contendo cianeto ionizado (CN-).

São usados nas indústrias de metalurgia, fotografia, galvanoplastia, mineração, fumigação e plástico.

Algumas atividades usam o gás cianídrico como praguicida.

95
Q

Qual o meio de contaminação por cianeto?

A

A combustão de sais de cianeto ou a exposição a ácidos geram o gás de ácido cianídrico, um gás incolor com odor de amêndoas amargas.

A contaminação é respiratória.

96
Q

Qual o mecanismo de ação do cianeto?

A

Indução de hipóxia celular, com absorção alta (95%) e rápida por qualquer via.

Também apresenta neurotoxicidade, com afinidade por áreas de alta atividade metabólica.

97
Q

Qual o quadro clínico da intoxicação por cianeto?

A

Leve a moderada: Náuseas, vômitos, cefaleia, fraqueza, confusão, tonturas, falta de ar
Grave: Perda de consciência, apneia, acidose metabólica, hipotensão, convulsões, arritmia, coma, cianose (por colapso circulatório e apneia em fases tardias)

98
Q

Como é feito o diagnóstico da exposição a cianeto?

A

História clínica, ocupacional e achados laboratoriais.

99
Q

Qual o tratamento da intoxicação por cianeto?

A
  • FiO2 a 100%
  • Suporte clínico
  • Graves: Hidroxicobalamina e nitritos¹

1 - Nitrito de amila, Nitrito/Hipossulfito de sódio e Tiossulfato de sódio

100
Q

Quais doenças estão relacionadas à intoxicação por CO?

A
  • Angina
  • IAM
  • Parada cardíaca
  • Arritmias
  • Demência
101
Q

Quais doenças estão relacionadas à intoxicação por Sulfeto de Hidrogênio (Ácido Sulfídrico - H2S)

A
  • Transtornos do nervo olfatório
  • Anosmia
  • Encefalopatia tóxica crônica
  • Conjuntivite
102
Q

Quais doenças estão relacionadas ao Cianeto de Hidrogênio (HCN)?

A
  • Bronquite e pneumonite químicas agudas
  • Edema pulmonar químico agudo
  • Síndrome de Disfunção Reativa das Viás Aéreas
  • Bronquiolite obliterante crônica
  • Enfisema crônico difuso
  • Fibrose pulmonar crônica
103
Q

O que são asfixiantes simples?

A

Gases inertes que podem reduzir a disponibilidade de oxigênio em locais fechados.

Reduzem a pressão parcial de oxigênio

104
Q

Quais os principais gases asfixiantes simples?

A
  • Dióxido de Carbono
  • Butano e propano (gás de cozinha)
105
Q

Quais as origens mais comuns do CO2?

A

Combustão completa e decomposição de matéria orgânica, respiração e reações que envolvem fermentação alcóolica.

106
Q

Qual a clínica de uma intoxicação por CO2?

A

Leve a Moderada: Nictalopia, cefaleia, taquipneia, taquicardia, SatO2 < 90% mesmo e massintomáticos.

Grave: RNC, sonolência, tontura, fadiga, euforia, perda de memória, diminuição da AV, cianose, perda de consciência, arritmias, IAM, edema pulmonar, convulsões, morte. SatO2 < 80%.

107
Q

Como é feito o diagnóstico de uma intoxicação por CO2?

A

Exame clínico e ocupacional, não há exames específicos.

108
Q

Qual o tratamento de uma intoxicação por CO2?

A
  • Suporte Clínico
  • FiO2 a 100% até ficar assintomático

A FiO2 elevada ajuda a eliminar o CO2

109
Q

A partir de qual concentração no ar ambiente o CO2 começa a causar problemas?

A

Geralmente é sintomática a partir de 6%.
Com 20% passa a ser letal.

110
Q

Quais os usos do metanol?

A

Tintas, vernizes, solventes, soluções de formaldeído, limpadores de para-brisa e adulterante em postos de gasolina e bebidas clandestinas.

111
Q

Quais as características físicas do metanol?

A

Incolor e de odor diferente do etanol.

112
Q

Qual o mecanismo de intoxicação por metanol?

A

Metabolização em ácido fórmico, causando acidose metabólica.

Evolui para acidose metabólica, cegueira e morte.

113
Q

Qual a principal causa de intoxicação por álcoois tóxicos?

A

Metanol

114
Q

Qual o quadro clínico da intoxicação por metanol?

A

Comuns: Depressão do SNC, ataxia, sedação, cefaleia, taquicardia, hipotensão e desinibição

Gástricos: Dor abdominal, náuseas, vômitos

Neurológicos: Parkinsonismo por necrose dos gânglios da base, atrofia do nervo óptico e respiração de Kussmaul

115
Q

Como é feito o diagnóstico da intoxicação por metanol?

A
  • Exame clínico
  • Alcoolemia de metanol e etanol
  • Gasometria
116
Q

Qual o tratamento para intoxicação por metanol?

A
  • Descontaminação
  • Suporte clínico
  • Etanol (álcool etílico)
  • Fomepizol
117
Q

Quais os principais tipos de agrotóxicos nocivos ao ser humano?

A
  • Carbamatos
  • Organofosforados
  • Organoclorados
  • Piretroides
  • Paraquat (herbicida)
118
Q

Quais são os agrotóxicos que agem inibindo a colinesterase?

A

Organofosforados e carbamatos

119
Q

Qual o mecanismo de ação dos organofosforados e carbamatos?

A

Inibição da colinesterase, que gera acúmulo de acetilcolina na fenda sináptica, causando uma síndrome colinérgica por hiperestimulação dos receptores nicotínicos, muscarínicos e SNC.

120
Q

Qual a diferença no mecanismo de ação de um organofosforado e um carbamato?

A

Os carbamatos realizam inibição reversível da colinesterase, durando menos de 24 horas.

Os organofosforados inibem de maneira duradoura, às vezes irreversível.

121
Q

V ou F: Organofosforados apresentam boa lipossolubilidade

A

Verdadeiro

122
Q

Quais as manifestações da síndrome colinérgica aguda?

A

Quadro iniciado até 96h após exposição:

Centrais: Agitação, labilidade emocional, cefaleia, tontura, confusão, ataxia, convulsões, coma

Muscarínicos: Salivação, sudorese, lacrimejamento, hipersecreção brônquica, bradicardia, miose, vômitos, diarreia (os “clássicos”)

Nicotínicos: Taquicardia, hipertensão, midríase, fasciculações, fraqueza muscular, hiporreflexia, paralise dos músculos respiratórios (paradoxais e musculares)

123
Q

Quais manifestações clínicas são mais comuns em intoxicações por organofosforados e de forma tardia?

A
  • Síndrome Intermediária
  • Polineuropatia
  • Desordens neuropsiquiátricas
124
Q

V ou F

Síndromes tardias são mais comuns nas intoxicações por organofosforados e em baixas doses

A

Falso, são mais comuns em altas doses

125
Q

Quais os inseticidas mais usados no mundo?

A

Organofosforados

126
Q

O que fazem os receptores muscarínicos e nicotínicos?

A

M: Atuam nos músculos lisos, cardíaco e glândulas exócrinas

N: Atuam nos músculos esqueléticos e gânglios autonômicos

127
Q

Quais as vias de contaminação por organofosforados?

A

Inalação, Cutânea e Ingestão

128
Q

Em quais situações a absorção cutânea de organofosforados é exacerbada?

A

Lesões na pele ou ambientes quentes

129
Q

Porque organofosforados fazem mais síndromes tardias?

A

São geralmente lipofílicos, então são capazes de se depositar em tecido adiposo e afastar-se do metabolismo temporariamente

130
Q

Onde ocorrem o metabolismo e excreção dos organofosforados?

A

Fígado e rim.

131
Q

Quais as diferenças clínicas na intoxicação por carbamatos em relação aos organofosforados?

A

Geralmente envolvem menos o SNC, sendo este um fator de risco.

132
Q

V ou F: Carbamatos são lipossolúveis e bem absorvidos por todas as vias, podendo atingir o SNC e depositar-se no tecido adiposo.

A

Verdadeiro! No geral, são muito similares aos organofosforados.

133
Q

Quais as vias de metabolismo e excreção dos carbamatos?

A

Hepático e renal.

134
Q

Como é feito o diagnóstico de uma intoxicação por agrotóxicos?

A
  • Exame clínico
  • Histórico ocupacional
  • Exames laboratoriais gerais e específicos¹

1 - Atividade de colinesterase no sangue total, plasma e fase eritrocitária

135
Q

Qual o tratamento de uma síndrome colinérgica aguda por intoxicação exógena?

A
  • Suporte clínico
  • Descontaminação
  • Atropina¹
  • Oximas²

1 - Bloqueia receptores muscarínicos
2 - Reativam a colinesterase, pralidoxima por exemplo

136
Q

Qual o mecanismo de ação dos organoclorados?

A

Interferência no fluxo de sódio e potássio na membrana celular, gerando hiperexcitabilidade neuronal no SNC

137
Q

Descreva a farmacocinética dos organoclorados

A

**Absorção: ** Oral. Pode ter absorção variável pela pele.
Distribuição: Altamente lipossolúvel, pode se depositar em tecido adiposo e no SNC.

138
Q

Qual o quadro clínico de uma intoxicação por organoclorados?

A

Cefaleia, náuseas, vômitos, parestesias na língua, lábios e face, tremores, confusão, convulsões e coma.

Lembre-se que o uso destes agrotóxicos foi restrito nos anos 70

139
Q

Qual o manejo de uma intoxicação por organoclorados?

Diagnóstico e Tratamento

A

Diagnóstico: Clínico, associado a exames laboratoriais

Tratamento: Inespecífico, apenas com descontaminação e suporte clínico

140
Q

Como funcionam os agrotóxicos piretroides?

A

Prolongam a despolarização do canal de sódio nos axônios, causando hiperexcitação do sistema nervoso.

141
Q

Descreva as seguintes características farmacológicas dos piretroides:

Absorção, Capacidade de Sensibilização e Citotoxicidade

A

Absorção: Oral e inalatória

Sensibilização: Podem gerar hipersensibilidade e alergias.

Citotoxicidade: A cipermetrina é mutagênica e genotóxica

142
Q

Qual o quadro clínico de uma intoxicação por piretroides?

A

Tontura, salivação, cefaleia, vômitos, irritabilidade, sensibilização imunológica/alergia (similar a rinite e asma), pneumonite, broncoespasmo.

143
Q

V ou F: Piretroides apresentam baixa toxicidade para mamíferos

A

Verdadeiro, é rapidamente hidrolisado no fígado, além de serem sensíveis ao calor e luz solar

144
Q

O que é o Paraquat?

A

Um herbicida de contato não seletivo, que combate ervas daninhas por excesso de estresse oxidativo e radicais livres.

Radicais livres são formados pela redução incompleta do oxigênio, gerando espécies altamente reativas que danificam membranas, proteínas e DNA.

145
Q

Qual o mecanismo de dano no ser humano causado pelo Paraquat?

A

Causa dano oxidativo, em especial no SNC, onde há baixos níveis de antioxidantes.

O mecanismo mais comum é a peroxidação da membrana celular.

Geralmente interage com a enzima NADPH (Fosfato de Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo), ou Citocromo P450 redutase, que o reduz e gera um radical livre, que interage com outras moléculas e é restaurada para a forma natural do paraquat, causando um ciclo vicioso.

146
Q

V ou F: O Paraquat apresenta baixa toxicidade em humanos

A

Falso, é extremamente tóxico.

147
Q

Qual a via de absorção do Paraquat?

A

É principalmente gastrointestinal.

Não é absorvido por pele íntegra.

Apresenta baixa absorção inalatória.

Pode corroer os tecidos em que tem contato, mesmo que não seja absorvido.

148
Q

V ou F: O paraquat apresenta rápida distribuição pelo corpo, em especial nos rins, pulmões e músculos

A

Verdadeiro

149
Q

V ou F: O paraquat não se liga a proteínas plasmáticas

A

Verdadeiro

150
Q

Qual a via de eliminação do paraquat?

A

Urinária

151
Q

Qual o principal reservatório de paraquat no corpo humano?

A

Músculos

152
Q

V ou F: O paraquat pode ser eliminado na urina semanas ou meses após a ingestão.

A

Verdadeiro

153
Q

Qual a meia-vida do paraquat?

A

24 horas

154
Q

Qual o quadro clínico da intoxicação por paraquat?

A

Imediatamente: Dor e edema na boca e garganta, com úlceras orais, náusea, vômitos, diarreia, disfagia e hematêmese

24h: Colestase, necrose hepática centrolobular, oligúria, insuficiência renal aguda (NTA), pancreatite, tosse, afonia, mediastinite

1-2 semanas: Edema pulmonar, fibrose pulmonar, hipovolemia, choque, arritmias, coma, convulsões, edema cerebral

155
Q

Qual o manejo de uma intoxicação por paraquat?

Diagnóstico e Tratamento

A

Diagnóstico: Clínico e ocupacional, laboratório geral e teste qualitativo de detecção de paraquat em urina com ditionito de sódio

Tratamento: Suporte clínico e descontaminação. Não há tratamento específico. Evitar uso de O2 - Altas concentrações podem piorar os danos oxidativos, devendo ser usado apenas se houver hipoxemia.

156
Q

V ou F: O paraquat tem elevado efeito residual nas culturas

A

Falso, é rapidamente neutralizado pela matéria orgânica do solo.

157
Q

V ou F: O paraquat tem apenas 30% de absorção por via oral

A

Verdadeiro, mesmo assim atinge rapidamente pico plasmático

158
Q

V ou F: Não se deve usar O2 em intoxicações por Paraquat

A

Verdadeiro!

Pode piorar o estresse oxidativo. Pode ser guardado para quando tiver hipoxemia.

159
Q

V ou F: A principal causa de intoxicação por paraquat é a tentativa de suicídio

A

Verdadeiro

160
Q

Quais as principais ocupações relacionadas à exposição ao ácido cianídrico?

A

Fumigação e galvanoplastia

161
Q

Quais as principais atividades relacionadas à exposição ao ácido sulfídrico?

A

Aquelas onde há exposição a matéria orgânica em decomposição e indústria de rayon pelo processo viscose

162
Q

Quais ocupações têm maior risco de exposição ao arsênio?

A
  • Refinação de cobre
  • Pesticidas
  • Fabricação de vidro
  • Farmacêuticos
  • Preservação de madeira
  • Indústria de Couro
163
Q

Em quais profissões há risco de exposição ao benzeno?

A
  • Coquerias
  • Indústria química/petroquímica
  • Impureza de alguns solventes
164
Q

Em quais profissões é mais comum o contato com o chumbo?

A
  • Mineração, refinação e fundição de metais e minerais
  • Fabricação e renovação de baterias e pilhas
  • Tintas e pigmentos
  • Cerâmica
  • Recuperação de sucata
  • Indústria química
165
Q

Em quais ocupações é mais frequente a intoxicação por mercúrio?

A
  • Processos cloro-álcali
  • Eletrônicos
  • Pilhas
  • Indústria farmacêutica
  • Pesticidas
  • Termômetros
  • Manômetros
  • Barômetros
166
Q

Em quais situações é mais comum a presença de monóxido de carbono?

A

Combustão incompleta de materiais com carbono e motores a combustão interna

167
Q

Quais profissões estão mais ligadas a exposição a solventes com hidrocarbonetos aromáticos, alifáticos ou clorados?

A
  • Indústria Química
  • Lavanderia com limpeza a seco
  • Desengraxamento de peças
  • Limpeza de metais
168
Q

Em qual(is) indústria(s) podemos encontrar aminas aromáticas, e quais doenças estão relacionadas?

A

Indústria Química

Câncer de Bexiga

169
Q

Em qual(is) indústria(s) podemos encontrar amônia, e quais doenças estão relacionadas?

A

Indústria de fertilizantes

Reações inflamatórias nos olhos, nariz, laringe, traquea, edema de vias aéreas e pulmões, hemorragias

170
Q

Em qual(is) indústria(s) podemos encontrar Ascarel (polifenila biclorada), e quais doenças estão relacionadas?

A

Transformadores de energia elétrica

Câncer de fígado e aborto

171
Q

Em qual(is) indústria(s) podemos encontrar Benzeno, e quais doenças estão relacionadas?

A

Refinarias de petróleo, coquerias (siderúrgicas) e indústria química.

Leucemia, leucopenia, anemia, plaquetopenia, distúrbios comportamentais, entre outros.

172
Q

Em qual(is) indústria(s) podemos encontrar cloreto de vinila, e quais doenças estão relacionadas?

A

Química e de Plástico

Angiossarcoma de fígado

173
Q

Em qual(is) indústria(s) podemos encontrar Cloro (Cl2), e quais doenças estão relacionadas?

A

Acidentes industriais ou transporte de produtos clorados

Conjuntivite, faringite, dor torácica, falta de ar, tosse, expectoração rósea, asfixia e edema pulmonar.

174
Q

Em qual(is) indústria(s) podemos encontrar formaldeído (formol), e quais doenças estão relacionadas?

A

Química, têxtil, plástico e biomédica.

Câncer, irritação dos olhos, nariz e garganta, crises de bronquite

175
Q

Em qual(is) indústria(s) podemos encontrar tolueno e xileno, e quais doenças estão relacionadas?

A

Solventes, tintas, colas, resinas e cosméticos.

Causam irritação nos olhos, nariz e garganta, dentre outras complicações.

O tolueno está relacionado a perda auditiva.

176
Q

Em qual(is) indústria(s) podemos encontrar Alumínio, e quais doenças estão relacionadas?

A

Serralheria, Artefatos de Alumínio, Soldagem, Medicamentos antiácidos, Tratamento de água.

Anemia ferropriva e intoxicação crônica

177
Q

Em qual(is) indústria(s) podemos encontrar Arsênico, e quais doenças estão relacionadas?

A

Metalurgia, fundição e manufatura de vidros

Câncer dos seios paranasais

178
Q

Em qual(is) indústria(s) podemos encontrar Cádmio, e quais doenças estão relacionadas?

A

Soldas, tabaco, baterias e pilhas.

Câncer de pulmão e próstata, lesões renais

179
Q

Em qual(is) indústria(s) podemos encontrar Chumbo, e quais doenças estão relacionadas?

A

Fabricação e reciclagem de baterias de autos; tintas; pintura em cerâmica; soldagem.

Saturnismo.

180
Q

Em qual(is) indústria(s) podemos encontrar Cobalto, e quais doenças estão relacionadas?

A

Ferramentas de corte e furadoras.

Fibrose pulmonar.

181
Q

Em qual(is) indústria(s) podemos encontrar Cromo, e quais doenças estão relacionadas?

A

Corantes, esmaltes, tintas, ligas com aço e níquel, cromagem.

Asma e câncer.

182
Q

Em qual(is) indústria(s) podemos encontrar Fósforo Amarelo, e quais doenças estão relacionadas?

A

Veneno para baratas, rodenticidas (de lavoura), fogos de artifício

Náuseas, gastrite, odor de alho, fezes e vômitos fosforecentes, dor muscular, torpor, choque, coma, morte.

183
Q

Em qual(is) indústria(s) podemos encontrar Mercúrio, e quais doenças estão relacionadas?

A

Termômetros, manômetros, barômetros, extração de ouro e prata, moldes industriais, cloro-soda, lâmpadas fluorescentes

Intoxicação do SNC

184
Q

Em qual(is) indústria(s) podemos encontrar Níquel, e quais doenças estão relacionadas?

A

Baterias, aramados, fundição e niquelagem de metais, refinarias

Câncer de pulmão e seios paranasais.

185
Q

Em qual(is) indústria(s) podemos encontrar Fumos Metálicos, e quais doenças estão relacionadas?

Quais os metais mais comuns na geração de fumos?

A

Soldagem industrial e galvanização de metais.

Febre dos fumos metálicos, com febre, tosse, cansaço e dores musculares.

Metais mais comuns: cádmio, ferro, manganês, níquel e zinco.