Todas as matérias (semana 09) Flashcards

(37 cards)

1
Q

Verdadeiro ou falso

Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis, é competente o foro de situação da coisa. O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova

A

Falso

Nos termos do art. 47 do CPC: Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa. O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova.

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Q

Verdadeiro ou falso

Após a citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.

A

Falso

Nos termos do art. 63, § 3º, do CPC: Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.

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3
Q

Verdadeiro ou falso

É competente o foro de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves.

A

Verdadeiro

É o que diz o art. 53, V, do CPC;

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4
Q

Verdadeiro ou falso

No curso de processo de acidente de trabalho que tramite na justiça estadual, se a União intervier como interessada, o juiz deverá efetuar a remessa dos autos para a justiça federal.

A

Falso

O item traz uma das exceções previstas no artigo 45 do CPC.

Art. 45 CPC: Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal competente se nele intervier a União, suas empresas públicas, entidades autárquicas e fundações, ou conselho de fiscalização de atividade profissional, na qualidade de parte ou de terceiro interveniente, exceto as ações:

I – de recuperação judicial, falência, insolvência civil e acidente de trabalho;

II – sujeitas à justiça eleitoral e à justiça do trabalho.

Também temos a previsão do art. 109 da CF que traz expressamente a exceção.

Art. 190 CF. Aos juízes federais compete processar e julgar:

I – as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;

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5
Q

Verdadeiro ou falso

As características da jurisdição incluem substituir, no caso concreto, a vontade das partes pela vontade do juiz, o que, por sua vez, resolve a lide e promove a pacificação social.

A

Falso

Trata-se de uma imensa pegadinha: a característica da jurisdição denominada de substitutividade indica que, ao exercer tal poder, o Estado substitui a vontade das partes pela da lei e não pela do Juiz, nos termos como afirmados. Tudo isso com o escopo de resolver o conflito posto e buscar a pacificação social.

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6
Q

Verdadeiro ou falso

Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar ações de alimentos quando o réu obtiver benefícios econômicos no Brasil, desde que o credor aqui seja domiciliado ou tenha residência.

A

Falso

A alternativa “juntou” as duas hipóteses previstas no art. 22, I, do CPC, indicando uma relação de condição entre uma e outra (“DESDE QUE o credor aqui seja domiciliado”), o que não é verdade. A justiça nacional poderá julgar a ação de alimentos OU quando o credor tiver domicílio/residência no Brasil (inc. I) OU quando o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos (inc. II).

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7
Q

Verdadeiro ou falso

compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra, em matéria de sucessão hereditária, proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira

A

Verdadeiro

O art. 23 do CPC trata da competência exclusiva, e uma das hipóteses é justamente o caso do inventário e partilha de BENS SITUADOS NO BRASIL, independentemente da nacionalidade do autor da herança ou do país onde domiciliado: “Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra: (…) II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional”.

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8
Q

Conceitos de conexão e continência no processo civil?

A

Conexão: duas ou mais ações têm um pedido ou causa de pedir em comum, ou seja, advêm de um mesmo fato ou ato jurídico.

Efeito da Conexão=> Reunião das ações

Continência: uma ação é mais ampla e abrange as demais.

Efeito da Continência=> A ação contida é extinta sem a resolução do mérito, quando proposta após o ajuizamento da ação continente.
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9
Q

Segundo o Superior Tribunal de Justiça, impõe-se aos juízes o dever de facultar prévia manifestação dos sujeitos processuais a respeito de elementos a serem considerados pelo órgão julgador. Tal exigência aplica-se

A

em caso de elementos fáticos e jurídicos, tratando-se ou não de matérias de ordem pública e cognoscíveis de ofício.

O art. 10 do CPC, que auxilia a encontrar a resposta correta para essa questão, expõe o seguinte: “O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício”.

Portanto, de acordo com esse dispositivo, mesmo que a matéria em questão seja de ordem pública e cognoscível de ofício (como, por exemplo, uma prescrição), o juiz, antes de proferir a sua decisão, possui o dever de facultar a prévia manifestação das partes. Essa lógica se aplica tanto para os elementos fáticos quanto para os elementos jurídicos.

A jurisprudência do STJ entende no mesmo sentido: “Decorrente do princípio do contraditório, a vedação a decisões surpresa tem por escopo permitir às partes, em procedimento dialógico, o exercício das faculdades de participação nos atos do processo e de exposição de argumentos para influir na decisão judicial, impondo aos juízes, mesmo em face de matérias de ordem pública e cognoscíveis de ofício, o dever de facultar prévia manifestação dos sujeitos processuais a respeito dos elementos fáticos e jurídicos a serem considerados pelo órgão julgador” (REsp 2.016.601, 2022).

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10
Q

As partes podem eleger foro em que será proposta ação oriunda de direitos e obrigações. Nesse caso, antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz ou nula?

A

Ineficaz de ofício pelo juiz.

Art. 63, §3º, CPC. Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.

Abusividade da cláusula de eleição de foro:

Antes da citação – pode ser reputada ineficaz de ofício pelo Juiz

Após a Citação – cabe ao réu alegar na contestação, sob pena de preclusão.

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11
Q

Verdadeiro ou falso?

As agências reguladoras são beneficiárias das “contribuições especiais”

A

Falso

NÃO! Elas são beneficiárias das chamadas “taxas regulatórias”, que não se confundem com as
contribuições especiais

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12
Q

Classificação dos órgãos:

A

i) Independentes: São aqueles previstos na CF e representativos dos Poderes. Encabeçam a
estrutura administrativa, não são subordinados e possuem independência política, isto é, poder
para DEFINIR AS DIRETRIZES POLÍTICAS da esfera de poder que dirige. Ex.: chefe do Executivo,
presidente das casas legislativas, MP, TC’s.
ii) Autônomos: Este é o 1º escalão do poder, imediatamente abaixo dos órgãos independentes.
Gozam de autonomia administrativa e financeira, mas são politicamente subordinados aos
independentes, não podendo deles discordar. Devem referendar e planejar as diretrizes políticas
definidas pelos órgãos independentes. Ex.: ministérios e secretarias do Executivo.
iii) Superiores: Têm poder de direção, mas sujeitos à subordinação hierárquica aos órgãos
autônomos e independentes. Não gozam de autonomia ou independência. Compete a estes a
coordenação para implementação das políticas planejadas. Ex.: departamento da polícia federal,
coordenadoria, auditorias.
iv) Subalternos: Não gozam de autonomias ou independência, são hierarquicamente subordinados
a todos os órgãos superiores e órgãos autônomos. Compete a estes a execução das políticas
planejadas e coordenadas. Ex.: delegacia de polícia, seção de pessoal etc.

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13
Q

Verdadeiro ou falso

Antes de receber a denúncia contra Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o recebimento da denúncia e o andamento da ação.

A

Falso

Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.

(…)

§ 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação.

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14
Q

Verdadeiro ou falso

Deputados Estaduais podem ser presos em flagrante somente quando da prática de crime inafiançável; a mesmo regra aplica-se aos advogados por motivo de exercício da sua profissão.

A

Verdadeiro

A alternativa encontra-se correta, uma vez que apresenta-se em consonância com o artigo 53 parágrafo 3 da Constituição Federal e artigo 7, parágrafo 3 da Lei 8.096.

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15
Q

Verdadeiro ou falso

As disposições relativas ao princípio do juiz natural são analogamente aplicadas ao MP.

A

Verdadeiro

A alternativa está correta, visto que as disposições relativas ao princípio do juiz natural são analogamente aplicados ao promotor natural, nos termos do art. 5º, LIII, da CF/88.

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16
Q

Verdadeiro ou falso

Poderá funcionar como perito no processo aquele que tiver opinado anteriormente sobre o objeto da perícia na fase de investigação criminal, em razão da especificidade da prova pericial.

A

Falso

Uma vez que não poderá funcionar como perito aquele que tiver opinado anteriormente sobre o objeto da perícia, consoante art. 279, II, do CPP.

17
Q

Verdadeiro ou falso

o princípio da proibição do excesso implica a proibição de o Estado, a pretexto de combater infrações penais, cometer abusos na restrição aos direitos fundamentais; tal princípio se aproxima, no sentido formal e objetivo, do princípio do devido processo legal.

A

Falso

O princípio do devido processo legal (ou “due process of law”) está previsto no art. 5, LIV da CF:

Art. 5º, LIV, CF/88. ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal.

Segundo Nádia Carolina e Ricardo Vale (Direito Constitucional p/ MPU (Analista - Direito) Com Videoaulas - 2020), esse princípio, em âmbito material ou substantivo (e não em âmbito formal e objetivo), “diz respeito à aplicação do princípio da proporcionalidade (também chamado de princípio da razoabilidade ou da proibição de excesso)”.

18
Q

Verdadeiro ou falso

A renúncia do réu ao direito de apelação, manifestada sem a assistência do defensor, impede o conhecimento da apelação por este interposta.

A

Falso

A renúncia do réu ao direito de apelação, manifestada sem a assistência do defensor, não impede o conhecimento da apelação por este interposta.

19
Q

Verdadeiro ou falso

No mandado de segurança impetrado pelo Ministério Público contra decisão proferida em processo penal, é dispensável a citação do réu como litisconsorte passivo.

A

Falso

visto que em desacordo com a súmula 701, do STF. No mandado de segurança impetrado pelo Ministério Público contra decisão proferida em processo penal, é obrigatória a citação do réu como litisconsorte passivo.

20
Q

Verdadeiro ou falso

Constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer contrarrazões ao recurso interposto da rejeição da denúncia, salvo se houver nomeação de defensor dativo.

A

Falso

visto que em desacordo com a súmula 707, do STF. Constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer contrarrazões ao recurso interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação de defensor dativo.

21
Q

Verdadeiro ou falso

Entende-se por garantismo negativo a proibição de proteção insuficiente.

A

Falso

A proibição de proteção insuficiente está relacionada ao garantismo positivo e significa, em linhas gerais, que o Estado deve atuar no sentido de proteger de forma suficiente os bens jurídicos penalmente tutelados.

Por outro lado, o garantismo negativo vincula o Estado, proibindo-se a atuar excessivamente.

22
Q

Na evolução do direito processual penal, percebe-se a influência de outros ramos do direito. O deu uma atenção ao aspecto subjetivo do crime, combateu a vingança privada, humanizou as penas, reprimiu o uso de ordálias e introduziu as penas privativas de liberdade em substituição às patrimoniais.

É correto afirmar que o ramo do direito que corretamente completa o enunciado é:

A

A evolução do direito processual penal dar-se-á pela influência do Direito Germânico, do Direito Canônico e do Iluminismo.
O direito Canônico deu uma atenção ao aspecto subjetivo do crime, combateu a vingança privada, humanizou as penas, reprimiu o uso de ordálias e introduziu as penas privativas de liberdade em substituição às patrimoniais.
Buscou-se a recuperação dos criminosos através do arrependimento com utilização de penas e métodos severos. A partir desse Direito, houve a reorganização completa da vida jurídica europeia. São os canonistas responsáveis por formular critérios de racionalização e formalização do Direito. Dentro do Processo Penal Canônico, surgiram também as novas penas que não eram simples reparações de danos, multas, banimentos ou perda de títulos.

23
Q

Verdadeiro ou falso

Sobre a tutela de evidência, é sempre deferida em cognição sumária, possuindo caráter provisório e será substituída pelo provimento definitivo, situação que permite sua revogação ou modificação a qualquer momento?

A

Falso

Argumentando que a assertiva está equivocada ao afirmar que a tutela de evidência será sempre deferida em cognição sumária, pois embora seja normalmente concedida em decisão interlocutória, pode ser deferida em sentença, conforme entendimento pacificado pela doutrina. Assim, assiste razão aos recorrentes que apontam, ao contrário do previsto na questão, que a tutela de evidência não precisa sempre ser concedida em cognição sumária. É possível que o juiz só verifique a presença de seus pressupostos quando da prolação da sentença, hipótese em que a cognição será exauriente, e não mais sumária. Ante o exposto, os argumentos recursais são pertinentes e merecem guarida.

24
Q

Verdadeiro ou falso

A concessão da tutela de urgência pode ser concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão de natureza cautelar ou antecipada?

A

Falso

CPC, Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. (…) § 3º A tutela de urgência de natureza ANTECIPADA não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

25
Verdadeiro ou falso admite-se sustentação oral no agravo de instrumento interposto contra decisão interlocutória que verse sobre tutela de evidência.
Falso pois está em conformidade com o art. 937, VIII, CPC: “Art. 937. Na sessão de julgamento, depois da exposição da causa pelo relator, o presidente dará a palavra, sucessivamente, ao recorrente, ao recorrido e, nos casos de sua intervenção, ao membro do Ministério Público, pelo prazo improrrogável de 15 (quinze) minutos para cada um, a fim de sustentarem suas razões, nas seguintes hipóteses, nos termos da parte final do caput do art. 1.021: VIII – no agravo de instrumento interposto contra decisões interlocutórias que versem sobre tutelas provisórias de urgência ou da evidência;”
26
Verdadeiro ou falso Acerca da tutela provisória de evidência pode ser concedida liminarmente quando a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável;
Falso Pois não é hipótese que o juiz poderá decidir liminarmente, de acordo com o art. 311, IV e parágrafo único, CPC: “Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: IV – a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.
27
Verdadeiro ou falso em caso de revogação da tutela de urgência, a parte será responsabilizada por dano processual, além de responder pelo prejuízo causado à parte contrária em ação própria.
Falso Art. 302, parágrafo único, CPC/2015 - A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida, sempre que possível
28
Verdadeiro ou falso Tomando conhecimento de que o crime não é de competência da justiça estadual, o Delegado de Polícia estadual deve encaminhar os autos de investigação à autoridade policial competente, a qual deverá repetir todos os atos praticados, sob pena de nulidade do processo judicial
Falso Tomando conhecimento de que o crime não é de competência da justiça estadual, o Delegado de Polícia estadual deve encaminhar os autos de investigação à autoridade policial competente. OBS: Não há falar em nulidade de atos investigatórios, por tratar-se de procedimento administrativo investigatório dispensável. A teoria das nulidades é aplicável unicamente na fase judicial.
29
Verdadeiro ou falso Sobre o tratamento dado à competência pelo Código de Processo Penal, tem-se o seguinte: O juiz pode reconhecer, de ofício, incompetência relativa.
Falso A Súmula 33 do STJ determina que a incompetência relativa não pode ser declarada de ofício.
30
Verdadeiro ou falso Em seu exercício, o poder constituinte estadual deve reproduzir integralmente as disposições da Constituição Federal a respeito de direito, deveres e organização da ordem social.
Falso em relação à capacidade de auto-organização, prevista no art. 25, caput, da CF/88, foi categórico o poder constituinte originário ao definir que “os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição”. Esta última parte do texto demonstra, claramente, o caráter de derivação e vinculação do poder decorrente em relação ao originário; vale dizer, os Estados têm a capacidade de auto-organizar-se, desde que, é claro, observem as regras que foram estabelecidas pelo poder constituinte originário. Havendo afronta, estaremos diante de um vício formal ou material, caracterizador da inconstitucionalidade. E o que deve ser entendido por princípios desta Constituição? Quais são os limites à manifestação do poder constituinte derivado decorrente? Em interessante síntese, da qual nos valemos, Uadi Lammêgo Bulos fixa, como limites à manifestação do poder constituinte derivado decorrente, os princípios constitucionais sensíveis, os princípios constitucionais estabelecidos (organizatórios) e os princípios constitucionais extensíveis: (...) (Lenza, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 25. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. fls. 313/315)
31
Verdadeiro ou falso Consoante entendimento reiterado do Supremo Tribunal Federal, além das cláusulas pétreas expressas na Constituição Federal de 1988, há também cláusulas pétreas implícitas que, igualmente, não podem ser alteradas, nem mesmo por Emenda Constitucional.
Verdadeiro De fato, prevalece o entendimento de que o rol do art. 60 §4 não é taxativo. Por isso, alguns doutrinadores mencionam as chamadas cláusulas pétreas implícitas. Como exemplos, pode-se citar a titularidade do poder constituinte originário, procedimento de emenda constitucional, os sistemas e formas de governo e, para alguns doutrinadores, o 5 º §2 que trata de direitos e garantias fundamentais de princípios e tratados internacionais.
32
Verdadeiro ou falso Compete ao Superior Tribunal de Justiça, após a Emenda Constitucional nº 45/2004, julgar a extradição solicitada por Estado estrangeiro.
Falso Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro.
33
Verdadeiro ou falso Para Jorge Miranda, a admissão de limites transcendentes do Poder Constituinte originário, assim compreendidos os valores éticos superiores inerentes a uma consciência jurídica coletiva conduz, necessariamente, á admissão de controle de constitucionalidade de normas constitucionais originárias.
Falso Para Jorge Miranda, existem três categorias de limites possíveis ao Poder Constituinte Originário: - Transcendentes: imperativos do direito natural, valores éticos, consciência jurídica coletiva. Proibição do retrocesso (efeito cliquet). Limitação de ordem material. Exemplo: direitos fundamentais. Não conduz, necessariamente, ao controle de constitucionalidade de normas constitucionais originárias. - Imanentes: soberania ou forma de Estado. Limitação de ordem formal. - Heterônomos: conjugação com outros ordenamentos jurídicos. Princípios, regras ou atos de direito internacional que geram obrigações ao Estado -> flexibilização do caráter autônomo e ilimitado. Regras de direito interno -> Estados compostos ou complexos, como a federação - limites recíprocos entre Poder Constituinte federal e os poderes constituintes dos Estados federados.
34
Verdadeiro ou falso Segundo J. J. Gomes Canotilho, a autonomia e incondicionalidade do Poder Constituinte originário não são absolutas porquanto se o Poder Constituinte se destina a criar uma Constituição , concebida como organização e limitação do poder, não se vê como essa "Vontade de Constituição" possa deixar de condicionar a vontade do criador. Por outro lado, esse criador, esse povo ou nação é estruturado e obedece a padrões e modelos de conduta espirituais, éticos e sociais radicalizados na consciência jurídica geral da comunidade. É o autor que denomina " vinculação jurídica do poder Constituinte "
Verdadeiro
35
Verdadeiro ou falso Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, as limitações materiais do Poder Constituinte de reforma, previstas no artigo 60, ß 4º, da CF/88, não significam intangibilidade literal da respectiva disciplina na Constituição originária, mas apenas a proteção do núcleo essencial dos princípios e institutos cuja preservação nelas se protege.
Verdadeiro Encontrar a justificativa na internet.
36
A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma __________________ .
na mesma sessão legislativa.
37
De acordo com a doutrina, norma constitucional superveniente editada pelo poder constituinte originário sem qualquer ressalva tem eficácia
Tem RETROATIVIDADE MÍNIMA, TEMPERADA OU MITIGADA A lei nova atinge apenas os efeitos dos fatos anteriores, verificados após a data em que ela entra em vigor”. Trata-se de prestações futuras de negócios firmados antes do advento da nova lei. O STF vem se posicionando no sentido de que as normas constitucionais têm, por regra geral, retroatividade mínima, ou seja, aplicam-se a fatos que venham a acontecer após a sua promulgação, referentes a negócios passados. Enfim, segundo o STF, As normas constitucionais, salvo disposição expressa em contrário, não alcançam os atos ou fatos consumados no passado (retroatividade máxima) nem os seus efeitos pendentes (retroatividade média). RETROATIVIDADE MÁXIMA- art. 231, § 6 da CF "São nulos e extintos, não produzindo efeitos jurídicos, os atos que tenham por objeto a ocupação, o domínio e a posse das terras a que se refere este artigo, ou a exploração das riquezas naturais do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes, ressalvado relevante interesse público da União, segundo o que dispuser lei complementar, não gerando a nulidade e a extinção direito a indenização ou a ações contra a União, salvo, na forma da lei, quanto às benfeitorias derivadas da ocupação de boa fé" RETROATIVIDADE MÉDIA- Art. 17 ADCT Os vencimentos, a remuneração, as vantagens e os adicionais, bem como os proventos de aposentadoria que estejam sendo percebidos em desacordo com a Constituição serão imediatamente reduzidos aos limites dela decorrentes, não se admitindo, neste caso, invocação de direito adquirido ou percepção de excesso a qualquer título