Sd. Disfágica e Dispéptica

Question 1

Diferencie os sintomas típicos e atípicos da DRGE.

Answer 1

Os sintomas atípicos não são gastrointestinais, diferentemente dos sintomas típicos.

Question 2

Qual o exame padrão ouro para diagnóstico da DRGE?

Answer 2

pHmetria de 24 horas.

Question 3

DRGE e Úlcera péptico

Sintomas de alarme para realizar uma EDA

Answer 3

Anemia,
odinofagia,
disfagia,
perda de peso,
icterícia
> 45 anos.

Question 4

Quais os tipos de fundoplicaturas? Classifique-as.

Answer 4

Total (Nissen), parcial anterior (Dor e Thal) e parcial posterior (Toupet e Lind).

Question 5

Qual a medicação usada no tratamento da DRGE?

Answer 5

Omeprazol 20 mg, 1 vez ao dia. Dobrar a dose se refratariedade.

Question 6

Qual achado endoscópico que sugere esôfago de Barret?

Answer 6

Mucosa vermelho salmão.

Question 7

Qual o tratamento indicado para o esôfago de Barret de acordo com o grau de displasia?

Answer 7

• Sem displasia: EDA em 3-5 anos;
• Displasia de baixo grau: EDA em 1 ano ou ablação endoscópica;
• Displasia de alto grau: ablação endoscópica.

Question 8

Quais os tipos de hérnia de hiato?

Answer 8

Tipo I: por deslizamento;
Tipo II: paraesofágica;
Tipo III: mista;
Tipo IV: passagem de outras vísceras.

Question 9

Diferencie os AINES seletivos dos não seletivos.

Answer 9

Seletivos: inibem só a COX-2, não interferindo na proteção gástrica, mas induzem a agregação plaquetária;
Não seletivos: inibem a COX-1 e a COX-2, interferindo na proteção gástrica.

Question 10

A principal causa de úlcera duodenal é a H. pylori. Verdadeiro ou falso?

Answer 10

Verdadeiro.

Question 11

Qual a classificação de Johnson (úlceras gástricas)?

Answer 11

Tipo I: pequena curvatura baixa ➡️ hipocloridria;
Tipo II: corpo gástrico ➡️ hipercloridria;
Tipo III: pré-pilórica ➡️ hipercloridria;
Tipo IV: pequena curvatura alta ➡️ hipocloridria.

Question 12

Cite as duas “regras” do tratamento cirúrgico de úlceras pépticas.

Answer 12

1. Se hipercloridria, fazer vagotomia com piloroplastia/antrectomia;
2. Se úlcera gástrica, ressecar a região que contenha a úlcera.

Question 13

Descreva as cirurgias de reconstrução do trânsito intestinal Billroth I e II e Y de Roux.

Answer 13

B1: gastroduodenostomia;
B2: gastrojejunostomia + alça aferente;
Y de Roux: bypass gastrojejunal.

Question 14

Qual a classificação de Forrest (hemorragia por úlcera péptica)?

Answer 14

IA: sangramento arterial ativo;
IB: sangramento “babando”;
IIA: vaso visível;
IIB: coágulo;
IIC: hematina;
III: base clara

Question 15

Qual cirurgia está indicada em cada tipo de úlcera gástrica (de acordo com a classificação de Johnson) e na úlcera duodenal?

Answer 15

I: antrectomia + B1;
II e III: vagotomia troncular + antrectomia + B2;
IV: gastrectomia subtotal + Y de Roux;
Duodenal: vagotomia troncular + piloroplastia/antrectomia ou vagotomia superseletiva.

Question 16

Quais as indicações de tratamento para a H. pylori?

Answer 16

Úlcera péptica, linfoma MALT, dispepsia funcional, CA gástrico (prévio ou atual) e uso crônico de AAS/AINES com risco alto de úlcera.

Question 17

Qual o tratamento para H. pylori?

Answer 17

“CAÔ”: claritromicina + amoxicilina + omeprazol.

Question 18

Diferencie a clínica da sd. da alça aferente da gastrite alcalina.

Answer 18

Na sd. da alça aferente, o mal estar melhora após vômitos biliosos. Já na gastrite alcalina, os sintomas permanecem após os vômitos biliosos.

Question 19

Quando não fazer a fundoplicatura total (Nissen)?

Answer 19

Quando houver alterações na manometria, por isso, sempre solicitar no pré-operatório.

Question 20

Como fazer o diagnóstico laboratorial da sd. de Zollinger Ellison?

Answer 20

Gastrinemia >1.000.

Question 21

Qual técnica cirúrgica causa a gastrite alcalina?

Answer 21

Billroth II.

Question 22

Qual técnica cirúrgica causa a sd. da alça aferente?

Answer 22

Billroth II.

Question 23

Qual a causa da sd. de Dumping?

Answer 23

Ausência de piloro ➡️ passagem rápida dos alimentos para o duodeno.

Question 24

Quando é pior a clínica da úlcera gástrica?

Answer 24

Após a alimentação.

Question 25

Quando é pior a clínica da úlcera duodenal?

Answer 25

2-3 horas após a alimentação e à noite.

Question 26

Como a úlcera duodenal raramente é maligna não precisamos biopsia-la. Verdadeiro ou falso?

Answer 26

Verdadeiro.

Question 27

Quais são as formas de diagnóstico invasivo da H. pylori?

Answer 27

Teste rápido da urease (biópsia), biópsia e cultura.

Question 28

Quais são as formas de diagnóstico não invasivo da H. pylori?

Answer 28

Teste respiratório da ureia marcada, sorologia e antígeno fecal.

Question 29

A sorologia para H. pylori pode ser usada no controle da cura. Verdadeiro ou falso?

Answer 29

Falso, o anticorpo fica como uma cicatriz sorológica.

Question 30

Diferencie, clinicamente, a disfagia de transferência da disfagia de condução.

Answer 30

Disfagia de transferência: “engasgo”; Disfagia de condução: “entalo”.

Question 31

Quais doenças mais comumente causam a disfagia de transferência e a disfagia de condução?

Answer 31

Disfagia de transferência: doenças neurológicas e musculares; Disfagia de condução: acalasia e espasmo esofagiano difuso.

Question 32

Qual o primeiro exame a ser solicitado diante de um paciente com disfagia?

Answer 32

Esofagograma baritado.

Question 33

Quais plexos são destruídos na acalasia primária e secundária?

Answer 33

Primária: plexo de Auerbach; Secundária: plexo de Meisner e de Auerbach.

Question 34

Qual sinal é observado no esofagograma baritado de um paciente com acalasia?

Answer 34

Sinal do bico de pássaro/ponta de lápis.

Question 35

Qual o exame padrão-ouro para o diagnóstico da acalasia?

Answer 35

Esofagomanometria.

Question 36

Qual a classificação de Mascarenhas da acalasia? Qual o tratamento em cada classificação?

Answer 36

- Grau I: <4 cm ➡️ tratamento medicamentoso (nitrato, nifedipina, botox...); - Grau II: 4-7 cm ➡️ dilatação pneumática; - Grau III: 7-10 cm ➡️ cardiomiotomia a Heller + fundoplicatura parcial; - Grau IV: >10 cm ➡️ esofagectomia.

Question 37

Qual o principal diagnóstico diferencial do espasmo esofagiano difuso?

Answer 37

IAM.

Question 38

O espasmo esofagiano difuso associa-se a distúrbios psicossomáticos. Verdadeiro ou falso?

Answer 38

Verdadeiro.

Question 39

Qual sinal é observado no esofagograma baritado de um paciente com espasmo esofagiano difuso?

Answer 39

Esôfago em saca-rolhas/contas de rosário.

Question 40

Qual a fisiopatologia do divertículo de Zenker?

Answer 40

Hipertonia do esfíncter esofagiano superior ➡️ mais força ao deglutir ➡️ expulsão da mucosa e da submucosa.

Question 41

Qual a região em que mais ocorre o divertículo de Zenker?

Answer 41

Triângulo de Killian.

Question 42

Qual o tratamento do divertículo de Zenker?

Answer 42

- <2 cm: miotomia do esfíncter esofagiano superior; - 2-3 cm: miotomia de esfíncter esofagiano superior + pexia/ectomia do divertículo; - >3 cm: miotomia do esfíncter esofagiano superior + diverticulostomia.

Question 43

Qual a principal complicação do divertículo de Zenker?

Answer 43

Mediastinite.

Question 44

A sd. do Steakhouse está presente em qual alteração do esôfago?

Answer 44

Anel de Schatzki.

Question 45

Qual a principal doença sistêmica que também associa-se à disfagia?

Answer 45

Esclerodermia.

Question 46

Quais achados estão presentes na sd. CREST (esclerodermia)?

Answer 46

C - calcinose; R - Raynauld; E - esofagopatia; S - esclerodactilia; T - teleangectasias.

Question 47

Qual o tratamento para o anel de Schatzki?

Answer 47

Dilatação endoscópica.

Question 48

Qual o tratamento inicial da esofagite osinofílica?

Answer 48

Omeprazol.

Question 49

Descreva a classificação de Savary-Miller (DRGE).

Answer 49

- Grau 1: erosão em 1 prega esofágica; - Grau 2: erosão ≥2 pregas esofágicas; - Grau 3: erosão 360 graus (circular); - Grau 4: úlcera péptica; - Grau 5: estenose péptica; - Grau 6: esôfago de Barrett.