ABDOME AGUDO Flashcards

(250 cards)

1
Q

Qual é a diferença entre a
dor somática e a dor visceral
quanto à localização?

A
  • Dor somática: bem localizada;
  • Dor visceral: mal localizada.
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2
Q

Quais são as regiões
do abdome?

A
  1. Hipocôndrio direito;
  2. Epigástrio;
  3. Hipocôndrio esquerdo;
  4. Flanco direito;
  5. Mesogástrio;
  6. Flanco esquerdo;
  7. Fossa ilíaca direita;
  8. Hipogástrio;
  9. Fossa ilíaca esquerda.
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3
Q

O que é o sinal de Blumberg
e de que ele é sugestivo?

A

Dor à descompressão
brusca na fossa ilíaca
direita, no ponto de
McBurney (sugere
apendicite aguda).

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4
Q

Dor à descompressão
brusca na fossa ilíaca
direita, no ponto de
McBurney (sugere
apendicite aguda).

A

Dor no quadrante inferior direito com
extensão passiva do quadril ipsilateral
(sugere apendicite aguda).

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5
Q

O que é o sinal do iliopsoas
e de que ele é sugestivo?

A

Dor à extensão do quadril direito com o
paciente em decúbito lateral esquerdo
(sugere apendicite aguda).

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6
Q

O que é o sinal de Rovsing
e de que ele é sugestivo?

A

Dor no quadrante inferior
direito decorrente da
palpação no quadrante inferior
esquerdo (deslocamento
retrógrado dos gases, sugere
apendicite aguda).

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7
Q

O que é o sinal do obturador
e de que ele é sugestivo?

A

Dor hipogástrica com a flexão da coxa,
seguida de rotação interna do quadril
direito (sugere apendicite aguda).

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8
Q

O que é o sinal de Lenander?

A

Temperatura retal - temperatura
axilar > 1º C (sinal que pode sugerir
apendicite aguda).

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9
Q

O que é o sinal de Dunphy e
de que ele é sugestivo?

A

Dor em fossa ilíaca direita
que se agrava com a tosse.
Sugestivo de apendicite aguda.

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10
Q

O que é o sinal de Murphy e
de que ele é sugestivo?

A

Interrupção abrupta da inspiração profunda
durante a palpação do hipocôndrio direito
(sugere colecistite aguda).

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11
Q

O que é a tríade de Charcot e
de que ela é sugestiva?

A

Febre + icterícia + dor abdominal no
quadrante superior direito (associada
à colangite aguda)

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12
Q

O que é o sinal de Courvoisier
e de que ele é sugestivo?

A

Vesícula biliar palpável e indolor +
icterícia. Sugere tumor periampular

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12
Q

O que é o sinal de Cullen e
de que ele é sugestivo?

A

Equimose periumbilical.
Sugere hemorragia
retroperitoneal.

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13
Q

O que é o sinal de Grey Turner
e de que ele é sugestivo?

A

Equimose em flancos. Sugestivo
de hemorragia retroperitoneal
(p. ex.: na pancreatite aguda).

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14
Q

O que é o sinal de Kehr?

A

Dor referida no ombro decorrente
de líquido livre irritando o diafragma
(p. ex.: ruptura esplênica).

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15
Q

O que é o sinal de Jobert e de
que ele é sugestivo?

A

Timpanismo à percussão em vez
da macicez hepática esperada.

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16
Q

O que é o sinal de Torres Homem?

A

Dor na região hepática à
percussão leve. Pode sugerir
abscesso hepático.

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17
Q

O que é o sinal de Giordano?

A

Dor produzida pela
punho-percussão na
região lombar. Sugere
pielonefrite ou litíase.

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18
Q

O que é o sinal de Fox e de
que ele é sugestivo?

A

Equimose em região inguinal
e base do pênis. Sugere
hemorragia retroperitoneal.

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19
Q

Qual é a rotina radiológica
de abdome agudo?

A
  • Radiografia de tórax PA em
    pé (ortostase);
  • Radiografia de abdome em
    pé e deitado (decúbito dorsal).
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20
Q

Quais são os 3 principais sinais
radiológicos da obstrução
intestinal alta?

A

Distensão do delgado,
empilhamento de moedas
e níveis hidroaéreos.

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21
Q

Quais são as características da
radiografia de abdome de um paciente
com obstrução intestinal baixa com a
válvula ileocecal competente?

A

Observa-se distensão
colônica, com visualização
das haustrações colônicas
em localização periférica do
abdome e ausência de ar na
ampola retal.

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22
Q

Sinal do “grão de café”

A

Sugere volvo de sigmoide

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23
Q

Sinal da maçã mordida

A

Sugere neoplasia
colorretal

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24
Sinal do “bico de pássaro
Sugestivo de volvo colônico
25
Qual é o tipo mais comum de causas cirúrgicas de abdome agudo?
Abdome agudo inflamatório (p. ex.: apendicite, colecistite aguda e diverticulite aguda).
26
Qual é o tipo mais comum de abdome agudo inflamatório?
Apendicite aguda.
27
Qual é o tipo mais comum de abdome agudo obstrutivo?
Aderências intestinais (bridas).
28
Qual é a principal causa de abdome agudo perfurativo?
Úlcera péptica perfurada.
29
Qual é a causa mais comum de abdome agudo vascular?
Embolia da artéria mesentérica superior ou de seus ramos.
30
Qual é o tratamento indicado para paciente com dor abdominal aguda, sinais de peritonite difusa e instabilidade hemodinâmica?
Laparotomia exploradora.
31
Quais são as duas principais causas de abdome agudo cirúrgico não obstétrico na gestante?
1. Apendicite aguda; 2. Colecistite aguda.
32
Qual é a causa mais frequente de abdome agudo?
Apendicite aguda.
33
Qual é a causa mais comum de apendicite aguda?
Obstrução apendicular por fecalito.
34
Que faixa etária representa o pico de incidência da apendicite aguda?
Na 2ª e 3ª décadas de vida.
35
Qual é a bactéria aeróbia mais comumente isolada na apendicite aguda?
Escherichia coli (77%).
36
Qual é a bactéria anaeróbia mais comumente isolada na apendicite aguda?
Bacteroides fragilis (80%).
37
Qual é a localização do ponto de McBurney?
1/3 da distância entre a espinha ilíaca anterossuperior e a cicatriz umbilical.
38
Qual é a posição mais comum do apêndice vermiforme?
Retrocecal (60% dos casos).
39
Que artéria irriga o apêndice vermiforme?
Artéria apendicular (ramo da artéria ileocólica). - RAMO AMS
40
Qual é a fisiopatologia da apendicite aguda?
OBSTRUCAO -- ISQUEMIA - NECROSE - PERFURACAO - ABCESSO E/OU PERITONITE
41
Qual é o padrão clássico da dor da apendicite aguda?
Dor vaga periumbilical que migra para a fossa ilíaca direita.
42
Qual é a ausculta abdominal mais comum na apendicite aguda?
Ruídos hidroaéreos diminuídos.
43
Diagnóstico provável: homem jovem + dor à descompressão em fossa ilíaca direita + vômitos + anorexia + febre.
Apendicite aguda.
44
Diagnóstico provável: criança de 11 anos com dor em FID, vômitos e afebril. Há 1 semana, teve febre alta e sintomas gripais. Hemograma com leucopenia e linfocitose
Linfadenite mesentérica.
45
Qual é o sinal em que ocorre dor à extensão do quadril direito com o paciente em decúbito lateral esquerdo?
Sinal do ileopsoas.
46
Qual é o sinal em que ocorre dor no quadrante inferior direito após a elevação do membro inferior ipsilateral?
Sinal de Lapinsky.
47
Qual é o sinal em que há dor hipogástrica com a flexão da coxa seguida de rotação interna do quadril direito?
Sinal do obturador
48
Qual é o sinal em que a tosse desencadeia dor na fossa ilíaca direita?
Sinal de Dunphy.
49
Qual é o sinal em que a palpação da fossa ilíaca esquerda causa dor na fossa ilíaca direita?
Sinal de Rovsing.
50
Qual é o sinal em que a descompressão súbita do ponto de McBurney causa dor intensa?
Sinal de Blumberg.
51
O que é o sinal de Lenander?
Temperatura retal - temperatura axilar) > 1º
52
Quais são os sintomas (com a pontuação) pertencentes ao escore de Alvarado?
* Dor migratória (1 ponto); * Anorexia (1 ponto); * Náusea e/ou vômito (1 ponto).
53
Quais são os sinais (com a pontuação) pertencentes ao escore de Alvarado?
* Defesa da parede no QID (2 pontos); * Descompressão brusca no QID (1 ponto); * Febre > 37,5 ºC (1 ponto).
54
Quais são as alterações laboratoriais (com a pontuação) pertencentes ao escore de Alvarado?
Leucocitose (2 pontos); * Desvio à esquerda (1 ponto).
55
Qual é a interpretação dos intervalos de pontuação do escore de Alvarado?
* ≥ 7 pontos: alto risco de apendicite; * 4-6 pontos: apendicite provável; * 0-3 pontos: apendicite pouco provável.
56
Qual é a conduta recomendada para cada faixa de pontuação do escore de Alvarado?
≥ 7 pontos: cirurgia; * 4-6 pontos: exame de imagem se necessário; * 0-3 pontos: investigar outras patologias
57
Qual é o diâmetro normal do apêndice no ultrassom?
Apêndice < 6mm.
58
Qual é o nome do sinal ecográfico sugestivo de apendicite aguda ao lado?
Sinal do alvo (espessamento da parede apendiculaR
59
Qual é o exame de imagem de escolha para a investigação de apendicite em crianças e gestantes
Ultrassom de abdome.
60
Qual é o exame de escolha para a investigação de complicações ou de dúvida diagnóstica da apendicite aguda?
TC de abdome com contraste endovenoso
61
Qual é a cobertura antibiótica indicada na apendicite não complicada?
Gram-negativos + anaeróbios (p. ex. ceftriaxona + metronidazol)
62
Quais são a duração e o momento de realização da antibioticoprofilaxia da apendicite não complicada
Realizar dose única, a menos de 60 minutos da incisão inicial.
63
Para que perfil de paciente podemos considerar apendicectomia sem realizar exames complementares?
Homem jovem, com quadro clínico típico de apendicite e <48h de evolução.
64
Qual é o tratamento da apendicite aguda complicada com peritonite difusa?
Apendicectomia de emergência + antibioticoterapia por 4-7 dias
65
QUAL é o tratamento da apendicite aguda complicada com presença de “fleimão” ou abscesso não passível de drenagem?
Antibioticoterapia por 4-7 dias + apendicectomia de intervalo posteriormente.
66
Qual é o tratamento da apendicite aguda complicada com abscesso periapendicular passível de drenagem?
Drenagem percutânea guiada por imagem + antibiótico por 4-7 dias + apendicectomia de intervalo.
67
Qual é a complicação mais frequente da apendicectomia?
Infecção de ferida operatória.
68
Qual é a complicação mais frequente da apendicectomia videolaparoscópica?
Abscessos intracavitários.
69
Qual é a complicação tardia mais frequente da apendicectomia?
Obstrução intestinal secundária a aderências.
70
Qual é a conduta ao observar apêndice normal durante cirurgia de apendicectomia?
Realizar apendicectomia e examinar a cavidade em busca de outra causa
71
Qual é a conduta indicada pósapendicectomia para os tumores carcinoides de apêndice < 1 cm?
Observação
72
Qual é a conduta indicada pósapendicectomia para tumores carcinoides de apêndice entre 1-2 cm?
Presença de invasão linfovascular ou do mesoapêndice? * Sim: hemicolectomia direita + linfadenectomia regional; * Não: observaçãO
73
Qual é a conduta indicada pós apendicectomia para os tumores carcinoides de apêndice > 2 cm?
Hemicolectomia direita e linfadenectomia regional.
74
Qual é a causa mais comum de abdome agudo cirúrgico não obstétrico na gestante?
Apendicite aguda.
75
Qual é o tratamento da apendicite aguda em gestantes?
Apendicectomia.
76
Descreva o sinal de Murphy.
Interrupção abrupta da inspiração profunda por dor à palpação do hipocôndrio direito (associada à colecistite aguda).
77
qual é o sinal em que há interrupção abrupta da inspiração profunda por dor à palpação do hipocôndrio direito?
Sinal de Murphy (associado à colecistite aguda).
78
Qual é a característica da dor da cólica biliar que a diferencia da colecistite aguda?
A dor também ocorre no hipocôndrio direito, porém é transitória (pico máximo em 1 hora).
79
A colecistite aguda e a colecistite alitiásica são mais frequentes no sexo feminino ou no masculino?
Colecistite aguda: no sexo feminino; * Colecistite alitiásica: no sexo masculino.
80
Diagnóstico provável: mulher de 30 anos com dor em hipocôndrio direito há 6h, temperatura = 38ºC, dois episódios de vômitos e com parada abrupta da respiração após palpação do hipocôndrio direito
Colecistite aguda
81
homem de 30 anos, etilista, queixa-se de dor em faixa do epigástrio ao dorso e vômitos. Sinal de Murphy negativo. ↑Amilase e ↑lipase
Pancreatite aguda.
82
Quais são os sinais locais de inflamação para colecistite aguda segundo as diretrizes de Tokyo 18?
* Sinal de Murphy; * Massa, dor ou sensibilidade em quadrante superior direito
83
Quais são os sinais sistêmicos de inflamação para colecistite aguda segundo as diretrizes de Tokyo 18?
Febre; * ↑PCR; * ↑Leucócitos
84
Quais são os critérios para suspeita diagnóstica de colecistite aguda segundo as diretrizes de Tokyo 2018?
Um sinal de inflamação local + um sinal sistêmico de inflamação
85
Quais são os critérios para diagnóstico definitivo de colecistite segundo as diretrizes de Tokyo 2018?
Um sinal de inflamação local + um sinal sistêmico de inflamação + imagem característica
86
Qual é o exame de imagem de primeira escolha para diagnóstico de colecistite aguda?
Ultrassom de abdômen (sensível: 85% e específico: 95%)
87
Qual é o exame padrão-ouro para diagnóstico de colecistite aguda quando há dúvidas na ultrassonografia?
Cintilografia.
88
Quando indicamos tomografia de abdome na suspeita de colecistite aguda?
Para descartar complicações da colecistite (p. ex. abscesso) ou para diagnóstico diferencial.
89
Qual é a alteração sugestiva de colecistite aguda na cintilografia
Se o ducto cístico não estiver patente, haverá falha de preenchimento e a vesícula biliar não será visualizada
90
Qual é a principal bactéria isolada na colecistite aguda?
Escherichia coli (41%).
91
Qual é o tratamento da colecistite aguda em paciente de baixo risco (ASA I e II)?
Antibioticoprofilaxia + colecistectomia videolaparoscópica (até 72h)
92
Qual é o tratamento da colecistite aguda em paciente de alto risco (ASA III, IV e V)?
Antibioticoterapia (4-7 dias). Se houver falha no tratamento, fazer drenagem da vesícula biliar ou até colecistectomia
93
Qual é o tratamento inicial da colecistite aguda em paciente instável?
Colecistostomia (drenagem percutânea da vesícula guiada por exame de imagem) + antibioticoterapia
94
Quais são os limites do trígono de Calot?
* Superior: borda hepática; * Inferior: ducto cístico; * Medial: ducto hepático comum
95
Quais são as condutas para os pacientes Tokyo I de baixo risco e de alto risco cirúrgico?
* Baixo risco (ASA ≤ 2): colecistectomia precoce; * Alto risco (ASA ≥ 3): antibioticoterapia + colecistectomia eletiva.
96
Quais são as condutas para os pacientes Tokyo II de baixo risco e de alto risco cirúrgico?
* Baixo risco (ASA ≤ 2): colecistectomia precoce; * Alto risco (ASA ≥ 3): antibioticoterapia com ou sem colecistostomia + colecistectomia eletiva.
97
Quais são as condutas para os pacientes Tokyo III com ou sem disfunção neurológica, respiratória ou alteração na bilirrubina total
* Sem disfunção: antibioticoterapia + colecistectomia precoce (após reanimação); * Com disfunção: antibioticoterapia + colecistostomia + colecistectomia eletiva (depende do risco cirúrgico)
98
Qual é a complicação mais frequente da colecistite aguda?
Colecistite gangrenosa.
99
Qual é a principal manifestação clínica/radiológica sugestiva de colecistite enfisematosa?
Crepitação da parede abdominal/ar na topografia da vesícula biliar.
100
Qual é a tríade radiológica clássica do íleo biliar?
Tríade de Rigler: * Obstrução intestinal alta. * Aerobilia. * Cálculo biliar ectópico (usualmente no íleo terminal)
101
Diagnóstico provável: paciente com dor abdominal, vômitos e distensão abdominal. Exame de imagem evidencia obstrução intestinal, pneumobilia e cálculo biliar em íleo terminal.
Íleo Biliar (Tríade de Riegler).
102
O que é a síndrome de Bouveret?
Tipo de íleo biliar em que há obstrução duodenal devido à fístula colecistoduodenal
103
O que é a síndrome de Mirizzi?
Obstrução do ducto hepático comum por compressão extrínseca de um cálculo no ducto cístico ou no infundíbulo da vesícula biliar
104
Qual é o perfil típico do paciente na colecistite aguda alitiásica?
Gravemente enfermos (UTI) e com múltiplos fatores de risco (p. ex. queimaduras, imunossupressão, trauma grave, infecções, sepse e nutrição parenteral total)
105
Qual é o tratamento da colecistite aguda alitiásica em paciente com baixo risco cirúrgico/anestésico e estável?
Colecistectomia.
106
107
Qual é o tratamento da colecistite aguda alitiásica em paciente com alto risco cirúrgico/anestésico ou instável
Colecistostomia percutânea.
108
Qual é a causa mais comum de colangite?
Coledocolitíase causando obstrução biliar
109
O que é a pêntade de Reynolds?
Dor abdominal, febre, icterícia, hipotensão e alteração do estado mental (sugere colangite aguda grave).
109
O que é a tríade de Charcot?
Dor abdominal, febre e icterícia (sugere colangite aguda)
110
O que é o sinal de CourvoisierTerrier?
Presença de vesícula biliar palpável e indolor em paciente ictérico (sugere neoplasia periampular)
111
mulher de 30 anos com dor em hipocôndrio direito + febre alta + icterícia. Apresenta ↑fosfatase alcalina, ↑bilirrubina direta e ↑gama GT
Colangite aguda.
112
Qual é o exame com maior acurácia para diagnóstico de colangite aguda, mas que não permite o tratamento durante o exame?
Colangiorresonância.
113
Quais são as maneiras de identificar colestase nos critérios diagnósticos para colangite aguda?
1. Icterícia (bilirrubina ≥ 2 mg/dL); e 2. Teste de função hepática anormais: ↑fosfatase alcalina, ↑gama GT, TGO ou TGP > 1,5x o limite superior da normalidade
114
Qual é o tratamento da colangite aguda?
Medidas de suporte clínico + antibioticoterapia EV + drenagem da via biliar (p. ex. CPRE).
115
Qual é o método padrão-ouro para diagnóstico e drenagem da via biliar na colangite aguda?
Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE).
116
Quais são as duas causas mais comuns de abdome agudo não obstétrico na gestante?
1. Apendicite aguda; 2. Colecistite aguda
117
Qual é a conduta indicada em gestantes de baixo risco cirúrgico com colecistite aguda?
* 1º e 2º trimestres: colecistectomia videolaparoscópica. * 3º trimestre: antibióticos agora + colecistectomia 6 semanas pós-parto
118
Qual é a conduta indicada em gestantes de alto risco cirúrgico/ anestético ou instáveis com colecistite aguda?
Drenagem percutânea (colecistostomia)
119
Que camadas histológicas compõem um divertículo colônico típico?
Mucosa e submucosa (pseudodivertículo)
120
Que mecanismo leva ao desenvolvimento da diverticulite aguda?
Obstrução do divertículo → ↑bactérias → inflamação → ↑pressão →isquemia e microperfuração
121
Quais são os segmentos colônicos mais acometidos por diverticulose em países ocidentais?
Sigmoide (72%) e cólon descendente (33%)
122
Qual é a faixa etária típica da diverticulose colônica?
Aumenta com a idade (especialmente > 50-60 anos)
123
Qual é o segmento colônico mais acometido por diverticulite aguda na Ásia?
Cólon direito.
124
Qual é a apresentação clínica típica da diverticulite aguda?
Dor em FIE, náusea/vômito, febre baixa e alteração do hábito intestinal
125
Diagnóstico provável: homem de 72 anos + dor em FIE + vômitos + febre baixa + alteração do hábito intestinal.
Diverticulite aguda.
126
Qual é a complicação mais comum da diverticulite aguda?
Abscesso diverticular
127
Qual é o tipo de fístula mais comum resultante de complicação da diverticulite aguda?
Fístulas colovesicais (65% dos casos).
128
Qual é a principal causa de fístula colovesical?
Diverticulite aguda (65-79%).
129
Diagnóstico provável: paciente com quadro recente de diverticulite + tomografia ao lado
Fístula colovesical.
130
Que exame é importante para o diagnóstico diferencial de fístula colovesical?
Colonoscopia (diferencia diverticulite, neoplasia e doença de Crohn).
131
Que exame diagnóstico é contraindicado na fase aguda da diverticulite?
Colonoscopia.
132
Qual é o exame de imagem padrão-ouro para o diagnóstico de diverticulite aguda?
TC de abdome com contraste.
133
Qual é o exame indicado após o tratamento agudo de diverticulite aguda?
Colonoscopia após 6-8 semanas para descartar neoplasia de cólon.
134
O que é o estágio I da diverticulite aguda (classificação de Hinchey)?
Abscesso mesentérico ou pericólico pequeno, confinado
135
O que é o estágio II da diverticulite aguda (Hinchey)?
Abscesso pélvico bloqueado
136
O que é o estágio III da diverticulite aguda (Hinchey)?
Peritonite purulenta generalizada
137
O que é o estágio IV da diverticulite aguda (Hinchey)?
Peritonite fecal generalizada
138
Qual é o estágio da diverticulite aguda com abscesso mesentérico ou pericólico pequeno, confinado (Hinchey)?
Estágio I
139
Qual é o estágio da diverticulite aguda com abscesso pélvico bloqueado (Hinchey)?
Estágio II
140
Qual é o estágio da diverticulite aguda com peritonite purulenta generalizada (Hinchey)?
Estágio III.
141
Qual é o estágio da diverticulite aguda com peritonite fecal generalizada (Hinchey)?
Estágio IV.
142
Qual é a cobertura antibiótica indicada na diverticulite aguda?
Gram-negativos + anaeróbios (p. ex. ceftriaxona + metronidazol).
143
O que é a cirurgia de Hartmann?
144
Qual é o tratamento da diverticulite não complicada sem abscesso?
Suporte clínico + antibióticos.
145
Qual é o tratamento da diverticulite com abscesso pericólico confinado ao mesentério (Hinchey IB)
* Abscesso < 4 cm: suporte clínico + antibióticos; * Abscesso ≥ 4 cm: drenagem percutânea + antibióticos + suporte clínico
146
Qual é o tratamento da diverticulite com abscesso pélvico à distância (Hinchey II)?
* Abscesso < 4 cm: suporte clínico + antibióticos; * Abscesso ≥ 4 cm: drenagem percutânea + antibióticos + suporte clínico
147
Qual é o tratamento da diverticulite aguda com peritonite purulenta (Hinchey III)?
Laparotomia com cirurgia de Hartmann
148
Qual é o tratamento da diverticulite com peritonite fecal (Hinchey IV)?
Laparotomia com cirurgia de Hartmann.
149
Quais são as indicações de cirurgia eletiva após um quadro de diverticulite aguda?
* Diverticulite crônica (sintomas persistentes); * Episódio único de diverticulite complicada; ou * Imunossuprimidos
150
Quais são os ramos do tronco celíaco?
Artérias gástrica esquerda, esplênica e hepática comum.
151
Qual é o território intestinal irrigado pela artéria mesentérica superior?
Intestino delgado (exceto duodeno proximal) e 2/3 proximais do cólon transverso.
152
Qual é o território intestinal irrigado pela artéria mesentérica inferior?
1/3 distal do cólon transverso, cólon descendente e retossigmoide.
153
Qual é a descrição clínica clássica da isquemia intestinal aguda?
Dor abdominal intensa desproporcional ao exame físico.
154
Quais são os dois pontos anatômicos mais vulneráveis à isquemia colônica?
*Ponto de Griffiths (na flexura esplênica); *Ponto de Sudeck (na junção retossigmoide).
155
Qual é o segmento intestinal mais frequentemente responsável pela isquemia intestinal?
Isquemia colônica (50% dos casos).
156
Qual é a causa mais comum de isquemia colônica?
Isquemia colônica não oclusiva (devido a baixo fluxo sanguíneo).
157
Diagnóstico provável: homem de 65 anos teve o diagnóstico de infarto agudo do miocárdio com supra de ST e realizou intervenção coronária percutânea primária. Após 48h, queixa-se de cólica em flanco esquerdo e hematoquezia. Está hemodinamicamente estável e consciente.
Isquemia colônica.
158
Qual é o exame de escolha para o diagnóstico de isquemia colônica?
Colonoscopia.
159
Qual é o tratamento indicado para a maioria dos pacientes com isquemia colônica?
Suporte clínico (p. ex.: jejum, descompressão gastrointestinal com sonda nasogástrica se houver íleo paralítico, hidratação e antibioticoterapia).
160
Quais são as duas principais indicações de tratamento cirúrgico para os pacientes com isquemia colônica?
* Falha do tratamento conservador; * Sinais clínicos ou radiológicos de necrose/perfuração colônica.
161
Qual é a causa mais comum de isquemia mesentérica aguda?
Embolia arterial (50% dos casos).
162
Qual é o exame de escolha inicial para os pacientes com suspeita de isquemia mesentérica aguda?
Angiotomografia de abdome.
163
Qual é o exame padrão-ouro para o diagnóstico de isquemia mesentérica?
Arteriografia.
164
Diagnóstico provável: homem de 72 anos apresenta dor abdominal difusa e intensa em mesogástrio há 3 horas, náuseas, vômitos e diarreia. O abdome está discretamente distendido, flácido, levemente doloroso à palpação e com ruídos hidroaéreos presentes. Comorbidades: hipertensão, diabetes e fibrilação atrial
Isquemia mesentérica aguda (provavelmente devido a um êmbolo de origem cardíaca).
165
Qual é o tratamento definitivo da isquemia mesentérica aguda de etiologia embólica?
Embolectomia cirúrgica.
166
Qual é a artéria que irriga o intestino mais frequentemente acometida por obstrução embólica?
Artéria mesentérica superior.
167
Qual é o tratamento farmacológico inicial mais importante para os pacientes com diagnóstico de isquemia mesentérica aguda?
Anticoagulação sistêmica.
168
Diagnóstico provável: homem tabagista de 76 anos queixa-se de dor epigástrica após as refeições, que o levou a reduzir a alimentação e a uma perda ponderal de 9 quilogramas. Tem histórico de infarto agudo do miocárdio, diabetes, hipertensão e claudicação intermitente.
Isquemia mesentérica crônica (angina mesentérica).
168
Quando há indicação de antibioticoterapia para os pacientes com isquemia mesentérica?
Em geral, recomenda-se antibioticoterapia de amplo espectro para os pacientes com isquemia intestinal aguda (mesentérica ou colônica).
169
Qual é o tratamento usual da isquemia mesentérica crônica sintomática?
* Prevenir a progressão da aterosclerose (p. ex.: cessar tabagismo, antiplaquetários); * Revascularização endovascular.
170
Qual é o exame de escolha inicial para os pacientes com suspeita de trombose venosa mesentérica?
Angiotomografia do abdome com contraste venoso.
171
Qual é o tratamento usual da trombose venosa mesentérica?
Suporte clínico + anticoagulação sistêmica.
172
O que é uma obstrução intestinal em alça fechada?
Obstrução em dois pontos do intestino, o que impede a drenagem por vômitos e por evacuação, podendo causar distensão, isquemia, necrose,perfusão e peritonite. Ocorre, por exemplo, na neoplasia obstrutiva de cólon sigmoide com válvula ileocecal competente.
173
Qual é a classificação do abdome agudo obstrutivo quanto à localização?
Obstrução alta: obstruções proximais à válvula ileocecal (p. ex.: as causadas por bridas intestinais); * Obstrução baixa: obstruções distais à válvula ileocecal (p. ex.: neoplasias colorretais ou volvo de sigmoide)
174
Quais são os sintomas típicos do abdome agudo obstrutivo?
Dor, distensão abdominal, vômitos e parada de eliminação de fezes e flatos
175
Quais são os exames da rotina de abdome agudo?
* Radiografia de tórax posteroanterior (PA) em pé (ortostase); * Radiograma de abdome em pé e deitado (decúbito dorsal).
176
Qual é o sinal indicado nesta figura e de que ele é sugestivo?
Sinal de Rigler (ou sinal da parede dupla). É sugestivo de pneumoperitônio
177
O que é o sinal do empilhamento de moedas?
É um sinal em que se visualiza dilatação das alças do delgado e as pregas coniventes, sugerindo obstrução intestinal alta.
178
Quais são as características radiológicas gerais de uma obstrução intestinal alta?
Presença de níveis hidroaéreos, distensão gasosa intestinal com distribuição centralizada no abdome e visualização das pregas coniventes (empilhamento de moedas)
179
Quais são as duas principais causas de obstrução intestinal alta?
Aderências intestinais (bridas) e tumores metastáticos.
180
Qual é o principal fator de risco para a formação de bridas?
Cirurgias abdominais prévias.
181
Diagnóstico provável: mulher de 45 anos apresenta distensão e dor abdominais, vômitos biliosos, parada de eliminação de fezes e flatos. Comorbidades: hipertensão e diabetes. Cirurgias prévias: colecistectomia aberta há 8 anos e cirurgia bariátrica há 4 anos.
Obstrução intestinal proximal (provavelmente por bridas).
182
Em geral, qual é o tratamento inicial da obstrução intestinal por bridas?
Suporte clínico (p. ex.: descompressão gástrica e correção dos distúrbios hidroeletrolíticos)
183
Quando indicamos tratamento cirúrgico para o manejo de pacientes com obstrução intestinal por bridas?
Quando não há resposta ao tratamento conservador ou quando há piora clínica (p. ex.: febre, piora da leucocitose, acidose metabólica, hipotensão e taquicardia), indica-se a laparotomia exploratória com lise das bridas.
184
Qual é o tratamento de escolha da hérnia agudamente encarcerada e com sinais de estrangulamento?
Inguinotomia direta de urgência sem redução da hérnia.
185
Qual é a tríade classicamente associada ao volvo gástrico?
Tríade de Borchardt (presente em 70% dos pacientes): * Dor intensa e súbita no abdome superior; * Vômitos severos; * Incapacidade de passar uma sonda nasogástrica
186
Diagnóstico provável: homem de 60 anos apresenta dor no abdome superior, distensão abdominal e vômitos. A sonda nasogástrica não progride,apesar de várias tentativas.
Volvo gástrico.
187
Diagnóstico provável: mulher de 70 anos queixa-se de dor e distensão abdominais, sem vômitos. Toque retal com fezes na ampola retal. Radiografia de abdome evidencia pneumobilia, cálculo radiopaco na fossa ilíaca direita e sinal do empilhamento de moedas
Íleo biliar.
188
Quais são os achados radiográficos típicos do íleo biliar (tríade de Riegler)?
* Sinais de obstrução intestinal alta; * Aerobilia; * Cálculo biliar ectópico.
189
diferença sinal de Rigler e triade de Riegler
Sinal de Rigler (ou sinal da parede dupla). É sugestivo de pneumoperitônio triade Riegler: * Sinais de obstrução intestinal alta; * Aerobilia; * Cálculo biliar ectópico
190
Qual é o principal fator de risco para a síndrome da artéria mesentérica superior?
Perda de peso significativa.
191
Qual é o tratamento de escolha da síndrome da artéria mesentérica superior?
Duodenojejunostomia
192
Quais são as duas causas mais comuns de obstrução intestinal baixa?
1. Câncer colorretal; 2. Volvo.
193
Quais são as características radiológicas gerais de uma obstrução intestinal baixa?
Visualização das haustrações colônicas, localização periférica no abdome e ausência de ar na ampola retal
194
Diagnóstico provável: homem de 71 anos apresenta distensão abdominal, parada da eliminação de fezes e flato e dor em cólica. Nega vômitos e refere perda de 5 kg. Nega cirurgias abdominais prévias. Foi realizada radiografia de abdome com haustrações colônicas, localização periférica
Neoplasia colônica causando obstrução intestinal.
195
Qual é o nome do sinal indicado pela seta verde (Sinal da “maçã mordida”,) nesta figura e de que patologia ele é mais comumente sugestivo?
Sinal da “maçã mordida”, sugestivo de obstrução do lúmen do cólon (mais comumente por neoplasia colônica).
196
Qual é a localização mais comum dos volvos?
Cólon sigmoide (75% dos casos).
197
Diagnóstico provável: homem de 70 anos apresenta dor e distensão abdominais, náuseas e vômitos. Realizou a radiografia de abdome a seguir: sinal grao de cafe
Volvo de sigmoide.
198
Qual é o sinal radiológico classicamente associado ao volvo de sigmoide?
Sinal do grão de café.
199
Qual é o tratamento do volvo de sigmoide no paciente estável hemodinamicamente e sem peritonite?
Colonoscopia ou retossigmoidoscopia descompressiva. Programar sigmoidectomia para a mesma internação
200
Qual é o tratamento do volvo de sigmoide no paciente instável ou com peritonite?
Laparotomia e cirurgia de Hartmann.
201
Diagnóstico provável: homem de 70 anos queixa-se de dor e distensão abdominais. Refere dificuldade para evacuar, mas nota passagem depequena quantidade de fezes líquidas. Está em bom estado geral, sem sinais de peritonite. Toque retal sem sinais de massas. Foi realizada uma tomografia de abdome.
Fecaloma.
202
Qual é o sinal radiológico classicamente associado ao fecaloma?
Sinal do “miolo de pão”
203
Qual é o tratamento usual do fecaloma?
Desimpactação do fecaloma (pode ser manual, com o auxílio de enemas, laxantes ou até em centro cirúrgico).
204
diagnóstico provável: mulher de 25 anos sofre acidente de moto a 80 km/h. Chega à emergência com sinais de fratura, sangramento, escoriações, hipotensão e rebaixamento do nível de consciência. É intubada e levada à laparotomia de emergência. É realizada cirurgia de controle de danos, com controle da hemorragia, empacotamento e fechamento temporário do abdome. Três meses após a alta, apresenta vômitos, distensão abdominal e dor abdominal
Corpo estranho (gossipiboma).
205
diagnóstico provável: homem de 65 anos realizou colectomia e cirurgia de Hartmann devido a uma neoplasia de cólon. No 5º dia de pós-operatório apresenta náuseas e vômitos, intolerância à dieta oral, ausência de eliminação de fezes, além de distensão abdominal. É realizada uma radiografia que evidencia distensão universal das alças (delgado e cólon).
Íleo paralítico.
206
diagnóstico provável: homem de 71 anos permanece em UTI para recuperação de um transplante cardíaco. Apresenta distensão abdominal não dolorosa, timpanismo à percussão, especialmente à direita, ruídos hidroaéreos presentes e parada de eliminação de fezes. Toque retal com fezes sólidas. Radiografia evidencia distensão importante do cólon direito
Pseudo-obstrução colônica.
207
qual é o diâmetro cecal considerado limítrofe para um maior risco de perfuração nos pacientes com pseudo-obstrução colônica?
Diâmetro cecal ≥ 12 cm.
208
Qual é o tratamento usual da pseudo-obstrução colônica de acordo com a dilatação cecal?
* Ceco < 12 cm e paciente estável: medidas de suporte (jejum, hidratação, sonda nasogástrica, etc); * Ceco ≥ 12 cm ou pacientes instáveis: neostigmina inicialmente, seguida de colonoscopia descompressiva.
209
Qual é a definição de abdome agudo hemorrágico?
Presença de sangue livre na cavidade abdominal de origem não traumática.
210
O que é o sinal de Kehr? (Lafond)
Dor referida no ombro decorrente de líquido livre irritando o diafragma.
211
Diagnóstico provável: dor abdominal de início súbito + choque hipovolêmico.
Abdome agudo hemorrágico.
212
Qual é a causa mais comum de abdome agudo hemorrágico?
Gravidez ectópica rota.
213
Em que localização anatômica é mais comum ocorrer ruptura da gestação ectópica?
Istmo da tuba uterina. PORÉM, a gravidez ectopica é mais comum na ampola
214
Diagnóstico provável: mulher de 20 anos, usuária de DIU, sangramento vaginal, dor abdominal súbita, taquicardia e hipotensão.
Gestação ectópica rota.
215
Que achados no USG corroboram o diagnóstico de gestação ectópica rota?
* Líquido livre; * Ausência de gestação intrauterina; * Massa extrauterina complexa (geralmente na tuba uterina).
216
Que exame laboratorial ajuda a distinguir gestação ectópica rota de cisto ovariano roto?
β-HCG.
217
Qual é o tratamento da gravidez ectópica rota?
Salpingectomia de emergência.
218
Qual é o tratamento do cisto ovariano roto?
* Estável: observação. * Instável: laparoscopia/ laparatomia com cistectomia ou ooforectomia
219
Qual é o principal fator de risco para ruptura de aneurisma de aorta abdominal?
Diâmetro ≥ 5,5 cm. OUTROS FR: - Sacular > fusiforme - crescimento > 0,5 em 6 meses / ou > 1 cm em 1 mes - aneurisma sintomaticos - Tabagista, Sexo feminino, DPOC, Transplantado cardiaco ou renal.
220
Qual é a tríade clássica do aneurisma abdominal roto?
Dor abdominal/lombar intensa; * Hipotensão; e * Massa abdominal pulsátil. obs: pode estar presente sinal de Grey-Turner (Tbm na pancreatite aguda)
221
Diagnóstico provável: homem de 65 anos, tabagista, hipertenso, com dor abdominal súbita e intensa, taquicárdico, hipotenso e massa pulsátil no abdome.
Aneurisma de aorta abdominal roto
222
Qual é o exame diagnóstico indicado na suspeita de rotura de aneurisma de aorta abdominal em paciente estável? e instavel?
Estável: Angiotomografia. instavel: USG (Risco de falso negativo) OBS: Se dx prévio de aneurisma --> ir direto para cirurgia
223
Que método de reparo de aneurisma da aorta abdominal roto apresenta menor morbimortalidade?
Reparo endovascular
224
Quais as modalidades de tto de aneurisma de aorta abd roto?
- Fazer hipotensao permissiva - Reparo endovascular (passar balao aortico) --> pré operatorio Tratamento aberto: 1. enxerto 2. Endovascular:
225
Quais as contraindicacoes de reparo endovascular no tto de aneurismo de aorta abd roto?
- Aneurisma localizado na altura ou acima das arterias renais - Colo aortico < 0,7 (distancia das art renais e o o aneurisma) - Presença de trombo ou salcificacao circunferencial na regiao proximal de fixaçao da protese
226
Qual a principal complicaçao do reparo de aneurisma roto de aorta abd?
Colite isquemica (pois o tto pode obstruir a arteria mesenteria inferior, ou por vasoespasmo) Clinica: dor abd, a esquerda, diarreia mucossanguinolenta e febre DX: colonoscopia obs: locais mais comuns (retossigmoide e flexura esplenica --> pelo menor quantidade de circulacao colateral nessas regioes)
227
Qual é a causa mais comum de abdome agudo perfurativo?
Úlcera péptica perfurada.
228
Quais são os dois principais fatores de risco para a formação de úlcera péptica?
1. Infecção por H. pylori; e 2. AINEs e AAS.
229
Qual é a localização das úlceras pépticas em que ocorrem mais perfurações?
Parede anterior do bulbo duodenal.
230
Qual é a localização das úlceras pépticas em que ocorrem mais sangramentos?
Parede posterior do bulbo duodenal. (por conta da irrigaçao da art gastroduodenal)
231
Qual é a localização das úlceras pépticas mais comum?
1- bulbo duodenal 2- pré pilorica
232
Qual é o sinal em que há timpanismo no lugar de macicez na loja hepática e qual é o significado?
Sinal de Jobert, que sugere pneumoperitônio
233
Qual é o sinal sugestivo de pneumoperitônio
Sinal da dupla parede (Rigler),
234
Quais porçoes do duodeno são intra e retro peritoneais?
1º porçao: intraperitoneal 2º, 3º, 4º porçoes: retroperitoneal (por isso, se perfuraçao nessas areas, nao tem pneumoperitoneo, nem dor abd)
235
Diagnóstico provável: homem de 61 anos em uso de ibuprofeno há 10 dias + dor epigástrica intensa e súbita + taquicardia + abdome em tábua e irritação peritoneal.
Úlcera péptica perfurada.
236
O que é o sinal das asas da gaivota na radiografia de tórax?
Visualização de pneumoperitônio bilateral.
237
O que é o sinal de Jobert e qual é o seu significado?
Timpanismo no lugar de macicez na loja hepática, que indica pneumoperitônio.
238
Qual é o exame de imagem inicial indicado na suspeita de abdome agudo perfurativo?
Rotina de abdome agudo: * Radiografia de tórax em pé (PA); e * Radiografias de abdome em pé (AP) e deitado (AP).
239
Qual é o exame com maior acurácia para diagnóstico de abdome agudo perfurativo?
TC de abdome
240
Qual é o tratamento cirúrgico indicado para as úlceras duodenais perfuradas simples e pequenas (< 2cm) em paciente estavel?
Ulcerorrafia + epiploplastia (patch de Graham). - maioria dos casos Se paciente que nao adere ao tto ou ulcera cronica (fazer vagotomia e piloroplastia)
241
Qual é o tratamento cirúrgico das úlceras pépticas perfuradas provocadas pelo uso de anti-inflamatórios?
Ulcerorrafia + epiploplastia (patch de Graham). NAO É NECESSÁRIO RESSECÇAO mesmo se a ulcera for grande >= 2 cm (pegadinha de prova)
242
Qual é o tratamento clínico adjuvante indicado nos casos de úlcera péptica perfurada?
Erradicação do H. pylori + inibidor de bomba de prótons.
243
Diagnóstico provável: mulher submetida a CPRE com papilotomia desenvolve dor abdominal e vômitos + retropneumoperitônio na tomografia de abdome.
Perfuração da parede posterior do duodeno
244
Em ulceras gastricas/duodenais causadas por AINES, qual o aspecto da ulcera e o tratamento
Ulcera SEM calo fibroso Rafia da ulcera com patch de graham NAO É NECESSÁRIO RESSECÇAO mesmo se a ulcera for grande >= 2 cm (pegadinha de prova)
245
Qual o tratamento de ulcera peptica perfura em paciente instavel, com perfuraçao >24h, peritonite e alto risco cirurgico
Ulcerorrafia e patch de graham (epiploplastia) se ulcera gastrica --> biopsiar as bordas e tto para H. pylori (se houver)
246
Qual o tratamento de ulcera gastrica perfurada em paciente estavel?
Se ulcera < 2 cm: ressecçao em cunha + patch de graham + VAGOTOMIA se ulcera tipo II ou III Se ulcera > 2 cm: GASTRECTOMIA (o tipo de gastrectomia depende da localizacao da ulcero) + Vagotomia se tipo II ou III
247
Qual é o tratamento cirúrgico indicado para as úlceras duodenais perfuradas complexas ou grande (>3cm) em paciente estavel?
fechamento da ulcera com reforço do omento ou serosa de alça jejunal em Y de roux + exclusao pilorica Opcoes: duodenostomia ou antrectomia englobando a ulcera