Doença trofoblástica gestacional Flashcards

1
Q

DTF > Definição

A
  • É um grupo de alterações que surgem à partir do trofoblasto em consequência de fertilização aberrante;
  • Essas alterações caracterizam-se por proliferação anormal dos diferentes tipos de epitélio trofoblástico (cito, sincicio e trofoblasto intermediário)
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2
Q

DTF > Classificação OMS

A

1) MOLA HIDRATIFORME (malformações das vilosidades coriônicas que predispões a neoplasias)
> COMPLETA
> INCOMPLETA
> PARCIAL

2) CORIOCARCINOMA GESTACIONAL
3) TUMOR TROFOBLÁSTICO DO SÍTIO PLACENTÁRIO
4) TUMOR TROFOBLÁSTICO EPITELIODE

> 2, 3 e 4 são neoplasias trofoblásticas gestacionais

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3
Q

DTF > MOLA HIDRATIFORME > Generalidades

A
  • Dividida em mola completa e mola parcial
  • Diferem quanto a aspectos histológicos, genéticos e clínicos
  • FR > Idade materna/ Infecções virais/ estado nutricional/ defeito de céls germinativas/ paridade/ consanguinidade/ contracepção oral/ antecedente de mola hidratiforme/ influência do meio ambiente
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4
Q

DTF > MOLA HIDRATIFORME > MOLA COMPLETA

A
  • NÃO HÁ DESENVOLVIMENTO DO EMBRIÃO, MEMBRANAS E CORDÃO UMBILICAL.
  • Geneticamente > Cromossomos exclusivamente de origem paterna/ óvulo fecundado tem cromossomos ausentes ou inativos e é fecundado por spz 23,X ocorrendo duplicação genómica gerando 46,XX (maioria)/ 10% das molas são 46,XY (2 spz fecundaram o óvulo vazio)
  • 20% evoluem para formas malignas
  • CACHO DE UVA macroscopicamente
  • Histologicamente > Todas as vilosidades alteradas com dilatação hidrópica e formação e cisterna central repleta de líquido
  • Hiperplasia difusa do cito e do sincicio
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5
Q

DTF > MOLA HIDRATIFORME > MOLA PARCIAL

A
  • MACROSCOPICAMENTE PODE SER IDENTIFICADO EMBRIÃO OU FETO MALFORMADO ASSOCIADO A PLACENTA AUMENTADA COM VESÍCULAS
  • Geneticamente > 90% resultam de fecundação de óvulo normal por 2 spz resultando em triploidia (69, XXX ou 69, XXY)/ 10% são tetraploides
  • 5% evoluem para formas malignas
  • Microscopia > vilosidades normais junto com vilosidades hidrópicas;
  • Inclusão do trofoblasto dentro do estroma é altamente sugestivo de mola parcial
  • Hiperplasia focal limitada ao sincicio
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6
Q

DTF > MOLA COMPLETA X PARCIAL > Principais diferenças

A
- MOLA COMPLETA
 > Diploide 
 > Ausência de concepto 
 > Hiperplasia trofoblástica difusa
 > Hidropsia vilosa difusa
 > hcg > 100.000 (em geral)
- MOLA PARCIAL
 > Triploide
 > Concepto malformado
 > Hiperplasia trofoblástica focal
 > Hidropsia vilosa focal
 > hcg < 100.000 (em geral)
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7
Q

DTF > MOLA HIDRATIFORME > Clínica

A
  • Quadro clínico depende da IG do seu diagnóstico

> Sangramento vaginal (mais encontrado/ associado ou não a atraso menstrual/ escuro)
1° trimestre/ início do segundo
Eliminação espontânea de vesículas é patognomônico dessa enfermidade (rara ocorrência)
Dores abdominais (geralmente hipogástrio) ou indolor
Vômitos
Hiperêmese gravídica (mais freq em molas volumosas)

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8
Q

DTF > MOLA HIDRATIFORME > Ex físico

A
  • Aumento uterino superior a IG (proliferação conteúdo molar)
  • Ausência de BCF e partes fetais (exceto em molas parciais com feto)
  • DHEG antes de 20s (em molas volumosas)
  • Sinai de hipertireoidismo (em molas volumosas com grande quant de hcg que faz estimulação cruzada nos receptores tireoidianos/ extremidades quentes, taquicardia, sudorese, pele úmida, tremores, exoftalmia)
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9
Q

DTF > MOLA HIDRATIFORME > Exames complementares

A
  • hcg maiores que 200.000 são fortes indicativos de DTF (gestação múltipla como DD) (mola parcial geralmente menor que 100mil)
  • USG > Aspecto ecográfico depende da IG e do tamanho das vesículas
    > mais comum são múltiplas áreas anecoicas entremeadas por áreas amorfas (flocos de neve)
    > mola parcial pode se observar placenta espessada, hiperecoica e/ou com imagens císticas (concepto frequentemente com malformações ou RCF)
    > USG permite avaliar invasão uterina pelo trofoblasto, pesquisar metástases, monitorar resposta a QT
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10
Q

DTF > MOLA HIDRATIFORME > Tratamento > Esvaziamento molar

A
  • Antes de esvaziamento molar, corrigir alterações eventuais > anemia/ tireotoxicose/ hipotensão/ has secundária a dheg
  • Solicitar > b-hcg/ hemograma/ coagulograma/ função tireoidiana, hep e renal/ tipo sang/ RX torax
  • Método de eleição para esvaziamento > Aspiração à vácuo (se mola completa não aconselhado uso de misoprostol ou ocitocina antes da dilatação cervical) (dilatação do colo com vela de Hegar/ seguida de infusão de ocitocina para provocar contração uterina, diminuindo possibilidade de sangramento/ aspiração por curetagem)

obs: histerectomia é possibilidade em mulheres sem desejo reprodutivo (risco de transformação maligna diminui muito em relação a aspiração)
obs: QT profilática controversa

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11
Q

DTF > MOLA HIDRATIFORME > Tratamento > Acompanhamento após esvaziamento

A
  • Sangramento vaginal não costuma permanecer por + de 1 semana;
  • Sintomas da gravidez regridem rapidamente
  • b-hcg avaliado quinzenalmente até zerar/ após negativação retorno mensal por, pelo menos, 6 meses;
  • Anticoncepção (anticoncepcional hormonal oral) durante acompanhamento pós-molar
  • Uso de DIU somente após normalização de hcg
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12
Q

DTF > MOLA HIDRATIFORME > CRITÉRIOS PARA MOLA HIDRATIFORME DE ALTO RISCO

A
  • Um ou mais dos fatores indica elevado risco de progressão para doença neoplásica
> Hcg > 100 mil em urina de 24h OU > 40 mil em sangue
> Útero grande para IG
> Cisto tecaluteínico > 6 cm
> Idade materna > 40
> Mola de repetição
> Hipertireoidismo 
> Pré-eclâmpsia abaixo de 20s
> Embolização trofoblástica
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13
Q

DTF > MOLA HIDRATIFORME > Coexistência entre mola e feto

A
  • Gestação gemelar em que feto normal coexiste com mola parcial ou completa
  • Devido a raridade, evolução pouco conhecida
  • 60% que optam por continuar gestação irão evoluir para abortamento ou óbito fetal
  • 40% terão desfechos perinatais favoráveis
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14
Q

DTF > NEOPLASIA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL > Entidades

A
  • Mola invasora
  • Coriocarcinoma gestacional
  • Tumor trofoblástico do sítio placentário
  • Tumor trofoblástico epitelioide
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15
Q

DTF > NEOPLASIA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL > MOLA INVASORA

A
  • Forma mais comum de Neoplasia trofoblástica gestacional
  • Sequela de mola hidratiforme / Vilosidades molares invadindo profundamente o miométrio
  • Pode gerar > perfuração uterina, hemorragia, infecção
  • Raramente metastatiza (pulmão, pelve)
  • QT / Cirurgia (histerectomia/ se perfuração uterina ou QT-resistente)/ Cirurgia conservadora com ressecamento do tumor (se desejo reprodutivo)
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16
Q

DTF > NEOPLASIA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL > CORIOCARCINOMA GESTACIONAL

A
  • Forma extremamente agressiva de Neoplasia trofoblástica gestacional
  • Pode se associar a qualquer tipo de gestação, tendo mola hidratiforme como precedente mais comum
  • Invade profundamente miométrio e vasos causando hemorragia e necrose
  • Disseminação rápida por via hematogênica
  • Metástases > pulmão, vagina, fígado, SNC / baço, rins, intestino
  • Padrão dimórfico de cito e sincicio/ não se evidencia vilosidade coriônica
  • Altamente sensível a QT com taxa de cura próximo a 100% na ausência de metástases
17
Q

DTF > NEOPLASIA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL > TUMOR TROFOBLÁSTICO DO SÍTIO PLACENTÁRIO

A
  • Forma rara
  • 50 a 70% precedidas por gestação normal, restante consequente de molas ou abortamentos
  • Massas sólidas circunscritas ao miométrio (algumas vezes, porém, projeta-se para dentro da cav uterina)
  • Ausência de vilosidade coriônica, com proliferação de céls trofoblásticas intermediárias do sítio de implantação;
  • Hemorragias e necrose menores que coriocarcinoma
  • Maioria não faz metástase (se fizer > ovário, paramétrio, reto, bexiga/ pulmão, fígado, encéfalo, retroperitônio e linfonodos)
  • Pouco sensível a QT
  • Boa resposta À cirurgia (histerectomia indicada)
18
Q

DTF > NEOPLASIA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL > TUMOR TROFOBLÁSTICO EPITELIOIDE

A
  • Forma rara
  • Semelhanças com tumor do sítio placentário > Formado por céls trofoblásticas intermediáras/ mais frequentemente precedida por gestação a termo/ raramente metástases/ produz pouco hcg
  • Pode coexistir com tumor de sítio plac ou coriocarcinoma
  • Formação bem definida, conteúdo sólido e líquido, localizada na parede uterina, discreta hemorragia;
  • Padrão de crescimento nodular (enquanto tumor de sítio placentário é infiltrativo)
  • Não sensível a QT/ Tratamento deve ser cirúrgico
19
Q

DTF > NEOPLASIA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL > CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS

A
  • Critérios de Figo/ pelo menos 1 dos seguintes

> 4 valores de hcg em platô (variação de mais ou menos 10%), por no mínimo 3 semanas, nos dias 1 - 7 - 14 - 21
Elevação de hcg em pelo menos 10% (por no mínimo 3 valores ao menos por 2 semanas nos dias 1 - 7 - 14)
Diagnóstico histológico de coriocarcinoma
Evidencia doença metastática em mulher de idade reprodutiva

  • Critérios adicionais que indicam início de tratamento:

> Sangramento genital intenso
Evidencia sangramento TGI ou intraperitoneal
hcg > 20 mil 4 semanas após esvaziamento molar

20
Q

DTF > NEOPLASIA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL > Acompanhamento após

A
  • Após negativação de hcg devem fazer acompanhamento por dosagem deste a cada 2 semanas por 3 meses, e então mensalmente até completar 1 ano
  • Recomenda-se anteconcepção por 1-2 anos nos pctes de baixo risco e 5 anos naquelas com metástases cerebral e hepática, tumor de sítio placentário ou epitelioide