14a. Abdome Agudo: Apendicite (23) Flashcards

1
Q

Quadro clínico da apendicite?

A
  • Dor abdominal inicialmnete em epigástrio ou mesogástrio
  • Anorexia e nauseas
  • Dor em FID aproximadamente 12h após inicio dos sintomas
  • Constipação (mais frequente) OU Diarréia
  • Vômitos
  • Febre
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2
Q

Variações do quadro clínico típico?

A
  • Quando apendice proximo a bexiga
    • Sintomas urinário
    • Hematúria microscopica
  • Quando apêndice pélvico
    • Toque retal doloroso
    • Exame ginecológico doloroso
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3
Q

Quadro clínico quando apêndice perfurado?

A
  1. Perfuração bloqueada (abscesso periapendicular):
    • Oligossintomático
    • Desconforto em FID
    • Massa palpável
  2. Perfuração para o peritônio livre:
    • Dor difusa e intensa
    • Abdome em tábua
    • Febre alta
    • Sepse
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4
Q

Sinais importantes na apendicite?

A
  • Blumberg:
    • Descompressão dolorosa indicando irritação peritoneal.
  • Rovsing:
    • Dor na fossa ilíaca direita quando se comprime a fossa ilíaca esquerda.
  • Lapinsky:
    • Dor à compressão da fossa ilíaca direita enquanto o paciente eleva o membro inferior esticado.
  • Lenander :
    • Diferencial das temperaturas axilar e retal maior do que um grau (isto é, a temperatura retal encontra-se mais elevada do que comumente é, quando comparada com a axilar).
  • Sinal do psoas:
    • Dor à extensão da coxa direita seguida de sua abdução, com o paciente deitado sobre o seu lado esquerdo.
  • Sinal do obturador:
    • Dor em região hipogástrica ao realizar a rotação interna e passiva da coxa direita flexionada com o paciente em decúbito dorsal.
  • Sinal de Dunphy:
    • Dor na fossa ilíaca direita que piora com a tosse.
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5
Q

Exames laboratoriais na apendicite aguda?

A
  • leucocitose moderada (10.000 a 15.000 células/mm3) com neutrofilia e desvio à esquerda, presente em 75% dos casos.
  • Contagens superiores a 20.000 células se relacionam a gangrena e perfuração.
  • Sedimentoscopia eventualmente se encontra alterada, nos casos em que o apêndice localiza–se próximo ao ureter ou à bexiga, ocorrendo hematúria e/ou piúria, mas sem bacteriúria
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6
Q

Rx na apendicite aguda?

A
  • Somente em 10% a 15% dos casos de apendicite aguda, o exame pode identificar imagem compatível com fecalito calcificado em FID.
  • A radiografia simples pode ser útil na exclusão de algumas condições como litíase urinária por cálculo ureteral, obstrução intestinal de delgado e úlcera perfurada; todavia estas desordens raramente são confundidas com apendicite aguda.
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7
Q

USG na apendicite aguda?

A
  • Exame bastante útil em pacientes com diagnóstico duvidoso de apendicite aguda
  • Útil para a avaliação de afecções ginecológicas e detecção de coleções anexiais ou mesmo líquido fora de alça.
  • Os critérios sonográficos incluem:
    • Apêndice não compressível (compressão exercida pelo transdutor) com 7 mm ou mais de diâmetro anteroposterior;
    • Presença de apendicolito;
    • Interrupção da ecogenicidade da submucosa;
    • Massa ou líquido periapendicular;
    • Imagem em alvo é altamente sugestiva de apendicite aguda
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8
Q

TC na apendicite aguda?

A
  • É o método de maior acurácia diagnóstica na apendicite aguda.
  • Os achados sugestivos incluem:
    • Inflamação periapendicular (abscesso, coleção líquida, edema, fleimão),
    • Espessamento do apêndice,
    • Distensão do órgão, com diâmetro anteroposterior maior do que 7 mm.
    • Fecalitos podem ser identificados em até 50% dos casos.
  • Recomendado somente em casos duvidosos.
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9
Q

Videolaparoscopia diagnóstica na apendicite aguda?

A
  • Diagnóstico incerto a despeito da USG e TC
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10
Q

Diagnóstico diferencial da apendicite aguda?

A
  • Linfadenite mesentérica
  • DIP
  • Ruptura de folículo ovariano
  • Cisto ovariano torcido
  • Gastroenterite aguda
  • Prenhez ectópica
  • Ileíte da doença de Crohn
  • Diverticulite a direita
  • Pielonefrite e Litíase renal
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11
Q

Tratamento da apendicite aguda?

A
  • CIRURGIA
  • Quadros não complicados:
    • Hidratação leve
    • ATB profilático durante indução anestésica
  • Apendicite perfurada:
    • Hidratação vigorosa
    • ATB terapêutico até paciente ficar afebril no pós-operatório
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12
Q

Tratamento da apendicite abscedada

A
  • Abscessos > 4-6 cm OU febre alta:
    • Drenagem guiada por método de imagem
  • Abscessos menores OU Fleimão:
    • ATB terapêutico por pelo menos 1-2 semanas
    • Apendicectomia 6 semanas após a resolução do quadro inicial
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13
Q

Quais as indicações de uma apendicectomia incidental?

A
  • Laparotomia realizada para esclarecimento de um abdome agudo.
  • Mulheres com dor pélvica crônica caso elas se submetam a um procedimento cirúrgico diagnóstico ou terapêutico para alguma outra condição.
  • Casos de intussuscepção intestinal
  • Pacientes com doença de Crohn que se submetem à laparotomia
  • Sempre que uma videolaparoscopia estiver indicada para diagnóstico de sintomas abdominais
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14
Q

Como se estabelece o Escore de Alvarado?

A
  • 0-3 pontos - diagnóstico improvável: avaliar outras causas
  • 4-6 pontos - diagnóstico provável: observação por 12h e/ou TC. (Se escore se mantiver o mesmo, indica-se a cirurgia)
  • ≥ 7 pontos - diagnóstico muito provável: apendicectomia
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15
Q

Qual conduta num apendicite de apresentação tardia (> 48h)?

A
  • Se TC evidenciando abscesso:
    • Drenagem guiada por TC + ATB + colonoscopia com 4-6 semanas para afastar qualquer outro possível diagnóstico (colite e neoplasia) + apendicectomia de intervalo após 6-8 semanas
  • Se TC evidenciando fleimão ou pequena quantidade de líquido:
    • ATB + colono após 4-6 semanas + apendicectomia de intervalo após 6-8 semanas
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16
Q

A apendicite pode ser tratada clinicamente?

A
  • Cerca de 85% de todas as apendicites podem ser adequadamente tratadas com ATB
  • Apesar disso, cerca de 1/3 dos pacientes apresentarão algum grau de recorrência da doença, necessitando de intervenção cirurgica
  • Esse indice de recorrência é inaceitável frente a uma cirurgia simples, que permanece como padrão ouro na abordagem a apendicite
17
Q

Qual a classificação histológica da apendicite?

A
  • Fase catarral (apendicite não complicada):
    • Inicial
    • alterações microscópicas
  • Fase Flegmonosa (apendicite não complicada):
    • inflamação mais generalizada
    • exsudato neutrofílico
    • microestravasamento
  • Fase Úlcero-flegmonosa (apendicite não complicada):
    • úlceras na parede da mucosa
  • Fase Supurada (apendicite complicada):
    • formação de abscesso na parede
  • Fase Gangrenosa (apendicite complicada):
    • congestão
    • isquemia e necrose
18
Q

Qual a classificação VLP da apendicite?

A
  • Grau 0:
    • Normal
  • Grau 1:
    • Hiperemia e edema
  • Grau 2:
    • Exsudato fibrinoso
  • Grau 3:
    • Necrose segmentar
  • Grau 4A:
    • Abscesso
  • Grau 4B:
    • Peritonite regional
  • Grau 4C:
    • Necrose da base do apendice
  • Grau 5:
    • Peritonite difusa