Coma e RNC Flashcards

1
Q

O que causa o coma?

A

Coma é causado por desordens que acometem o sistema reticular ativador no tronco cerebral ou que afetam ambos os hemisférios cerebrais.

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2
Q

As causas mais frequentes de coma no departamento de emergência são __________

A

Reversíveis

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3
Q

Na abordagem inicial do paciente com coma são prioritários _________ ______ e _________, além da _______________.

A

ABCD
Primário
Secundário
Glicemia capilar

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4
Q

Qual a conduta em caso de não haver causa reversível imediata?

A

Proceder com intubação orotraqueal precocemente.

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5
Q

Que porções do SNC são responsáveis pelo nível de consciência e pelo conteúdo?

A
  1. O nível {relacionado ao grau de alerta do indivíduo): depende de projeções para todo o córtex oriundas da formação reticular ativadora ascendente (FRAA), situada na porção posterior da transição pontomesencefálica.
  2. O conteúdo: relaciona-se basicamente à função do córtex cerebral, das chamadas funções nervosas superiores, sendo afetado por lesões restritas a essas estruturas.
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6
Q

Como a caracterização topográfica da lesão pode sugerir a etiologia?

A

As encefalopatias difusas geralmente são causadas por doenças clínicas, como transtornos metabólicos e intoxicações agudas. Já nas encefalopatias focais (quer supra, quer infratentoriais), uma doença intracraniana é encontrada na maior parte das vezes. Exceções existem dos dois lados. Meningites, múltiplas metástases cerebrais, hemorragia subaracnóidea e hipertensão intracraniana podem levar a um quadro de encefalopatias difusas, ao passo que hipoglicemia, encefalopatias hepática e urêmica podem apresentar-se com sinais localizatórios, simulando uma encefalopatia focal.

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7
Q

Causas de encefalopatias focais:

A

Exemplos: tumores, hemorragia intraparenquimatosa, hema-

toma subdural ou epidural e abscesso cerebral, entre outros.

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8
Q

Causas de encefalopatias difusas:

A

Hipoglicemia, hipoxemia, hiponatre-
mia, uremia, intoxicação aguda, hemorragia subaracnóidea, meningite e estado epilép-
tico, entre outros.

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9
Q

Estabilização inicial de um paciente com rebaixamento do nível de consciência - passo a passo:

A

• ABCD primário e secundário são prioritários; garantir a patência das vias aéreas, oxigenação
adequada e estabilidade hemodinâmica é fundamental
• Realizar a glicemia imediatamente: 100 ml IV de G50% se hipoglicemia + tiamina IV (300 mg),
se indicada
• MOV: monitorização (PA não invasiva, oxímetro, cardioscópio), oxigênio e acesso venoso com
coleta de exames laboratoriais; realizar exames POC na sala de emergência
• Considere administrar naloxona {opioide) ou flumazenil (benzodiazepfnico), se indício de intoxicação
• IOT de rápida sequência se não houver uma causa reversível para o coma (p. ex., hipoglicemia,
intoxicação por opioide ou benzodiazepínico, estado pós-ictal etc.)
• Iniciar medidas clínicas imediatamente se achados de hipertens.’io intracraniana (anisocoria,
papiledema, ultrassom POC com nervo óptico > 5 mm etc.)
• Se história compatfvel com meningite, prescrever corticoide e antibióticos imediatamente no
paciente em coma (não esperar pela TC ou punção lombar)
• Se trauma ou achados clínicos sugestivos de doença vascular ou estrutural. realizar TC
imediatamente após a estabilização clfnica (p. ex., intubação, volume etc.)

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10
Q

Como é a escala de coma de Glasgow?

A

Abertura ocular

Abertura espontânea 4
Estímulos verbais 3
Estímulos dolorosos 2
Ausente 1

**Melhor resposta verbal **

Orientado  5 
Confuso  4 
Palavras inapropriadas  3 
Sons ininteligíveis  2 
Ausente  1 

**Melhor resposta motora **

Obedece a comandos verbais  6 
localiza estímulos  5 
Retirada inespecífica  4 
Padrão flexor anormal (decorticação) 3 
Padrão extensor anormal (decerebração) 2 
Ausente  1
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11
Q

Como estão as pupilas na intoxicação por atropina?

A

Pupilas dilatadas e sem reflexo fotomotor.

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12
Q

Como estão as pupilas na intoxicação por opiáceos?

A

Pupilas intensamente mióticas com reflexo fotomotor presente.

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13
Q

Como estão as pupilas na intoxicação barbitúrica grave?

A

Pupilas fixas

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14
Q

Como estão as pupilas na hipotermia?

A

Pupilas fixas

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15
Q

Como estão as pupilas na encefalopatia anóxica?

A

Pupilas midriáticas e fixas

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16
Q

O que é a escala FOUR?

A

Escala de coma para pacientes intubados ou com escala de glasgow muito baixa.

17
Q

Exames complementares em caso de coma na emergência:

A
  1. Exames para causas tóxicas, metabólicas, infecciosas ou sistêmicas: hemograma, eletrólitos, gasometria arterial, função renal, função e
    enzimas hepáticas, glicemia, coagulograma, exame de urina e eletrocardiografia. Poderão ser
    necessários: hemoculturas, exames toxicológicos, dosagem de anticonvulsivantes em epilépticos, dosagem de hormônios tireoidianos, hormônios adrenais etc.
  2. Exames para investigação de causa primariamente neurológica: tomografia (TC), ressonância. Em geral, déficits focais se relacionam com causas estruturais, justificando a investigação.
  3. Punção liquórica: auxilia no diagnóstico de doenças inflamatórias, infecciosas e neoplásicas
    do sistema nervoso central, e pode confirmar uma hemorragia subaracnóidea.
  4. Eletroencefalograma: deve ser realizado se um diagnóstico não foi encontrado com os exa-
    mes de imagem e liquor; pode ser indicado mais precocemente se houver suspeita de estado
    epiléptico não convulsivo.
18
Q

Quais os 3 principais padrões do eletroencefalograma?

A
  1. Alentecimento difuso da atividade elétrica cerebral, com ou sem ondas trifásicas: esse padrão é inespecífico e indica um sofrimento cortical difuso, frequentemente encontrado em doenças metabólicas ou outras de acometimento difuso (meningites, pós-crise epiléptica etc.).
  2. Presença de estado epiléptico eletrográfico: esse padrão fecha o diagnóstico de estado epiléptico não convulsivo em pacientes com alteração de estado de consciência a esclarecer.
  3. Eletroencefalograma normal: esse resultado em paciente com alteração de estado de consciência descarta alteração orgânica do SNC.
19
Q

Critérios clínicos para o diagnóstico de morte encefálica

A
  1. Diagnóstico da doença ou situação que precipitou a condição clínica.
  2. Afastar situações que simulem morte encefálica.
  3. Exame neurológico:
    a. Consciência: escala de coma de Glasgow = 3 (exceto respostas medulares).
    b. Pupilas: médias ou midriáticas (diâmetro = 4-5 mm e ausência do reflexo fotomotor). Pupilas pequenas sugerem intoxicação.
    e. Motricidade ocular: manobras óculo-cefálica e óculo-vestibular negativas.
    d. Resposta motora: sem resposta motora à estimulação dolorosa, podendo ocorrer respostas
    medulares.
    e. Reflexos: axiais da face, corneano. mandibular e laríngeo ausentes. Reflexo cutâneo-plantar irrelevante.
    f. Respiração: realizar obrigatoriamente apneia oxigenada para atingir o estímulo respiratório
    máximo (paCO, = 55-60 mmHg) sem que ocorram movimentos respiratórios espontâneos.