Sofrimento Fetal Crônico (SFC) Flashcards
(47 cards)
Definição de sofrimento fetal crônico (principal mecanismo etiológico) e 2 manifestações clínicas gerais que decorrem desse processo
SFC = privação crônica de nutrientes e de oxigênio, pela presença de algum grau de insuficiência placentária
CLÍNICA:
○ Alterações de crescimento fetal (CIUR)
○ Alterações do LA
2 exames utilizados na avaliação do SFC
○ Perfil Biofísico Fetal (PBF)
○ Dopplerfluxometria
Altamente SENSÍVEIS para diagnosticar comprometimento do bem-estar fetal e, na presença de resultado tranquilizador, deixa o obstetra seguro em prosseguir a gravidez
3 situações que indicam complementação da avaliação do bem-estar fetal em gestações de baixo risco
○ >40 SEMANAS
○ ↓ MOVIMENTAÇÃO FETAL
○ CTG SUSPEITA OU ANORMAL
2 ferramentas utilizadas na análise do PBF
USG + CARDIOTOCOGRAFIA
O PBF inclui a avaliação de ___ parâmetros, sendo que ___ deles refletem diretamente o estado de oxigenação fetal. A avaliação contempla pelo menos ___ min de USG, para permitir excluir períodos de ___
PBF
○ 5 parâmetros
○ 4 refletem o estado de oxigenação fetal
○ Pelo menos 30’ de USG para excluir períodos de sono fetal
Como é feita a pontuação do PBF?
Cada item avaliado recebe uma nota de 0 (quando ausente) OU 2 (quando presente)
○ PBF: de 0 a 10, sempre em números PARES
Ordem de alteração dos parâmetros avaliados no PBF frente à hipóxia (aguda → crônica)
Segue a ordem inversa do desenvolvimento (da origem de cada parâmetro):
Hipóxia aguda
CTG (acelerações transitórias) → Respiração → Movimentos corpóreos → Tônus fetal → LA (hipóxia crônica)
“Por onde estudo SFC?” - “C R M edway. T em LA!”
Pontuação de acordo com a apresentação de cada parâmetro do PBF
○ CTG: 0 = não tranquilizadora // 2 = tranquilizadora
○ Respiração: 0 = ausente ou s/ critérios // 2 = pelo menos 1 mov. resp. de 30’’ em 30’
○ Movimentos corpóreos: 0 = ausente ou s/ critérios // 2 = pelo menos 1 rápido ou 3 lentos em 30’
○ Tônus: 0 = ausente ou s/ critérios // 2 = movimentação fetal presente, atitude de flexão, abertura e fechamento das mãos e boca, sucção
○ LA: 0 = ILA ≤ 5 ou MB ≤ 2 // 2 = ILA > 5 ou MB >2
Tabela: parâmetro do PBF – área de controle do SNC – surgimento (IG)
Ordem do desenvolvimento é o contrário da de comprometimento na hipóxia:
○ Tônus fetal → CÓRTEX / 7,5-8,5 SEMANAS
○ Movimentos corpóreos → NÚCLEO CORTICAL / 8-9 SEMANAS
○ Respiração → ASSOALHO DO IV VENTRÍCULO / 11 SEMANAS
○ CTG (acelerações transitórias) → HIPOTÁLAMO POSTERIOR E MEDULA / 20 SEMANAS
O LA é um marcador crônico justamente porque é reflexo de uma insuficiência placentária de longa data, com ___, ___ e ___
Adaptação fetal
Centralização
Oligúria
PBF simplificado
CTG + ILA
CTG tranquilizadora = movimentos corpóreos e respiratórios presentes + tônus normal
PBF = 10: interpretação e conduta
PBF 10
○ Normal
○ Conservadora
PBF 8/10 + ILA normal: interpretação e conduta
PBF 8/10 + ILA NORMAL
○ Baixo risco de asfixia crônica e aguda
○ Conservadora
PBF 8/10 + ILA alterado: interpretação e conduta
PBF 8/10 + ILA ≤ 5
○ Baixo risco de asfixia aguda / Provável asfixia crônica / Pesquisar causas de oligoâmnio
○ ≥ 37 semanas = RESOLUÇÃO / Sem maturidade = PBF 2x/semana
PBF 6/10 + ILA normal: interpretação e conduta
PBF 6/10 + ILA > 5
○ Possível asfixia aguda / Baixo risco de asfixia crônica
○ Repetir PBF em 6 horas → se PBF < 6 após repetir = RESOLUÇÃO
PBF 6/10 + ILA alterado: interpretação e conduta
PBF 6/10 + ILA ≤ 5
○ Provável asfixia crônica / Possível asfixia aguda
○ Interrupção na viabilidade fetal / Se não, individualizar segundo Dopplerfluxometria
PBF 0,2 ou 4: interpretação e conduta
PBF 0, 2 ou 4
○ Provável asfixia aguda / Provável asfixia crônica se ILA ≤ 5
○ Interrupção na viabilidade fetal
Exame capaz de detectar alterações no bem-estar fetal de maneira mais precoce que o PBF
Dopplevelocimetria (perfil hemodinâmico)
2 shunts da circulação fetal que minimizam a mistura do sangue oxigenado e do sangue pobre em oxigênio do feto, destacando qual deles correlaciona-se à acidose e disfunção cardíaca
○ Ducto venoso (V. UMB. → VCI) – relacionado à acidose e disfunção cardíaca. Não podemos alterar modificações em seus valores!
○ Forame oval (AD → AE)
4 índices medidos na análise dos sonogramas dos vasos arteriais e venosos
ARTERIAIS
○ Índice de pusatilidade (IP) = Sístole (s) - Diástole (s) / Velocidade média (cm/s)
○ Relação sístole/diástole (S/D)
VENOSOS
○ Índice de pulsatilidade para veias (IPV) = Sístole (s) - a / Velocidade média
○ Índice de resistividade (IR) = Sístole - Diástole / Sístole
A dopplervelocimetria dos vasos que se destinam à placenta (___ e ___) permite investigar a função desse órgão
Artérias uterinas
Artérias umbilicais
Doppler das artérias uterinas: interpretação dos resultados anormais (cerne da fisiopatologia), IG indicada para sua realização e doença predita por sua alteração
Doppler a. uterinas
○ Alteração = placentação inadequada - leito de ALTA resistência
○ IG 24-26 semanas, gestantes de alto risco
○ Preditor para o desenvolvimento de PRÉ-ECLÂMPSIA
Padrão normal do sonograma da artéria uterina
Pico (sístole) + Vale (diástole) → fluxo no mesmo sentido em ambos, gráfico positivo
. Ainda que o fluxo na diástole seja menor quando comparado à sístole, ele está presente
Valores anormais do doppler da artéria uterina (4)
○ Índices dopplervelocimétricos > p95 da curva de normalidade da IG
○ S/D > 2.6
○ IP > 1.64 para a IG
○ Incisura protodiastólica persistente em ambas as artérias (principalmente após 24-26 semanas) → no momento da diástole não é um gráfico “liso” como o normal, temos uma incisura