TRAUMA Flashcards

(209 cards)

1
Q

O que significa o primeiro pico de
mortes no contexto do trauma?

A

São mortes que
ocorrem segundos ou
minutos após o trauma
(p. ex. rotura cardíaca,
trauma cerebral
extenso ou lesão do
tronco encefálico).

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2
Q

O que significa o segundo pico de
mortes no contexto do trauma?

A

São mortes que ocorrem
em minutos até algumas
horas após o trauma (p. ex.
sangramento intracraniano,
pneumotórax hipertensivo
ou hipovolemia)

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3
Q

O que significa o terceiro pico de
mortes no contexto do trauma

A

São mortes que ocorrem
em alguns dias até semanas
após o trauma, como
complicações tardias (p. ex.
pneumonia, TEP ou sepse).

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4
Q

O que é a hora de ouro do trauma e
qual é sua principal utilidade?

A

São os atendimentos
realizados na primeira
hora após o trauma. Uma
boa conduta pode reduzir
a morbimortalidade,
especialmente do segundo
pico de mortes.

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5
Q

Qual é a principal causa de morte
prevenível após o trauma?

A

Hemorragia.

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6
Q

Qual é a primeira conduta
recomendada para a equipe do
SAMU ao chegar a um acidente?

A

Checar a segurança do local.

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7
Q

Qual é a forma mais simples de
fazer uma avaliação inicial rápida
do ABCDE do trauma?

A

Perguntar o nome do paciente e o
que ocorreu.

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8
Q

Quais são as 6 condições que
devem ser diagnosticadas
obrigatoriamente durante a
avaliação primária?

A
  • Obstrução da via aérea;
  • Pneumotórax hipertensivo;
  • Pneumotórax aberto;
  • Hemotórax maciço;
  • Tamponamento cardíaco;
  • Lesão da árvore traqueobrônquica.
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9
Q

Descreva, sucintamente, o
mnemônico ABCDE da avaliação
inicial do trauma.

A
  • Airway: imobilização da coluna cervical +
    proteção das vias aéreas;
  • Breathing: respiração e ventilação;
  • Circulation: circulação com controle da
    hemorragia;
  • Disability: estado neurológico;
  • Exposure: exposição e controle ambiental (evitar
    hipotermia).
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10
Q
A
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11
Q

O que é uma via aérea definitiva?

A

Instalação de uma sonda traqueal,
com balonete insuflado abaixo das
pregas vocais.

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12
Q

Cite, pelo menos, duas indicações
de via aérea definitiva segundo o
ATLS.

A
  • Risco iminente de comprometimento da via aérea;
  • Apneia ou incapacidade de manter oxigenação, mesmo com O2 suplementar;
  • Glasgow ≤ 8;
  • Risco de aspiração;
  • Paciente combativo.
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13
Q

Qual é a recomendação de oferta
de O2 para os pacientes vítimas de
trauma?

A

O2 de alto fluxo em máscara não
reinalante com reservatório de O2
para todas as vítimas de trauma,
exceto as que têm indicação de via
aérea definitiva.

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14
Q

Quais são as duas manobras
indicadas para contornar a queda
da língua de acordo com o ATLS?

A

Manobras de elevação do mento ou
de tração da mandíbula

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15
Q

Qual é a via aérea definitiva de
escolha para o paciente vítima de
trauma?

A

Intubação orotraqueal.

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16
Q

Qual é a principal contraindicação
da intubação orotraqueal?

A

Impossibilidade de visualizar ou
transpor as estruturas da laringe
(p. ex. sangramento profuso, trauma
maxilofacial extenso ou edema de
glote).

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17
Q

Qual é a complicação mais
comumente associada à intubação
orotraqueal de emergência em
pacientes graves?

A

Aspiração

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18
Q

Qual é a via aérea cirúrgica de
escolha no trauma

A

Cricotireoidostomia cirúrgica.

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19
Q

Quais são as duas principais
contraindicações relativas da
cricotireoidostomia cirúrgica?

A
  • Fratura de laringe;
  • Crianças < 12 anos.
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20
Q

Descreva, sucintamente,
a técnica de realização da
cricotireoidostomia cirúrgica.

A
  1. Faça uma incisão na pele entre a cartilagem cricoide e a tireoide;
  2. Abra a membrana transversamente e dilate-a com pinça
    hemostática ou cabo do bisturi;
  3. Insira um tubo endotraqueal ou cânula de traqueostomIA
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21
Q

Quais são as duas indicações mais
comuns de traqueostomia para os
pacientes vítimas de trauma com
necessidade de via aérea cirúrgica?

A
  • Fratura de laringe;
  • Crianças < 12 anos
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22
Q

Qual é o indicador mais sensível
para avaliar a resposta à reposição
volêmica do paciente vítima de
trauma

A

Débito urinário.

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23
Q

Quais são os 3 parâmetros
avaliados na escala de coma de
Glasgow?

A

Abertura ocular, resposta verbal e
melhor resposta motora.

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24
Q

Quais são as pontuações
associadas à abertura ocular na
escala de coma de Glasgow?

A
  • Espontânea: 4 pontos;
  • À fala: 3 pontos;
  • À pressão: 2 pontos;
  • Nenhuma: 1 ponto.
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25
Quais são as pontuações associadas à resposta verbal na escala de coma de Glasgow?
* Orientada: 5 pontos; * Conversa confusa: 4 pontos; * Palavras inapropriadas: 3 pontos; * Sons incompreensíveis: 2 pontos; * Nenhuma: 1 ponto
26
Quais são as pontuações associadas à melhor resposta motora na escala de coma de GlasgoW
* Obedece aos comandos: 6 pontos; * Localiza estímulo tátil: 5 pontos; * Flexão normal: 4 pontos; * Flexão anormal (decorticado): 3 pontos; * Extensão anormal (descerebração): 2 pontos; * Nenhuma: 1 ponto
27
Qual é a tríade letal do trauma?
Hipotermia, coagulopatia e acidose.
28
Qual é a principal contraindicação à passagem de sonda nasogástrica no paciente vítima de trauma?
Suspeita de fratura da base do crânio
29
Quando há indicação, quais são as incidências radiográficas preconizadas pelo ATLS após a avaliação inicial?
tórax AP e pelve AP
30
Qual é o mnemônico da avaliação secundária do trauma?
* Alergias; * Medicações em uso; * Passado médico/prenhez; * Líquidos e alimentos ingeridos; * Ambiente, evento e mecanismo do trauma.
31
Quais são as classes de triagem de atendimento do método SALT para cenários de catástrofe?
* Imediato: paciente grave, mas que pode ser salvo; * Retardado: tratamento em até 6 horas; * Mínimo: feridos de ambulando e acometimento psiquiátrico; * Expectante: lesões graves, em pacientes que dificilmente sobreviverão; * Óbitos
32
Quadro clinico de lesao da arvore traqueobronquica
O quadro clínico consiste em: Hemoptise; Enfisema subcutâneo extenso; Sintomas de insuficiência respiratória; Pneumotórax (que pode serhipertensivo). Os sinais mais importantes são: Vazamento de ar em grande quantidade no selo d’água após a drenagem de tórax. Ausência de expansão do pulmão, mesmo após a drenagem torácica.
33
Medidas terapeuticos na lesao da arvore traqueobronquica
1. Passagem de um segundo dreno de tórax, buscando otimizar a expansão pulmonar. 2.Intubação orotraqueal sob broncoscopia, com insuflação do cuff distal à lesão
34
Como fazer Diagnostico e tratamento da lesao traqueobronquica
Dx: suspeicao clinica + broncoscopia tto: toracotomia
35
Sinais clinicos do pneumotorax simples
-Dor torácica. -Redução do murmúrio vesicular. -Diminuição da expansibilidade torácica. -Timpanismo à percussão. -Hipóxia. A intensidade dos sinais varia de acordo com a extensão do pneumotórax e, sendo assim, um pneumotórax simples pode passar despercebido na avaliação primária.
36
Tratamento do pneumotorax simples
A drenagem torácica é um tratamento universalmente aceito nesses casos, segundo o ATLS. Pequenos pneumotóraces podem admitir tratamento conservador, desde que essa conduta seja definida porum especialista. Para isso, os pacientes devem estar: --Assintomáticos; --Com pneumotórax pequeno;(DISTÂNCIA ENTRE PARÊNQUIMA E ARCABOUÇO TORÁCICO < 2- 3CM) --Sem proposta de ventilação por pressão positiva; --Sem proposta de transporte aéreo subatmosférico.
37
sinais clinicos do pneumotorax hipertensivo
Ausência ou redução do murmúrio vesicular. Distensão com redução ou ausência de expansibilidade no hemitórax acometido. Timpanismo à percussão. Hipóxia. Taquipneia. Taquicardia. Hipotensão. Turgência jugular. Desvio de traqueia contralateralmente ao lado acometido.
38
Tratamento pneumotórax hipertensivo
O tratamento de emergência é feito por meio da descompressão torácica digital ou toracocentese com agulha no 5ºespaço intercostal. Essa conduta tem a finalidade imediata de aliviar a pressão torácica, transformando o pneumotórax hipertensivo em um pneumotórax simples. O tratamento definitivo é realizado por meio da drenagem torácica tubular em selo d’água, também no 5º espaço intercostal entre as linhas axilares anterior e média.
39
Sinais clinicos de pneumotoax aberto
Lesão na parede torácica, de tamanho igual ou superior a 2/3 ao diâmetro da traqueia. Redução do murmúrio vesicular e da expansibilidade torácica. Hipertimpanismo. Taquipneia. Hipoxemia e outros sinais de insuficiência respiratória.
40
Tratamento do pneumotorax aberto
Imediato: curativo de três pontas, que consiste em um curativo feito com material impermeável (plástico estéril ou gaze vaselinada) colocado sobre a lesão e fixado somente em três pontos. O curativo funciona como uma válvula, permitindo que na expiração o ar saia da cavidade torácica pela ferida, mas impede que haja entrada de ar no tórax à inspiração. Definitivo: drenagem sob selo d'água e reparo da lesão torácica. O dreno não deve ser introduzido pelo mesmo orifício da lesão
41
sinais clinicos do hemotorax
Murmúrio vesicular reduzido no lado acometido. Macicez à percussão. Sinais de choque hipovolêmico podem estar presentes, especialmente nos casos de hemotórax maciço. Nos casos de hemotórax maciço pode haver sinais de insuficiência respiratória e expansibilidade torácica reduzida. NAO TEM TURGENCIA JUGULAR
42
TRATAMENTO DO HEMOTORAX
O tratamento inicial preconizado para o hemotórax é a drenagem torácica fechada em selo d’água. A reposição volêmica com cristaloides e a transfusão sanguínea também podem ser necessárias. São indicações de toracotomia de emergência no Hemotórax: - Saída de volume superior a 1500 mL no momento da drenagem. -Perda de sangue contínua em volume igual ou superior a 200 mL/hora por 2 a 4 horas.
43
Indicaçoes de toracotomia de emergencia
- Tamponamento cardíaco; - Lesão de árvore traqueobrônquica; - Rotura traumática de aorta sem possibilidade de reparo endovascular; - Rotura ou perfuração esofágica. - hemotórax: Saída de volume superior a 1500 mL no momento da drenagem. ou Perda de sangue contínua em volume igual ou superior a 200 mL/hora por 2 a 4 horas.
44
Quando ocorre o torax instavel
Tórax instável acontece nos casos em que existe pelo menos dois pontos de fratura em dois arcos costais consecutivos.
45
Quando um hemotorax é maciço
O HEMOTÓRAX É CHAMADO DE MACIÇO NOS CASOS EM QUE O VOLUME DE SANGUE É SUPERIOR A 1/3 DO VOLUME TOTAL DO TÓRAX OU ENTÃO A 1500ML
46
Sinal clinico do torax instavel
Respiração paradoxal → Sinal clínico patognomônicos de tórax instável
47
Qual o principal evento do torax instavel associado a mal prognostico
É a contusão pulmonar subjacente. A contusão pulmonar é caracterizada por: Estigmas de trauma torácico Sinais de fratura de arcos costais (como crepitação) Hipoxemia Movimentação reduzida da caixa torácica (pela dor secundária ao trauma) “Todo tórax instável é associado à uma contusão pulmonar e a gravidade da contusão é o que determina o prognóstico do paciente”. O tratamento do tórax instável, seresume a tratar a contusão pulmonar
48
Como manejar torax instavel
O manejo do tórax instável e das contusões pulmonares deve ser feito por meio de suporte ventilatório, com administração de oxigênio e VNI, se necessário, além de analgesia potente e hidratação controlada (evitando a hiper-hidratação). A fixação de arcos costais NÃO é uma medida prevista para o tratamento de fratura de costela ou tórax instável.
49
Em qual regiao de lesao há mais risco de ocorrer tamponamento cardiaco
MAIS COMUM EM FERIMENTOS PENETRANTES ATENÇÃO → FERIMENTOS NA ZONA DE ZIEDLER SUPERIOR: Linha horizontal do ângulo de Louis. * INFERIOR: 10ª costela. * LATERAL D.: Linha paraesternal direita. * LATERAL E.: linha axilar anterior esquerda
50
Defina triade beck
Tamponamento cardiaco: 1Hipofonese de bulhas cardíacas 2Turgência jugular 3Hipotensão Tenha cuidado, pois a tríade de Beck completa está presente apenas na minoria dos casos, apesar de aparecer frequentemente nas provas.
51
Sinais clinicos do tamponamento cardiaco
Triade de beck O pulso paradoxal (queda superior a 10 mmHg à inspiração) também pode estar presente nos casos de tamponamento. O pneumotórax hipertensivo pode mimetizar os sintomas do tamponamento cardíaco. Portanto, cuidado na hora da prova!
52
Diagnóstico de tamponamento cardiaco
O diagnóstico de tamponamento cardíaco pode ser confirmado com o FAST de janela pericárdica, com uma acurácia de até 95%.
53
Tratamento do tamponamento cardiaco
O tratamento preconizado no momento do diagnóstico é toracotomia de emergência ou esternotomia, com a finalidade de reparar o ferimento cardíaco. A reposição volêmica pode melhorar transitoriamente o quadro de choque relacionado ao tamponamento. A pericardiocentese (ou Punção de Marfan) é uma medida terapêutica de exceção nos casos de tamponamento e deve ser aplicada apenas diante da impossibilidade de realização de toracotomia ou esternotomia de urgência.
54
Como suspeitar de laceracao aortica na radiografia
Alargamento do mediastino Fratura de 1º ou 2º arcos costais ou escapula (trauma de alta energia) desvio da traqueia para a direita e/ou depressao bronquio fonte esquerdo ou elevacao o bronquio fonte direito presenca de cap pleural ou apical e/ou hemotorax a esquerda Obliteração do botão aortico
55
como confirmar o diagnostico de laceracao aortica e como tratar?
Tc de torax com contraste Tto endovascular ou aberto
56
Quais sao as condutas em ferimentos da transicao toracoabdominal
CD DIAGNÓSTICA E TERAPÊUTICA SE ESTÁVEL: LAPAROSCOPIA / TORACOSCOPIA CONDUTA SE INSTÁVEL: LAPAROTOMIA
57
MÉTODO DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICO DE ESCOLHA EM LESOES DIAFRAGMATICAS?
PACIENTES ESTÁVEIS → VIDEOLAPAROSCOPIA) MAIORIA É SECUNDÁRIA FERIMENTO PENETRANTE DA TTA TRAUMAS CONTUSOS → HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA TRAUMÁTICA AGUDA SINTOMAS SÃO INESPECÍFICOS
58
SINAIS CLINICOS E DIAGNOSTICO DE LESAO ESOFAGICA? TRATAMENTI?
DISFAGIA, HEMATÊMESE E OUTROS SINTOMAS INESPECÍFICOS. PNEUMOMEDIASTINO ALTERAÇÕES DO CONTORNO MEDIASTINAL DX: ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA TTO TORACOTOMIA + SUTURA DO ESÔFAGO + DRENAGEM PLEURAL BILATERAL + DRENAGEM DE MEDIASTINO
59
DEFINA TORACOTOMIA DE REANIMACAO
TORACOTOMIA DE REANIMAÇÃO: REANIMAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA EM PCR TRAUMÁTICA FEITA APOS TENTATIVA DE REANIMACAO, REPOSICAO, ADRENALINA E SEM RETORNO A CIRCULACAO ESPONTANEA (MESMO COM DESCOMPRESSAO BILATERAL)
60
Quais são os 4 tipos de choque?
Hipovolêmico, cardiogênico, distributivo e obstrutivo.
61
Quais são as definições de taquicardia em adultos, adolescentes, pré-escolares e crianças < 1 ano (ATLS 10ª edição)?
* Adultos: FC > 100 bpm; * Adolescentes: FC > 120 bpm; * Pré-escolares: FC > 140 bpm; * Crianças < 1 ano: FC > 160 bpm.
62
Qual é o tipo de choque usual nos pacientes com pneumotórax hipertensivo ou tamponamento cardíaco?
Choque obstrutivo.
63
Qual é o tipo de choque nos pacientes com choque séptico ou choque neurogênico?
Choque distributivo.
64
Qual é o tipo de choque nos pacientes com infarto do miocárdio?
Choque cardiogênico.
65
Qual é o tipo de choque nos pacientes com hemorragia?
Choque hipovolêmico.
66
Qual é a tríade letal do trauma/choque?
Hipotermia, acidose metabólica e coagulopatia.
67
Qual é o tipo mais comum de choque nos pacientes politraumatizados?
Choque hemorrágico.
68
Qual é a classificação de gravidade do paciente com perda de sangue < 15% e com parâmetros hemodinâmicos inalterados?
Hemorragia classe I.
69
Qual é a classificação de gravidade do paciente com hemorragia que apresenta frequência cardíaca = 110 bpm, ↓pressão de pulso, mas frequência respiratória, débito urinário, nível de consciência e pressão arterial normais?
Hemorragia classe II.
70
Qual é a classificação de gravidade do paciente com hemorragia que apresenta frequência cardíaca = 130 bpm, PA = 90 x 60 mmHg, ↑frequência respiratória, débito urinário diminuído, mas presente e redução do nível de consciência?
Hemorragia classe III.
71
Qual é a classificação de gravidade do paciente com hemorragia que apresenta frequência cardíaca = 140 bpm, PA = 70 x 50 mmHg, ↑frequência respiratória, débito urinário mínimo ou ausente e redução significativa do nível de consciência?
Hemorragia classe IV.
72
Quais são os 2 sinais precoces de choque hipovolêmico.
Taquicardia e palidez cutânea.
73
Qual é a perda de sangue estimada para as hemorragias classe I até IV?
* Classe I: < 15%; * Classe II: 15-30%; * Classe III: 31-40%; * Classe IV: > 40%.
74
Quais são os dois principais sinais de lesão uretral?
Equimose de períneo/escroto ou presença de sangue no meato uretral.
75
Quais são as duas formas preferenciais de obter um acesso venoso em crianças pequenas?
Acesso periférico por punção (até duas tentativas); * Acesso intraósseo.
76
Qual é a conduta prioritária no manejo do paciente com choque hemorrágico no ambiente hospitalar?
Garantir a perviedade da via aérea, com ventilação e oxigenação adequadas.
77
Qual é a reposição volêmica indicada inicialmente para pacientes em choque?
1 litro para adultos e 20 mL/kg para crianças < 40 kg de solução isotônica aquecida (p. ex.: ringer lactato).
78
Qual é a definição de transfusão maciça no contexto do trauma (ATLS 10ª edição)?
Administração de mais de 10 concentrados de hemácias nas primeiras 24h após o trauma ou de 4 concentrados de hemácias em 1 hora.
79
Quais são os componentes do escore ABC para indicação de transfusão maciça em pacientes vítimas de trauma?
≥ 2 pontos indica necessidade de transfusão maciça. * Mecanismo penetrante; * Pressão sistólica ≤ 90 mmHg; * Frequência cardíaca ≥ 120 bpm; * FAST positivo.
80
Quando é indicada a administração de ácido tranexâmico para os pacientes vítima de traumas graves?
Para os pacientes com FC > 110 bpm ou pressão sistólica < 90 mmHg em até 3 horas após o trauma. administrar 1g IV em bolus (em 10 min) e 1g IV ao longo das proximas 8 horas
81
Qual é o parâmetro mais fidedigno para avaliação da perfusão tecidual e reposição volêmica de pacientes em choque?
Débito urinário.
82
Inicialmente, qual é a melhor forma de controlar a hemorragia em um paciente com um membro traumatizado?
Compressão local.
83
Qual é a manobra indicada para um paciente vítima de queda de moto, hipotenso, taquicárdico, com dor e separação da sínfise pública e dor à compressão lateral da pelve?
Estabilização da pelve (p. ex.: com lençol).
84
O que é a hipotensão permissiva no contexto do trauma e qual é sua principal contraindicação?
Administração de cristaloides ou hemoderivados apenas o suficiente para manter a pressão sistólica ≥ 70 mmHg. Não é indicada para vítimas de trauma cranioencefálico, pois pode reduzir a perfusão cerebral
85
Qual é o tipo de choque em que há hipotensão, sem taquicardia, sem vasoconstrição cutânea e sem redução da pressão de pulso?
Choque neurogênico.
86
Diagnóstico provável: paciente vítima de múltiplos ferimentos com faca na região do tórax apresenta dispneia e dor torácica. FC = 90 bpm, PA =80 x 50 mmHg, turgência jugular e hipofonese de bulhas cardíacas.
Tamponamento cardíaco (choque).
87
Quais são os dois objetivos principais do E-FAST no trauma?
* Identificar líquido livre (pericárdico, intratorácico ou intraperitoneal); * Identificar pneumotórax.
88
Quais são as 5 janelas avaliadas pelo E-FAST no trauma?
1. Pericárdica; 2. Hepatorrenal; 3. Esplenorrenal; 4. Suprapúbica (pelve); 5. Torácica (hemitórax direito e esquerdo).
89
Definiçao de choque neurogenico
* LESÃO MEDULAR CERVICAL OU TORÁCICA ALTA (ACIMA DE T7)
90
Sinais precoces e tardios do choque hemorragico
precoce: taquicardia e palidez cutanea tardios: hipotensao e alteracao do nivel de consciencia
91
quando realizar laparotomia no trauma contuso abdominal
* LESÃO MEDULAR CERVICAL OU TORÁCICA ALTA (ACIMA DE T7)
92
quando indicar reposicao de sangue
PACIENTES COM HEMORRAGIA CLASSE III * PACIENTES COM HEMORRAGIA CLASSE IV * RESPONDEDORES TRANSITÓRIOS À REPOSIÇÃO VOLÊMICA * NÃO RESPONDEDORES À REPOSIÇÃO VOLÊMICA
93
Indicacao de transfusao maciça
INDICAÇÕES: ❖ CHOQUE HEMORRÁGICO CLASSE IV ❖ CHOQUE HEMORRAGICO CLASSE II/III COM RESPOSTRA TRANSITÓRIA OU SEM RESPOSTA À RVI ❖ ABC SCORE ≥ 2
94
Qual o débito urinario esperado em crianças e adultos
➢ 0,5 ml/Kg/h para adultos. ➢ 1ml/Kg/h para crianças acima de 1 ano de idade. ➢ 2ml/Kg/h para crianças com menos de 1 ano de idade
95
Contraindicaçoes de SVD
* EQUIMOSE DE PERÍNEO E DE ESCROTO. * PRESENÇA DE SANGUE NO MEATO URETRAL SE SUSPEITA DE LESÃO DE URETRA → URETROCISTOGRAFIA RETRÓGRADA (AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA)
96
Contraindicaçoes de SNG
* HEMATOMA RETROAURICULAR (SINAL DE BATTLE) * EQUIMOSE PERIORBITAL (SINAL DO GUAXINIM) * OTORRAGIA E HEMOTÍMPANO * OTOLIQUORRÉIA * RINORRÉIA
97
Qual é o órgão mais comumente acometido no trauma abdominal fechado?
Baço.
98
Qual é o exame de imagem de escolha para os pacientes estáveis vítimas de trauma abdominal fechado?
Tomografia de abdome com contraste endovenoso.
99
Quais são os 2 exames preferenciais para avaliação de trauma abdominal fechado nos pacientes instáveis vítimas de trauma abdominal contuso?
FAST (Focused Assessment Sonography for Trauma) ou lavado peritoneal diagnóstico.
100
Quais são as 6 avaliações realizadas pelo E-fast?
1. Saco pericárdico; 2. Espaço hepatorrenal; 3. Espaço esplenorrenal; 4. Pelve ou fundo de saco de Douglas; 5. Pneumotórax; 6. Hemotórax.
101
Quais são os critérios para o diagnóstico positivo do lavado peritoneal (ATLS)?
* Aspiração de pelo menos 10 mL de sangue ou conteúdo gastrointestinal; * Hemácias > 100.000/mm³; * Leucócitos > 500/mm³; * Conteúdo gastrointestinal, bile, fibras alimentares ou bactérias.
102
Qual é a contraindicação absoluta para realização de lavado peritoneal na sala de emergência?
Contraindicado nos pacientes com indicação absoluta de laparotomia exploradora.
103
Qual é a conduta indicada para um paciente vítima de trauma instável e com FAST positivo?
Laparotomia exploradora.
104
Qual é o órgão mais comumente atingido nos ferimentos por arma de fogo?
Intestino delgado.
105
Qual é o órgão mais comumente atingido nos ferimentos por arma branca?
Fígado.
106
Quais são as 5 indicações de laparotomia nos casos de trauma abdominal penetrante?
* Ferimento por arma de fogo na região abdominal anterior (trajeto transperitoneal); * Instabilidade hemodinâmica; * Evisceração; * Irritação peritoneal; * Sangramento gastrointestinal ou geniturinário.
107
Qual é a conduta para pacientes com trauma penetrante por arma branca na parede anterior do abdome sem indicação de laparotomia?
Exploração digital da ferida.
108
Qual é a conduta para paciente com trauma penetrante em flanco/dorso sem indicação de laparotomia?
TC com duplo (oral e EV) ou triplo (oral, EV e retal) contraste.
109
O que é a tríade letal do trauma?
Acidose metabólica, hipotermia e coagulopatia.
110
Quais são os 3 passos essenciais da cirurgia de controle de danos?
1. Controle da hemorragia; 2. Controle da contaminação; 3. Fechamento abdominal temporário (peritoneostomia).
111
Diagnóstico provável: homem de 30 anos, vítima de acidente de carro, em uso de cinto de segurança, apresenta dor em hipocôndrio esquerdo, fratura de arcos costais inferiores e dor no ombro esquerdo
Lesão esplênica.
112
Qual é a recomendação de imunização específica para pacientes submetidos à esplenectomia total?
Imunização contra germes encapsulados (p. ex.: S. pneumoniae, Neisseria meningitidis e Haemophilus influenzae tipo B) pelo menos 14 dias após a cirurgia
113
Qual é o tratamento de escolha para os pacientes com lesão esplênica com indicação cirúrgica?
Esplenectomia total.
114
Quais são as 3 principais indicações de esplenectomia total nos pacientes com trauma esplênico?
Paciente instável, irritação peritoneal e presença de outras lesões abdominais que necessitam de exploração cirúrgica.
115
Qual é a conduta indicada para pacientes vítimas de trauma hepático contuso com evidência de extravasamento de contraste para o parênquima hepático?
Angiografia e embolização da lesão.
116
Qual é a manobra cirúrgica indicada para pacientes com sangramento hepático ativo apesar do empacotamento com compressas?
Manobra de Pringle (clampeamento da artéria hepática, veia porta e colédoco).
117
Qual é o tratamento usual para pacientes vítimas de trauma abdominal penetrante com lesão gástrica simples e sem comprometimento vascular?
Rafia primária das lesões gástricas.
118
Diagnóstico provável: homem queixa-se de dor abdominal após colisão de carro em uso de cinto de segurança. TC de abdome evidencia líquido livre na cavidade abdominal e ausência de lesões no fígado e no baço.
Lesão de intestino delgado.
119
Qual é o órgão abdominal com menor mortalidade pós-trauma de abdome?
Intestino grosso (em particular cólon e reto).
120
Qual é o tratamento indicado para os pacientes estáveis com trauma colorretal < 50% da circunferência do órgão?
Desbridamento e rafia primária da lesão.
121
Qual é o tratamento indicado para os pacientes estáveis, sem comorbidades ou contaminação e com trauma colorretal > 50% da circunferência do órgão?
Ressecção do segmento afetado e anastomose primária, sem colostomia de proteção.
122
Qual é a conduta indicada para os pacientes com trauma colorretal com comorbidades significativas, instabilidade hemodinâmica ou contaminação fecal pesada?
Realizar ressecção do segmento e colostomia (p. ex.: Hartmann ou fístula mucosa). Não realizar anastomose primária
123
Qual é o exame de escolha para avaliação de pacientes vítimas de trauma retroperitoneal?
Tomografia de abdome com contraste.
124
Qual é a principal suspeita diagnóstica quando há trauma abdominal contuso associado a crepitações em fundo de saco posterior no toque retal?
Perfuração de víscera oca retroperitoneal (p. ex.: parte do duodeno e paredes posteriores dos cólons ascendente e descendente).
125
Qual é a conduta nos traumas retroperitoneais contusos com hematomas nas zonas I, II ou III?
* Zona 1 (MEIO): explorar; * Zona 2(DIR E ESQ): explorar se houver choque, hematoma pulsátil, em expansão ou sangramento renal persistente; * Zona 3 (PELVE/SIGMOIDERETO): somente explorar se houver hemorragia exsanguinante óbvia.
126
Qual é a conduta nos traumas retroperitoneais penetrantes com hematomas nas zonas I, II ou III?
Sempre explorar, independentemente da zona
127
Qual é a conduta indicada para pacientes estáveis vítimas de lesão renal de grau IV (vascular)?
Arteriografia renal com angioembolização seletiva
128
Em geral, qual é a conduta indicada para traumas renais com lesões de grau I, II e III?
Tratamento conservador.
129
Em geral, qual é a conduta indicada para traumas renais com lesões de grau V?
Tratamento cirúrgico.
130
Qual é o melhor exame para detecção de lesão de uretra pós-trauma?
Tomografia com contraste endovenoso (a lesão fica evidente após 20 minutos da injeção do contraste).
131
homem de 40 anos sofre queda de andaime a 4 metros de altura. Evolui com fratura de pelve, hematúria e dor hipogástrica. Tomografia evidenciou líquido livre em pelve
Lesão de bexiga intraperitoneal.
132
Diagnóstico provável: paciente vítima de trauma com uretrorragia + incapacidade de urinar e bexigoma.
Lesão de uretra.
133
Qual é a conduta inicial para pacientes com fratura pélvica com instabilidade hemodinâmica?
Amarração com lençol.
134
Diagnóstico provável: pedestre de 50 anos sofreu um atropelamento por carro. Está hipotenso, taquicárdico e confuso apesar de ter recebido 1,5 litros de solução cristaloide na ambulância. Apresenta dor à palpação da sínfise púbica e dor à compressão das espinhas ilíacas anterossuperiores
Fratura pélvica.
135
Indicaçoes de laparotomia imediata
* Trauma abdominal com dor e irritação abdominal; * Paciente instável com FAST ou LPD positivos; * Pneumopetriônio; retropneumoperitônio * Evidência de ruptura diafragmática; * Sangramento gastrointestinal persistente e significativo observado na drenagem nasogástrica ou vômito (hematêmese) ou sangramento retal; * TC de abdome revelando lesão do trato gastrointestinal, lesão vesical intraperitoneal, lesão de pedículo renal e lesão parenquimatosa grave
136
Complicacoes do trauma esplenico
* Sangramento pós-operatório, * “Hemorragia em dois tempos” - período de Baudet * Pancreatite aguda e fístula pancreática * Perfuração gástrica * Trombocitose e trombose vascular * Abscesso intracavitário * Fístula arteriovenosa * Sepse pós-esplenectomia: imunização contra encapsulados, pelo menos 14 dias após a cirurgia. Streptococcus pneumoniae, Neisseria meningitidis e Haemophilus influenzae tipo B
137
Complicacoes do trauma hepatico
* Abscesso peri-hepático * Ruptura da árvore biliar * Complicações isquêmicas relacionadas à angioembolização * HEMOBILIA: ✓Tríade de Sandbloom ✓Diagnóstico: angio TC ✓Arteriografia com embolização da artéria hepática
138
Clinica e tto do trauma de intestino delgado
Sinal do cinto de segurança: equimoses lineares e transversas e Fratura de Chance (fratura transversal lombar com desvio ) * Tratamento: desbridamento e rafia simples/ enterectomia (fechar o mesentério)
139
Defina as zonas retroperitoneais
* Zona I: É o retroperitônio central, linha média supra e inframesocólica. Contém a aorta, a veia cava inferior, as origens dos vasos renais e viscerais principais, uma porção do duodeno e do pâncreas. * Zona II: é o retroperitônio lateral, Contém as glândulas supra-renais, os rins, os vasos renais, os ureteres e o cólon ascendente (direita) e descendente (esquerda). Goteiras parietocólicas. * Zona III: inferior à bifurcação aórtica e inclui as artérias e veias ilíacas internas e externas direita e esquerda, o ureter distal, o cólon sigmoide distal e o reto
140
defina manobra de mattox, MANOBRA DE CATTELL-BRAASCH e MANOBRA DE KOCHER no trauma de grandes vasos abdominais
MANOBRA DE MATTOX Rotação medial das vísceras que estão à esquerda no abdome, com abertura do peritônio na goteira parietocólica esquerda. Melhor acesso para lesões do andar supramesocólico, ou seja, lesões da aorta proximal e seus ramos, como o tronco celíaco, artéria mesentérica superior proximal, vasos renais e ilíacos à esquerda MANOBRA DE CATTELL-BRAASCH Rotação medial das vísceras que estão à direita do abdome, com liberação e dissecção do ceco, do cólon ascendente e do intestino delgado para cima e para esquerda. Melhor acesso às lesões do andar inframesocólico. Pode ser associar a manobra de Kocher (rotação duodenal), com exposição da veia cava inferior, vasos mesentéricos superiores e vasos renais bilaterais e ilíacos à direita MANOBRA DE KOCHER Rotação medial do duodeno, feita com a dissecção das ligações peritoneais laterais do duodeno. Expõe a primeira, a segunda e a terceira porção do duodeno e a cabeça e o pescoço do pâncreas.
141
Quais são as duas paredes mais frágeis da órbita ocular?
Paredes medial (a mais frágil) e inferior (assoalho da órbita).
142
Qual é o osso mais frequentemente fraturado nos traumas faciais?
Osso nasal.
143
Qual é o osso mais resistente (e menos propenso a fraturas) da face?
Osso frontal.
144
Qual é o exame de escolha para avaliação de fraturas de face?
Tomografia computadorizada.
145
O que é a fratura de Le Fort I?
É uma fratura transversal que separa os processos alveolares, dentes e palato do resto do crânio.
146
O que é a fratura de Le Fort II?
É um tipo de fratura que separa os ossos nasal e maxilar do osso frontal e da órbita.
147
O que é a fratura de Le Fort III?
É um tipo de fratura que causa uma descontinuidade entre o crânio e a face.
148
Qual é a prioridade absoluta no atendimento inicial de um paciente com trauma cervical ou facial?
Garantir via aérea adequada (assim como nos traumas em geral).
149
Como regra geral, qual é a via aérea cirúrgica de escolha no trauma?
Cricotireoidostomia.
150
Qual é o tratamento usual da fratura nasal?
Tratamento cirúrgico da fratura nasal o mais rápido possível. Alguns cirurgiões esperam até 1 semana para reduzir o edema local para depois realizar a cirurgia.
151
Qual é o mecanismo de trauma mais comum das lesões cervicais?
Lesões penetrantes (ferimento que ultrapassa o platisma).
152
Qual é a zona cervical mais frequentemente acometida nos traumas cervicais?
Zona II.
153
Qual é a estrutura anatômica provavelmente lesada em um paciente com trauma cervical fechado e rouquidão significativa?
Laringe.
154
Qual é o exame inicial de escolha para investigação de lesões cervicais?
Angiotomografia cervical.
155
Qual é a via aérea de escolha na suspeita de lesão de laringe?
Traqueostomia.
156
Cite, pelo menos, 2 indicações de cervicotomia exploradora imediata em pacientes com trauma cervical.
1. Instabilidade hemodinâmica; 2. Sangramento ativo; 3. Hematoma volumoso e/ou pulsátil e/ou em expansão; 4. Lesões óbvias da via aerodigestiva (p. ex.: ar borbulhando na ferida, insuficiência respiratória, estridor, disfagia, etc).
157
Qual é a zona cervical de maior dificuldade técnica para exploração cirúrgica em caso de trauma cervical?
Zona III.
158
Qual é a conduta indicada para um paciente vítima de ferimento por arma branca na região cervical que evolui com disfonia e saída de saliva pelo orifício da lesão?
Cervicotomia exploradora.
159
Qual é a conduta indicada para um paciente com trauma cervical penetrante, estável hemodinamicamente e com sintomas leves?
Realizar exames complementares para descartar lesão vascular ou aerodigestiva (p. ex.: angiotomografia ou USG Doppler)
160
Clinica da fratura nasal
*Clínica: equimose palpebral, edema local, desvio ou afundamento do dorso nasal, crepitação à palpação e epistaxe. *Diplopia, telecanto (secundários a fratura naso-orbitoetmóide), anosmia.
161
Clinica fratura de zigomatico
hemorragia subconjuntival e equimose periorbital; * degraus palpáveis no sulco súperolateral da órbita, inferior da órbita e vestibular superior; * enfisema dentro da órbita ou tecidos moles sobrejacentes da bochecha; * trismo; * diplopia, enoftalmia e distúrbios de mobilidade do globo ocular = comprometimento do nervo infraorbitário/musc. extrínseca da órbita
162
clinica fratura de orbita
* Clínica: dor, edema e equimose periorbital; * Alterações visuais: enoftalmia, aprisionamento muscular extraocular com distopia orbital, parestesia em hemiface (aprisionamento do nervo infraorbitário) ou exoftalmia (hematoma retrobulbar). * As paredes medial e inferior: locais mais comuns de fraturas * A parede lateral (zigomático, asa maior do esfenoide e osso frontal): mais forte e mais espessa. A parede lateral da órbita é a mais forte, e a medial é a mais frágil
163
Tratatmento da fratura de osso frontal
* Menos acometido (maior resistência) * TCE associado = lesões mais graves * Tratamento cirúrgico: incisão cirúrgica bicoronal (expõe as regiões frontal, nasal, orbital e zigomática)
164
tratamento de lesao vascular no trauma cervical/facial
LESÃO VASCULAR Lesão da veia jugular interna: se não for possível o reparo primário, pode ser feita ligadura. Lesão da artéria carótida: controle proximal e distal da artéria carótida ✔ Lesões pequenas: reparo primário ou com anastomose terminoterminal. ✔ Lesões maiores: revascularização com uso de enxerto venoso autólogo ou sintético. Controle de danos: as artérias carótidas comum e interna podem ser ligadas, embora possa haver comprometimento do fluxo cerebral. Artéria carótida externa: pode ser ligada sem grandes repercussões.
165
tratamento de lesao esofagica no trauma cervical/facial
Pouco tempo de evolução (< 12 horas) e lesões pequenas: debridamento, reparo primário em um ou dois planos e drenagem ampla. Passar SNE sob visão direta. Maior tempo de evolução (> 12 horas) e/ou perda tecidual maciça: esofagostomia (desviar as secreções da orofaringe e prevenir mediastinite) e reconstrução tardia. Associar gastrostomia ou jejunostomia alimentar.
166
Exames complementares no trauma cervical
✔ Lesão vascular: Angiotomografia / Arteriografia /USG Doppler ✔ Lesão de laringe: Laringoscopia ✔ Lesão de traqueia: Broncoscopia ✔ Lesão de esôfago: EDA + esofagograma
167
Qual é a fórmula para cálculo do índice tornozelo-braquial (ITB) que pode indicar lesão arterial?
ITB = PA sistólica aferida no tornozelo do membro lesado / PA sistólica aferida no braço sem lesão < 0,9
168
Diagnóstico provável: homem de 20 anos, vítima de lesão por arma de fogo na coxa esquerda há 20 dias. Evolui com hematoma doloroso e pulsátil, além de frêmito palpável na coxa esquerda.
Fístula arteriovenosa.
169
Quais são os dois melhores exames de imagem para o diagnóstico de lesão vascular?
Angiotomografia ou arteriografia.
170
Qual é o objetivo do teste de Allen?
Avaliar a patência das artérias radial e ulnar
171
Qual é a conduta inicial para manejo de uma hemorragia externa?
Compressão direta do ferimento.
172
Quais são os 4 achados maiores (hard signs) do exame físico da lesão vascular indicativos de exploração cirúrgica imediata?
* Sangramento pulsátil; * Hematoma em expansão; * Frêmito palpável ou sopro audível; * Evidência de isquemia da extremidade.
173
Quais são as 2 principais artérias dos MMII que não devem ser ligadas devido ao risco de isquemia aguda pela falta de circulação colateral eficiente?
Artéria femoral superficial e artéria poplítea.
174
Quais são as duas complicações mais comuns do trauma vascular?
Fístula arteriovenosa (FAV) e pseudoaneurisma.
175
Qual é a causa mais comum de rabdomiólise?
Trauma/compressão muscular.
176
Diagnóstico provável: Homem de 20 anos sofreu esmagamento dos membros inferiores devido a um deslizamento de pedras durante uma escalada. Paciente é removido para o hospital e evolui com mialgia, colúria, CPK = 11.000 U/L, ↑potássio, ↑fosfato, ↓cálcio, ↑AST, ↑ALT e ↑DHL
Rabdomiólise.
177
Qual é o tratamento inicial da rabdomiólise?
Reposição de fluidos intravenosos.
178
Diagnóstico provável: paciente de 30 anos, vítima de acidente de carro, ficou preso às ferragens durante 2 horas. Foi levado ao hospital e evoluiu com oligúria, colúria, CPK = 15.000 U/L, ↑potássio, ↑fosfato e ↓cálcio. No exame físico, observava-se o membro inferior direito frio, e demaciado e endurecido, sem pulsos distais palpáveis.
Síndrome compartimental.
179
Qual é o tratamento da síndrome compartimental?
Fasciotomia precoce.
180
Quais sao as Lesões de extremidade potencialmente fatais:
✔ Hemorragia arterial grave ✔ Fratura bilateral de fêmur ✔ Síndrome de Crush ou Rabdomiólise traumática
181
Quadro clinico e laboratorial da sindrome de Crush (rabdomiolise traumatica)
QUADRO CLÍNICO: fraqueza, urina escura e dor muscular. *Rigidez, cãibras, mal-estar, febre, taquicardia, náuseas, vômitos, oligúria e dor abdominal. ALTERAÇÕES LABORATORIAIS Aumento da enzima creatino fosfoquinase (CPK): > 5x o valor normal (ATLS: > 10.000 U/L) Hipercalemia > 6 mmol/L: pode resultar em arritmias cardíacas Hiperfosfatemia Hipocalcemia (o Ca Cai!!!) Hiperuricemia Acidose metabólica com ânion gap moderado a alto Aumento de AST, ALT e DHL Mioglobinúria
182
Complicaçoes da rabdomiolise
> COMPLICAÇÕES CIVD: por liberação de tromboplastina tecidual e substâncias pró-trombóticas do músculo lesado > Insuficiência renal aguda (principal causa de óbito na rabdomiólise) > Síndrome compartimental: pode ser uma complicação ou causa de rabdomiólise
183
Tratamento da rabdomiolise
TRATAMENTO ✔ Infusão de fluidos intravenosos ✔ Controle dos distúrbios eletrolíticos e do equilíbrio ácido-básico ✔ Alcalinização da urina = pH urinário de 6,5 ✔ Manter um débito urinário 200-300 mL/h O TRATAMENTO INICIAL DA RABDOMIÓLISE NÃO SE FAZ COM HEMODIÁLISE!
184
Explique a sd de reperfusao no trauma vascular de extremidades
Restauração do fluxo sanguíneo = produtos do metabolismo anaeróbio e da necrose celular ganham a circulação sistêmica. Maior nas lesões proximais e quanto maior for o tempo de isquemia (> 6 hs) ✔ Acidose lática (lactato sérico > 4 mmol/L) ✔ Hipercalemia = risco de arritmias (esses dois primeiros constituem a SÍNDROME METABÓLICA MIONEFROPÁTICA DE HAIMOVICI) ✔ Mioglobinúria = urina cor castanho avermelhada. ✔ Síndrome compartimental.
185
Clinica e diagnostico da sd compartimental
Perda progressiva de sensibilidade - parestesia (primeira alteração), dor que piora à movimentação passiva, edema tenso do membro, fraqueza. O desaparecimento dos pulsos, palidez, redução da temperatura e paralisia são sinais tardios e de mal prognóstico Diagnóstico da síndrome compartimental é clínico. A medida da pressão compartimental é apenas uma medida auxiliar no diagnóstico. Pressão compartimental normal: 0-9 mmHg Indicação de fasciotomia: pressão compartimental > 25 mmHg (importante desta medição nos pacientes inconscientes). Mas na suspeita de uma SCA, já se indica a FASCIOTOMIA AMPLA para descomprimir o feixe neurovascular do membro
186
Quais os tratamentos cirurgicos da lesao vascular de extremidades?
Lesão suprainguinal: reparo com uso de próteses (PTFE) Lesão infrainguinal: reparo com uso de veia autóloga invertida (safena) Reparo endovascular: menor experiência. Melhor indicado em pacientes estáveis, com hemorragia contusa e lesões proximais da art. Ilíaca ou subclávia.
187
Como utilizar o torniquete manual ou pneumatico
Pelo menos 5 cm proximal à ferida aberta ✔ TP não deve ser inflado continuamente por mais de 2 horas
188
Qual o sinal mais precoce de comprometimento vascular de um mebro
Perda da sensibilidade da mão ou do pé é um sinal precoce de comprometimento vascular.
189
Qual é a víscera sólida mais frequentemente acometida nos traumas infantis?
Baço.
190
Qual é a via aérea cirúrgica preferencial em crianças < 12 anos?
Traqueostomia.
191
Qual é a reposição volêmica inicial para crianças vítimas de trauma?
20 mL/kg de solução isotônica cristaloide
192
Quais são as duas formas preferenciais de obter um acesso venoso em crianças pequenas?
* Punção periférica (até duas tentativas); * Intraósseo
193
Qual é o método preferencial para obter via aérea definitiva em crianças?
Intubação orotraqueal sob visão direta com restrição da movimentação cervical.
194
Quando devemos considerar atropina na intubação orotraqueal assistida por medicamentos na pediatria e quais são as vantagens do seu uso?
Pode ser benéfico para lactentes, pois eles desenvolvem bradicardia após estimulação direta da laringe. Além disso, a atropina seca as secreções orais, facilitando a visualização direta.
195
Qual é a causa mais comum de óbito na faixa etária pediátrica?
Trauma.
196
Qual é a causa mais comum de parada cardíaca na criança?
Hipóxia.
197
Quando há indicação de intubação nasotraqueal em crianças?
A intubação nasotraqueal é contraindicada em crianças
198
A partir de que idade pode ser realizada uma cricotireoidostomia cirúrgica em crianças?
Somente para crianças > 12 anos.
199
Quais são as fórmulas para cálculo do diâmetro do tubo endotraqueal a ser utilizado na criança?
* Tubo sem cuff = 4 + idade/4; * Tubo com cuff = 3,5 + idade/4.
200
Qual é o melhor método para determinar se a reposição volêmica está adequada para uma criança vítima de trauma?
Diurese combinada à concentração urinária.
201
Qual é o tratamento imediato do pneumotórax hipertensivo em crianças?
Toracocentese de alívio no 2º espaço intercostal, linha hemiclavicular.
202
Que manobra pode ser realizada em uma gestante vítima de trauma para aumentar o retorno venoso e o débito cardíaco?
Desviar manualmente o útero para a esquerda.
203
Quais são as duas principais causas de óbito fetal após trauma em gestantes?
1. Morte da mãe; 2. Descolamento de placenta.
204
Em que ponto do abdome se localiza o útero nas gestantes com 12 semanas, 20 semanas e 34-36 semanas?
*12 semanas: intrapélvico; *20ª semana: cicatriz umbilical; *34ª-36ª semana: rebordo costal
205
Quais são as gestantes com indicação de administração de imunoglobulina Rh no contexto do trauma?
Em geral, todas as gestantes Rh negativas vítimas de trauma devem receber imunoglobulina Rh.
206
Qual é o melhor tratamento inicial para os fetos de gestantes vítimas de trauma?
Garantir uma assistência ótima para a gestante.
207
Por que a avaliação em gestantes com hemorragia é mais desafiadora do que nos pacientes em geral?
Porque a gestante tem um aumento do volume intravascular. Portanto, ela pode ter uma perda de sangue significativa sem desenvolver sinais clínicos (p. ex.: taquicardia e hipotensão).
208
Cite, pelo menos, 2 indicadores que podem sugerir a presença de violência doméstica em mulheres/ gestantes (ATLS, 10ª edição).
* Lesões inconsistentes com a história relatada; * Tentativas de suicídio, depressão ou baixa autoestima; * Autoabuso e culpar-se pelas lesões; * Visitas frequentes ao pronto-socorro; * Sintomas sugestivos de abuso de substâncias; * Lesões isoladas no abdome gravídico; * Companheiro insiste em estar presente na consulta e monopoliza a discussão.
209
Qual é a principal causa de trauma no idoso?
Queda da própria altura.