Nefro: DHE e distúrbios ácido-base Flashcards

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1
Q

Quadro de acidose metabólica: qual a PCO2 esperada?

A

PCO2 = 1,5 x BIC + 8 (podendo variar mais ou menos 2)

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Q

Sempre que diagnosticar acidose metabólica, o próximo passo é

A

Calcular ânion-gap

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3
Q

Cálculo do ânion-gap

A

AG = Na - (Cl + BIC)

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4
Q

Acidose metabólica com AG aumentado: o que esse AG aumentado nos diz?

A

Algum ânion que não é medido no sangue está alterando a relação normal entre os valores de Na, Cl e BIC. Esse ânion é o próprio ácido que liberou H+ para acidificar o sangue

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5
Q

Principais causas (4) de acidose metabólica com AG aumentado

A

1) Lactato: sepse, isquemia mesentérica, intoxicação por metformina
2) Cetoânions: CAD e cetoacidose alcoólica
3) Salicilato: intoxicação por AAS
4) Formato e oxalato: intoxicação por álcool não etanol, como metanol e etilenoglicol

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6
Q

Cálculo do delta/delta

A

Delta AG / Delta bicarbonato

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7
Q

Cálculo do delta/delta: valores de corte

A

Nos mostra a variação do AG em relação à variação do BIC
- Se < 1: temos pouca variação do AG para muita queda de bicarbonato, então o AG sozinho não consegue explicar toda a acidose, de forma que temos uma acidose hiperclorêmica associada
- Se entre 1 e 2: nesse caso toda a queda do bicarbonato é explicada pelo AG
- Se > 2: o AG aumentou muito, mas com pouca queda do bicarbonato, por isso deve ter também uma alcalose metabólica associada à acidose metabólica de AG aumentado

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8
Q

Qual DHE está representado na imagem abaixo?

A

Hipercalemia. No traçado é possível ver alargamento de PR e do QRS.

Sequência de alterações no ECG da hipercalemia: onda P apiculada | alargamento de PR e QRS | desaparecimento da onda P | junção do QRS alargado com onda T apiculada gerando padrão sinusoidal e por fim FV

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9
Q

Compensação respiratória da alcalose metabólica

A

PCO2 = HCO3 + 15 (+- 2 mmHg)

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10
Q

Como avaliar se há resposta compensatória - mágica do 15

A

Acidose metabólica: espera-se que o pCO2 caia, portanto usa-se a única fórmula que tenha um “menos”

Alcalose metabólica: espera-se que o pCO2 aumente, portanto usa-se a fórmula BIC + 15, a única fórmula que tem um único “mais”

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11
Q

Relação entre distúrbios do cálcio e o intervalo QT

A

HIPERCa encurta o intervalo QT

HIPOCa alonga o intervalo QT

Ou seja, há uma relação inversa entre o nível sérico de Ca e o intervalo QT

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12
Q

Manejo de hipercalcemia

A

Hidratação vigorosa, com volume de 300ml/h de cristaloide, com meta de débito urinário de 100-150ml/h

Após estabilização, introduzir um bifosfonado de ação rápida como pamidronato ou ácido zoledrônico. Outras possibilidades: furosemida, calcimiméticos, calcitonina, HD

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13
Q

O que é considerado uma osmolaridade urinária baixa?

A

< 300 mOsm/L

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14
Q

A síndrome perdedora de sal é um dx diferencial dentro dos casos de ___________, com uma urina inapropriadamente concentrada com osmolaridade > 300

A

hiponatremia

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15
Q

Paciente com dano cerebral agudo evoluindo com poliúria e hipernatremia. Devemos sempre afastar a presença de diurese osmótica (sendo a hiperglicemia com glicosúria um dx diferencial importante), que tipicamente vão se apresentar com uma osmolaridade urinária > 600, enquanto os quadros de diabetes insipidus (DI) apresentam osmolaridade urinária < 300. Para confirmar o dx de DI e diferenciar em topografia central ou nefrogênico devemos realizar o teste com infusão de

A

desmopressina (ADH), onde tipicamente a não elevação ou elevação parcial da osmolaridade mantendo níveis < 300 falam a favor de DI nefrogênico completo ou parcial. Enquanto a elevação de > 100% ou 15-50% atingindo níveis > 300 falam a favor de DI central

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16
Q

Paciente com tumor de pulmão (especialmente o de pequenas células e linfomas), apresentando hiponatremia euvolêmica e osmolaridade urinária alta. Pensar em

A

SIADH - Liberação inapropriada do ADH. A urina fica inapropriadamente concentrada apesar da osmolaridade sérica baixa

17
Q

Tratamento inicial de SIADH

A

Restrição da ingesta hídrica, se isso não funcionar podemos adicionar mais soluto que será excretado na urina. Uma opção é aumentar o sódio da dieta ou dar ureia

18
Q

Lembre-se de que os distúrbios do sódio são distúrbios da água em si. Quais os dois principais controladores da água corporal total do nosso organismo?

A

SRAA e ADH

19
Q

Principal exemplo de hiponatremia euvolêmica

A

SIADH

20
Q

SIADH - Principais etiologias

A

Lesões intracerebrais (AVC, hemorragias, traumas, infecções)
Neoplasias (sobretudo carcinoma de pequenas células)
Medicamentos (carbamazepina, fluoxetina, ciclofosfamida)
Pós-operatório (cx transesfenoidal)

Obs.: A pneumonia classicamente relacionada à hiponatremia é a Legionella

21
Q

São limitadas as causas de acidose metabólica de AG aumentado, sendo representadas pelo mnemônico SALUD

A

Salicilatos
Álcool
Lactato
Uremia
Diabetes (hiperglicemia)

22
Q

Sempre que estivermos diante de um paciente com hiponatremia hipotônica
euvolêmica + osmolaridade urinária < mOsm/L: devemos suspeitar de

A

polidipsia psicogênica

Quando a osmolaridade urinária < 100 mOsm/L, sabemos que o paciente está consumindo mais água do que seus rins têm capacidade de eliminar. Pessoal, vocês lembram que a osmolaridade mínima da urina é 50 mOsm/L? Pois bem, os solutos da urina são basicamente eletrólitos e ureia. Logo, em situações em que a pessoa come pouca proteína e sódio e consome mais água, o rim dilui ao máximo a urina e, mesmo assim, pode sobrar água livre. Abaixo citaremos situações que cursam com essa condição:

. Polidipsia primária;
. Potomania do bebedor de cerveja;
. Síndrome tea and toast (se alimentar de carboidratos, como torrada, e beber líquidos em excesso, como chá).