Vascular COPY Flashcards

1
Q

IMPORTANTE

Sistema venoso superficial: anatomia

A
  • Veias superficiais à fáscia muscular
  • 10% do retorno venoso

SAFENA MAGNA (INTERNA):

  • Ascende anteriormente ao maléolo medial
  • Ascende medialmente no compartimento superficial até desaguar na Veia Femoral Comum (Crossa da safena)

SAFENA PARVA (EXTERNA):

  • Surge do arco plantar na face lateral do pé
  • Ascende posteriormente ao maléolo lateral
  • Desemboca na Veia Poplítea e emite um ramo cranial
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2
Q

IMPORTANTE

Sistema venoso perfurante: anatomia

A
Conectam o sistema superficial ao profundo
# Principalmente no tornozelo

Perfurantes de Cockett:
- Conectam tibiais posteriores à safena magna, drenando indiretamente ao sistema venoso profundo

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3
Q

IMPORTANTE

Sistema venoso profundo: anatomia

A
Veias abaixo da fáscia, entre músculos
# 85% do sangue das extremidades

INTRAMUSCULARES: Gastrocnêmia / Solear

INTERMUSCULARES:
→ Mais importantes no desenvolvimento de IVC
- Tibiais anteriores, posteriores e fibulares (sempre em pares)
- Confluem para Veia Poplítea (cavo poplíteo)
- Ao nível do canal dos adutores, Veia Poplítea se torna Veia Femoral Superficial
- No triângulo de Scarpa (sartório, adutor longo e ligamento inguinal), a Veia Femoral Superficial recebe a Profunda, formando a Veia Femoral Comum
- Acima do ligamento inguinal - Veia Ilíaca Externa

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4
Q

IMPORTANTE

Fisiologia do retorno venoso

A
1- Vis a tergo: Pressão capilar residual
# 2- Vis a frontis: Variação da pressão intratorácica subatmosférica
# 3- Vis a. lateralis: Efeito da pulsação arterial nas veias adjacentes
# 4- Esponja plantar: Prensa plantar de Lejars
# 5- Contração da panturrilha: Coração venoso
# 6- Válvulas venosas: Quebram a coluna de água atmosférica (bicúspides)
# 7-Pressão abdominal: Contrapõe o efeito da pressão intratorácica

→ Bomba muscular: quando funciona adequadamente, a pressão no sistema venoso superficial fica entre 20-30 mmHg

→ Valvas (sempre bicúspides): quanto mais distal, mais valvas

Cranial → Caudal 
# Superficial → Profundo
# No pé, o fluxo é inverso: Profundas → Superficiais
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5
Q

Coagulação (Hemostasia secundária): Via extrínseca

A
  • Lesão endotelial → libera Fator tecidual (Tromboplastina / III)
    → Fator tecidual → se liga e converte o VII em VIIa → VIIa-FT-Ca
    → VIIa-FT-Ca → cliva X em Xa

Aferição: TEMPO DE PROTROMBINA (PT / TP / TAP / INR):

  • TAP: 10 - 14s
  • INR: 0,8 - 1,5 / Anticoagulados: 2 - 3
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6
Q

Coagulação (Hemostasia secundária): Via intrínseca

A
  • Plaquetas ativadas / Colágeno subendotelial exposto → XII em XIIa
    → XIIa cliva XI (Tromboplastina) em XIa
    → XIaCa cliva IX em IXa
    → IXaVIIIaCa cliva X em Xa

** PS: VIII rapidamente se degrada se não estiver ligado ao FVW (liberado pelas plaquetas e endotélio durante hemostasia primária)

TEMPO DE TROMBOPLASTINA PARCIALMENTE ATIVADA (PTT / TTPA / TTPa):
- 24-40s

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7
Q

Coagulação (Hemostasia secundária): via comum

A
  • Xa se liga ao Va → Complexo VaXaCa (Protrombinase)
    → VaXaCa → cliva II (Protrombina) em IIa (Trombina)
    → IIaCa:
  • Ativação plaquetária
  • Ativação de V, VIII, XI
  • Clivagem de I (Fibrinogênio) em Ia (Fibrina)
  • Clivagem de XIII em XIIIa (TAP e TTPA não avaliam Fator XIII)
    → XIIIaCa + Plaquetas ativadas + Ia (Fibrina): coágulo

TEMPO DE COAGULAÇÃO ATIVADA (TCA):

  • Analisa segundos necessários para a coagulação após ativação da via intrínseca
  • Utilizado em CX cardíaca com CEC
  • Normal: 80-120s
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8
Q

Coagulação (Hemostasia secundária): Fibrinólise / Anticoagulação

A

Proteina C + Proteina S + Trombomodulina + Fibrina:
- Inibem fatores V e VIII

Antitrombina (Antitrombina III) inibe:

  • Trombina e X
  • VII, IX, XI, XII em menor proporção (Heparina aumenta afinidade)

Plasminogênio → (tPA) → Plasmina (Fibrinólise: aumenta D-dímero)

→ VITAMINA K: atua ativando fatores II, VII, IX e X

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9
Q

Coagulopatias

A

COAGULOPATIA PÓS PROCEDIMENTO VASCULAR:

  • Complicação frequente
  • Potencialmente grave (mas geralmente reversível)
  • Fatores: sangramento, infusão de hemocomponentes, uso de heparina durante CX
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10
Q

Anticoagulação: Varfarina (Marevan)

A

Inibe fatores de coagulação dependentes de vit. K (II, VII, IV, X) e proteínas C e S

Dose terapêutica: iniciar 5 mg/dia VO + anticoagulante parenteral (risco de efeito pró-trombótico paradoxal)

Ajustar a dose até atingir INR 2-3 e suspender ACO parenteral após

Liberado para trombofílicos

Melhor absorvida em jejum

Contraindicações: gestante (amamentação pode)

Antagonistas:

  • Vitamina K
  • Plasma fresco congelado
  • Complexo protrombínico
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11
Q

TVP: Fatores de risco

A

→ Tríade (Hipercoagulabilidade + Lesão endotelial + Estase)

  • Idade > 60
  • História familiar de TEV
  • TVP prévia
  • Trombofilias: deficiência antitrombina III, deficiências proteínas C, S
  • Anticoncepção e TRH
  • Gestação e puerpério
  • ACO
  • CX (principalmente ortopédicas) / Imobilização
  • Neoplasia e QT
  • Obesidade
  • Trauma
  • Negros e asiáticos
  • Varizes
  • Infecção
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12
Q

TVP: Clínica

A
  • Fatores de risco
  • Dor
  • Edema unilateral
  • Sinal de Homans (dor na panturrilha à dorsiflexão do pé)
  • Sinal da Bandeira negativo (perda da mobilidade da panturrilha)
  • Sinal de Moses / Bancroft (dor à palpação da panturrilha contra superfície óssea)
  • Sinal de Pratt (dilatação das veias superficiais)
  • Palidez / Cianose
  • TAQUICARDIA / FEBRE BAIXA OU SINAL INFLAMATÓRIO: indicam TEP
    → Medida das panturrilhas: 10 cm acima da tuberosidade da tíbia
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13
Q

IMPORTANTE

TVP: DX e Wells

A

CLÍNICA

ESCORE DE WELLS:

  • > 2: Alta probabilidade
  • ≤ 2: Baixa probabilidade

** Wells modificado:
- TVP prévia: + 1 pt

→ Não anticoagular sem DX (Síndrome da pedrada e Hematoma muscular PIORAM COM ANTICOAGULAÇÃO)
→ Quanto mais proximal a TVP, piores sintomas, piores sequelas e maior risco de embolização

→ MNEMÔNICO: 3 CHIPRE É VD (3, câncer, hipersensibilidade, imobilização, paresia, raio > 6 cm, edema assimétrico, edema confinado ao membro, veias colaterais, DX outro)

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14
Q

IMPORTANTE

TVP: Algoritmo

A

WELLS:

  • > 2 (Alta probabilidade): US
  • ≤ 2: D-dímero

D-dímero:

  • Positivo (> 500): Prosseguir
  • Negativo (< 500): Parar

USG:
- Positivo: Tratar
- Negativo (não anticoagular):
— Alto risco de TVP: coletar D-dímero, observar e repetir US em 72h

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15
Q

IMPORTANTE

TVP: US

A

NORMAL: Fasicidade (2 fases, pela respiração)

TROMBOSE (imagem):
- Perda de fasicidade respiratória (1 fase)
- Não compressível
- Ausência de fluxo
- Visualização do trombo
- Dilatação venosa pré-trombo

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16
Q

IMPORTANTE

TVP: TTO

A

MEDIDAS CLÍNICAS:

  • Meia elástica
  • DEAMBULAÇÃO PRECOCE
  • Elevação dos membros

INTERNAR SE:

  • TVP extensa ou complicada
  • TEP
  • Muito sintomático
  • Risco de sangramento
  • Necessidade de medicações parenterais
ANTICOAGULAÇÃO
# FVC

FIBRINÓLISE (seguir com anticoagulação após):

  • Sem contraindicações à anticoagulação
  • Membro em risco / Flegmásia / Isquemia

TROMBECTOMIA (FVC após):
- Contraindicação à fibrinólise

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17
Q

IMPORTANTE

TVP: TTO - anticoagulação - fases e tempo

A

ANTICOAGULAÇÃO PLENA

FASES:

  • Fase inicial (0-10 dias): prevenir progressão
  • Fase principal (3-6 meses): prevenir complicações
  • Fase prolongada (> 3-6 meses): prevenir recorrência

TEMPO:
- TVP provocada: 3 meses
- TVP não provocada: 3-6 meses
- 2 episódios ou mais de TVP: perene
→ Avaliar individualmente (ANTICOAGULAR ENQUANTO HOUVER FATOR CAUSAL)

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18
Q

IMPORTANTE

TVP: anticoagulação - drogas

A

Droga (a depender do paciente): NOACs (escolha geral), HNF, HBPM, Varfarina, Fondaparinux

→ Internado: Enoxa / HNF / NOACs?
→ Ambulatorial: NOACs / Varfarina com ponte

Gestantes:

  • NÃO PODEM UTILIZAR NENHUMA DROGA VO
  • HBPM (escolha)
  • Varfarina: atravessa placenta
  • DOACs: faltam estudos

Neoplasia:

  • HBPM (escolha)
  • DOACs (após 3-6 meses)

Trombofilias:

  • SAF: Varfarina (escolha)
  • DOACs: faltam estudos

Extremos de peso:

  • HNF, HBPM, Fondaparinux (escolhas)
  • DOACs: faltam estudos

Pós-bariátrica:
- DOACs não

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19
Q

IMPORTANTE

Anticoagulação: contraindicações absolutas

A
  • AVC-h
  • Pré-operatório em paciente com TVP
  • Sangramento ativo (HDA, HDB…)
  • Plaquetopenia grave < 50.000
  • Lesão de SNC com alto risco para hemorragia
  • Cirurgia de grande porte recente (< 72h)
  • Cirurgia oftalmológica ou trauma ocular
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20
Q

Anticoagulação: HNF

A
  • Ativa a Antitrombina III
  • Inibidor indireto da trombina (principalmente) e fator Xa
  • Menor risco de sangramento do que HBPM
  • Mais associada à HIT
  • Dose terapêutica: 80 UI/kg (ataque) EV + 18 UI/kg/h (BIC) EV
  • Dose profilática: 5000 UI SC 8/8h
  • Controle: TTPA
  • Liberado para DRC
  • Antagonista: Protamina (1 mg neutraliza 100 UI)

Heparinas: efeito anti-inflamatório

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21
Q

Anticoagulação: HBPM (Enoxaparina)

A
  • Inibidor indireto da trombina (IIa) e fator Xa
  • Dose terapêutica: 1 mg/kg SC 12/12h
  • Dose profilática: 40 mg SC 1x/dia
  • Controle: atividade do antifator Xa
  • Contraindicado para ClCr < 30
  • Antagonista: Protamina (parcial)
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22
Q

Anticoagulação: Fondaparinux

A

Inibidor indireto da trombina

Dose terapêutica:
< 50 kg: 5 mg SC 1x/dia
50-100 kg: 7,5 mg SC 1x/dia
> 100 kg: 10 mg SC 1x/dia

Controle: não necessita

Contraindicado: ClCr < 20

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23
Q

IMPORTANTE

Anticoagulação: Rivaroxabana (Xarelto)

A
Inibidor do fator Xa
# Antagonista: Adexanet Alfa
# Quebra da patente em 2022
# Melhor absorvido de estômago cheio

USOS:

→ Profilaxia para CX ortopédicas (artroplastia de joelho e quadril):

  • 10 mg/dia
  • Iniciar algumas horas após CX

→ Prevenção de tromboembolismo em pacientes com FA:
- 15-20 mg/dia

→ Profilaxia secundária em DAOP e coronariopatas:
- 2,5 mg 2x/dia + AAS

→ TTO TVP/TEP:

  • 15 mg VO 12/12h por 21d +
  • 20 mg VO 1x/d (15 mg VO 1x/d para ClCr 15-50)
  • Mínimo 3 meses
  • Sem ponte

CONTRAINDICAÇÕES:

  • ClCr < 15
  • Insuficiência hepática grave (CHILD B, C)
  • Coagulopatia
  • Gestantes
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24
Q

Anticoagulação: Apixabana (Eliquis)

A
  • Inibidor do fator Xa
  • Dose terapêutica: 10 mg VO 12/12h por 7 dias (ataque) + 5 mg VO 12/12h (manutenção)
    → Se (2 dos 3): baixo peso (< 50kg), idade > 70 ou ClCr < 30 → começar com metade da dose
  • Dose profilática: 2,5 mg VO 12/12h
  • Contraindicação: gestantes, ClCr < 15
  • Antagonista: Andexanet Alfa

** Bom para ClCr mais baixos

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25
Q

Anticoagulação: Edoxabana (Lixiana)

A
  • Inibidor do fator Xa
  • Dose terapêutica: AC parenteral 5 dias, seguido de 60 mg VO 1x/dia
  • ClCr < 50: 30 mg VO 1x/dia
  • Dose profilática: não possui
  • Contraindicações: gestantes
  • Antagonista: não possui
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26
Q

Anticoagulação: Dabigatrana (Pradaxa)

A
  • Inibidor do fator IIa (trombina)
  • Dose terapêutica: AC parenteral 5 dias, seguido de 150 mg VO 12/12h
  • Dose profilática: 220 mg VO 1x/dia
  • Contraindicações: gestantes, ClCr < 30
  • Antagonista: Idarucizumab
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27
Q

IMPORTANTE

Síndrome pós-trombótica: definição, associações

A
Insuficiência venosa crônica secundária à TVP
# Recanalização inadequada ou muito tardia (destruição de válvulas)
# Refluxo por disfunção valvar e hipertensão venosa
# Mais comum na TVP proximal
# Estigmas de doença venosa crônica

Associações: idade, obesidade, ATRASO NA ANTICOAGULAÇÃO, TTO inadequado da trombose, trombose mais proximal e extensa

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28
Q

IMPORTANTE

Síndrome pós-trombótica: prevenção e TTO

A

Prevenção:

  • Meia elástica não se mostrou eficiente em prevenir síndrome pós-trombótica, mas dá alivio de sintomas na fase aguda e previne novos episódios de TVP
  • Melhor maneira de prevenir: DX precoce de TVP e TTO adequado

Tratamento:

  • Clínico (meia elástica, exercício físico, perda de peso)
  • Anticoagulação
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29
Q

Flegmásia Alba Dolens

A
  • Trombose extensa do segmento ilíaco-femoral
  • Vasoespasmo arterial
  • Palidez
  • Veias superficiais pérvias
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30
Q

IMPORTANTE

Flegmásia Cerulea Dolens

A
  • Isquemia por estase venosa - Trombose extensa de todo sistema venoso profundo e superficial
  • Edema tenso com compressão arterial
  • Cianose
  • Perda de pulso (83%)
  • Complicação grave e rara da TVP proximal - alta mortalidade (32%)

Exame:
- US doppler venoso e arterial (incluir veias ilíacas)

TTO:

  • Suporte: hidratação, analgesia
  • Anticoagulação plena
  • INDICAÇÃO FORMAL DE TROMBÓLISE (TROMBECTOMIA) + FVC
  • Considerar Fasciotomia

Complicações:

  • Síndrome compartimental
  • Embolia
  • Amputação
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31
Q

IMPORTANTE

TVP: Fibrinólise

A
  • Cateter multiperfurado locado no interior do trombo para instilação de fibrinolítico (Alteplase - Actylise)
  • Tempo máximo: 24-48h
  • Dosagem: fibrinogênio > 200
    → Suspender se < 200: risco de sangramento
  • Seguir com anticoagulação após

Indicações:
→ FLEGMÁSIA (ABSOLUTA)
→ TVP extensa, grave, risco de perda do membro (ilíaco-femoral) < 7 dias

Contraindicações:

  • Mesmas dos anticoagulantes
  • Gestação
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32
Q

IMPORTANTE

TVP: Trombectomia

A
  • Remoção direta do trombo de modo mecânico ou farmacomecânico
  • Indicado quando possui indicação de fibrinólise mas possui risco de sangramento
  • Utilizar FVC
  • Melhora sintomas, reduz complicações

Indicações:
- TVP extensa (ilíaco-femoral, FLEGMÁSIA) < 7 dias

Tipos:

  • Mecânica: cateter Fogarty
  • Farmacomecânica: AngioJet, Apirex, Cleaner
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33
Q

IMPORTANTE

TVP: Filtro de veia cava: definição e contraindicações

A

DEFINIÇÃO:

  • Barreira mecânica que impede a passagem de coágulos > 3 mm dos mmii (TVP) para a circulação pulmonar (TEP)
  • Realizado de forma percutânea guiado por exame de imagem (radioscopia, USG, IVUS)
  • Implantado idealmente na VCI < 28 mm, abaixo das veias renais com acesso pela veia femoral ou jugular interna
  • Filtros permanentes ou removíveis (escolha)

CONTRAINDICAÇÕES:

  • VC > 28-30 mm
  • Ausência de TVP (TEP sem TVP)
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34
Q

IMPORTANTE

TVP: Filtro de veia cava: indicações

A

ABSOLUTAS:
→ TVP em MMII +
- Contraindicação absoluta à anticoagulação
- Complicação relacionada à anticoagulação (sangramentos)
- Refratariedade à anticoagulação

RELATIVAS:
→ TVP MMII +
- Pacientes com baixa tolerância a TEP (instáveis, baixa reserva pulmonar ou cardíaca)
- Contraindicações relativas à anticoagulação
- Peri-procedimento cirúrgico
- TVP de cava ou trombo flutuante ileocaval
- TTO EVAR para TVP com trombólise

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35
Q

IMPORTANTE

TVP: Filtro de veia cava: seguimento e riscos

A

SEGUIMENTO:

  • Retirar assim que possível e retornar à anticoagulação (atentar ao fabricante)
  • Realizar flebografia antes de tirar (ver se não tem trombo - se tiver: trombólise)

RISCOS:

  • TVP de cava
  • Perfuração
  • Infecção
  • Fratura
  • Embolização
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36
Q

Tromboflebite superficial

A
Trombose de uma veia superficial - Risco muito menor de TEP (anatomia)
# Clínica: cordão superficial palpável, hiperemiado e doloroso
# Risco de TVP

Associações:

  • Drogas / Substâncias vesicantes / Acessos EV
  • Migratória: Buerger / AdenoCA gástrico (síndrome de Trousseau)

Investigação: USG

TTO:
→ Deambulação
→ Cuidados locais: compressas quentes, AINEs…

→ Anticoagular se:

  • Proximidade ao sistema profundo (safena próxima à junção safeno-femoral, veia cefálica próximo ao deságue na veia axilar)
  • Fator de risco para TVP (neoplasia…)
  • Extensão importante (> 5 cm)
  • Refratárias

→ CX:
- Última opção, quando próxima de grandes vasos e refratária

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37
Q

Escore de Pádua

A
≥ 4: Anticoagulação
# \< 4: Deambulação
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38
Q

Profilaxia CX TEV - Escore de Caprini

A

1 pt: 41-60a; ACO; varizes; doenças graves; obesidade
2 pts: 61-74a; CX > 45min; neoplasias
3 pts: >= 75a; história de TVP pessoal ou familiar; anticorpos lúpicos
5 pts: CX ortopédica; AVC < 1 mês; politrauma; fratura quadril, fêmur ou perna; injúria medular

  • Muito baixo (0): Deambulação precoce
  • Baixo (1-2): Deambulação precoce
  • Moderado (3-4): Anticoagulação / Profilaxia mecânica (se contraindicação à anticoagulação)
  • Alto (≥ 5): Anticoagulação / Profilaxia mecânica (se contraindicação à anticoagulação)

→ Alto risco: Anticoagular por 1 mês

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39
Q

IMPORTANTE

Síndrome de Nutcracker: definição e sintomas

A

Definição: compressão da veia renal esquerda pela artéria mesentérica superior contra a aorta

Ângulo aorto-mesentérico < 35 graus

Mais comum em mulheres magras e longilíneas

Pseudo quebra-nozes: VRE retro-aórtica comprimida pela aorta e corpos vertebrais

SINTOMAS (pioram com atividade física - hipertensão venosa renal):

  • HEMATÚRIA após ESFORÇO FÍSICO (ruptura de septo entre veia e sistema coletor)
  • Dor lombar: distensão venosa e congestão renal
  • Dor pélvica, varizes pélvicas, vulvares, membros inferiores: refluxo pelas tributárias (hipertensão venosa gonadal)
  • Varicocele, dor testicular
  • Dispareunia

Labs:
- Hematúria, Proteinúria, Função renal

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40
Q

IMPORTANTE

Síndrome de Nutcracker: DX e TTO

A

DX:
- USG:
— Estreitamento VRE < 2-3 mm
— Dilatação VRE > 10 mm
— VPS > 110 cm/s no estreitamento, tributárias dilatadas e insuficientes
- AngioTC/RMN
- IVUS
- Flebografia

TTO:
- Conservador (sintomas leves, idade < 18 anos): sintomáticos, ganho ponderal
- Intervenção (se sintomas graves, refratários):
→ EVAR:
- Angioplastia + Stent não revestido em VRE (risco de fratura, migração e oclusão)
- Embolização da veia
→ ABERTO:
- Reimplante da VRE para VCI distal
- Derivação da veia gonadal para veia ilíaca esquerda ou veia cava
- Auto-TX renal

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41
Q

IMPORTANTE

Síndrome de May-Thurner: definição e sintomas

A
May-Thurner: Compressão da veia ilíaca comum esquerda pela artéria ilíaca comum direita sobre a coluna (L5)
# Cockett: Trombose de veia iláica associada à compressão

→ FR: Sexo, F, Lordose, Bifurcação baixa da aorta

SINTOMAS:

  • TVP esquerda sem FR
  • Claudicação ESQUERDA
  • Edema esquerdo
  • Varizes pélvicas (drenagem do plexo venoso hipogástrico esquerdo)
  • Dispareunia
  • Varizes vulvares
  • Úlcera venosa
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42
Q

IMPORTANTE

Síndrome de May-Thurner: DX e TTO

A

DX:
- USG: exame na suspeita
- AngioTC/RMN: avalia diagnósticos
diferenciais, auxilia na programação CX
- Flebografia: dinâmica do fluxo, colaterais
- IVUS (MELHOR EXAME): invasivo, maior precisão DX, auxilia no tratamento EVAR

TTO Clínico (sintomas leves): sintomáticos, compressão elástica, curativos

TVP aguda (Cockett):

  • Anticoagulação
  • Trombólise / Trombectomia

Definitivo:
→ Se:
- Sintomatologia muito intensa: edema incapacitante, úlcera venosa, claudicação +
- TTO clínico (compressão / curativos) por, pelo menos, 12 meses
→ Modos:
- EVAR (ESCOLHA): Angioplastia + Stent não revestido em veia ilíaca comum esquerda (risco de fratura, migração e oclusão)
- ABERTO - CIRURGIA DE PALMA: Bypass fêmoro-femoral cruzado (com enxerto de safena)

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43
Q

IMPORTANTE

Definições: telangiectasias, veias reticulares, veias varicosas

A

Telangiectasias: vênulas epidérmicas / intradérmicas, com diâmetro < 1mm, formando aranhas vasculares (principalmente nas coxas)

Veias reticulares: veias subdérmicas azuladas, com diâmetro entre 1-3 mm

Veias varicosas: veias subcutâneas, dilatadas e tortuosas, com diâmetro > 3 mm, na posição em pé

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44
Q

Definições: Lipodermatoesclerose e Dermatite ocre

A

Lipodermatoesclerose: áreas com características fibróticas, atrofia branca - cicatrizes fibróticas avasculares / paniculite fibrosante do subcutâneo

Dermatite Ocre: área de coloração marrom/azul (heossiderina e hemácias na derme por dano capilar)

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45
Q

IMPORTANTE

Insuficiência venosa: mecanismos, etiologias, alterações anatômicas, fisiológicas e histológicas e hipertensão venosa

A
  • *# Mecanismos:**
  • *-** Incompetência valvar das veias axiais (superficial ou profunda)
  • Incompetência valvar perfurante
  • Obstrução venosa (intrínseca: trombose / extrínseca: May Thurner)
  • Disfunção da bomba muscular
  • *# Etiologia:**
  • *-** Insuficiência valvar primária: fraqueza da parede da veia / folhetos valvares
  • Insuficiência valvar secundária: lesão direta, trombose, efeitos hormonais, distensão venosa a altas pressões (ICC, gestação, constipação crônica, DPOC, HPB, musculação, ocupacional)

Anatômicas:

  • Dilatação e tortuosidade
  • Incompetência valvar (hipertensão venosa persistente - mesmo após recanalização)

Fisiológicas:
- Perda do reflexo de constrição pré-capilar

Histológicas:

  • Espessamento da parede
  • Aumento de colágeno I e diminuição de colágeno III
  • Degradação da MEC
  • Diminuição do número de células musculares lisas
  • HIPERPIGMENTAÇÃO (migração de hemácias para subcutâneo) → ÚLCERA (enzimas proteolíticas)

Hipertensão venosa: 60-90 mmHg

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46
Q

Doenças venosas congênitas

A

Síndrome de Klippel-Trenaunay:

  • Malformações mistas linfangiovenosas + capilares
  • Hemi-hipertrofia de membro
  • Varizes: aplasia do sistema venoso profundo (persistência da veia embrionária lateral - veia de Servelle)
  • Hemangioma capilar dérmico

Síndrome de Parkes Weber

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47
Q

Insuficiência venosa crônica: fatores de risco e clínica

A

FATORES DE RISCO:

  • História familiar
  • Idade
  • IMC
  • Tabagismo
  • Trauma
  • TVP prévia
  • Gestação
  • Síndromes compressivas
  • Sexo F e ACP não

CLÍNICA:
- Assintomática (metade)
- Estética
- Peso e cansaço nas pernas
- Dor
- Prurido
- Telangiectasia / Veias reticulares / Varizes
- EDEMA QUE PIORA AO LONGO DO DIA (DIFERENTEMENTE DO LINFEDEMA, QUE O PACIENTE JÁ ACORDA EDEMACIADO)
** O EDEMA DEFINE CONDUTA (CEAP ≥ C3: Intervenção)
- Eczema
- Hiperpigmentação (Dermatite ocre)
- Lipodermatoesclerose
- Úlceras (INDICA IVC PROFUNDA ASSOCIADA)
→ Piora ao final do dia e com abaixamento do membro

** IVC: Sistema venoso superficial ou profundo
** Varizes: Sistema venoso superficial

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48
Q

IMPORTANTE

Insuficiência venosa: CEAP - classificação clínica

A

EDEMA:

  • Hipertensão venosa > Capacidade de reabsorção local
  • DEFINE CONDUTA (≥ C3: Intervenção)
  • Importante diferenciar de LINFEDEMA (O LINFEDEMA É DURO E O PACIENTE JÁ ACORDA COM EDEMA, O EDEMA DE VARIZES PIORA AO LONGO DO DIA)
  • NO LINFEDEMA, A SAFENECTOMIA PIORA O QUADRO
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49
Q

IMPORTANTE

Insuficiência venosa: CEAP - classificação

A

A: geralmente requer exame de imagem

P: geralmente requer exame dinâmico

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50
Q

Úlceras neuropáticas: características

A

Associadas à neuropatia diabética

Indolores

Sobre pontos de pressão

Morfologia perfurada sobre área de calosidade espessa

Associadas a: dedos em garra, artropatia neuropática (Charcot), diminuição da transpiração com pés escamosos

Teste com monofilamento de 10g mostra área com hipoestesia

Podem se tornar profundas e se associar à osteomielite

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51
Q

Úlceras de Martorell

A

Úlceras microangiopáticas

Associadas à HAS

Localização variável

Extremamente dolorosas

DX:

  • HAS nos 4 membros
  • Ausência de oclusão de grandes artérias
  • Pulsos palpáveis
  • Ausência de problemas venosos associados

TTO:

  • Pentoxifilina
  • Anti-hipertensivos (especialmente BCC e iECA)
  • Injeção intra-arterial de prostaglandinas
  • Cuidados locais
  • Desbridamento
  • Enxertia
  • Simpatectomia lombar
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52
Q

IMPORTANTE

Insuficiência venosa: exame físico

A

Inspeção

Palpação

Compressão do óstio da VSM/VSP → retorno retrógrado (de cima pra baixo) em ortostase ao liberar óstio = insuficiência ostial

Teste de Trendelemburg e do Torniquete

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53
Q

IMPORTANTE

Insuficiência venosa: imagem

A

→ USG doppler: padrão-ouro (SEMPRE O PRIMEIRO EXAME)

ACHADOS:

  • Modo B: manobra de compressão venosa
  • Flebite
  • Trombose / Veia não compressível
  • Diâmetro aumentado (Safena: > 6 mm)
  • Perda de fasicidade (variação da pressão em função da variação da PIA) - Sinal de perda de comunicação com a cava
  • Ausência de fluxo

→ Refluxo em ortostase (após compressão ou Valsalva):
- Sistema profundo: ≥ 1 segundo
- Sistema superficial: > 0,5 segundo
** Em situações normais, não se espera refluxo (fluxo para após manobra)

→ Outros exames:

  • Pletismografia
  • Angiotomografia
  • Angiorressonância
  • Flebografia
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54
Q

IMPORTANTE

Insuficiência venosa: tratamento geral

A

TERAPIA COMPRESSIVA

ELEVAÇÃO DOS MEMBROS

EMAGRECIMENTO

ATIVIDADE FÍSICA E FORTALECIMENTO MUSCULAR (evitar valsalva)

HIDRATAÇÃO DA PELE

CURATIVOS

MEDICAMENTOSO (FLEBOTÔNICOS)

PROCEDIMENTOS:
- C1:
— ESCLEROTERAPIA
— LASER TRANSDÉRMICO
- C2-6:
— ESCLEROTERAPIA COM ESPUMA
— TERMOABLAÇÃO ENDOVENOSA
— SAFENECTOMIA

** CEAP C1 OU C2 ASSINTOMÁTICOS QUE NÃO SE IMPORTAM COM ESTÉTICA: TTO CLÍNICO

** CEAP ≥ C2-C3: INTERVENÇÃO

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55
Q

IMPORTANTE

Insuficiência venosa: terapia compressiva

A

Tipos:

  • Elástica: Meias (média compressão: 20-30 mmHg), Bandagem
  • Inelástica: botas de Unna

Considerações:

  • NÃO PREVINE VARIZES, MAS PREVINE TEV
  • Deve ser iniciada pela manhã (menor edema) e mantida durante todo o dia, até dormir
  • ÚLCERAS ATIVAS: Bandas de compressão (considerar pressões mais elevadas, como 40 mmHg) + Deambulação
  • Utilizar terapia compressiva após procedimentos venosos: melhora desconforto, minimiza edema e reduz incidência de complicações (hematoma, TVP)

Complicações: infecção e necrose de pele, infecções fúngicas, dermatite, parestesias, oclusões arteriais

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56
Q

IMPORTANTE

Insuficiência venosa: flebotônicos

A

FLEBOTÔNICOS / FLAVONOIDES:

  • Diosmina + Hesperidina
  • Redução do extravasamento capilar e aumento do tônus da musculatura venosa
  • Redução dos sintomas: dor, edema e peso
  • NÃO alteram história natural da doença

→ Castanha da índia

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57
Q

IMPORTANTE

Insuficiência venosa: tratamento de telangiectasias e veias reticulares (CEAP C1)

A

ESCLEROTERAPIA QUÍMICA:
- Agentes osmóticos (Glicose hipertônica), alcoólicos (Ethamolin), detergentes (Polidocanol - espuma)
→ Escleroterapia líquida: escolha para vasos de menor diâmetro
→ Escleroterpia em espuma: opção para veias de maior calibre, maior hiperpigmentação
- Método de escolha (associado a medidas gerais)

LASER TRANSDÉRMICO (CLaCS):
- Menos eficiente do que escleroterapia, necessitando mais sessões para alcançar o resultado esperado e com custo maior
→ Usos:
- Alternativa à esclerose (alergia ao esclerosante, fobia a agulhas, matting e falha na escleroterapia, manchas)
- Combinado para aumentar a eficácia
- Falha na escleroterapia
- Veias muito pequenas (< 3 mm)
- Tornozelo / Face: menor risco de ulceração / injeção arterial

** Se telangiectasias / varizes e insuficiência mais grave da safena: tratar safena antes

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58
Q

IMPORTANTE

Insuficiência venosa: tratamento de veias de grande calibre (CEAP C2-C6)

A

** CEAP C1 OU C2 ASSINTOMÁTICOS QUE NÃO SE IMPORTAM COM ESTÉTICA: TTO CLÍNICO
** CEAP ≥ C2-C3: Intervenção

VEIAS DE GRANDE CALIBRE:
→ Não tratar invasivamente o refluxo de veias safenas sem associação com sintomas de doença venosa no CEAP C1 e 2
→ Não tratar vasos que não estão doentes
→ Recomenda-se como primeira opção o tratamento através de SAFENECTOMIA OU TERMOABLAÇÃO (Laser ou RFA) das safenas insuficientes nos CEAP C2 (sintomáticos) e C 3-6
→ Escleroterapia com espuma: alternativa

TRIBUTÁRIAS:
→ O tratamento das tributárias, quando elas estão alteradas, reduz a necessidade de reintervenções precoces
→ Primeira opção para o tratamento de veias tributárias insuficientes nos CEAP C 2 a 6: CX convencional – Flebectomia (espuma e termoablação são alternativas)

PERFURANTES:
→ Recomenda-se o tratamento das veias perfurantes insuficientes relacionadas à área doente nos CEAP C4 a C6
→ Espuma: opção

ESTENOSE ILÍACO-CAVAL:
→ Se sintomas importantes: Angioplastia com balão + Stent autoexpansível
→ IVUS para confirmação DX e escolha do stent

VARIZES PÉLVICAS:
→ TTO: embolização com molas, plugs ou escleroterapia transcateter, utilizados isoladamente ou em conjunto

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59
Q

IMPORTANTE

Termoablação percutânea: modos, vantagens, complicações

A

Padrão-ouro (sucesso imediato de 100% e, a longo prazo, de, no mínimo, 77%)

MODOS (sem diferença na eficiência):

  • Laser endovenoso (EVLA)
  • Radiofrequência (RFA)

VANTAGENS:

  • Pode ser realizada com anestesia local e sedação
  • Retorno mais precoce às atividades
  • Menor recorrência

COMPLICAÇÕES:

  • Tromboflebite / TVP / TEV (profilaxia apenas para pacientes de alto risco)
  • LESÃO NERVOSA
  • Dor / Equimose / Hiperpigmentação
  • Recanalização
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60
Q

IMPORTANTE

Termoablação percutânea: procedimento

A

** DIÂMETRO MÁXIMO DO VASO:
- 1,2 cm

PROCEDIMENTO:

Cateterização venosa distal guiada por US

Posicionamento da fibra 2 cm distais à junção safeno-femoral, geralmente preservando a tributária mais superior (veia epigástrica superficial)

Tumescência perivenosa ao longo do trajeto do vaso:
→ Injeção de líquido (solução fisiológica, anestésicos, CCs, bicarbonato, adrenérgicos)
→ Objetivos:
- Barreira à dissipação da energia térmica às estruturas adjacentes (pele, nervos)
- Ajuda a comprimir veia-alvo, melhorando contato com dispositivos
- Causa espasmo de suas tributárias, diminuindo hematomas e dor pós procedimento
- Analgesia

Ablação por retração da fibra

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61
Q

IMPORTANTE

Insuficiência venosa: Cirurgia convencional

A

Alternativa à Termoablação (a CX apresenta maior recorrência)

ESCOLHA SE INSUFICIÊNCIA VALVAR COM REFLUXO VOLUMÉTRICO ALTO (> 420 ML/MIN) E AUMENTO DO DIÂMETRO (> 10MM)

PROCEDIMENTO:
# Ligadura da crossa + Safenectomia (SUPERIOR à Ligadura isolada da safena)
- Ligadura da crossa
- Ligadura de todos os ramos
** Preferencialmente crânio-caudal
** NUNCA RETIRAR A SAFENA APENAS DO JOELHO PARA BAIXO (RETIRAR INTEIRA OU APENAS ACIMA DO JOELHO)

COMPLICAÇÕES:

  • Sangramento
  • VEIA SAFENA PARVA: LESÃO DO NERVO SURAL (SENSITIVO) → POUCOS SINTOMAS → TTO CLÍNICO
  • VEIAS COLATERAIS: LESÃO DO NERVO FIBULAR COMUM, NA PROEMINÊNCIA DA FÍBULA, PRÓXIMA AO JOELHO (PÉ CAÍDO)
  • Outros: recidiva, infecção (região inguinal), flebite, linfedema
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62
Q

IMPORTANTE

Insuficiência venosa: Cirurgia convencional - RECIDIVA

A

CAUSAS:

  • Persistência da hipertensão venosa não relacionada ao refluxo da safena
  • Coto residual devido à falha na ligadura inicial da crossa da safena
  • Não remoção completa das colaterais insuficientes
  • Progressão da doença
  • *# Tratamento do coto residual:**
  • *-** Exploração direta da veia femoral por acesso lateral
  • Identificação do coto insuficiente e ligadura com sutura contínua de prolene
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63
Q

IMPORTANTE

Insuficiência venosa: Escleroterapia com espuma (Polidocanol)

A

→ Alternativa à CX convencional e à Termoablação das safenas insuficientes (CEAP C2-6) ou varizes de maior calibre
→ Em veias de grande calibre, comparada à Termoablação e à CX convencional, a Escleroterapia apresenta maiores taxas de insucesso primário e recidiva em curto e médio prazo

Opção nas situações:

  • Método menos invasivo
  • Doentes com limitações ou contraindicações a outros métodos
  • Terapia adjuvante
  • TTO de perfurantes

→ Veias de maior calibre (> 5-7 mm): esclerose com espuma (Polidocanol)
→ Veias de menor calibre (reticulares e telangectasias): qualquer esclerosante

COMPLICAÇÕES DA ESCLEROTERAPIA (superficial ou profunda):

  • Hiperpigmentação (maior com espuma)
  • Necrose de pele / Úlcera no local de punção
  • Matting (nuvem de novas telangiectasias)
  • Reações alérgicas
  • Hematoma intravascular (drenar para não ter pigmentação)
  • AVC (forame oval patente - espuma) / Embolia gasosa
  • Cefaleia / Distúrbios visuais
  • Flebite / TVP / TEP
  • Injeção intra-arterial
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64
Q

Anatomia: AngioTC dos membros inferiores

A
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65
Q

Anatomia: Arteriografia dos membros inferiores

A
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66
Q

IMPORTANTE

Embolia Paradoxal

A

Clínica:
- TVP + Oclusão arterial (pode ser AVC)

Forame oval patente

Investigação:

  • Doppler MMII
  • Eco EDA
  • RM crânio
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67
Q

Angioplastia: procedimento

A

Acesso:

  • Punção (menos invasivo)
  • Inguinotomia (procedimentos híbridos)

Cateterização das artérias distais com fio-guia e cateter, guiado por arteriografia (contraste iodado)

Angioplastia com balão (sempre do mais proximal pro mais distal - melhorar inflow)

Stent (NÃO REVESTIDO) se indicado: Perviedade

Pós-operatório:
- Dupla antiagregação: AAS + Clopidogrel

→ Objetivo: Cicatrizar lesão / Resolver dor

** Dispositivos modernos de Angioplastia: apenas em GLASS alto e que não podem revascularizar (muito caros)

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68
Q

OAA: Enxerto (Bypass)

A

OAA trombótica

Decisão entre revascularização aberta e EVAR - auxiliada pelos escores TASC e GLASS (extensão do acometimento e segmento acometido)
→ Favorece Bypass:
- Lesões mais extensas
- Pacientes clinicamente piores

Arteriografia inicial:
- Define área doadora e receptora do enxerto

** Para pacientes submetido ao reparo aberto, considerar análogos de Prostaciclina (Iloprost) durante e após CX

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69
Q

IMPORTANTE

Enxerto (Bypass) por OAA / DAOP / Aneurisma de Poplítea: conduto

A

VEIA:
- Menor taxa de infecção
- Maior perviedade
- Melhor em qualquer território (utilizar sempre que tiver)

SAFENA MAGNA:
- Dilata pouco, bom calibre e extensão, fácil retirada

IPSILATERAL:
- Evita manipulação do membro contralateral (evita descompensação contralateral da OAC)

MODO:
- Cranial (crossa) → Caudal: mantém diâmetros semelhantes
- Devalvulada (válvulas são contrárias ao fluxo)

→ PRÓTESE:
- Maior taxa de infecção (com necessidade de explante - menor resposta à ATB)
- Menor perviedade
- Não usar em região infra-genicular
- Dacron / PTFE

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70
Q

Enxerto (Bypass) por OAA / DAOP: Procedimento

A

Arteriografia inicial (define área doadora e receptora do enxerto)

Conduto:

  • Veia Safena Magna Ipsilateral Devalvulada (escolha)
  • Próteses: Dacron / PTFE

Ressecção da safena + Devalvulação

Anastomose término-lateral proximal e distal ao território

Arteriografia de controle (caimento do enxerto, torções, escoamento)

→ Se trombo residual: considerar trombólise local

→ Considerar TTO EVAR simultâneo (estenose de entrada ou de saída)

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71
Q

IMPORTANTE

Enxerto: infecção de prótese

A

Clínica:

  • Edema, vermelhidão, calor, dor
  • Cicatrização inadequada da incisão
  • Pode haver sangramento da anastomose

** Espaço que o enxerto ocupa - recoberto, sempre que possível, com músculo

TTO → CX:
- Retirada da prótese e confecção de enxerto com material autógeno (safena)
- Trajeto extra-anatômico
* Se indicação por isquemia crítica - enxerto de imediato

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72
Q

OAA: Endarterectomia + Arterioplastia com patch

A

OAA trombótica

Indicada para calcificações importantes

Procedimento:

  • Incisão longitudinal na artéria acometida
  • Descolamento da placa no plano de clivagem entre a camada média e a adventícia
  • Fechamento com patch: pericárdio bovino, veia autóloga, prótese
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73
Q

Síndrome Compartimental: fisiopatologia e associações

A

Revascularização:
- Reperfusão → Vasodilatação e aumento da permeabilidade capilar pelo dano tecidual → Edema → Compressão venosa → Expansão muscular em fáscias inelásticas → Aumento da pressão no compartimento → Isquemia da microcirculação (Compressão venosa, arterial e nervosa - risco de perda do membro)

Queimaduras:
- Alta voltagem (> 1000V), circunferenciais, esmagamento

Trauma:
- Fraturas de perna e antebraço, pé e mão, queimaduras, esmagamentos, reperfusão, gesso, curativo compressivo

Acidentes botrópicos

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74
Q

IMPORTANTE

Síndrome Compartimental: clínica e DX

A

Clínica:

  • Pain (dor inicialmente à movimentação passiva)
  • Parestesia
  • Poiquilotermia
  • Palidez
  • Perda de pulso (tardia)
  • EDEMA!

DX:

  • Clínico (5 Ps)
  • Membro edemaciado e duro à palpação
  • CPK elevada
  • Pressão compartimental > 30 mmHg (não realizada)
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75
Q

IMPORTANTE

Síndrome Compartimental em MMII: manejo

A

FASCIOTOMIA DOS 4 COMPARTIMENTOS:
- Deve ser considerada em isquemias prolongadas (≥ 6h)

Procedimento:
- 2 incisões (anterolateral e posteriomedial), abrindo os 4 compartimentos
- Reabordagem após 24-48h
** Incisão lateral: Compartimentos anterior e lateral
** Incisão medial: Compartimentos posteriores (superficial e profundo)

Complicações:

  • Infecção
  • Lesão do nervo fibular comum (na cabeça da fíbula)
  • Lesão da veia safena magna
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76
Q

OAA / OAC: Aorta

A

Etiologias:

  • Grandes êmbolos cardíacos em sela (IAM)
  • Trombose de aorta aterosclerótica ou aneurismática
  • Trombofilia
  • Baixo débito cardíaco
  • Oclusão de enxerto
  • Dissecção

Clínica:
- Isquemia bilateral dos membros

TTO - REVASCULARIZAÇÃO COM URGÊNCIA:

  • Considerar Fogarty
  • Bypass aorto-biilíaco (Dacron): preferência - tenta preservar vascularização intestinal
  • Bypass aorto-bifemoral
  • Bypass axilo-bifemoral (PTFE anelada): paciente sem status CX (CX bem menos mórbida)
  • Endarterectomia (pequeno segmento)
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77
Q

IMPORTANTE

OAA: membros superiores - conceitos

A
Menos comum que MMII
# Local mais comum: Braquial

Etiologias:

  • Embolia cardíaca (mais comum)
  • Trauma
  • Acidente de placa aterosclerótica
  • Outros: aneurisma, síndrome do desfiladeiro torácico, Buerger, arterites, dissecção

Clínica:

  • 6 ps
  • Menos dramática (maior rede de colaterais nos MMSS)

DX:

  • Clínico
  • IMAGEM: US doppler arterial, AngioTC

** Não solicitar imagem apenas se:

  • Localização embólica for óbvia +
  • Membro esteja imediatamente ameaçado +
  • Pulsos axilares forem palpáveis (DIFERENCIAL COM DISSECÇÃO AGUDA DE AORTA)
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78
Q

IMPORTANTE

OAA: membros superiores - TTO

A

TTO conservador:

  • Suporte + Anticoagulação
  • NÃO RECOMENDADO DE FORMA ISOLADA!!

TTO CX:

  • Embolia: Embolectomia
  • Trauma: Enxerto / Embolectomia + Anastomose primária
  • Dissecção: EVAR
  • Amputação
  • Fasciotomia

** DIFERENCIAL COM DAA (NA DAA O PULSO AXILAR NÃO É PALPÁVEL): SE TRATAR DAA (REDUZIR PA, FC) PODE PIORAR ISQUEMIA

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Q

Anatomia: Compartimentos do braço

A
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80
Q

Síndrome Compartimental em MMSS: manejo

A
  • Fasciotomia envolvendo os 2 compartimentos
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81
Q

OAA em crianças: considerações

A

Lactentes e < 2 anos com isquemia aguda do membro: TTO conservador inicial, com Heparina

Lactentes e crianças refratários ao TTO conservador: Trombólise ou CX aberta

Escolares com fratura supra-condiliana e isquemia do braço: considerar Vigilância

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82
Q

IMPORTANTE

DAOP: conceitos, FR, DX e DX diferenciais

A

Conceitos:

→ DAOP: aterosclerose nos membros

→ Claudicação: dor desencadeada pelo esforço (doença arterial periférica)

→ Claudicação intermitente:

  • Dor ao caminhar plano que melhora ao repouso
  • TTO clínico

→ Isquemia crônica com risco do membro (CLTI):

  • Dor isquêmica em repouso, com ou sem perda tecidual (úlceras, gangrena) ou infecção
  • TTO intervencionista

FR: tabagismo, diabetes, HAS, dislipidemias, DRC, idade

DX:
- Clínica + ITB (necessário) +/- outros exames

DX Diferenciais (diferenciar com ITB ou imagem):

  • ESTENOSE DO CANAL MEDULAR
  • NECROSE ASSÉPTICA DA CABEÇA DO FÊMUR
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83
Q

IMPORTANTE

DAOP: clínica

A

Assintomáticos (maioria)

Claudicação intermitente (maioria dos sintomáticos)
* Dor ao caminhar no plano que melhora ao repouso:
- Aortoilíaca: coxa
- Aortoilíaca / Femoral comum: quadril
- Femoral superficial: ⅔ superiores da panturrilha
- Poplítea: terço inferior da panturrilha
- Tibial / Fibular: pé

Isquemia crítica (CLTI):
- Dor isquêmica em repouso, com ou sem perda tecidual (úlceras, gangrena) ou infecção

Ausência ou diminuição de pulso

Circulação colateral

Alterações tróficas (palidez, sem pêlos, atrofia)

→ Síndrome de Leriche:

  • Doença do segmento aorto-ilíaco
  • Claudicação intermitente + Ausência de pulsos femorais + Impotência sexual
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84
Q

Claudicação intermitente: classificações

A
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85
Q

IMPORTANTE

Claudicação intermitente: TTO

A

Controle das comorbidades
- HAS: iECA, BRA

Cessação do tabagismo

Dieta saudável e Exercício físico SUPERVISIONADO

Estatinas:
- Todos (meta LDL < 70 ou redução ≥ 50%)

AAS:

  • DAOP sintomáticos (prevenção secundária)
  • Estenose carotídea

Cilostazol:

  • Antiagregante e vasodilatador
  • Aumenta distância de marcha
  • Não modifica mortalidade (CI se: ICC, doença hepática)

Rivaroxaban 2,5 mg 12/12h + AAS:
- Menor taxa de amputação e eventos CV (COMPASS)

CX:
- TTO de exceção (piora doença e paciente geralmente não suporta)
- Candidato: Claudicação muito limitante + Boas condições clínicas + Refratário a 6 meses de TTO conservador + Anatomia favorável
* A distância da claudicação não influi na necessidade de CX (a isquemia crítica sim)

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86
Q

IMPORTANTE

Claudicação intermitente: algoritmo de TTO

A
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87
Q

IMPORTANTE

DAOP: Exercício físico

A

EXERCÍCIO FÍSICO:

  • SUPERVISIONADO (padrão-ouro)
  • Não supervisionado
  • Fortalecimento muscular

Superior à CX para tratar claudicante

Estimula desenvolvimento de circulação colateral e pré-condicionamento isquêmico

Objetivo: dobrar distância de marcha a cada 6 meses

Isquemia à distância: MELHORA, INCLUSIVE, PROGNÓSTICO DO IAM (CONDICIONAMENTO À DISTÂNCIA)

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88
Q

DAOP: TTO CX - território aorto-ilíaco

A

10.5.3.1 Lesões aorto-ilíacas

Estenose/oclusão curta (< 5 cm) das artérias ilíacas:
- EVAR (boa permeabilidade a longo prazo e baixo risco de complicações)

Lesões ílio-femorais:
- Procedimento híbrido (geralmente endarterectomia ou bypass a nível femoral + EVAR das artérias ilíacas)

Oclusão se estender até a aorta infrarrenal:
- Reconstrução EVAR coberta de uma bifurcação aórtica

Aorta até as artérias renais e as artérias ilíacas:

  • Bypass aorto-bifemoral (pacientes aptos, com claudicação grave que limita a vida)
  • EVAR (opção)
  • Bypass extra-anatômico (axilo-bifemoral): sem outras opções
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89
Q

DAOP: TTO CX - território fêmoro-poplíteo

A

10.5.3.2 Lesões fêmoro-poplíteas

Boa possibilidade de que a claudicação seja aliviada com ExT e a intervenção seja desnecessária

Se for necessária revascularização:

  • Estenoses < 25 cm: EVAR
  • Estenoses > 25 cm: Bypass CX

** Patência de 5 anos após o bypass fêmoro-poplíteo acima do joelho:

  • 80% com Safena
  • 67% com Prótese

→ Região fêmoro-poplítea:

  • Artéria muito móvel
  • Preferência Bypass
  • Opção: novos dispositivos EVAR
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90
Q

IMPORTANTE

DAOP: TTO Aberto x EVAR

A

ABERTO:

  • Internação mais longa
  • Mais complicações
  • Maior patência
  • Menor necessidade de reintervenção
  • Seguimento em 1 ano mais caro
  • Veia autóloga > Prótese

→ Ideal em:

  • Estenoses longas
  • Pacientes bem clinicamente

EVAR:

  • Menos invasivo e menor taxa de mortalidade a curto prazo
  • Menor durabilidade e maior necessidade de reintervenções
  • Maior taxa de insucesso técnico
  • Subintimal mesmos resultados de Endoluminal

→ Ideal em:

  • Estenoses curtas
  • Pacientes clinicamente ruins
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91
Q

IMPORTANTE

Aneurisma de aorta abdominal: exames de imagem

A

USG:

  • Rastreio, DX, acompanhamento e seguimento pós reparo aberto
  • Não avalia ruptura em 50%

AngioTC:
→ Indicado para TODOS PACIENTES QUE POSSUEM SINTOMAS E PARA PROGRAMAÇÃO CX (inclusive roto, se possível)
- Delineamento preciso: avalia colo, comprimento, ângulos
- Avalia trombos e calcificações (exame na suspeita de rotura - se estável) (a reconstrução 3D não avalia o lúmen: trombos…)
** Preparo renal se TFG < 60

AngioRM:

  • Sem contraste e radiação
  • Não avalia calcificações

Arteriografia:
- Padrão-ouro

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92
Q

IMPORTANTE

Aneurisma de aorta: sinais de rotura iminente

A

CLÍNICA:

  • Dor e outros sintomas
  • Complicações (embolização..)

TC:

HIPERATENUAÇÃO EM FORMA DE CRESCENTE - NA FASE SEM CONTRASTE!!
** Sangue recém coagulado é mais atenuante que o trombo antigo - SANGROU DENTRO DO TROMBO
→ POR ISSO, A FASE SEM CONTRASTE DA ANGIOTC TAMBÉM É IMPORTANTE!

“Blebs” aórticos na superfície da aorta - sinal de fragilidade focal da parede da aorta (parece uma rotura)

Irregularidades da parede da aorta (que normalmente apresenta formato circunferencial)

Interrupção das calcificações

TTO:
- Na urgência (mesma internação)

** PS:

  • Reparo aberto (Dacron): não vê nada muito diferente
  • Reparo EVAR: vê o stent de metal (vários Vs)

** Geralmente, nos aneurismas não rotos, se vê o contraste brilhando no meio do saco, e se dividindo dentro dele (nas ilíacas)

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93
Q

IMPORTANTE

Aneurisma de aorta abdominal: reparo EVAR - conceitos

A

Vantagens:

  • Menos complicações precoces
  • Menor tempo de internação
  • Menor mortalidade na mesma internação

Desvantagens:

  • RISCO DE SÍNDROME CORONARIANA AGUDA
  • Necessita de critérios anatômicos
  • Controle com TC anual (caro, contraste e radiação)
  • Custo
  • Maior necessidades de re-intervenções
  • Complicações do procedimento EVAR

População-alvo:

  • Paciente grave
  • Idoso
  • Múltiplas comorbidades
  • Fatores de risco para rotura: Sexo F, DPOC
  • Roto

COMPLICAÇÕES:

  • Endoleak
  • Complicações do sítio de punção: infecção, linfocele, embolização, pseudoaneurisma, sangramentos…
  • Síndrome pós implantação
  • TVP
  • Colite isquêmica (rara no EVAR)
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94
Q

IMPORTANTE

Aneurisma de aorta abdominal: EVAR - critérios mínimos

A

GERAIS:

  • Tolerância a contraste (alergias e função renal)
  • Acessos pérvios (femorais e ilíacas)

COLO INFRARRENAL:
- Comprimento ≥ 15 mm
- Diâmetro < 32 mm
- Angulação < 60 graus
- Ausência de trombo mural circunferencial e calcificações extensas
→ Opção: Fixação Suprarrenal (risco de isquemia renal e embolização)

ILÍACAS:
- Colo ≥ 1,5 cm

→ Embolização da A. I. I. (A. Hipogástrica):

  • Realizada quando colo desejado interpuser origem da AII
  • Objetivo: prevenir ENDOLEAK tipo 2
  • Eventos adversos são raros se a AIII contralateral estiver pérvia (claudicação glútea e impotência)
  • Altamente recomendado pelo menos 1 AII pérvia (em pacientes de alto risco e sem possibilidade: ocluir ambas)

* Opções:

  • Endoprótese ramificada ancorada em AIE + Stent em AII
  • Revascularização de AII
  • Abordagem estagiada
  • Oclusão apenas de tronco (preservar ramos distais)

CONSIDERAÇÕES:
- Se doença da AMS ou A. renal: tratar antes da Aorta

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95
Q

Aneurisma de aorta abdominal: reparo EVAR - técnica

A
  • Acessos pelas artérias femorais bilateralmente (punção ou dissecção)
  • Heparinização sistêmica
  • Cateterização do colo do aneurisma com fio guia e cateteres
  • Injeção de contraste
  • Identificação das artérias renais
  • Liberação da Endoprótese (sempre AMI fica excluída da circulação)
  • Liberação das extensões ilíacas respeitando a perviedade das ilíacas internas e externas
  • Aortografias confirmado posicionamento e verificando a existência de vazamentos
  • Fechamento dos acessos
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96
Q

Endoleak: conceitos e acompanhamento após reparo EVAR

A
  • ENDOLEAK: Vazamento para região de aneurisma (complicação exclusiva de reparo EVAR)
  • Até 15-30% dos reparos EVARs
  • Causa mais comum de reintervenção após reparo EVAR
  • Podem causar crescimento e até rotura do saco
  • Reavaliação da prótese: 1m / 6m / 1a / anual com ANGIOTC
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97
Q

Aneurisma de aorta abdominal: reparo Aberto - conceitos

A

Vantagens:

  • Não necessita de critérios anatômicos (qualquer paciente é candidato)
  • Controle anual com USG (baixo custo, sem radiação, sem contraste)
  • Menos re-intervenção associada ao aneurisma

Desvantagens:

  • Maior morbidade CX (clampeamento de aorta, isquemia)
  • Maior mortalidade
  • Hérnias incisionais e outras intervenções relacionadas à laparotomia

População-alvo:

  • Jovens
  • Sem comorbidades
  • Sem possibilidade de reparo EVAR (colo inadequado, angulação, acessos)
  • Aneurismas micóticos
  • Complicações EVAR refratárias (Endoleak)
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98
Q

Aneurisma de aorta abdominal: Reparo Aberto - técnica

A
  • Acesso Transperitoneal ou Retroperitoneal
  • Laparotomia mediana xifo-púbica (ou outra)
  • Rebatimento do cólon transverso para cima
  • Rebatimento do mesentério para a direita
  • Incisão do retroperitônio à esquerda da aorta
  • Identificação do colo do aneurisma, duodeno, veia renal esquerda, veia gonadal esquerda, AMI
  • Controle distal e proximal
  • Abertura do aneurisma
  • Evacuação de trombos
  • Ligadura das artérias lombares
  • Anastomoses com enoprótese de Dácron
  • Revisão de hemostasia
  • Artéria mesentérica inferior: ligadura x reimplante
  • Cobertura do Dácron com parede do aneurisma para evitar contato com alças

→ Retroperitoneal:
- Escolha se: Aneurismas inflamatórios, rim em ferradura ou abdome hostil

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99
Q

Aneurisma de aorta: Infecção da prótese

A

Conceitos:

  • Tardia
  • Tragédia
  • Pode acontecer por contaminação do material cirúrgico, translocação bacteriana, ou por fístula com órgãos adjacentes - duodeno / esôfago
  • S. aureus

Clínica:

  • Sepse
  • Prostração
  • Febre
  • Elevação de provas inflamatórias
  • Hemorragias digestivas (fístulas com TGI)

Imagem (TC):
- Gás peri-prótese (anaeróbios ou gás de fístula TGI)

TTO:
- Explante da prótese e reconstrução em trajeto extra-anatômico (axilo-femoral)

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100
Q

Aneurisma de aorta: Isquemia mesentérica / Colite isquêmica

A

Conceitos:
- COLITE ISQUÊMICA ou Isquemia Mesentérica
- Causa mais comum de morte após reparo aberto de um aneurisma roto
- Geralmente, aorta infra-renal: oclusão ou embolização da AMI e AII (ou até do TC e clampeamento temporário de outros ramos)
- Reparos abertos ou EVAR (maioria aberto)
- Arcada de Riolan é capaz de manter irrigação na maioria dos pacientes
- Geralmente em retossigmoide
- Aumentam o risco:
→ Embolização / Ligadura de artérias
→ Instabilidade no intraoperatório

Clínica:

  • 5 dia (precoce)
  • Sangramento TGI
  • Dor abdominal
  • Distensão abdominal
  • Aumento de Lactato
  • Acidose
  • Leucocitose
  • Aumento da PIA

Investigação:

  • Colonoscopia
  • AngioTC

Manejo:

  • Suporte clínico
  • ATB + Hidratação
  • Enterectomia / Colectomia (se necrose)
101
Q

Aneurisma de aorta - complicações do reparo: claudicação glútea

A
  • Isquemia glútea e da coxa
  • Artéria glútea - ramo da AII (eventualmente ligada em reparos)
  • Pode estar associada à isquemia mesentérica
  • Pode culminar em impotência e úlcera sacral
102
Q

Aneurisma de aorta - complicações do reparo: síndrome compartimental abdominal

A

Risco pós correção ou da rotura em si
→ Maior risco no reparo EVAR pós rotura (pode considerar até a cirurgia apenas para evacuar os hematomas)

Tentar a todo custo não reabrir

Tomar cuidado com excesso de reposição

103
Q

IMPORTANTE

Aneurisma de aorta: fístulas gastrointestinais

A

Conceitos:
- Geralmente após reparo EVAR (mas pode ser até secundário a aneurismas NÃO tratados) - já tratado sangra menos
- Tardias
- Tragédia (alta mortalidade)
- Locais:
→ Esôfago
→ Terceira porção do duodeno (Treitz)

Clínica:
- Hemorragia digestiva maciça

Imagem:
- Gás na prótese (veio do intestino)

TTO - CX:

1 - Nova prótese por cima (interromper sangramento)

2 - TTO do TGI:

  • Esofágica: Esofagectomia + Reconstrução (OU GTT + Esofagostomia)
  • Duodenal: Reparo do duodeno / Gastro-êntero anastomose

3 - Explante da prótese + Reconstrução extra-anatômica

** Opção: Prótese embebida em ATB

** Axilo-bifemoral: revasculariza os membros

104
Q

Aneurisma de aorta: Pseudoaneurisma de anastomose

A
  • Tardio
  • Sempre cirúrgico (pelo risco de rotura)
  • Pode ser corrigido por via EVAR
105
Q

IMPORTANTE

Aneurisma de aorta: Isquemia medular

A

Conceitos:
- Precoce
- Especialmente em aneurismas TORÁCICOS e toracoabdominais
- Oclusão sistemática das artérias lombares
→ Artéria de Adamkiewicz - RAMO DIRETO DA AORTA (entre T8-L1)
- Tanto correções abertas como EVAR

Clínica:

  • Paraplegia flácida
  • Aumento da pressão liquórica durante procedimento

Profilaxia:
→ Pacientes de alto risco / Segmento extenso (> 15 cm)
- Cobrir o mínimo possível (evitar oclusão de ASE e Lombares)
- Esvaziar líquor durante procedimento (quando se evidencia aumento da pressão) → Evita síndrome compartimental, que é a causa de lesão medular
- Hipertensão controlada (PAM > 90)

TTO:
- Reabilitação

106
Q

Aneurisma de aorta toracoabdominal: definição, fatores de risco, screening

A

DEFINIÇÃO:
- Acometem aorta torácica e abdominal

FATORES DE RISCO:
- Mesmos para AAA

SCREENING:
- Não

107
Q

Aneurisma de aorta toracoabdominal: TTO

A
  • Respeita indicações individualmente para AAA e AAT

EVAR:

  • Preferência
  • Envolve próteses fenestradas

ABERTA:

  • Muito mórbida
  • Toracofrenolaparotomia e clampeamento do arco
  • Reconstrução proximal, distal e das viscerais (tampão)
108
Q

Aneurisma de artéria esplênica: conceitos

A
Aneurisma visceral mais frequente
# Segundo aneurismas periférico mais frequente (primeiro: poplíteo)
# Mulheres
# Associado à GESTAÇÃO, fibrodisplasia
# Rotura na gestação: alta mortalidade materna e fetal

Reparo se:

  • > 2 cm
  • Sacular
  • Crescimento
  • Gestantes
  • Rotura

TTO:
- EVAR: Embolização e/ou Stent revestido
- Aberto
** Vacinação contra pneumococo (se esplenectomia)

109
Q

Aneurismas ilíacos

A

Aneurisma: > 2 cm

Indicação de reparo: > 3 cm

110
Q

Aneurismas inflamatórios

A

Conceitos:

  • 5%
  • Dor abdominal, perda de peso, ↑ VHS/PCR
  • Estenose ureteral e hidronefrose sugerem DX

TTO:
- EVAR (prótese anelada)

111
Q

Aneurismas micóticos

A

Tipos:

  • An. Verdadeiro
  • Endocardite bacteriana com embolização séptica
  • An. pré existente infectado
  • Pseudoaneurisma infectado pós traumático

Conceitos:

  • Femoral (+ comum)
  • Punções, procedimentos…

TTO:

  • ATB +
  • Correção aberta (extra-anatômica)
112
Q

Hematoma intramural não traumático de aorta

A

Conceitos:

  • Lesão da camada média, não traumática
  • Hipótese: rotura de vasa vasorum
  • Evolução benigna (reabsorção)

Clínica:
- Dor torácica

AngioTC:
- Parece dissecção, mas não há contraste intramural (parede de calibre aumentado, hipocontrastada)

TTO:
- Agudo: Controlar PA, dor, FC e comorbidades
→ Não abordar (acompanhar com AngioTC)

113
Q

Úlcera penetrante de aorta

A
  • Lesão da camada íntima com exposição da camada média e formação de trombos

CLÍNICA:

  • Associação com aterosclerose e calcificação
  • Dor torácica

AngioTC:
- Parece DAA mas não disseca

RISCOS:

  • Rotura
  • Progressão para dissecção
  • Embolização de trombos para vísceras e membros

TTO:
→ Agudo: Controle de PA, FC e comorbidades
→ Intervenção (não é consenso)

114
Q

IMPORTANTE

Coarctação de aorta no adulto: conceitos

A
Adulto (pós-ductal): após Subclávia Esquerda
# Pós-operatórios: Hiperidrose…

Clínica:

  • HAS em MMSS (normal: PAS MMII 20 mmHg > PAS MMSS e PAD =) e PA menor nos MMII
  • Pulsos aumentados em MMSS e diminuídos em MMII
  • Dor nos MMII
  • Sopro sistólico em BEE baixa com irradiação para escápula
  • Frêmito intercostal (circulação colateral)

Exames:

  • RX Tórax: Aumento da vasculatura pulmonar / Cardiomegalia / Sinal de Roesler (serrilhamento/erosões das costelas por circulação intercostal colateral)
  • ECO
  • ECG: SVE

TTO:

  • Angioplastia
  • CX
115
Q

Cateter venoso central: definição e técnica

A

DEFINIÇÃO:
- Cateter com extremidade localizada na veia cava ou coração

INSERÇÃO:

  • Posição em Trendelemburg (aumenta retorno venoso, regurgita a veia e diminui risco de embolia gasosa)
  • Espaço entre as inserções clavicular e esternal do ECOM, direção mais lateral (guiado por USG - probe de alta frequência) - Técnica de Seldinger

→ Lado direito:

  • Sem risco de lesão do ducto torácico
  • Menor risco de pneumotórax (cúpula pulmonar direita é mais baixa)
  • Melhor posicionamento no átrio direito (trajeto mais retilíneo)

→ Checar - US:
- Veia: não pulsa quando parcialmente comprimida (se não compressível: puncionar outro sítio)

Posicionamento ideal (jugular e subclávio):
- Extremidade distal na desembocadura da VCS no AD
* 4-6 cm abaixo do ângulo de Louis
* Entre L1 e L2
* 2 corpos vertebrais abaixo da carina

116
Q

Cateter venoso central: complicações agudas

A

INFECÇÃO:
- Complicação mais frequente (mas não é aguda)

PNEUMOTÓRAX:
- TTO: Drenagem (conservador se estável e PTX < 15%) + Manter cateter (SE ESTIVER BEM POSICIONADO)

LESÃO ARTERIAL:

  • Carótida: Retirada da agulha + Compressão manual
  • Subclávia: Hemostasia cirúrgica (dificilmente compressível)

HEMOTÓRAX:

  • Perfuração de artéria ou veia subclávia + pleura parietal
  • TTO: Drenagem + RETIRADA DO CATETER +/- Toracotomia

HIDROTÓRAX:

  • Ponta do cateter no espaço pleural
  • TTO: Toracocentese + RETIRADA DO CATETER

HEMO / HIDROMEDIASTINO:

  • Perfuração da veia inominada ou da VCS (lesão arterial: hemodiastino maciço)
  • TTO: RETIRADA DO CATETER +/- CX (Esternotomia / Toracotomia)

EMBOLIA AÉREA:
- Entrada de ar pelo cateter
- Dispneia abrupta, cianose, choque, murmúrio no precórdio
- TTO:
— Manobra de Durant (Pinçamento do cateter + paciente em DLE e Trendelemburg)
— Toracotomia lateral esquerda + Aspiração do VD → PCR

EMBOLIA DO CATETER:
- TTO: Retirada do fragmento

LACERAÇÃO DO DUCTO TORÁCICO (punções à esquerda):
- TTO: RETIRADA DO CATETER + Compressão local

LESÃO NERVOSA:

  • Plexo braquial / Vago / NLI / Gânglio estrelado
  • TTO: RETIRADA DO CATETER

HEMATOMA EM BOLSA SUBCUTÂNEA:

  • Acúmulo de sangue no reservatório
  • Tumoração não rígida, alteração da cor da pele, dor local
  • TTO: Não usar cateter até resolução (evita infecções) +/- Drenagem

OUTRAS: Perfuração cardíaca / Tamponamento / IAM / Arritmias/ Equimose

117
Q

IMPORTANTE

Acesso venoso central: indicações

A

INDICAÇÕES:
- Falha de acesso periférico
- Drogas vesicantes (drogas vasoativas, alguns ATB)
- Nutrição parenteral
- Terapias extracorpóreas (diálise, plasmaférese)
- QT EV
→ Permitem coleta de exames
→ Permitem infusão de NPP e drogas vesicantes

CONTRAINDICAÇÕES:
- INFECÇÃO DE PELE E QUEIMADURA LOCAL

** PS: acessos periféricos são melhores para infusão rápida de grandes volumes, como no contexto do trauma

118
Q

Cateteres centrais não tunelizados: tipos, vantagens, desvantagens

A

→ Curta permanência: até 14 dias (exceto PICC)

TIPOS:

  • PICC
  • Mono-lúmen / Duplo-lúmen / Triplo-lúmen
  • Shilley

VANTAGENS:

  • Podem ser inseridos à beira-leito, em caráter de urgência
  • Pode infundir drogas vesicantes, NPP
  • Permitem coleta de exames

DESVANTAGENS:

  • Risco de infecção (infectam mais, especialmente femorais) (maior o risco quanto maior a quantidade de lúmens)
  • Risco de trombose
  • Baixa durabilidade (exceto PICC: média permanência)
  • Risco de complicações relacionadas à punção de veia profunda (exceto PICC)
119
Q

PICC: vantagens e desvantagens

A

VANTAGENS:

  • Mesmas dos acessos não tunelizados
  • Facilmente compressível, poucas complicações
  • Bem tolerado pelo paciente (desospitalização)
  • Menor risco de infecção (comparado aos outros tunelizados)
  • CATETER DE MÉDIA PERMANÊNCIA: Boa durabilidade (comparado aos outros tunelizados)

DESVANTAGENS:
- Fluxo baixo
- Mesmas dos acessos não tunelizados
→ Risco de trombose de veia periférica (baixo diâmetro) e estenose de veia central

** DRC (POSSÍVEL NECESSIDADE DE FÍSTULA):

  • CONTRAINDICADO PICC
  • EVITAR SUBCLÁVIA

→ USO:

  • NPP
  • ATB EV por longo prazo
120
Q

IMPORTANTE

Cateter central mono/duplo/triplo lúmen: vantagens e desvantagens

A

VANTAGENS:
- Mesmas dos acessos não tunelizados

DESVANTAGENS:

  • Baixa durabilidade
  • Fluxo baixo - não é calibroso (ruim para trauma e diálise)
  • Riscos associados à punção de veia profunda
  • Mesmas dos acessos não tunelizados

→ Materiais: polímeros de poliuretano, polietileno (trombogênico), silicone

→ NÃO EXISTE PRAZO PARA TROCA DE CVC COMUM (ideal 7-14 dias)

121
Q

IMPORTANTE

Cateter Shilley: vantagens e desvantagens, uso

A

SHILLEY:

  • Cateter de curta duração e alto fluxo (300 ml/min) - risco de trombose
  • Lúmen arterial e lúmen venoso

VANTAGENS:

  • Mesmas dos acessos não tunelizados
  • Alto fluxo - calibroso

DESVANTAGENS:
- Mesmas dos acessos não tunelizados
- Riscos associados à punção de veia profunda
→ Risco de trombose de cateter (alto fluxo)
→ Risco de inviabilização de FAV (evitar subclávia)

USO:

  • Diálise de urgência
  • Plasmaférese
122
Q

IMPORTANTE

Cateteres centrais de longa permanência: vantagens e desvantagens

A

→ Tunelizados: Hickmann, Permcath
→ Totalmente implantável (Port-a-cath)

VANTAGENS:

  • Menor risco de infecção (não existe tempo máximo)
  • Maior durabilidade e uso por longo tempo (O POLIETILENO DO CVC COMUM É MUITO TROMBOGÊNICO)
  • Menor risco de perda
  • Pode infundir drogas vesicantes, NPP
  • Permitem coleta de exames
  • Alternativa em pacientes com esgotamento de acesso

DESVANTAGENS:

  • Necessitam inserção em CC, guiado, por especialista (não são urgência)
  • Risco de trombose
  • Risco de inviabilização de fístulas
  • Risco de complicações relacionadas à punção de veia profunda
  • Risco de infecção (mais baixo do que os de curta permanência, mas existe)
  • Risco de SVCS
123
Q

Cateteres centrais de longa permanência: tipos

A

TIPOS:

  • Semi-implantáveis / Tunelizados: Permicath, Hickmann
  • Totalmente implantáveis: Portocath

→ Cateteres de longa duração (> 2 semanas)
→ Depois do ponto de punção na veia, o cateter atravessa em um túnel subcutâneo antes de se exteriorizar na pele (evita infecções)
→ No subcutâneo, existe um cuff de dácron, que promove fibrose, vedamento e aderência do cateter ao túnel
→ Material: silicone ou elastômero de silicone
→ Fluxo: > 300 ml/min
→ Com ou sem cobertura de prata com heparina
→ Ponta deve ficar no AD (fluxo adequado e menor risco de recirculação)

124
Q

Cateter Hickmann: vantagens e desvantagens

A

VANTAGENS:
- Mesmas dos cateteres tunelizados (baixa infecção, alta durabilidade…)
- Fluxo moderado
→ Bem mais longo, menos rígido e com menor fluxo do que o Permcath (NPP domiciliar em velocidade baixa)

DESVANTAGENS:

  • Mesmas dos cateteres tunelizados (CC, trombose, inviabilização de FAV, risco baixo de infecção, punção de veia profunda…)
  • Fluxo moderado

USO:

  • NPP domiciliar
  • TMO / Transfusões sanguíneas ou coleta de hemoderivados repetidamente
125
Q

Cateter Permcath: vantagens e desvantagens, uso

A

VANTAGENS:

  • Mesmas dos cateteres tunelizados (baixa infecção, alta durabilidade…)
  • Alto fluxo

DESVANTAGENS:

  • Mesmas dos cateteres tunelizados (CC, trombose, inviabilização de FAV, risco baixo de infecção, punção de veia profunda…)
  • Risco de trombose de veia central (alto fluxo)

USO:

  • Hemodiálise enquanto matura FAV (retirado após 3 sessões de sucesso com FAV)
  • Hemodiálise na impossibilidade de FAV
  • Plasmaférese
  • TMO
126
Q

IMPORTANTE

Cateter Port-a-cath: vantagens, desvantagens, usos

A

POR-A-CATH:

  • Cateter totalmente implantável
  • Tunelizado, com reservatório implantado e fixado no subcutâneo
  • Cateter: poliuretano ou silicone (4-10 Fr)
  • Tambor: polissulfona ou titânio com câmara central (silicone)
  • Valvulados (extremidade no reservatório) ou Não valvulados

VANTAGENS:

  • Mesmas dos cateteres tunelizados (baixa infecção, alta durabilidade…)
  • Risco MUITO BAIXO de infecção de corrente sanguínea (totalmente implantável)
  • Fluxo baixo

DESVANTAGENS:

  • Mesmas dos cateteres tunelizados (CC, trombose, inviabilização de FAV, risco baixo de infecção, punção de veia profunda…)
  • Fluxo baixo
  • Necessidade de puncionar pele todas as vezes (contraindicado se for necessário várias punções)

USOS:

  • Ideal para QT (imunossuprimido, puncionado poucas vezes na semana e com pouco risco de infecção)
  • Outros: Transfusão e coleta de sangue / Necessidade de medicações EV por longos períodos / Contrastes
127
Q

IMPORTANTE

Cateteres centrais: mau funcionamento

A

→ Mau funcionamento: obstrução ou hipofluxo (< 200 ml/h)

TROMBOSE DO CATETER (30%):
- Imagem anexa

TROMBOSE VENOSA CENTRAL (VSC 30%):
- TTO
→ Aguda: Anticoagulação plena + Elevação do membro superior + MANTER CATETER (evitar trombosar outra veia)
→ Muito sintomáticos: remoção do cateter

TEP:

  • CVC + dispneia e dor torácica
  • TTO: Anticoagulação plena +/- Retirada do cateter

Estenose de VSC:
- FR: infecção do cateter, presença recente ou atual de acesso

Mau posicionamento:
- Angulação, ponta de cateter

128
Q

IMPORTANTE

Cateteres centrais: trombose do cateter

A

CATETER DE CURTA PERMANÊNCIA:
- Retirar cateter!

CATETER DE LONGA PERMANÊNCIA:

→ RETIRAR SE:
- Cateter sem uso ou com mal funcionamento
- Trombose causar sintomas e paciente não puder anticoagular
** Troca do cateter por fio-guia (se ausência de sinais de infecção)
** Troca de sítio

→ DEMAIS (tentativa de preservação - evitar trombose de outro vaso):
- Anticoagular (pelo menos 3 meses ou até o cateter permanecer)
** Infusão de solução salina
** Passagem de fio-guia ajustado à luz

** Trombólise:

  • Opção para em cateteres de longa permanência
  • STK, Alteplase
  • Até 14 dias da trombose (resolução 90%)

→ Se trombose na ponta do cateter:
- Anticoagular 3 dias antes de retirar (risco de embolização)

129
Q

IMPORTANTE

Síndrome da Veia Cava Superior: associações, sintomas, imagem

A

ASSOCIAÇÕES:

  • Cateter (qualquer central, especialmente se trombosado) - risco: punção infra-clavicular
  • Compressão tumoral
  • Aneurismas

SINTOMAS:

  • SISTÊMICOS
  • Insidiosa (circulação colateral)
  • Edema de face
  • Dispneia / Ortopneia / Edema de MMSS
  • Circulação colateral no tórax / Veia ázigos

IMAGEM:
- Veia ázigos (ao lado da aorta descendente) (a VCS fica ao lado da aorta ascendente)

130
Q

IMPORTANTE

Síndrome da Veia Cava Superior: consequência, TTO

A

CONSEQUÊNCIA:
- Perda da possibilidade de acessos cervicais e em membros superiores, incluindo fístulas (não pode mais usar porque não tem fluxo direto para cava)

TTO:

  • Angioplastia da cava superior com stent (associada ou não à passagem de novo cateter)
  • Derivação jugular-atrial (melhora sintomas mas não resolve via de acesso)
131
Q

Cateter central: fratura, retenção, rotação do reservatório

A

Fratura de cateter:

  • Mais frequente nas veias subclávias (puncionar o mais lateral possível)
  • Suspeitar se dor à infusão de cateter sem refluxo
  • Rx: fratura completa e possível migração
  • TTO: Retirar cateter por via EVAR

Rotação do reservatório:

  • DX: Palpação ou Rx
  • TTO: CX para reposicionar o cateter

Cateter retido:
- TTO: Retirada EVAR, descolando o fragmento aderido

132
Q

IMPORTANTE

Síndrome de pinch-off: conceitos e fator de risco

A

Doença rara em que o CVC dentro da VEIA SUBCLÁVIA é pinçado no desfiladeiro torácico, entre a clavícula e a primeira costela
- Pode resultar em fragmentação do cateter (embolização e arritmias)

FR:
- Implantação infra-clavicular, principalmente medialmente e do lado direito (ângulo da cubclávia)
→ Prevenção: Inserção de cateter jugular ou subclávio mais lateral

133
Q

IMPORTANTE

Síndrome de pinch-off: clínica, imagem e TTO

A

Clínica:
- Cateter não funciona adequadamente com pescoço e braços estendidos (funciona bem com eles fletidos)

Imagem:

  • RX: normal, torção do cateter, estreitamento ou fratura
  • Exame contrastado pelo cateter

TTO:

  • Leves: conservador
  • Graves: remover cateter e inserir outro
134
Q

IMPORTANTE

Infecção associada ao cateter de curta permanência: manejo

A

SUSPEITA de infecção:

  • RETIRAR CATETER E MANDAR PONTA PARA CULTURA
  • Se necessário, inserir outro em sítio diferente
  • Se cultura positiva → ATB

** Não existe benefício em fazer rodízios do cateter para prevenir infecções

** PS: Infecção do ÓSTIO DO CATETER (infecção de pele):
- TTO local

135
Q

IMPORTANTE

Infecção associada ao cateter de longa permanência: conceitos

A

→ 10% (principal causa de retirada do cateter de longa permanência)

Germes:

  • Staphylococcus coagulase negativo (especialmente epidermidis)
  • Enterococcus
  • S. aureus
  • Outros: Enterobacter, Klebsiella, Pseudomonas, C. albicans

Fatores de proteção:

  • Assepsia no implante e manipulação
  • Evitar hematomas na punção
  • Fazer longos túneis subcutâneos
  • Usar cateter com cuff

Fatores de risco:

  • Manipulação inadequada
  • Uso concomitante de NPP
  • Neutropenia
  • Foco infeccioso à distância
  • MEG
  • Dificuldade técnica durante o implante

Complicações:

  • Endocardite
  • Embolia séptica

Clínica - Sintomas após manipulação do cateter:

  • Leves: febre, hiperemia, pús
  • Graves: sepse, RNC, taquicardia
136
Q

IMPORTANTE

Infecção associada ao cateter de longa permanência: DX e conduta

A

→ SUSPEITA DE INFECÇÃO:
- Colher hemoculturas periféricas e do cateter, pareadas
- Confirma infecção do cateter se:
— Crescimento do germe só no cateter
OU
— Crescimento do mesmo germe nas duas culturas, mais rápido no cateter

→ MANEJO:

INFECÇÃO DO ÓSTIO DO CATETER (infecção de pele) / FEBRE SEM REPERCUSSÃO SISTÊMICA:
- TTO: Tópico / Observação

INFECÇÃO NÃO COMPLICADA = CULTURAS:

→ S. aureus:
- RETIRAR CATETER + VANCOMICINA EV 14d

→ Staphylococcus coagulase negativo ou Gram negativos:

  • Lockterapia (ATB) com Vancomicina EV 14-21d +/- Lock após HD
  • Refratário: Retirar cateter

→ Fungos:
- RETIRAR CATETER + ANFOTERICINA EV

INFECÇÃO COMPLICADA (CHOQUE / INSTABILIDADE) OU INFECÇÃO DA LOJA OU TÚNEL:
- TTO: ATB sistêmico + RETIRADA DO CATETER + Cultura do cateter

** EM SUMA, RETIRAR CATETER SE:
- Infecção de partes moles / trajeto
- Sepse / Instabilidade com suspeita de foco no cateter
- Infecção por:
→ Fungos
→ Germes multi-R
→ S. aureus
→ Mesmo germe apesar de tratamento adequado (biofilme)
- Refratariedade clínica após 24-48h de ATB / HMC positiva após 72h de ATB
- Não necessidade do cateter
- Complicações sistêmicas: embolia, endocardite

** PACIENTE SEM OUTROS SÍTIOS DE ACESSO: Troca de cateter com fio-guia (ÚLTIMA OPÇÃO) + ATB EV +/- Trombolítico intra-cateter (tentativa por 24-48h) +/- Lockterapia
→ Refratariedade: Retirada do cateter e repouso do sítio até melhora da infecção

** Lockterapia:

  • Estratégia de ATB + Heparina para tentar salvar cateter
  • Após diálise
  • 1 única tentativa

** Lockprofilaxia:
→ Rotineira ou se cultura nasal positiva
- Enterococcus: Cefazolina / Gentamicina
- S. aureus: Cefotaxima + Heparina

137
Q

Paciente dialítico: necessidades

A

Dialítico:

  • ClCr < 25 / Cr > 4
  • Grande definidor de prognóstico: Qualidade da hemodiálise

→ Qualidade da hemodiálise: URR (ureia reduction ratio)

  • Ureia antes – Ureia após diálise x 100%
  • Normal: ≥ 65%

Necessidade:

  • Acesso facilmente manipulável
  • Duradouro
  • Pouco suscetível à infecção
  • Alto inflow e outflow
  • Sem recirculação
138
Q

Diálise: Peritoneal

A

Modo:
- Infusão de solução de diálise na cavidade peritoneal através de cateter de tenckhoff → Peritôneo em contato com a solução por diferença de osmolaridade filtra o sangue → Solução de diálise é retirada pela máquina através do mesmo cateter tenckhoff

Problemas:

  • Cada pessoa tem uma capacidade de filtração diferente e ela pode diminuir com o tempo
  • Infecção (peritonite) e hérnia associada ao cateter → Podem prejudicar TX no futuro
139
Q

Diálise: Cateter

A

CATETERES:

  • SHILLEY (curta duração)
  • PERMCATH (longa duração)

→ Material sintético
→ Sujeito a infecção
→ Menos durável que outros métodos
→ Risco de SÍNDROME DA VEIA CAVA SUPERIOR

140
Q

Diálise: Fístula - vantagens

A
  • Baixo custo
  • Baixo risco de infecção
  • Alta perviedade (se tecnicamente bem indicada e bem confeccionada)
  • Não necessita de manutenção ou trocas
  • Pode ser desligada se necessário com ligadura da anastomose
    → Melhor acesso para o paciente em diálise
  • Deve ser planejada eletivamente no paciente com DRC (3-6 meses antes) - se necessário, inserir um cateter como ponte (Shilley, Permicath)
  • Não é acesso de urgência (não realizar em IRAs…)
141
Q

FAV: definição, objetivo

A

DEFINIÇÃO:

  • Confecção de uma anastomose entre uma artéria de médio ou grande calibre periférica e uma veia subcutânea com comprimento e calibre suficiente para inúmeras punções
  • Geralmente término-lateral (a veia é ligada e anastomosada terminalmente na artéria)
  • O cateter de diálise entra em dois pontos da veia

OBJETIVO:
→ Arterialização da veia:
- Aumento do fluxo (outflow sai pela veia, por menor resistência)
- Dilatação e espessamento do vaso → Fácil punção

→ INFLOW: Artéria e Anastomose
→ OUTFLOW: Veia

** Idade não é critério para confecção de FAV
** Se paciente receber TX e melhorar quadro renal, não se deve desligar a FAV (pode ser necessária no futuro)

142
Q

IMPORTANTE

FAV: locais mais comuns

A

RADIOCEFÁLICA:
- Mais comum

BRAQUICEFÁLICA:

  • MELHOR OPÇÃO EM DIABÉTICOS
  • Pode fazer estenose por HIPERPLASIA DA ÍNTIMA
  • Incisão longitudinal abaixo da prega

Braqui-basílica (superficialização)

Tabequeira anatômica:
- PROSCRITA!!! (não é pérvia)

→ Distais - Anestesia local:

  • FAV radiocefálica distal
  • FAV radiocefálica antebraço
  • FAV radiobasílica
  • FAV radiomediana
  • FAV ulnocefálica
  • FAV ulnobasílica
  • FAV ulnomediana
  • FAV braquiocefálica
  • FAV braquiomediana

→ Proximais - Bloqueio do membro ou Anestesia geral:

  • FAV braquiocefálica
  • FAV braquiobasílica (superficializada)
  • FAV braquiobraquial (superficializada)
  • FAV fêmoro-safênica (“em alça”) - desconfortável, alta taxa de infecção e descompensação de DAOP
143
Q

IMPORTANTE

FAV: critérios gerais e arteriais

A
  • Preferência por MMSS (maior conforto para o paciente durante diálise)
  • Preferência pelo membro não dominante
  • Paciente deve proteger o braço da fístula e só usá-lo para diálise
  • Nativa > Prótese > Autóloga (Safena: não dilata - por isso é utilizada para enxerto)
  • Distal > Proximal (se perder uma distal, dá para realizar outra mais proximal)
    * ICC sintomática ou FE < 40% contraindica fístula proximal

PREFERÊNCIA:
- Geral: RADIO-CEFÁLICA no punho do membro não dominante
- DM: BRAQUI-CEFÁLICA (preferência por fístula proximal)

ARTÉRIA:
- MEDIR PA E PULSOS BILATERAIS (não realizar fístula se possuir estenose proximal)
- Teste de Allen (escolher artéria não dominante - geralmente A. radial)
- Diâmetro > 2 mm

144
Q

IMPORTANTE

FAV: critérios venosos

A

Avaliar com US doppler venoso (braço garroteado):
- Distância mínima da superfície cutânea: ≤ 0,6 cm
- Diâmetro mínimo: ≥ 2,5 mm (Prótese: ≥ 4 mm) (Maturação: 0,4-0,6 cm)
- Comprimento mínimo puncionável: 6-10 cm
- Ausência trombose e flebite
- Ausência de estenoses ou calcificações
- Perviedade do arco palmar

Veias:
→ Cefálica: mais utilizada
→ Basílica: precisa descolar e superficializar

** Não ligar as tributárias nas fístulas (nutrem a veia) - a ideia é deixar o fluxo escolher
** Não se usa Safena (ela não dilata)

145
Q

FAV radiocefálica: técnica

A

Arteriotomia LONGITUDINAL 1,5x do diâmetro da artéria, na face ântero-lateral

Venotomia transversa ampliada em “espátula”

Anastomose terminal na veia e lateral na artéria, com mobilização da veia (+ menor chance de hipertensão venosa distal)

Ao fim, presença de frêmito e sopro nos primeiros centímetros da veia próximos à anastomose

146
Q

FAV: próteses

A

FAV NATIVA:
- Ideal (menos hemorragias, menor porte CX, maior patência)

FAV COM PRÓTESE:

  • Quando não houver veia nos MMSS (exaustão dos vasos, má qualidade, obesidade e dificuldade de superficialização)
  • Anatomose término-lateral em artéria e veia
  • PTFE > Dacron

→ Problemas:

  • Menor perviedade
  • Risco de infecção (geralmente pacientes colonizados e imunossuprimidos)

→ Infecção: ATB e retirar prótese

FAV AUTÓLOGA:
- Última opção

147
Q

IMPORTANTE

FAV: maturação

A

MATURAÇÃO (REGRA DOS 6):
- Tempo:
— Nativa: 3-4 semanas (ideal 3-6 meses)
— Prótese: 2-6 semanas
- Distância mínima da superfície cutânea: ≤ 0,6 cm
- Diâmetro mínimo: 0,4-0,6 cm
- Comprimento mínimo puncionável: 6-10 cm
- Velocidade mínima de fluxo: 600 ml/min

→ 40-70%: Maturação espontânea
→ 5-2-%: Trombose precoce
→ 20-40%: Falha da maturação (TTO CX OU EVAR)

* Frêmito: Fístula funcionante (deve ser mais forte perto da anastomose e ir diminuindo no caminho da fístula)

148
Q

IMPORTANTE

FAV: principais queixas dos pacientes

A

DOR:

  • Roubo: isquemia tardia, claudicação, dor que piora após diálise
  • Neuropatia isquêmica: DOR INSTANTÂNEA, LOGO APÓS CONFECÇÃO DA FAV (TTO: Ligadura imediata)

FÍSTULA NÃO DÁ FLUXO PARA A MÁQUINA:
- Estenose de INFLOW (justa-anastomótica ou arterial)

APESAR DA DIÁLISE, UREIA NÃO BAIXA - RECIRCULAÇÃO:
→ DIFERENCIAR NO EXAME FÍSICO
- Estenose venosa próxima à FAV
- Estenose arterial
- Estenose da anastomose
- Punção muito próxima

SANGRA MUITO APÓS TIRAR AGULHA:
- Estenose de Outflow (estenose venosa distal)

FRÊMITO NÃO FICA CONTÍNUO (APENAS SISTÓLICO):
- Estenose venosa

149
Q

IMPORTANTE

FAV: Aneurismas e Pseudoaneurismas

A

ANEURISMAS ARTERIAIS VERDADEIROS (raros):
- CX

PSEUDOANEURISMAS VENOSOS:
→ Decorrentes de dilatação excessiva da veia e das punções repetidas (prevenção: trocar sítio de punção)
→ Complicações: rotura com hemorragia fatal, ulceração, infecção, estética
→ Deve esvaziar toda vez que levanta o braço (se isso não acontecer: obstrução de outflow)
→ TTO:
- Substituição do segmento de punção
- Ligadura da FAV (se grande ou complexa)

ULCERAÇÃO / ROTURA / RÁPIDA EXPANSÃO:
- CX de urgência (artéria rota):
→ Ligar FAV + Explante da veia + Confecção de nova FAV

150
Q

IMPORTANTE

FAV: Infecção

A

→ Infecção: 20% de todas as complicações da FAV

→ FAV nativa: 10x menos infecção

Clínica:

  • Flogose local
  • Sinais sistêmicos

TTO:

→ FAV nativa:
- Celulite perivascular (eritema e edema localizados): ATB 4-6 semanas
- Alterações anatômicas (aneurismas, hematomas, abscessos): ATB + intervenção (drenagem, retirada da prótese, ligadura da FAV)
* Ligadura se risco de embolia séptica

→ PRÓTESE:
- ATB + Retirar prótese

151
Q

IMPORTANTE

FAV: trombose - identificação

A

MAL FUNCIONAMENTO DA FAV:
- Redução em 15% ou 200 mL/min do fluxo
- Recirculação de ureia

PERDA DE FRÊMITO
Dor intensa local
Palpação de trombo
Tremores
Perda da sensibilidade
Clínica de estenose venosa

152
Q

IMPORTANTE

FAV: Trombose - manejo

A

PRECOCE:
- < 30 dias
- Falha técnica ou escolha ruim da veia
- TTO - CX DE URGÊNCIA:
→ Trombectomia com Fogarty até 24-48h da oclusão
→ Trombólise mecânica com balão ou farmacológico com STK ou alteplase

TARDIA:
- > 3 meses
- Estenose por hiperplasia miointimal / Obstrução do deságue
- Locais mais comuns: 1º cm da FAV e local da punção
- TTO - CX DE URGÊNCIA:
→ TROMBECTOMIA + VENOGRAFIA (avaliação de estenose) +/- ANGIOPLASTIA COM STENT
→ Corrigir causa base (se existir)

→ Hipotensão: Corrigir PA + Trombectomia 24-48h + Arteriografia (excluir estenose)
→ Hipercoagulabilidade (def. ATIII e HIT): PFC + NOACs

153
Q

IMPORTANTE

FAV: Roubo - definição, prevenção, FR e clínica

A

Definição:
- Isquemia distal (mão) por roubo de fluxo
* Geralmente, é normal uma isquemia leve precoce, logo após a confecção da fístula (até o desenvolvimento de colaterais)

Prevenção:
- Teste de Allen

FR:

  • DM
  • Aterosclerose avançada
  • FAVs PROXIMAIS (BRAQUIOCEFÁLICA)
  • Anastomose ampla

Clínica:
- DOR IMPORTANTE, ESPECIALMENTE APÓS DIÁLISE
- PALIDEZ OU CIANOSE DE MÃO APÓS EXERCÍCIO
- DIMINUIÇÃO / AUSÊNCIA DE PULSOS DISTAIS
- Claudicação / Dor ao repouso
- Ulceração e gangrena
- Parestesias
- Índice de pressão de punho < 0,57
* IMPORTANTE!!!! - Diferenciar de MONONEURITE ISQUÊMICA PÓS-FAV (a mononeurite ocorre de minutos a horas após a confecção da FAV, pela isquemia do vasa nervorum e implica na ligação imediata da FAV)

154
Q

IMPORTANTE

FAV: Roubo - DX e TTO

A

DX:

  • Clínica
  • US doppler (inversão do fluxo arterial)

TTO:
→ Sintomas leves: Compressão da fístula, Exercícios
→ Sintomas graves (isquemia, ulceração, necrose, dor em repouso):
- Cerclagem (estreitamento da veia)
- Ligadura da A. radial após anastomose OU outras técnicas CX para restrição de fluxo (PAI, DRIL)
- Ligadura da FAV

** PAI (técnica mais segura): Proximalização do inflow

** DRIL: Bypass de uma região proximal ≥ 10 cm à anastomose para uma região distal + Ligadura da artéria distal à anastomose

155
Q

IMPORTANTE

FAV: Neuropatia isquêmica

A

Conceitos:

  • IMEDIATAMENTE APÓS CONFECÇÃO DA FAV! (DOI MUITO)
  • Isquemia do vasa nervorum
  • Disfunção do nervo mediano → Síndrome do túnel do carpo
  • Geralmente em FAVs BRAQUIAIS

FR:

  • Deposição de amiloide
  • Compressão pelo cateter
  • Isquemia (roubo vascular)

Clínica:
- DOR INTENSA DISTAL À ANASTOMOSE, LOGO APÓS A CONFECÇÃO DA FÍSTULA
- Perda sensorial
- Fraqueza das mãos e dedos / Paralisia muscular
* IMPORTANTE!!!! - Diferenciar de ROUBO: A mononeurite ocorre de minutos a horas após a confecção da FAV

TTO:
- LIGADURA IMEDIATA DA FAV!! (não tem TTO efetivo)

156
Q

IMPORTANTE

FAV: Recirculação

A

RECIRCULAÇÃO:

  • Máquina puxa de novo o sangue que acabou de devolver para o paciente
  • UREIA NÃO ABAIXA, APESAR DA DIÁLISE
  • Aumenta mortalidade

Causas (DIFERENCIAR NO EXAME FÍSICO):

  • Estenose venosa próxima à FAV
  • Duas vias próximas
  • Estenose arterial
  • Estenose da anastomose

TTO:

  • Angioplastia com balão +/- Stent
  • CX
157
Q

IMPORTANTE

FAV: Estenose arterial

A

ESTENOSE ARTERIAL:
- Diversas etiologias: estenose arterial central, artéria nutridora estreita, anastomose estreita, hipotensão
- Estenose de INFLOW

Clínica:
- FÍSTULA NÃO DÁ FLUXO PARA A MÁQUINA (mal funcionamento)
- Redução do aumento de pulso com compressão do outflow (em condições normais, ocorreria aumento importante do pulso após compressão do outflow)
- Isquemia da mão / Sintomas semelhantes ao roubo
- Fístula esvazia quando levanta o membro

TTO:
- Angioplastia
- CX

158
Q

IMPORTANTE

FAV: Estenose justa-anastomótica

A

ESTENOSE JUSTA-ANASTOMÓTICA:
- Estenose (redução ≥ 50% do lúmen) da veia até 2-5 cm de distância da anastomose
- Estenose de INFLOW
- Comum em FAVs radio-cefálicas
- Multifatorial: técnica, fatores hemodinâmicos, trauma mecânico, hiperplasia da íntima

CLÍNICA:
- FÍSTULA NÃO MATURA
- DIMINUIÇÃO DO FLUXO PARA A MÁQUINA DE DIÁLISE
- Trombose
- Frêmito mais fraco

TTO:
- Angioplastia +/- Stent
- CX

159
Q

IMPORTANTE

FAV: Estenose da prótese

A

PRÓTESES:
- O segmento de canulação todo (inflow e outflow) é na prótese
- ESTENOSE DA ANASTOMOSE VENOSA: EDEMA, AUMENTO DA AMPLITUDE DE PULSO, SANGRAMENTO PERSISTENTE APÓS RETIRADA DA AGULHA
→ TTO: Angioplastia + STENT revestido

160
Q

IMPORTANTE

FAV: Estenose venosa distal

A

ESTENOSE DISTAL:
- ≥ 5 cm de distância da anastomose (arco cefálico, estenose central)
- Estenose de OUTFLOW
- Praticamente exclusiva das FAVs BRAQUIO-CEFÁLICAS
- Etiologia multifatorial

CLÍNICA:
- SANGRAMENTO PROLONGADO APÓS RETIRADA DO CATETER DE DIÁLISE (OBSTRUÇÃO DO OUTFLOW)
- FÍSTULA NÃO COLAPSA COM ELEVAÇÃO DO BRAÇO
- FRÊMITO APENAS SISTÓLICO (NÃO CONTÍNUO)
- FÍSTULA FICA DURA (PSEUDOANEURISMAS)
- Trombose
- Diminuição do pulso na altura da estenose

TTO:
- Angioplastia + Stent
- CX

→ Estenose do Arco venoso cefálico:
- Segmento da veia cefálica imediatamente adjacente à sua confluência na veia axilar
- Fatores hemodinâmicos
- TTO: Angioplastia / Bypass do arco (anastomose da Cefálica em outra veia)

161
Q

FAV: IC de alto débito

A

Fisiopatologia:
- FAV → Desvio do fluxo arterial para o sistema venoso → Aumento do DC (aumento da FC e do volume sistólico) + Queda da PA

FR:

  • Função cardíaca comprometida
  • FAV proximal
  • Anemia

Clínica:

  • ICC
  • Angina
  • Alto fluxo (> 2 L/min)

DX:

  • RX de tórax
  • Sinal de Nicoladoni-Branham (queda da FC com oclusão temporária da FAV)

TTO:

  • Cerclagem da anastomose
  • Ligadura da FAV e Construção de novo acesso (se alto fluxo)
162
Q

IMPORTANTE

FAV: outras complicações

A

Hipertensão venosa:

  • Alto fluxo venoso distal causado pela própria fístula e/ou Estenose venosa proximal
  • Edema distal, ulceras de estase
  • TTO: Corrigir causa

Hematoma:

  • Punção antes da maturação da FAV ou em posição não-perpendicular
  • TTO: Conservador (se ausência de infecção)
  • Complicação: estenose da veia
163
Q

IMPORTANTE

Trauma de aorta torácica: conceitos e classificação

A

CONCEITOS:

  • Trauma contuso de alta energia
  • Associado a outras lesões graves
  • Principalmente no istmo: ligamento arterioso - região mais fixa e frágil

→ Traumas penetrantes (qualquer) e contusos graus II-IV são cirúrgicos (grau II: nem sempre)

CLASSIFICAÇÃO DO TRAUMA CONTUSO - GRAUS:

  • I: Lesão intimal
  • II: Hematoma intramural
  • III: Pseudoaneurisma
  • IV: Rotura
164
Q

IMPORTANTE

Trauma contuso de aorta torácica: manejo geral

A

Grau I: Conservador (controlar FC, dor e PA)

Grau II: Varia (intervenção especialmente quando ≥ 1 cm)

Graus III-IV: Intervenção

  • EVAR (menor mortalidade): ENDOPRÓTESE REVESTIDA (STENT COM FREE FLOW) de aorta torácica (seguimento com AngioTC)
  • Aberto (muito mórbido)

→ Dissecção: Intervenção

→ PACIENTE INSTÁVEL PELA LESÃO AÓRTICA:
- Reparo imediato

→ PACIENTE ESTÁVEL OU INSTÁVEL POR OUTRO FOCO TRAUMÁTICO:

  • Postergar o tratamento da aorta
  • Manter PAS < 100 e FC < 100
165
Q

Trauma de aorta abdominal: zonas do retroperitôneo e princípios do tratamento

A

ZONAS: I e III

Mesmos princípios do tratamento de aorta torácica valem para trauma de aorta abdominal e de ilíacas

Se está com a barriga aberta: melhor reparo aberto
# Se está com a barriga contaminada: melhor reparo EVAR
166
Q

IMPORTANTE

Trauma de Artéria Subclávia: conceitos

A

Pode ter lesão de plexo OU lesão de veia subclávia associada

Pode ter Hemotórax / Pneumotórax associado

Isquemia do braço pode ou não estar presente (muitas colaterais)

TTO:

→ EVAR (STENT REVESTIDO):

  • Escolha (menor morbidade do acesso cirúrgico)
  • Durabilidade limitada do stent

→ Aberto:
- Acesso muito mórbido
• Distal: Incisão supra clavicular (pode ressecar a clavícula)
• Proximal:
- D: Esternotomia Mediana +/- Incisão supraclavicular
- E: Toracotomia Anterolateral

167
Q

Trauma de artérias viscerais

A

LESÕES PASÍVEIS DE LIGADURA:
→ TC
→ AMI
→ Veias

LESÕES PASSÍVEIS DE RECONSTRUÇÃO:
→ AMS
→ ARD, ARE
→ AI
- Em geral, cirurgia aberta (geralmente as lesões são identificadas em laparotomia)
- Se contaminação da cavidade: preferir EVAR pelo risco de contaminação do enxerto
- Se o paciente não é candidato à laparotomia, avaliar possibilidade de TTO conservador ou EVAR (lembrar de oclusão de ramos com TTO EVAR)

168
Q

IMPORTANTE

Trauma de membros (penetrante ou contuso): mecanismos e avaliação inicial

A
PENETRANTE: FAF, FAB, empalamento
# CONTUSO: esmagamento, estiramento, fraturas fechadas

AVALIAÇÃO INICIAL:

  • ABCDE
  • Alinhar membro (pode melhorar a perfusão)
  • Palpação de pulsos e avaliação de sinais de isquemia
  • Pesquisa de orifícios de entrada e saída (estimular trajeto)
  • Avaliação de déficit neurológico (pode ocorrer independentemente da lesão vascular)
  • Radiografias (se fraturas, corrigir antes - ortopedia)
  • ITB (< 0,9 sugere lesão)
169
Q

IMPORTANTE

Trauma penetrante de membros: tratamento

A

MEMBRO ISQUÊMICO / HEMORRAGIA ATIVA / HEMATOMA EM EXPANSÃO:
- Redução da fratura (Alinhamento + Estabilização): ver se pulso retorna
- TTO CX IMEDIATO (REVASCULARIZAÇÃO):
→ ABERTO PELO ORIFÍCIO (ESCOLHA)
→ EVAR

MEMBRO NÃO ISQUÊMICO, COM TRAJETO VASCULAR PRESUMIDO:

  • Imagem (AngioTC, Arteriografia): pesquisa de lesão térmica, lesão parcial, pseudoaneurisma, fístulas
  • Se lesão arterial: REVASCULARIZAÇÃO (CX ABERTA)

MEMBRO NÃO ISQUÊMICO, SEM TRAJETO VASCULAR PRESUMIDO:
- Não precisa de imagem (EXCETO SE SINTOMAS NEUROLÓGICOS)

→ Preferir AngioTC se pulso distal presente e paciente não for realizar outra CX

→ Lesão arterial:
- CX ABERTA: Explorar o orifício do trauma + Enxerto com safena contralateral invertida +/- Arteriografia antes

** Se fratura ou lesão óssea: Fixação antes (se necessário, realizar shunt vascular temporário antes)

** EVAR: Opção para FAVs, Pseudoaneurismas e Segmentos difíceis

170
Q

IMPORTANTE

Trauma contuso de membros: tratamento

A

MEMBRO ISQUÊMICO:

  • Redução da fratura para ver se volta pulso (Alinhamento + Estabilização)
  • IMAGEM INVASIVA (pode ser vasoespasmo) + CIRURGIA
  • Fratura óssea: corrigir antes (se necessário, realizar shunt vascular temporário antes)

TRAUMAS DE ALTO RISCO PARA LESÃO VASCULAR, MESMO SEM ISQUEMIA:
* LUXAÇÃO POSTERIOR DO JOELHO
* FRATURA DE PLATÔ TIBIAL
- IMAGEM: AngioTC / Arteriografia

MEMBRO NÃO ISQUÊMICO, COM TRAUMA DE BAIXO RISCO RISCO PARA LESÃO VASCULAR:
- Não precisa de imagem (exceto se apresentar sintomas neurológicos)

→ Preferir AngioTC se pulso distal presente, estabilidade hemodinâmica e se paciente não for realizar outra CX

→ Lesão arterial = Revascularização

171
Q

IMPORTANTE

Revascularização no trauma: princípios

A

Conceitos:

  • Se lesão ortopédica associada, tratar o osso antes (se necessário, realizar shunt vascular antes)
  • Geralmente aberto (raro EVAR)
  • Se penetrante, explorar pelo orifício
  • Imagem para descartar vasoespasmo
  • Lesão de poplítea: revascularizar mesmo se pulsos normais

Conduto: VEIA SAFENA MAGNA

→ CONTRALATERAL:
- Possibilidade de safena ipsilateral também estar lesionada
- Retorno venoso ipsilateral pode depender da safena
- Geralmente membro contralateral não é doente

→ INVERTIDA (não devalvulada):
- Pequeno segmento e calibres semelhantes
- Poupa tempo

** EVITA PRÓTESE DEVIDO À DURABILIDADE BAIXA E AO RISCO DE CONTAMINAÇÃO

** EVAR: Opção para FAVs, Pseudoaneurismas e Segmentos difíceis

172
Q

IMPORTANTE

Trauma arterial: achados de imagem

A

Extravasamento de contraste

Fragmentos de projétil

Vasoespasmo proximal e distal

173
Q

Trauma de membro: conduta pós-revascularização

A

Lesão venosa:

  • Geralmente liga, mas nem sempre aborda
  • Outros sistemas são capazes de suplantar
  • Poupa tempo cirúrgico)

Realizar FASCIOTOMIA:
- Se isquemia > 6h, síndrome compartimental, esmagamento

Lesões neurológicas:
- Devem ser avaliadas pela equipe responsável (ortopedia, plástica) e deve ser considerada correção no mesmo tempo

→ Se stent: Antiagregação
→ Se enxerto: NÃO É NECESSÁRIO antiagregar nem anticoagular

174
Q

Trauma penetrante de membro: escore de MESS

A
  • 4 is: idade, ipotensão, isquemia, isqueleto
  • MESS < 8: pior prognóstico
175
Q

Trauma vascular: FAV pós traumática

A

CLÍNICA:

  • Assintomático
  • Edema, ulceração local, embolização distal, pseudoaneurisma, neuropatia
  • Sangramento (ruptura da fístula)
  • Frêmito
  • ICC de alto débito: estertores, dispneia, ortopneia

IMAGEM:
- US doppler, AngioTC, Angiografia

TTO - INTERVENÇÃO!

  • EVAR: próteses, embolização
  • Aberto
176
Q

Trauma vascular de membros superiores: conceitos

A

Trauma penetrante + Ausência de pulso = Lesão vascular = CX

Trauma penetrante + Pulso + Trajeto vascular = Exame

→ Artérias radial / ulnar:

  • Arco palmar perfundido = Ligadura
  • Mão isquêmica = Reparo arterial
177
Q

Trauma vascular: reimplantes

A

Conduta:

  • Lavar o membro amputado com SF
  • Envolver em gaze estéril e embeber em SF
  • Colocar dentro de saco
  • Colocar saco no gelo

→ Tempo de isquemia:

  • Normotérmica: 3-6h
  • Hipotérmica: 18h
178
Q

Trombose da restauração vascular

A
  • Possível complicação pós-traumática
  • Clínica: isquemia
  • TTO: CX
179
Q

Pseudoaneurisma pós-punção: TTO

A

COMPRESSÃO DIRETA GUIADA POR USG:
→ Compressão do colo → Trombose
- Indicada em pseudoaneurismas não rotos
- Primeira opção e menos invasiva
- Realizar curativo compressivo após

PERCUTÂNEO:
→ Injeção de trombina
- Ideal em colos longos e finos
- Risco de embolização da artéria e isquemia do território distal
- Menos invasivo

EVAR:
- Avaliar viabilidade (diâmetro, região, dobras)
→ Embolização com molas
→ Implante de stent revestido

CIRURGIA ABERTA:

  • Rafia primária da artéria ou Ressecção do segmento acometido
  • Reconstrução com anastomose término-terminal ou enxerto

** Infecção:

  • ATB amplo espectro + Culturas + Suporte
  • Exame de imagem
  • Desbridamento CX
180
Q

IMPORTANTE

Síndrome de aprisionamento da Artéria Poplítea: definição e clínica

A

DEFINIÇÃO:
- Claudicação decorrente de compressão da artéria poplítea por estruturas anatômicas inseridas de forma anômala (geralmente músculo gastrocnêmio)

CLÍNICA:

  • Pacientes jovens sem aterosclerose
  • Dor isquêmica (em queimação) desencadeada por FLEXÃO do membro - exercício e recrutamento da musculatura da panturrilha (Ex: ciclistas e atletas)
  • Diminuição do pulso à flexão do membro (tibial posterior e pedioso)
  • Obstrução arterial aguda
  • Assimetria entre membros
181
Q

IMPORTANTE

Síndrome de aprisionamento da Artéria Poplítea: DX e TTO

A

DX:

  • Arteriografia com manobras de sensibilização
  • Doppler com manobras de sensibilização

TTO:
- CX (geralmente enxerto com safena ipsilateral)

182
Q

IMPORTANTE

Compressão da veia poplítea: conceitos e clínica

A

Compressão extrínseca da veia poplítea por alterações estruturais no cavo poplíteo:

  • Cabeça medial aberrante do gastrocnêmio
  • Artéria poplítea aneurismática
  • Cisto poplíteo
  • Hipertrofia do músculo poplíteo e/ou sóleo
  • Hipertrofia de banda fibrótica

Clínica:

  • Assintomático
  • Dor, edema e varizes abaixo do joelho
  • TVP
183
Q

IMPORTANTE

Compressão da veia poplítea: DX e TTO

A

DX:

  • USG: estenose/oclusão com manobra de flexão plantar e dorsiflexão
  • RMN: detalhes anatômicos da fossa poplítea
  • Venografia: estenose/oclusão com manobra de flexão plantar e dorsiflexão

TTO:
- Sintomáticos leves: meias de compressão
- Sintomáticos graves: descompressão
cirúrgica
- TVP: anticoagulação

184
Q

Tumores carotídeos: conceitos e clínica

A

CONCEITOS:
- 6% dos tumores carotídeos são malignos

Paraganglioma (glômus carotídeo):

  • Principal tumor carotídeo
  • Tumor neuroendócrino
  • Cresce entre as carótidas
  • Benigno, com alta recorrência local

CLÍNICA:

  • Abaulamento cervical
  • Sintomas compressivos - neurológicos (disfonia, disfagia)
  • Sinal de Fontaine: tumor móvel na horizontal e fixo na vertical
185
Q

Paraganglioma carotídeo: DX e classificação

A

DX:
- Imagem (AngioTC ou AngioRM)

CLASSIFICAÇÃO (Shamblin):

  • I: Pequenos, sem aderência às estruturas vasculo-nervosas vizinhas, que podem ser facilmente ressecados (envolvimento < 180 graus)
  • II: Maiores, com moderada aderência aos vasos carotídeos, podendo ser necessária a revascularização carotídea após ressecção tumoral
  • III: Grandes dimensões, muito aderidos às estruturas vasculo-nervosas, podendo ser necessária a ressecção dos nervos vago e hipoglosso e a ligadura ou revascularização dos vasos carotídeos
186
Q

Paraganglioma carotídeo: TTO

A

TTO: CX

Indicações:

  • Secretor de catecolaminas
  • Sintomas compressivos
  • Tamanho ≥ 3 cm

→ Realizado teste da oclusão carotídea: se não houver sintoma neurológico, carótida não necessita de reconstrução

RT pré-operatória: pode ser feita para diminuição do tamanho
# Esvaziamento cervical: apenas N+
# Arteriografia para embolização: controverso
187
Q

Roubo da Subclávia: Hemodinâmica

A
  • Artérias com obstrução proximal (Subclávia: Takayasu, trauma ou SDT) podem ser reenchidas por dois mecanismos:
    → Rede de colaterais
    → Inversão do sentido de fluxo dos ramos do vaso obstruído
188
Q

IMPORTANTE

Roubo da Subclávia: DX e TTO

A

DX:

  • Clínica
  • ASSIMETRIA DE PULSOS E PA ENTRE MEMBROS SUPERIORES
  • US doppler / RM / AngioTC

TTO - Restaurar fluxo anterógrado na subclávia:

  • EVAR (usar stent não revestido curto pois ramos são muito próximos)
  • Aberto (difícil acesso) - Enxerto carotídeo-subclávio com safena
189
Q

Roubo da Subclávia: Roubo da Vertebral

A

Mecanismo:
- Obstrução da A. Subclávia proximal à emergência das mamárias → Reenchimento da Subclávia pela Vertebral → Isquemia neurológica

Clínica:

  • Assintomático (achado de inversão de fluxo da vertebral ao doppler)
  • Palpação de pulso e PA
  • Vertigem / Síncope / AIT DE CIRCULAÇÃO POSTERIOR (VÉRTEBRO-BASILAR)
  • Fadiga de membro superior, frialdade

TTO:

  • Assintomático: conservador
  • Sintomático: tratar
190
Q

IMPORTANTE

Roubo da Subclávia: Roubo da Mamária

A
  • Significativo em pacientes que revascularizaram o miocárdio com a mamária

Clínica:

  • Angina desencadeada por esforço com o membro superior esquerdo
  • Diferença de pulsos entre membros (menor no lado afetado)

TTO: Intervenção
- Enxerto Carotídeo-Subclávio

191
Q

IMPORTANTE

Síndrome do Desfiladeiro Torácico: definição e tipos

A

Definição:
- Conjunto de sinais e sintomas causados pela compressão de uma ou mais estruturas do feixe vasculo-nervoso cérvico-torácico
→ Plexo braquial (PRINCIPAL)
→ Artéria subclávia
→ Veia subclávia

Tipos:

  • Compressão entre a clavícula e primeira costela (Síndrome Costo Clavicular)
  • Compressão pelo tendão do músculo peitoral menor
  • Compressão do triângulo escalênico (Síndrome dos Escalenos)
  • Compressão pela costela cervical (Síndrome da Costela Cervical)
  • Compressão pela 1ª costela anômala (Síndrome da Primeira Costela)
  • Compressão pós-traumática
192
Q

IMPORTANTE

Síndrome do Desfiladeiro Torácico: clínica

A

Clínica:
- Compressão neurológica (96%): dor, parestesias, déficit de força
- Compressão venosa (3%): dor, edema, TROMBOSE
→ Síndrome de Paget-Schroetter: trombose da veia subclávia
- Compressão arterial (1%): dor, palidez, frialdade, ulcerações, circulação colateral
→ Piora com esforço físico e elevação do membro

Manobra de Adson: Inspiração + Extensão do pescoço + Rotação da cabeça para o lado afetado + Extensão do membro (Positivo se parestesia ou diminuição do pulso ipsilateral)

Manobra de Elvey: Extensão do membro afetado + Rotação contralateral da cabeça (Positivo se parestesia, dor ou diminuição do pulso ipsilateral)

193
Q

IMPORTANTE

Síndrome do Desfiladeiro Torácico: Triângulo dos Escalenos

A
  • Plexo braquial - parestesia, dor
  • Pode envolver artéria
  • NÃO ENVOLVE VEIA

TTO: Ressecção ou Desinserção do escaleno

→ PS: A hipertrofia do escaleno ANTERIOR pode causar compressão da veia contra a clavícula e causar sintomas venosos

194
Q

IMPORTANTE

Síndrome do Desfiladeiro Torácico: Compressão costoclavicular e Compressão pelo peitoral menor

A

COMPRESSÃO COSTOCLAVICULAR:

  • Envolve todas as estruturas - dor e parestesia, trombose e edema, isquemia
  • TTO: Ressecção de clavícula ou da primeira costela

COMPRESSÃO PELO PEITORAL MENOR:

  • Envolve todas as estruturas - dor e parestesia, trombose e edema, isquemia
  • TTO: Clínico (fisioterapia) ou Desinserção do peitoral

→ Se estenose da A. Subclávia na origem (doppler com inversão de fluxo da vertebral): Derivação com veia

195
Q

IMPORTANTE

Síndrome do Desfiladeiro Torácico: Costela cervical supranumerária

A
  • Geralmente envolve plexo braquial e artéria subclávia
  • Pode envolver veia
  • RX: costela supranumerária

TTO: Ressecção da costela

196
Q

IMPORTANTE

Síndrome do Desfiladeiro Torácico VENOSO: conceitos

A

Compressão extrínseca das veias subclávias no espaço costoclavicular:

  • Ligamento costoclavicular
  • Calo de fratura em clavícula/costela
  • Tumores

Fatores de risco:

  • Excesso de atividade física (movimento de elevação de mmss repetitivo)
  • Trombofilias (trombose)

Clínica:

  • Dor e edema no MS
  • Circulação colateral em ombro e tórax
  • Cianose congestiva da mão

→ Síndrome de Paget-Schroetter: Trombose da veia subclávia

Exames:

  • USG
  • AngioTC/RMN
  • Flebografia
197
Q

IMPORTANTE

Síndrome do Desfiladeiro Torácico VENOSO: TTO

A

TTO:

→ Tratamento clínico: Sintomáticos

→ TVP:

  • Anticoagulação, elevação do membro, repouso
  • Trombólise com cateter

→ CX para descompressão:

Indicações:

  • Sintomas recorrentes com ou sem trombose
  • Sintomáticos limitantes sem melhora após tratamento clínico

Modos

  • Ressecção da 1ª costela
  • Ressecção da costela cervical
  • Divisão de ligamentos ou inserções tendíneas anormais

→ Angioplastia + stent:
- Se recorrência após cirurgia descompressiva (estenose venosa)

198
Q

Arterite de Takayasu

A
  • Acomete aorta e ramos principais
  • 80 - 90% mulheres, população asiática
  • Diagnóstico: imagem - espessamento de parede nas tomografias, PET CT
  • Doença do paciente sem pulso
  • Extensa rede de colaterais – geralmente oclusões são assintomáticas
    → Aneurisma de aorta

TTO:
- AAS + CCs
→ Opção: EVAR (baixa perviedade)

199
Q

Arterite de células gigantes (Horton / Temporal)

A
  • Aorta e ramos, principalmente carótida externa e artéria temporal
  • Mulheres 3:1 homens, > 50 anos, escandinavos
  • Cefaléia, perda visual, claudicação de mandíbula
    → Aneurisma e dissecção aórtica
  • Diagnóstico: biópsia de artéria temporal
    # Tratamento: clínico (corticoide e tocilizumab - antagonista de receptor de IL6)
200
Q

Poliarterite Nodosa

A
  • Primária ou associada a uma infecção prévia por hepatite
    → Aneurismas viscerais
  • Acomete também pequenos vasos mas é ANCA negativa
  • Mais comum: acometimento renal
  • Quadro clínico: livedo, púrpura e necrose de pele, rabdomiólise (aumento de CPK)
    # Tratamento: clínico
201
Q

Doença de Behçet

A
- Úlceras orais, cutâneas, urogenitais, uveíte, teste de patergia positivo (desenvolve pústula ou pápula em região puncionada por agulha)
→ Vascular: aneurismas e pseudoaneurismas
# Tratamento: clínico (se necessária intervenção → EVAR)
202
Q

Tromboangeíte obliterante (Doença de Buerger)

A
  • Não é propriamente uma vasculite - Formação de trombos, com parede arterial preservada
  • TABAGISMO (alta carga tabágica)
  • 90% homens (maioria 30-45 anos)
  • Arteriografia: leito distal pobre e ARTÉRIAS ESPIRALADAS (REDE COLATERAL ABUNDANTE FINA E TORTUOSA)
  • TROMBOFLEBITE MIGRATÓRIA (acometimento venoso)
  • Fenômeno de Raynauld

Tratamento: cessar tabagismo, difícil revascularização (leito distal comprometido)

203
Q

Vasculite por uso de cocaína

A

Conceitos:

  • Jovens
  • Isquemia distal em membros superiores (quirodáctilos)
  • Estenoses à partir do cotovelo

Arteriografia:
- Vasos colaterais em saca rolhas

204
Q

Compartimentos do pé

A
205
Q

IMPORTANTE

Pé diabético: definições

A
  • “Pé diabético”: Lesão secundária à neuropatia, microangiopatia e artropatia do diabético
  • DM → Alterações na microcirculação (calcificação de artérias de pequeno e médio calibre) + Neuropatia periférica (não percebe lesão) → Traumas + Infecção
    ** Favorecem ainda mais lesão: Tabagismo, HAS, Trauma
    → Pé de Charcot - desabamento do arco plantar
    → Dedo em martelo - diferença de tônus entre grupamentos musculares gera contratura anormal dos metatarsos
  • Instabilidade gera mudança dos pontos de apoio e calos ósseos - propício a microtraumas e lesão por espículas ósseas
    → Risco de infecção local e osteomielite
206
Q

Pé diabético: classificação de Wagner

A
207
Q

IMPORTANTE

Pé diabético: manejo

A

Excluir DAOP: pulsos, ITB (paciente DM tem espessamento de camada média e artérias são pouco compressíveis: ITB > 1)

Se houver isquemia:
→ Revascularização +/- Amputação

Se não houver isquemia:

→ Internação

→ ATB de amplo espectro:
- Ceftriaxona (Cipro) + Clinda EV

→ Suporte:

  • Controle da Glicemia (insulina)
  • Controle da PA
  • Analgesia
  • Profilaxia TEV

→ RX do pé (avaliar Osteomielite)

→ CX:
- Desbridamento CX imediato (+ coleta de cultura)
- Correção de calos ósseos
- Considerar amputação (osteomielite avançada, gangrena gasosa)
→ Ajuste de calçado no pós-operatório

** Atentar para Gangrena gasosa (crepitação): Amputação!

208
Q

IMPORTANTE

Pé diabético: prevenção de lesão

A
  • Autoexame dos pés
  • Calçados confortáveis
  • Meias sem costura
  • Enxugar bem entre os dedos
  • Cortar unhas em linha reta
  • Usar óleo vegetal
209
Q

IMPORTANTE

Gangrena gasosa

A

Conceitos:

  • Fasciíte necrotizante do membro
  • Bactérias anaeróbias
  • Rapidamente progressiva: choque séptico e óbito rapidamente se não realizado desbridamento adequado

DX:
- CLÍNICO: Crepitação e enfisema de subcutâneo

TTO:

  • Estabilziação hemodinâmica
  • ATB empírico
  • Desbridamento cirúrgico amplo de urgência
  • Considerar amputações abertas (“guilhotina”)
210
Q

Estenose carotídea: doença vertebral

A

ISQUEMIA VÉRTEBRO-BASILAR:

  • Aterosclerose vertebral
  • Sintomas vértebro-basilares: ataxia, nistagmo, vertigem, fraqueza, cegueira cortical e hemianopia

Exame:

  • US duplex
  • RM / AngioTC (planejar intervenção)

TTO:

  • Geral: atividade física, cessação do tabagismo, dieta saudável, controle da glicemia e PA
  • AAS + Estatina

→ INTERVENÇÃO:
- Assintomáticos: Não
- Sintomáticos: considerar Revascularização
** Não revascularizar carótida e vertebral no mesmo procedimento

211
Q

Aneurisma de carótida

A

Evolução normalmente desfavorável: ruptura, trombose ou embolia distal sintomática

Alta taxa de aneurismas micóticos

Possibilidades cirúrgicas:

→ Aberta:

  • Ressecção e reconstrução (VSM, substituto sintético)
  • Endoaneurismorrafia
  • Excisão de pseudoaneurisma e fechamento com patch

→ EVAR:
- Stent revestido ou stent e embolização trans-stent

212
Q

Displasia fibromuscular de carótida

A

Processo proliferativo não ateromatoso, com envolvimento primariamente da camada média, que envolve longos segmentos de artérias de médio calibre condutoras não ramificadas

Menos de 10% tornam-se sintomáticos

Mulheres entre a 4a e 5a década de vida

TTO clínico:
→ Assintomáticos
- Antiagregantes

CX:
→ Muito sintomáticos (cefaleias incapacitantes)
- Angioplastia SEM STENT (implante desafiador e sem seguimento de longo prazo)

213
Q

IMPORTANTE

Carotidínea: conceitos

A

Carotidínea (Síndrome de Fay): Arterite de células gigantes na carótida

Clínica:
- Dor cervical pós-IVAS

Imagem:

  • TC: Borramento
  • US: Espessamento da parede do vaso que paciente não tinha

TTO:
- CCs + AAS (quadro dura semanas, a despeito do TTO)

214
Q

Nervo Safeno

A
  • Se origina do Nervo Femoral (origem L2-L4) e corre paralelo à Safena Magna
  • Inerva faces medial e anterior da perna (sensitivo)
  • Região comumente lesionada: Tornozelo medial (paralelo à Safena Magna)
  • Lesão: Parestesia / Dor da face medial do pé e perna
  • Bloqueio: em uma linha intermaleolar, inserir a agulha medialmente à punção do nervo fibular profundo junto a veia safena
215
Q

Nervo Tibial

A
  • Se origina do Nervo Ciático
  • Localizado atrás do maléolo medial, em uma linha que une o maléolo medial com o tendão do calcâneo, posterior à artéria tibial
  • Função:
    — Motricidade do compartimento posterior da perna
    — Sensibilidade plantar, até calcanhar e dedos
  • Bloqueio: Inserir a agulha um dedo posterior da a. tibial posterior (checar por palpação)
216
Q

Nervo Fibular Comum (Peroneal)

A

Nervo Fibular (Peroneal) Comum:
- Se origina do Nervo Ciático (origem L4-S3)
- Localizado a 1-2 dedos inferior e posterior à cabeça da fíbula
- Motricidade do compartimento lateral da perna
- Sensibilidade da face anterior da tíbia e do dorso do pé
- Região comumente lesionada: Fíbula proximal (face lateral do joelho)
- Lesão: Pé caído

→ Bloqueio:
- Anestesia a face anterior da tíbia e o dorso do pé
- Mais indicado e menos traumático do que anestesiar os nervos fibulares profundo e superficial

217
Q

Nervos: Fibular Superficial e Fibular Profundo

A

NERVO FIBULAR PROFUNDO:

  • Localizado entre o tendão do músculo extensor longo do hálux e do extensor longo dos dedos
  • À palpação, o nervo está lateral à A. dorsal do pé (pediosa), nível profundo
  • Bloqueio: Anestesia entre o primeiro e segundo espaço intertendinoso do dorso do pé

NERVO FIBULAR SUPERFICIAL:

  • Localizado superficial e lateralmente ao tendão do músculo extensor longo dos dedos
  • Bloqueio: Anestesia a face dorsal do pé. Sempre associar a anestesia do n. fibular profundo
218
Q

Nervo Sural

A
  • Nervo cutâneo
  • Localizado atrás do maléolo lateral, entre borda lateral do tendão do calcâneo e borda posterior da fíbula (paralelo à Safena Parva - face posterior da perna)
  • Sensitivo
  • Lesão: Alteração de sensibilidade na face lateral do pé
  • Bloqueio: Injetar na face lateral do pé até o dedo mínimo (quinto pododáctilo)
219
Q

Linfedema secundário

A
  • Mundo: filariose
  • Países desenvolvidos: TTO oncológico (RT / Esvaziamento)
  • Fatores de risco: trauma, infecção, obesidade
  • Complicações: erisipela, linfangite, linfangiossarcoma
220
Q

Linfedema: clínica

A
  • Edema compressível -> não-compressível
  • Pele em “casca de laranja”
  • Assimetria na circunferência dos membros > 2 cm
  • Sinal de Stemmer: incapacidade do examinador pinçar 2º PDD
  • Edema se mantém ao longo do dia
221
Q

Linfedema: DX

A

Clínico

Imagem:
- Linfografia com azul patente
- RNM (aspecto em colmeia)
- Linfocintilografia
- Linfangiografia
- Linfangiografia com verde de indocianina (avalia capacidade de drenagem)

222
Q

Linfedema: TTO - comportamental

A

Terapia física complexa:
- Drenagem linfática
- Meias compressivas
- Cuidados com pele (evitar ressecamento)
- Exercícios
- Perda ponderal
- Elevação do membro

223
Q

Linfedema: TTO - CX

A

CX:
- Excisão radical + Enxerto/Retalho
- Excisão parcelada
- Lipoaspiração do membro (pode piorar)

Super microCX:
- Transplante autólogo de linfonodo (de outra parte do corpo)
- By-pass venolinfático

224
Q

Linforreia: conceitos

A
Lesão de ducto linfático
# Região inguinal (safenectomia)

Clínica:

  • Linfedema
  • Líquido hialino
  • Ausência de flogose

DX: Clínico +/- Azul patente (triglicérides não ajudam, pois essa linfa não é proveniente do tratao digestivo)

TTO: oBSERVAÇÃO / cx

225
Q

Efeitos colaterais vasculares de medicamentos

A

ESTATINAS:

  • Miosite (risco de rabdomiólise)
  • Clínica: mialgia importante + elevação de CPK
  • TTO: Suspensão da Estatina

QUINOLONAS:
- Aneurisma/ Dissecção de aorta

226
Q

Anatomia: ramos da aorta

A

TRONCO BRAQUIOCEFÁLICO
→ A. CARÓTIDA DIREITA
→ A. SUBCLÁVIA DIREITA

A. CARÓTIDA ESQUERDA

A. SUBCLÁVIA ESQUERDA
→ A. VERTEBRAL
→ TRONCO TIREOCERVICAL
→ A. TORÁCICA INTERNA
- A. Intercostais
- A. Epigástrica superior
- A. Músculo-frênicas
→ TRONCO COSTOCERVICAL
→ A. ESCAPULAR DORSAL

** Hiato aórtico (aorta abdominal): T12

227
Q

IMPORTANTE

Aorta: acesso CX

A

SE ACESSO POR DOENÇA OBSTRUTIVA → NÃO REALIZAR ACESSO TRANSVERSO (RISCO DE LESÃO DAS EPIGÁSTRICAS - COLATERAIS QUE SUPREM O TERRITÓRIO ISQUÊMICO)

Acesso transverso:

  • Utilizado APENAS para correção de aneurismas
  • Acima do umbigo (bifurcação fica ao nível do umbigo)
228
Q

IMPORTANTE

HAS Renovascular: conceitos

A

ESTENOSE DE ARTÉRIA RENAL

HAS < 30 anos OU > 50 anos

Elevação acelerada da Cr

HAS de difícil controle, a despeito de diversas medicações

Sopro sistólico abdominal

Renina elevada

DX:
- USG Doppler
- Angio TC
- Angio RM
- Estudo funcional
- Arteriografia

Causas:
- Fibrodisplasia
- Estenose de artéria renal

229
Q

Displasia fibromuscular (Angiodisplasia): conceitos

A

Conceitos:
- 15% das causas de HAS renovascular
- Múltiplas estenoses arteriais em: aorta, subclávia e renais
- Inflamação com granulomas em camada média e adventícia
- Hipertrofia da íntima

Clínica:
- Mulheres jovens e de meia-idade
- HAS refratária
- Sopro abdominal
- Claudicação intermitente

Labs:
- Renina elevada (> 6)
- Cortisol e metanefrinas normais

230
Q

IMPORTANTE

Displasia Fibromuscular: imagem e TTO

A

Imagem:
→ USG doppler de artérias renais
→ AngioTC
→ AngioRM
→ Estudo funcional
→ Arteriografia
- Estreitamento/estenose sequencial em artéria renal distal, em “Colar de contas”

TTO:
- Angioplastia com stent
- CX: Ligadura dos vasos renais + Re-implante

231
Q

Aterosclerose de artéria renal

A

75% das causas de HAS renovascular

Idosos e vasculopatas

Imagem:

  • Estenose proximal, geralmente envolvendo o óstio (aorta doente)
  • Bilateral

TTO:

  • Clínico (iECA)
  • Angioplastia + Stent para casos selecionados
232
Q

IMPORTANTE

Rabdomiólise: conceitos, DX e TTO

A

Fisiopatologia:
- Necrose muscular → Obstrução tubular por mioglobina → Lesão renal aguda

DX:

  • Clínica
  • Aumento de CPK
  • Hipercalemia
  • Hipocalcemia
  • Mioglobinúria (na centrifugação, fica com faixa esbranquiçada no meio, diferentemente da hematúria, que apresenta sedimento hemático)

TTO:

  • Hidratação venosa (NaCl 0,9%)
  • Suporte e correção DHE
  • Hemodiálise
  • Descompressão CX / Amputação
233
Q

importante

Anatomia: aorta abdominal

A

ARTÉRIAS FRÊNICAS INFERIORES:
- Primeiros ramos abdominais da aorta

TRONCO CELÍACO (TC)

ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR (AMS):
- Principal artéria visceral (não pode ser ligada)

ARTÉRIA RENAL ESQUERDA

ARTÉRIA RENAL DIREITA

ATÉRIA MESENTÉRICA INFERIOR (AMI)
- Pode ser ligada

→ Bifurcação (L4 - umbigo)

234
Q

IMPORTANTE

Anatomia: vascularização mesentérica

A

Conexão entre TC e AMS: A. pancreatico-duodenais

Conexão entre a AMS e AMI: Arcada de Rioland e Artéria Marginal de Drummond (que compõe a Arcada) - Anastomoses entre ACM e ACE

Regiões propensas à isquemia:

  • Flexura esplênica (área de Griffth)
  • Junção retossigmoide (área de Suddeck)
235
Q

Isquemia mesentérica aguda: clínica

A

R ABDOMINAL IMPORTANTE# Clínica (redução aguda do fluxo sanguíneo intestinal):
* Alta mortalidade e clínica frustra
- Antecedentes e fatores de risco (IAM prévio, aterosclerose)
- Dor abdominal importante, DESPROPORCIONAL AO EF
- Distensão
- Diarreia
- Pode sangrar (colite isquêmica)
- TAX > T. retal

EMBOLIA ARTERIAL:

  • FA, flutter, aneurisma
  • Dor súbita e intensa periumbilical
  • Náuseas e vômitos

TROMBOSE ARTERIAL:

  • Fatores de alto RCV
  • Dor mais insidiosa (piora da angina mesentérica crônica)
  • Perda de peso, claudicação de membros

TROMBOSE VENOSA:
- Dor insidiosa com momentos de melhora e piora

NÃO-OCLUSIVA (baixo fluxo):
- Causa precipitante (hipovolemia, choque, doença, cirurgia, medicamento, droga, sepse…)

236
Q

Isquemia mesentérica aguda: Labs

A
  • Inespecíficos, mas avaliam gravidade
  • Marcadores de necrose intestinal: CPK, DHL, LACTATO, d-dímero
  • Leucocitose
  • Hemoconcentração
  • PCR
  • Gasometria: ACIDOSE METABÓLICA LÁTICA
  • Hipermailasemia
  • Hiperfosfatemia
237
Q

Isquemia mesentérica aguda: imagem

A

Afastar outros DX: RX, USG

Peritonite / Instabilidade:
- Cirurgia

Alta suspeição: AngioTC (sem contraste VO):

  • Obstrução vascular, stop, falha de enchimento
  • Edema de alças, espessamento, necrose intestinal

Arteriografia: padrão-ouro
- Se intervenção

Colonoscopia:
- Investigar sangramento

238
Q

Isquemia mesentérica aguda: manejo geral

A
  • Suporte + Hidratação vigorosa + Correção DHE
  • Jejum + SMB
  • Analgesia
  • Anticoagulação sistêmica (exceto se sangramento, como colite isquêmica de etiologia não oclusiva)
  • ATB EV (todos)
  • Tratar conforme etiologia
  • Tratar intestino (discutir CX)
239
Q

Isquemia mesentérica aguda: Laparotomia

A

LAPAROTOMIA SE:
- Sinais de sofrimento de alça: dor intensa e refratária, acidose, leucocitose, achados na TC (pneumatose, líquido livre), piora ou refratariedade

CIRURGIA:

  • Laparotomia mediana
  • Ressecar segmentos inviáveis
  • – Anastomose (pacientes compensados)
  • – Estomia e sepultamento (pacientes graves)
  • Corrigir problema vascular
  • Pacientes muito graves, com área de penumbra: Peritoneostomia + Second-look em 48h
240
Q

Colite isquêmica: definição e etiologias

A

DEFINIÇÃO:

  • Isquemia transitória do cólon por hipofluxo esplâncnico (mais comum no cólon E)
  • Desbalanço entre oferta e gasto de nutrientes

ETIOLOGIAS:

  • Trombose
  • Vasculites
  • Choque
  • Drogas / Cocaína
  • Atividade física intensa (vaso contrição esplâncnica pela Noradrenalina + Desidratação)
  • Iatrogenia / Procedimentos (colonscopia e dilatação do cólon)
241
Q

Colite isquêmica: clínica, DX e TTO

A

CLÍNICA:

  • CX grande recente
  • Dor abdominal
  • Distensão e diminuição dos RH
  • Diarreia
  • Enterorragia

Labs: Acidose + Lactato elevado

Imagem: COLONOSCOPIA

TTO: Clínico (repouso, hidratação)

242
Q

IMPORTANTE

Embolia arterial mesentérica: conceitos, imagem e TTO específico

A

Conceitos:

  • 50% dos casos de AAV
  • Causas: FA, flutter, aneurisma, cirurgias e cateterizações

Imagem:

  • Bifurcações
  • Pouco cálcio
  • Taça invertida

TTO:

  • Laparotomia + Embolectomia com Fogarty (melhor)
  • Trombolíticos (ruim - pode causar trombose e embolia - utilizada apenas para estáveis sem peritonite e com quadro de curta duração)
243
Q

IMPORTANTE

Trombose arterial mesentérica: conceitos, imagem e TTO específico

A

Conceitos:

  • 15-25% dos casos de AAV
  • Aterosclerose / História de isquemia mesentérica crônica
  • Traumas, infecções, dissecções, aneurismas

Imagem:

  • Próxima aos óstios
  • Ponta do lápis
  • Circulação colateral
  • Placas de cálcio

TTO específico:

  • Bypass com safena (da ilíaca)
  • Trombólise (estáveis) / Trombectomia +/- Angioplastia + Stent
244
Q

IMPORTANTE

Trombose venosa mesentérica: conceitos, TC e TTO

A

Conceitos:
- 5% dos casos de AAV
- Primária: idiopática, trombofilias
- Secundária: neoplasias, trauma, CX abdominais, infecções, uso de ACO
- Raramente envolve o cólon
→ Trombose de veia porta / mesentérica superior

TC:

  • Líquido livre
  • Trombose de veia porta / mesentérica
  • Borramento do mesentério
  • Espessamento da parede de alças do delgado
  • Alteração da perfusão hepática

TTO:

  • Internação
  • Suspensão de precipitantes e investigação da causa
  • Suporte: Jejum + HVM + Analgesia
  • Anticoagulação plena parenteral
  • Trombólise (raro)
  • Laparotomia se sofrimento intestinal
245
Q

Isquemia mesentérica aguda não oclusiva: conceitos, imagem e TTO específico

A

Conceitos:

  • 20-30% dos casos de AAV
  • Hipoperfusão intestinal (hipofluxo esplâncnico) e vasoconstrição: choque, UTI, drogas, hemodiálise
  • Áreas com pouca circulação colateral (flexura esplênica, junção retossigmoidea)

TTO:

  • Tratar causa base
  • Infusão intra-arterial de vasodilatadores
  • CX se peritonite
246
Q

Síndrome do Ligamento Arqueado Mediano

A

Síndrome do Ligamento Arqueado Mediano (Síndrome de Dunbar):
- Compressão do tronco celíaco e de estruturas neurais adjacentes por fibras diafragmáticas

Clínica:

  • Pacientes pós bariátrica
  • Dor abdominal, náuseas, vômitos e perda de peso

Imagem:
- AngioTC

TTO:

  • CX + Revascularização
  • Angioplastia (refratários)
247
Q

Trombólise: contraindicações

A

1- AVCH prévio

2- Lesões vasculares intracranianas (ex: MAV)

3- Neoplasia maligna intracraniana (primárias ou metástases)

4- AVCi nos últimos 3 meses

5- Suspeita de dissecção de aorta associada (alguns casos de IAM inferior podem ser secundários à dissecção do óstio da coronária direita causada por uma dissecção de aorta ascendente)

6- Sangramento ativo (exceto menstruação)

7- Trauma craniocefálico ou facial significante nos últimos 3 meses

8- Cirurgia intracraniana ou intraespinhal nos últimos 2 meses

9- Hipertensão importante não controlada com o uso de medicações parenterais

10- Para estreptoquinase especificamente – uso da medicação nos últimos 6 meses já que há risco elevado de alergia.

248
Q

Acessos vasculares

A

SUBCLÁVIA DIREITA:
- Esternotomia com extensão cervical anterior direita e/ou Incisão supraclavicular direita

SUBCLÁVIA ESQUERDA:
- Toracotomia ântero-lateral alta no 3 EIC esquerdo

249
Q

Endarterectomia: Complicações

A

AVC intraoperatório / pós operatório

Disfunção de barorreceptores

Síndrome de hiperperfusão cerebral

  • Edema cerebral
  • Cefaleia, HAS, sonolência, déficits neurológicos

Infecção: FO, remendo sintético (reconstruir com enxerto autógeno)

Hemorragia - Hematoma cervical:
— Abertura imediata se insuficiência respiratória
— Reexploração em CC
— Prevenção uso de dreno

Complicações clínicas: IAM e outras complicações cardiológicas

Lesões neurológicas (pares cranianos)

Trombose (estenose da ACI)
- AVE < 24h