Cu nos sistemas biológicos Flashcards

1
Q

Cu vs. Fe: função

A

Cu muitas vezes tem funções iguais às do Fe…

  • transporte eletrónico (cyts e copper blues)
  • transporte/ armazenamento de metais (ferritin e ceruloplasmin)
  • transporte/ armazenamento de oxigénio(hemoglobina e hemocianina)

outros enzimas (hidrolases, oxidoredutases, isomerases e sintetases)

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2
Q

Cu nos sistemas biológicos (+ química inorgânica)

A

5º elemento + abundante no corpo humano

  • EO 2+ and 1+ são os + comuns.
  • O cobre liga dadores “hard e soft“:
    Cu(I) é um ácido soft acid (cys, met)
    Cu(II) é “borderline” (His)
  • NC e geometria variam com EO:
    Cu2+: d9 = 4-6 coordenação, quadrangular plana, octaedrica distorcida
    – Cu1+: d10 = 2-4 coordenação, linear, trigonal plana, tetraedrica
  • Cu2+: geometrias distorcidas devido ao efeito de Jahn Teller.
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3
Q

Transporte dos elementos no plasma

A

Não está livre; transportado por albumina (tal como Fe por transferrina)

entra na célula epitelial ou:

  • pelo mesmo transportador que o Fe, DMT1 (dimetaltransporter) => entra por endossoma que na membrana tem DMT1! para que depois consiga sair!
  • ou transportador específico? hCTR1 (human copper transporter?) => direto, Fe associa-se a chaperona ATOX1 (em humanos)

=> Cu armazenado no CG das células epiteliais; quando necessário: volta para a corrente sanguínea por processo contrário (formação endossomas…)

(ver esquemas!)

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4
Q

Fe vs. Cu - Absorção e Transporte

A

Fe/Cu maior parte armazenado em hepatócitos

Absorção de Cu é regulada pela de Fe! DMT1 transporta ambos, na presença de grande transporte de Fe: inibição do transporte Cu inibido! => transportador com > afinidade para o Fe –> é internalizado, armazenado sob forma de ferritina, aquele que é necessário passa para corrente sanguínea, associa-se à transferrina (2 átomos Fe por transferrina)

no hepatócito: ciclo da transferrina; ATPase –> acidificação do endossoma –> libertação dos iões de Fe (–> armazenados ou incorporados em hemos/…)
uma vez descarregado, endossoma volta com transferrina na forma apo para a membrana

Cu pode entrar pelo seu canal dirigido, sempre na forma reduzida (= Cu redutase) –> endossoma –> chaperona de ATOX –> RE, mit, CG…
armazenamento: transportado por albumina até hepatócito, quando necessário: sai dos hepatócitos, volta à corrente sanguínea (pela albumina)
excesso Cu pode ser armazenado na vesícula biliar

(ver esquemas!)

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5
Q

Cu chaperones e transportadores

A

ATP7A - transportador de Cu para o RE

Difs modos de coordenação do Cu nestas proteínas:

  • ATPases (transportadoras dependentes de ATP): Cu coordenado pelo S de 2 cadeias lat. de cys –> geometria quase linear
  • diferentes chaperonas: coordenação por 3 ligandos: 2 cad. lat. de cys e 1 cad. lat de His
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6
Q

Proteínas de cobre - função

A

difs funções, mtas equivs às do Fe

  • Transporte de O2
  • Transporte de e-
  • Oxidoredutases
  • Monooxigenase membrana (= Particulate methane monooxygenase)
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7
Q

Proteínas de cobre - Classificação histórica

A

Quanto ao tipo de grupo prostético

Tipo 1, Tipo 2, Tipo 3, Trinuclear Cu site, CuA, Metallothionein like (existem nas chaperonas)
e tmb CuZ

(ver tabela!!)

1 e 2 mononucleares
3 tem 2 iões de Cu
trinuclear cu site tem um centro de cu tipo 3 e um tipo 2 –> trinuclear

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8
Q

Proteínas de cobre - Exemplos dos vários tipos

A

centro Cu tipo 1: transferência eletrónica;
3 variações: classe 1 (na plastocianina, envolvida na fotossíntese), 2 (na umecianina) ou 3 (na azurina, nas cadeias eletrónicas de bacterias)

centro Cu tipo 2: catálise;
na SOD de Cu, Zn

Centro Cu tipo 3: transporte e ativação de O2;
hemocianina (transporte só, sem atividade catalítica)

cyt c oxidase: CuA (dinuclear, transporte eletrónico)
CuB (mononuclear, mas não está isolado, atua com hemo de AS –> onde o O2 se liga e é reduzido a H2O)

espetroscopia de ressonância paramagnética eletrónica (todos com fingerprint (ex tipo 1 hiperfino, está mto “junto”) EXCETO: centros trinucleares e CuB)

asorbato oxidase: centro tipo 1, tipo 2, tipo 3: centro catalítico está nos 2 e 3, o tipo 1 só fornece e- para o acontecimento da reação

n2O reductase: centro CuACuZ

(ver esquema!!!)

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9
Q

Cupredoxinas

A

Centro de cobre tipo I
- Designam-se por proteinas de cobre azul (blue copper proteins), rel. peq.

  • Contêm 1 ião de Cu coordenado por 2 N de imidazois de His e 1 S do grupo tiolato de Cys
  • Forte abs a 600 nm (–> azul), resultado de transferência de carga ligando-metal, cisteína tiolato-cobre.
    + há distorção –> efeito de Jahn Teller
    (+ abs no UV)
    + exibem sinais hiperfinos no espectro EPR resultantes de acoplamento spin-nucleo
Proteínas de transferência electrónica: auracianina, azurina, plastocianina, rusticianina;
folhas beta (e 1 ou outra hélice alpha: azurina..), geometria tetraédrica distorcida ou BPT (azurina)
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10
Q

Monoxigenases - ex. dopamine b monooxygenase

A

dopamine b monooxygenase: nos neurónios, na agregação da dopamina

CuM, cada monomero contem 2 centros de cobre do tipo II, só 1 atua como centro cat

(ver o mecanismo! lig. a O2, substrato –> intermed Cu-superoxo: CuM(I) –> Cu(II) e e- vai para o O2; desprotonação, transferência eletrónica –> complexo Cu-oxo (1 dos O saiu sob forma de H2O), para tal centro de Cu recebeu e- do centro vizinho! CuH… no fim: libertação do substrato já monooxigenado)

Centro de cobre tipo II

  • Freq. presentes em oxidoredutases
  • Centro de metal predom. coordenado por resíduos de His
  • geometria QP distorcida
  • Não possuem características distintas no espectro de absorção de vísivel
  • Ativos em EPR, geralmente com simetria axial e divisão hiperfina
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11
Q

Monoxigenases - ex. tirosinases

A

ex. tirosinases: monooxigenação da Tyr –> dopaquinona, envolvido na via de produção da melanina!

(ver mec!!
alteração no centro cat:
- deoxy: Cu+ Cu+
- oxo: Cu2+ - O2 - Cu2+
- met: Cu2+ - O - Cu2+
!!2 ciclos catalíticos!! conforme o substrato!!:
- ciclo monooxigenase (com fenol): deoxy oxy
- ciclo oxigenase (com catecol): deoxy met oxy)

Centro de cobre tipo III

  • centros de cobre binuclear, com cada Cu ligado por 3 His
  • SEM O2, cada ião de cobre: geometria trigonal plana.
    vs. COM O2 (partilhado entre os iões), os iões de cobre assumem geometria BPT
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12
Q

Proteínas de transporte de O2 - hemocianina

A

Também centro Cu tipo 3! O2 liga-se em ponte entre os 2 iões de Cu

transporte, NÃO catalisa! Pq geometria, Cu já tem 3 ligs fortes (não ligado a H2O que é fraco…)

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13
Q

Proteínas de transporte de O2 - comparação

A

Hemoglobina (sangue vermelho)
grupo prostético: hemo de AS
sem O2: AS, liga a H2O
com O2: Hemo transfere e- –> Fe2+, mais peq, passa a BS, liga O2

[Clorocruorina (algumas minhocas, sanguessugas… sangue verde) hemo modificado]

Hemeritrina (larvas, minhocas marinhas, sangue violeta):
Binuclear de Fe, O ligado em ponte entre os 2 iões de Fe

Hemocianina (insetos, larvas, moluscos, crustáceos, aranhas… sangue azul):
Binuclear de Cu, O2 em ponte entre os 2 iões de Cu

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14
Q

Oxidoredutases - Multicopper oxidases ex. Ascorbate oxidase

A

Vários centros Cu, oxidoredutase

Ascorbate oxidase
centro catalítico: T3,T2

e próximo T1 que dá e-

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15
Q

Oxidoredutases – T3Cu em oxidases “simples” vs. Multicopper oxidases

A

Dif: forma como o O2 se liga

“simples”: O2 em ponte, com Cu2+

Multicopper oxidases: coordenação do O partilhada pelos 3 iões dos 2 centros
–> ligação distorcida de 1 os Cu do T3
(T2: Cu2+; T3: Cu+ e Cu2+)

laccase: dos fungos, que degradam lenhina?

4H+ + 4Substrato + O2 –> 2H2O + 4Substrato*

+4e- –> todos Cu+ (totalmente red) => pode-se ligar O2, dps clivagem O-O: OH lig em ponte a 2 Cu2+, O em ponte aos 3 Cu2+; se em turnover: +4e-, 3H+, -2H2O, volta ao estado red, recomeça
se não houver turnover: sai mol de H2O, enzima passa para estado resting

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16
Q

Oxidoreductases – Multicopper oxidases – Nitrito reductase

A

No2- + e- + 2H+ –> No + H2O

centro T1,T2 (onde se liga o nitrito)

estado resting: Cu2+, lig a H2O

transf el: red, NO2 liga-se
–> libertação H2O; fica ligado ao Cu mol de NO, que se liberta

17
Q

Oxidoredutases – N2O reductase

A

N2O + 2H+ + 2e- –> N2 + H2O (redutase de óxido nitroso)

homodímero
2 centros: CuA (binuclear de Cu, estão associados entre si por ponte de S pelo S de cad lat de 2 cys), CuZ (4 iões de Cu, alguns associados por S)

(resting) OH a fazer ponte

se cyt/ascorbato dá e-, liberta-se OH sob forma de H2O; iões Cu disponíveis para ligar o N2O (em ponte entre Cu 1 e 4 do Cuz)

injeção de outro e-, quebra-se lig do N2O –> libertação de N2, reestabelece-se lig OH a Cu 4
(dps turnover ou volta para forma resting)

18
Q

Oxidases com centros de CuA e CuB

A

ex. Cyt c O2 oxidoredutase
–> CIV da cadeia respiratória
[subunidades I, II e III são as mínimas funcionais (eucariotas e procariotas)]

vários grupos prostéticos:

  • CuA (red pelo cyt c, passagem de e- para o:)
  • Hemo a, LS (dps passagem para o centro cat:)
  • CuB e Hemo a3, HS (interage com O2, red a H2O)
I: Cu2+, Fe3+ 
com 2e- para o binuclear --> red:
II Cu+, Fe2+
III ligam O2 em ponte
com 1e-
IV: cisão de O2: ao todo deram-se 4e-!!! Fe4+ (estado ferril para ativação do O) e Cu2+
com e- e H+
V: 2 grupos OH ligados a cada um dos metais, libertam-se na forma de H2O 
=> assim não se criaram ROS
19
Q

Oxigénio reductases do tipo HCO –Heme copper oxidoreductases

A

reação altamente exergónica
O2 +4e+4H+ +4H+in => 2H2O +4H+out
membrana como pilha… enzima contribui para maior dif de cargas… e tmb bombeia H+ p/ fora (TD desfavorável, mas é acoplada) –> gerar gradiente eletroquímico

tem 2 canais protónicos, D-channel e K-channel
não é 1 H+ que atravessa! MAS: mecanismo Grotthus (1806!):

~dominó:
entrada H+ –> ponte => lig cov (e vice-versa!) (alternância de fazer e desfazer ligs H) =» reorientação das mols H2O;
no fim sai H+