Medicina perioperatória Flashcards

(41 cards)

1
Q

Como é o ajuste de betabloqueadores no perioperatorio?

A

Já usava antes? Manter

Não usava mas,
tem indicação? Iniciar, no mínimo 1 semana antes da
cirurgia

Não usava e não
tem indicação? Não iniciar

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2
Q

Quais as Recomendações para uso perioperatório das estatinas

A
  • Pacientes que já usam a medicação (não suspender).
  • Pacientes que serão submetidos a cirurgias vasculares arteriais. Iniciar preferencialmente 15 dias antes do procedimento.
  • Pacientes sabidamente coronariopatas.
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3
Q

Como é o ajuste de IECA/BRA no perioperatorio

A

A manutenção desses fármacos depende do procedimento proposto. De forma geral, quando será realizada uma cirurgia de grande porte, é indicada a interrupção desses medicamentos na noite anterior ao procedimento, pois sabemos que seu uso acarreta aumento do risco de hipotensão intraoperatória refratária ao uso de vasopressores. Para procedimentos de menor porte, todavia, não há necessidade de interromper essas classes de fármacos

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4
Q

Como é o ajuste de DIURÉTICOS no perioperatorio

A

De forma geral, antes de cirurgias de grande porte, esses fármacos são suspensos na noite anterior ao procedimento, visando diminuir o risco de depleção do volume intravascular.

Por outro lado, se o procedimento for de pequeno porte, não há necessidade de alterar seu uso.

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5
Q

Como manejar glicocorticoides no perioperatorio

A

-Glicocorticoides: de forma geral, é indicado manter esses medicamentos no período perioperatório.

Além disso, pacientes que fazem uso de dose maior ou igual a 5 mg/dia de prednisona por dia têm risco aumentado de supressão suprarrenal no intraoperatório, podendo ser necessária suplementação extra

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6
Q

Quais antidiabeticos devem ser suspensos no perioperatorio

A
  • Sulfonilureias e glinidas: a interrupção deve ocorrer 24 horas antes do procedimento cirúrgico.
  • Metformina: deve ser suspensa no dia do procedimento e pode ser reintroduzida posteriormente, com a decisão baseada na
    recuperação clínica do paciente e na ausência de complicações decorrentes da cirurgia.
  • Inibidores do SGLT2: devem ser descontinuados de 3 a 4 dias antes de cirurgias significativas ou procedimentos invasivos
    programados, como uma medida preventiva contra a cetoacidose diabética euglicêmica
  • Análogos do GLP-1 e a tirzepatida: a suspensão é aconselhada antes de procedimentos que incluem sedação anestésica ou
    anestesia geral, devido ao risco de broncoaspiração. Os períodos de suspensão recomendados, levando-se em consideração as meia vidas dos medicamentos, são 1 dia para lixisenatida, 2 dias para liraglutida, 15 dias para dulaglutida e tirzepatida, e 21 dias para
    semaglutida (oral e subcutânea).
  • Pioglitazonas: podem ser mantidas se a cirurgia não for cardíaca.

-Insulinas: de forma geral manter, mas com reduçao de dose na vespera

  • Insulinas prandiais: as doses fixas devem ser suspensas durante o período de jejum, mantendo-se apenas para correção de possíveis hiperglicemias
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7
Q

Quais antidiabeticos manter no perioperatorio

A
  • Inibidores da DPP4: devem ser continuados para pacientes em uso prévio, seja em atendimento ambulatorial ou hospitalar,
    ajustando-se conforme a função renal quando necessário.
  • Pioglitazonas: podem ser mantidas se a cirurgia não for cardíaca.
  • Insulina basal de ação longa ou ultra longa: dose usual deve ser mantida na véspera da cirurgia, com uma redução de 20-30%
    na dose a partir da noite anterior até o término do jejum. Para degludeca e glargina U300, a redução deve ser iniciada 72 horas antes.
    Em casos de pacientes que utilizam doses elevadas de insulina basal, uma redução de cerca de 50% é recomendada.
  • Insulina NPH: a dose convencional deve ser mantida na noite antes da cirurgia, com uma redução de 50% na dose habitual na
    manhã do procedimento.
  • Insulinas prandiais: as doses fixas devem ser suspensas durante o período de jejum, mantendo-se apenas para correção de
    possíveis hiperglicemias
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8
Q

Como manejar uso de AAS no perioperatorio

A

Nos pacientes em uso de AAS para prevenção secundária (antecedente de infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral), é recomendada sua manutenção na dose máxima de 100 mg ao dia,

EXCETO em ressecções transuretrais de próstata pela técnica convencional
e neurocirurgias, quando deve ser suspenso com antecedência de sete (7) dias

NÃO há recomendação de suspensão rotineira de AAS para a biópsia transretal de próstata.

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9
Q

Manejo dos antiagregantes plaquetarios no perioperatorio

A

DAP: DUPLA ANTIAGREGAÇAO
* Prasugrel (em pacientes com DAP): suspender sete dias antes de cirurgias com risco moderado ou alto de sangramento

  • Clopidogrel e ticagrelor (em pacientes com DAP): suspender cinco dias antes de cirurgias com risco moderado ou alto de sangramento
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10
Q

COMO CALCULAR O ESCORE HALBLED

A

Escore HAS-BLED ≥ 3 está associado a maior risco de sangramento.

H Hipertensão (pressão arterial não controlada): 1

A Anormalidade da função renal ou hepática : (1 ponto cada) 1 ou 2

S Acidente vascular cerebral (stroke) 1

B Tendência ou predisposição a sangramento (bleeding) 1

L RNI lábil (para pacientes em uso de varfarina) 1

E Idade > 65 anos (elderly) 1

D Drogas (uso concomitante de AAS ou AINH) ou alcoolismo: (1 ponto cada) 1 ou 2

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11
Q

Como fazer a “ponte” com heparina:

A

APENAS Nos pacientes com alto risco de tromboembolismo,

  1. Interromper a varfarina 5 dias antes da cirurgia.
  2. Iniciar a terapia de ponte com heparina não fracionada (HNF) ou de baixo peso molecular (enoxaparina)
    em dose plena quando o RNI estiver < 2.
  3. Suspender a HNF de 4 a 6 horas antes do procedimento e a heparina de baixo peso molecular, 24 horas antes.
  4. No pós-operatório, reiniciar a HNF ou de baixo peso em dose plena juntamente com a varfarina, pelo menos 24 horas após
    a cirurgia. Suspender a heparina somente quando o RNI estiver dentro da faixa terapêutica.
  5. Nos pacientes submetidos a cirurgias com alto risco de hemorragia, reiniciar a heparina de baixo peso 48 a 72 horas após a
    cirurgia.
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12
Q

Qual O valor de RNI, em pcts que usam varfarina, aceitável para liberar o paciente para a cirurgia

A

menor do que 1,5. Por isso, sugere-se medir o RNI um dia antes da cirurgia. Caso esteja fora do alvo (> 1,5), deve-se administrar
vitamina K via oral (1 a 2 mg) e reavaliar o RNI no dia seguinte.

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13
Q

O que fazer se o pact usa varfarina e será submetido a uma cirurgia de urgência
ou emergência?

A

Devemos suspender o anticoagulante e administrar vitamina
K por via venosa (2,5 a 5 mg), associada ao complexo protrombínico.

Caso esse concentrado não esteja disponível, o uso de plasma fresco congelado é uma alternativa aceitável

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14
Q

Como é o manejo dos anticoagulantes orais diretos no perioperatório:

A

(dabigatrana, rivaroxabana, apixabana e edoxabana).

  1. Não necessitam de “ponte” com heparina.
  2. Nos pacientes com função renal normal, deve-se suspender a anticoagulação 24 horas antes da cirurgia.
  3. Suspender 48 horas antes do procedimento se cirurgias com alto risco de sangramento ou dependendo da função renal do paciente: dabigatrana (se clearance de creatinina entre 30 e 50 mL/minuto); rivaroxabana e apixabana (se clearance de creatinina
    entre 15 e 30 mL/minuto).
  4. Podem ser reintroduzidos pelo menos 24 horas após o término da cirurgia.
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15
Q

Quais complicações no período perioperatório podem ser causadas por desnutriçao

A
  • aumento do risco de infecção;
  • piora na cicatrização de feridas;
  • risco aumentado de lesão por pressão;
  • tempo maior de internação;
  • aumento da mortalidade
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16
Q

Quando suspeitar de risco nutricional nas provas

A
  • Saciedade precoce – o paciente refere que o pouco de que ele se alimenta já o deixa saciado, “cheio”;
  • ingestão alimentar reduzida (< 75%) é um indicativo de que o paciente está em maior risco de perda ponderal;
  • regurgitação – o paciente refere que o alimento retorna para a cavidade oral praticamente intacto, não digerido;
  • vômitos pós-alimentares – o paciente refere que, logo após a alimentação, apresenta vômitos, com o alimento parcialmente
    digerido.
  • ascite ou edema de membros inferiores também é um sinal de perda ponderal
    importante, relacionado à perda de proteínas (hipoalbuminemia)
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17
Q

Como é feita a avaliaçao laboratorial da desnutriçao no perioperatorio

A

O principal dado avaliado é o nível das PROTEÍNAS, já que elas se correlacionam com o estado nutricional.
* albumina
* pré-albumina
* transferrina

É importante você saber que alguns estados patológicos, como inflamação sistêmica, disfunção hepática e disfunção renal,
aumentam a perda proteica e, nessas situações, a avaliação dessas proteínas é prejudicada.

18
Q

Qual nivel de albumina no perioperatorio é considerado risco para complicações pós-operatórias

A

Nível pré-operatório de albumina MENOR DO QUE 3 g/dL (< 3g/dL) é considerado um fator de risco independente para
complicações pós-operatórias graves, como sepse, coma, insuficiência renal, pneumonia e infecção de sítio cirúrgico.

19
Q

Qual O valor de referência da pré-albumina para considerar risco nutricional

A

O valor de referência da pré-albumina é de 20-40 mg/dL (0,20-0,40 g/L).

20
Q

Qual O valor de referência para a transferrina para considerarmos o paciente em risco nutricional,

A

200 mg/dL.

seus valores só podem ser considerados fidedignos caso o ferro
sérico esteja normal.

21
Q

Qual o valor de meia-vida das proteínas séricas (pré albumina, albumina e transferrina)?

A

Pré-albumina 2-3 dias

Transferrina 8-9 dias

Albumina 18-21 dias

22
Q

Como é calculado o gasto energético basal (GEB).

A

A equação de Harris-Benedict, por meio de uma fórmula matemática que utiliza como parâmetros o sexo, peso, altura e idade, é usada para calcular a NECESSIDADE ENERGÉTICA

Em homens: 66,5 + (13,8 × peso(kg)) + (5 × altura(cm)) –
(6,76 × idade (anos))

Em mulheres: 65,5 + (9,6 × peso(kg)) + (1,85 × altura(cm)) –
(4,68 × idade (anos)).

23
Q

Qual a regra básica para calcular a necessidade calórica do paciente

A

Total de quilocalorias (kcal): 25 a 35 kcal/kg/dia

Total de proteínas: 1,5g/kg/dia

24
Q

QUAL É O PACIENTE QUE TEM INDICAÇÃO DE SUPORTE NUTRICIONAL?

A

Histórico médico prévio: desnutrição grave, doença crônica

Perda involuntária > 10-15% do peso corporal usual dentro de 6 meses ou > 5% dentro de 1 mês

Perda sanguínea esperada > 500 mL durante a cirurgia

Peso 20% abaixo do peso corporal ideal ou IMC < 18,5 kg/m²

Falha em melhorar nas curvas de crescimento e desenvolvimento pediátrico

Albumina sérica < 3,0 g/dL ou transferrina < 200 mg/dL, na ausência de estado inflamatório, disfunção hepática ou disfunção renal

Previsão de que o paciente não conseguirá cumprir os requisitos calóricos dentro do período perioperatório de 7-10 dias

Doença catabólica (p. ex., queimadura ou trauma significativo, sepse, pancreatite etc.)

25
Quais as CONTRAINDICAÇÕES PARA A NUTRIÇÃO ENTERAL
Vômito intratável, diarreia refratária Íleo paralítico Fístulas intestinais com alto débito (> 500 mL/24h) Obstrução gastrointestinal, isquemia Peritonite difusa Choque grave ou instabilidade hemodinâmica Hemorragia gastrointestinal grave Síndrome de intestino curto (menos de 100 cm de intestino delgado restantes) Má absorção gastrointestinal grave (p. ex., insucesso na nutrição enteral, comprovado pela deterioração progressiva do status nutricional) Incapacidade de obter acesso ao trato gastrointestinal Paciente atingirá as necessidades calóricas esperadas em período < 7 dias
26
Quais as INDICAÇÕES DE NUTRIÇÃO PÓS-PILÓRICA (NASODUODENAL OU NASOJEJUNAL)
Risco de broncoaspiração Pacientes com refluxo gastroesofágico ou esofagite graves Paciente apresentando vômitos repetidos Pós-cirurgia ou pós-trauma Gastroparesia obs: Para esses pacientes, o mais indicado é a passagem da sonda nasoenteral por via endoscópica, o que assegura que ela ficará posicionada após o piloro.
27
Quais as as CONTRAINDICAÇÕES para a nutrição parenteral:
* pacientes apresentando instabilidade hemodinâmica importante; * pacientes que apresentam distúrbios hidroeletrolíticos graves, que necessitam de correção e controle antes do início da dieta parenteral; * pacientes que não podem tolerar o excesso de volume, como pacientes com insuficiência cardíaca congestiva ou pneumopatias graves; * pacientes diabéticos graves, em que o excesso de açúcar pode ser prejudicial
28
O QUE É A SÍNDROME DE REALIMENTAÇÃO
É definida como as complicações clínicas que podem ocorrer como resultado de mudanças de fluidos e eletrólitos durante a reabilitação nutricional agressiva de pacientes gravemente desnutridos. HIPO (Fosfato, magnesio, potassio, tiamina) Retençao de sódio e agua A HIPOFOSFATEMIA (fósforo sérico baixo) é o MARCO da síndrome de realimentação. ✓ HIPOFOSFATEMIA, cujo valor sérico normal varia entre 3 e 4,5 mg/dL. Logo, valores abaixo de 3 mg/dL são considerados baixos. ✓ HIPOCALEMIA, cujo valor sérico normal varia entre 3,5 mEq/L e 5,5 mEq/L. Logo, valores abaixo de 3,5 mEq/dL são considerados baixos. Além deles, podemos observar uma HIPOMAGNESEMIA (valor sérico < 1,9 mg/dL) e aumento da creatinofosfoquinase (CPK) nos casos de rabdomiólise
29
Qual a consequencia de baixa de fosforo sérico na sd de realimentacao
Com a baixa no fosfato sérico, nós temos: ✓ hipóxia tecidual; ✓ disfunção miocárdica; ✓ insuficiência respiratória devido à incapacidade de o diafragma contrair; ✓ hemólise; ✓ rabdomiólise; ✓ convulsões
30
Quais as medidas do projeto ACERTO
1. até 2 horas antes do procedimento, o paciente possa ingerir líquidos sem resíduos: A recomendação é de 200 mL de bebida líquida sem resíduos, acrescida de maltodextrina a 12%, 6h e 2h antes do procedimento. 1.2 iniciar dieta precoce (no mesmo dia na maioria das cirurgias): exceçao: Nas cirurgias com anastomose esofágica, iniciar dieta com 12-24h de pós-op. por sonda nasoenteral ou jejunostomia. 2. NÃO é necessário aguardar a presença de ruídos hidroaéreos para iniciar a dieta. 3. NAO usar sonda/dreno de rotina 4. Restriçao hidrica: Caso esteja indicado seu uso, ele deve ser restringido a 30 mL/kg em 24h. 5. NÃO é para sair dando opioide para todo mundo! 6. O preparo colônico NÃO deve ser indicado de rotina. 7. Deambulação precoce: Estimular deambulação precoce. Meta: 2h fora do leito no dia da operação e 6h nos dias subsequentes.
31
Como é feita a classificaçao ASA preoperatoria
ASA I Paciente sem doenças sistêmicas, não tabagista e mínimo consumo de álcool: Indivíduo saudável ASA II Presença de doença sistêmica leve: Doença compensada que não causa limitação funcional (p. ex.: hipertensão compensada, gestação normal, obesidade IMC > 30 e < 40 kg/m2) ASA III Presença de doença sistêmica grave: Limitação funcional presente (p. ex.: insuficiência renal em diálise, obesidade mórbida com IMC > 40 kg/m2) ASA IV Presença de doença sistêmica grave que apresenta uma ameaça constante à vida do paciente: Geralmente, o paciente já está hospitalizado pela doença (p. ex.: angina instável, insuficiência cardíaca descompensada) ASA V Paciente moribundo, sem expectativa de vida caso a cirurgia não seja realizada: Paciente em estado crítico (p. ex.: politraumatizado apresentando choque hemorrágico) ASA VI Indivíduo com morte encefálica: Cirurgia para retirada de órgãos E Cirurgia em caráter de emergência: Letra E é acrescentada após o numeral da classificação (p. ex.: ASA IV E)
32
Quais sao as as recomendações mais atuais quanto ao jejum no pre operatorio
Água e líquidos sem resíduos (“líquidos claros”) 2 horas Leite materno 4 horas Leite não humano ou fórmula infantil 6 horas Refeição leve 6 horas Refeição completa 8 horas
33
Como sao classificadas as infecçoes de sitio cirurgico
* ISC incisional superficial: ocorre nos primeiros 30 dias após o procedimento cirúrgico e envolve apenas pele e tecido subcutâneo. * ISC incisional profunda: ocorre nos primeiros 30 dias após a cirurgia, ou em até 90 dias se houver colocação de implantes, e envolve tecidos moles profundos à incisão, como fáscia e músculos. * ISC de órgão/cavidade: ocorre nos primeiros 30 dias após a cirurgia, ou em até 90 dias se houver colocação de implantes, e envolve qualquer órgão ou cavidade que tenha sido aberto ou manipulado durante a cirurgia
34
Os agentes etiológicos mais comuns das infecções de sítio cirúrgico
Os agentes etiológicos mais comuns são os estafilococos coagulase-negativos e o S. aureus. Quando ocorre alguma infecção após uma cirurgia abdominal, além dos patógenos de pele, podemos encontrar também os enterococos, que são bactérias Gram-positivas, bacilos Gram-negativos e anaeróbios
35
Como classificar p grau de contaminação da ferida operatória.
* Limpa. É aquela em que não há inflamação, é realizada em tecidos estéreis e não envolve penetração em vísceras ocas. Exemplos: neurocirurgias, revascularização miocárdica, hernioplastias, mamoplastias etc. Nesses casos, a probabilidade de infecção é baixa, girando em torno de 1 a 5%. * Limpa-contaminada ou potencialmente contaminada. É a ferida em que houve abertura do sistema digestivo ou geniturinário, ou que foi produzida acidentalmente com arma branca com lesão inferior a 6 horas. O risco de infecção dessas cirurgias varia de 3 a 11%. Contaminadas. São aquelas feridas que têm reação inflamatória ou entraram em contato com um material contaminado, como fezes, poeira ou outra sujidade. As lesões traumáticas que passaram das 6 horas entre o trauma e o atendimento também entram nessa classificação. O risco de infecção é de 10 a 17%. * Infectadas. São aquelas em que há a presença de agent infeccioso no local e lesão com evidência de intensa reação inflamatória e destruição tecidual. Pode haver a presença de pus. Por exemplo, uma apendicectomia supurada encaixa-se nessa classificação. Como o nome já diz, esse tipo de ferida já está infectado.
36
Quais fatores de risco do paciente para infeccao de sitio cirurgico
Em relação ao paciente, os fatores de risco são a presença de diabetes mellitus, o tabagismo e o uso de esteroides e outros imunossupressores. obesidade: ajustar dose de atb conforme peso DM: Controlar glicemia Tabagismo: cessar 30 dias antes uso de esteroides e imunossup: evitar o uso ou reduzir a dose ao minimo possivel
37
Como é O tratamento da infecção de sítio cirúrgico
envolve abertura da incisão, a exploração da ferida operatória, a drenagem da secreção infectada, que deve ser enviada para cultura, e o desbridamento de tecidos desvitalizados e necróticos. Nas infecções profundas e de órgão ou espaço, o uso dessas medicações é geralmente indicado. Além disso, devemos prescrever antibióticos nos casos de celulite ao redor da incisão, presença de implante próximo da área infectada e sinais sistêmicos de infecção.
38
QUAIS INDICAÇOES DE ATBPROFILAXIA EM CIRURGIAS
Limpa: Indicar profilaxia antimicrobiana em cirurgias em que houver colocação de implantes ou próteses Limpa-contaminada: Indicar profilaxia antimicrobiana Contaminada: Indicar profilaxia antimicrobiana Infectada: Indicar terapia antimicrobiana
39
Cirurgias SEM indicação de antibioticoprofilaxia
- Colecistectomia: Colecistectomia eletiva laparoscópica - Hernioplastia de baixo risco (que não tem critério para alto risco) - Parto vaginal OBS: Hernioplastia de alto risco (hérnia volumosa, cirurgia com duração prevista > 2 horas, paciente com idade acima dos 65 anos, presença de diabetes, neoplasia, imunossupressão, obesidade e desnutrição) Hernioplastia com colocação de tela (técnica de Lichtenstein)
40
O principal antibiótico usado para profilaxia de cirurgias é :
A cefazolina, um betalactâmico da classe das cefalosporinas de primeira geração. Nas cirurgias colorretais: cefoxitina (uma cefalosporina de segunda geração) ou a associação de cefuroxima ou ceftriaxone com metronidazol. SE ALERGIA A BETALACTAMICOS: Vancomicina ou clindamicina GRAM+ Ciprofloxacino ou gentamicina GRAM -
41
ATB EM CIRURGIAS
Cardíaca com ou sem circulação extracorpórea (CEC) Cefuroxima Neurocirurgias Cefuroxima Cirurgias ginecológicas e de mama Cefazolina Cirurgias de cólon (colectomia) Cefoxitina Colecistectomia laparoscópica de alto risco (colangiografia intraoperatória, vazamento de bile, conversão para aberta, pancreatite/colecistite aguda, icterícia, gravidez, imunossupressão, inserção de prótese): Cefazolina Cirurgias ortopédicas eletivas Cefazolina ou cefuroxima Cirurgias plásticas Cefazolina Gastrectomias Cefazolina Apendicectomia Cefoxitina