Cardiopatia isquêmica Flashcards

(57 cards)

1
Q

Cardiopatia isquêmica

A

desequilíbo entre o suprimento sanguíneo e a necessidade de oxigênio e nutrientes.
Maioria dos casos são manifestações tardias de aterosclerose coronariana

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2
Q

Ocorrem eventos isquêmicos se:

A
  • aumento da demanda (alta FC ou HA)
  • redução do volume sanguíneo (hipotensão e choque)
  • baixa oxigenação (pneumonia, ICC)
  • baixa capacidade de transporte de O2 (anemia, envenenamento por CO)
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3
Q

Alterações no comportamento associado à aterosclerose que resultaram no seu declínio na sociedade

A
  • redução do tabagismo
  • tratamento da HA, DM e redução do colesterol
  • avanços diagnósticos
  • tratamento de IAM (AAS, trombólise, stent, angioplastia)
  • exercicio físico
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4
Q

Patogenia da cardiopatia isquêmica

A

Diminuição da perfusão coronariana ou aumento da demanda do miocárdio.
- estreitamento aterosclerótico (fixo)
- trombose intraluminal
- agregação plaquetária
- vasoespasmo

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5
Q

Alteração aguda da placa:

A
  • súbita alteração (hemorragia intra -placa) com alto volume
  • ruptura, fissão, erosão ou úlceração -> plaquetas expostas ao colágeno subendotelial e conteúdo necrótico da placa
    ruptura da capsula fibrosa expõe o conteúdo interno: colágeno, lipídeos e fatores pró- trombóticos -> atração de plaquetas e formaçao do coágulo. Contato do vaso com o conteúdo da placa pode induzir vasoespasmo.
  • Fatorees extrínsecos agravantes (estímulo adrenérgico - aumenta PA e vasoespasmo - estresse sobre a placa)
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6
Q

Níveis de obstrução

A
  • < 70% assintomático
  • > 70% estenose crítica - estenose quando aumenta a demanda
  • 90% angina instável - não para no repouso e pode evoluir para IAM
    estudos mostram que 2/3 das placas rompidas tinham oclusão de até 50% -> risco para evento coronariano agudo em assintomáticos -> não tem como prever o risco de ruptura de placa
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7
Q

Aspectos clínicos

A

angina pectoris: dor no peito (isquemia causando dor mas insuficiente para causar necrose)
- angina estável (relacionado ao aumento da demanda - aterosclerose crônica > 75%)
- de prinzmetal: vasoespasmo
- instável: em repouso, prolongada progressiva e grave - alteração aguda da placa ou obstruçaõ de 90% da luz vascular
- IAM -> gravidade ou duração da isquemia suficiente para levar a morte de cardiomiócitos (necrose)
- iC crônica - descompensação cardíaca progressiva após IAM ou várias pequenas lesões isquêmicas om falencia da bomba mecanica
- Morte súbita cardíaca - resulta d arritmia consequente de um IAM

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8
Q

Fisiopatologia do infarto

A

alteração aguda da placa de ateroma, formando trombo e/ou vasoespasmo, impedindo a passagem plena do sangue.

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9
Q

Morfologia de uma placa de ateroma

A
  • deposição de material basofíico com pedaços mais claros (gorduras) -> na HE o que se cora de roxo (basofílico) representa áreas mais densas, como proteínas DNA e fibras
  • proliferação de músculo -> células musculares lisas da camada média migram para íntima e proliferam formando parte da cápsula fibrosa da placa, produzem matriz extracelular contribuindo para fibrose da placa
  • cristais de colesterol -> estão no centro necrótico da placa, junto com gordura
  • deposição de cálcio -> calcificação distrófica (depósito de cálcio em tecido degenerado ou morto)
  • quando tem maior densidade de cor significa que tem menos gordura -> mais fibrose -> maior estabilidade da placa
  • inflamação, necrose de gordura, cristais de colesterol, fibrose e proliferação muscular
  • pode ser possível ver o trombo ocluindo a luz da coronária
  • pode-se observar também, hemorragias intraplaca
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10
Q

No IAM, quais são as respostas do miocárdio à isquemia?

A
  • Alterações bioquímicas: parada da glicólise aeróbica, queda de ATP, acúmulo de metabólitos nocivos (ácido lático - queda do ph intracelular -> danos enzimáticos)
  • Alterações funcionais: perda da contratilidade
  • Alterações estruturais: relaxamento das miofibrilas, depleção de glicogênio, edema citoplasmático e mitocondrial (célula “incha” por falência das bombas)
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11
Q

o que marca o iníio da lesao irreversivel no miocárdio?

A

necrose. Ocorre após 20/30 min de isquemia

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12
Q

Qual alteração funcional ocorrem antes da estrutural no miocárdio isquêmico?

A

perda da contratilidade, que procede alterações morfológicas

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13
Q

O que ocorre após 20-40 min de isquemia miocárdica contínua?

A

início da lesão irreversivel por necrose de coagulação. As células morrem e desencadeiam inflamação.
Necrose de coagulação: células morrem, mas suas formas ainda podem ser reconhecidas por horas ou dias -> proteínas estruturais coagulam (desnaturam) e se agregam, então a célula morre, mas não é rapidamente digerida.

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14
Q

Quais são as etapas da resposta inflamatória à necrose do miocárdio?

A
  • aguda (poucas horas após a necrose): neutrófilos infiltram para degradar e limpr as células mortas
  • crônica (aparece nos dias seguintes): macrófagos fagocitam resíduos, fibroblastos iniciam cicatrização por mieo da sintetização de colágeno 9tecido fibroso substitui o miocárdio)
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15
Q

o que é lesão de reperfusão no miocárdio infartado?

A

Quando o fluxo é restabelecido (angioplastia, trombólise).
Dano celular agravado pela entrada excessiva de cálcio nas células mortas (a membrana rompida permite a entrada descontrolada)-> forma bandas de contração, além de edema e hemorragia.
Bandas de contração: condensações intensas da actina- miosina, visíveis ao microscópio

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16
Q

O que são bandas de contração na reperfusão?

A

zonas intensas de contração miocárdica, causadas pelo influxo de cálcio em células necróticas. É um indicador de lesão por reperfusão

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17
Q

O que é necrose de coagulação?

A

tipo de necrose comum em tecido sólido, como o miocárdio. Caracteriza-se por arquitetura celular preservada por tempo limitado, ausência de núcleo e tecido firme, com degradação lenta e inflamação

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18
Q

Por que 10% dos infartos são assintomáticos?

A

são os que ocorrem em diabéticos ou transplantados com coraçaõ desnervado

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19
Q

Tipos morfológicos de IAM

A
  • IAM transmural
  • IAM subendocárdico
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20
Q

Qual a diferença entre IAM transmural e subendocárdico?

A
  • transmural: > 50% da espessura da parede, atinge todas as camadas (endocárdio + mesocárdio + epicárdio)
  • subendocárdico: afeta somete 1/3 a 1/2 da camada interna do miocárdio, póxima ao endocárdio
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21
Q

Tipo mais gravde de IAM

A

transmural. Geralmente causado por oclusão total de uma artéria coronária epicárdica (mais superficial). Esta associado à placa aterosclerótica instável + trombose aguda

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22
Q

Por que a região subendocárdica é mais vulnerável à isquemia?

A

porque está mais distante dos vasos epicárdicos e recebe sangue por último (vascularização ocorre de fora para dentro)

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23
Q

Cite 3 fatores que determinam o tamanho e a gravidade de um infarto

A
  1. localização da obstruçao coronária
  2. grau de oclusão coronária
  3. duração da isquemia
  4. extensão da circulação colateral
  5. tamanho do leito vascular perfundido pelos vasos ocluídos
  6. demandas metabólicas do miocardio (PA e ritmo cardíaco) - se o coração estiver muito ativo, ele tem uma maior necessidade de O2 -> esta mais vulnerável
24
Q

Como evolui o tecido miocárdico após um infarto agudo?

A

necrose de coagulação -> inflamação (aguda e crônica) -> fibrose (reparo com cicatriz)

25
O que caracteiza o IAM transmural do pnto de vista morfológico?
comprometimento de toda ou quase toda a espessura do miocárdio devido à oclusão total de um vaso epicárdico
26
Lesão reversível - tempo e alterações macro e micro
tempo até 30 min e alterações na macro e micro não são aparentes.
27
Lesão irreversivel -> mudanças aparentes até 4hrs
- macro: ainda não mostra lesão aparente. - micro: pode ser não aparente - aparente somente na microscopia eletrônica lesão de sarcolema (ruptura de membrana celular), edema no citoplasma e mitocôndrias, e desidades amorfas mitocondriais (massas sem forma dentro das mitocôndrias, associadas à lesão grave e irreversivel)
28
Qual o significado das densidades amorfas mitocondriais no contexto de infarto?
são sinais de lesão mitocondrial grave e irreversível, tipicas da necrose precoce
29
O que se observa ao microscópio entre 4 e 12hrs após IAM?
início da necrose de coagulação, edema e hemorragia intersticial
30
Quais achados microscópicos aparecem entre 12-24hrs após IAM?
- necrose de coagulação bem estabelecida - picnose (núcleo dos miócitos encolhe e fica escuro) - hipereosinofilia (citoplasma das células mortas cora mais intensamente) - início do infiltrado neutrofílico - chegam para limpar o tecido morto
31
Como se apresenta a área infartada macroscopicamente entre 4 - 24hrs ?
pode estar pálida ou escurecida devido à congestão vascular e início do dano tecidual
32
Miócitos com lesão irreversível que sofrem reperfusão - microscopia
Necrose com faixas de contração — entrada de cálcio intracelular que intensifica as interações actina-miosina (sarcômeros e sarcolema desorganizados) -> Bnadas de contração
33
Como se apresenta área infartada na macro entre 1 e 3 dias após o IAM
área levemente amarelada (a cor vem da perda celular e do início do processo inflamatório), por necrose e acúmulo de células inflamatórias, com possivel hiperemia na borda
34
Quais achados microscópicos são típicos de 1 a 3 dias após o IAM?
necrose de coagulação com perda de núcleos e perda das estriações (desorganização das fibras musculares), além de rico infiltrado neutrofílico (células inflamatórias entre os miocárdócitos necróticos)
35
Como está o aspecto macroscópico do miocárdi entre 3 e 7 dias após o IAM?
centro amolecido, amarelo - acastanhado (necrose + digestão celular) com bordas hiperêmicas (presença de vasos dilatados e inflamação ao redor)
36
O que predomina na microscopia entre 3 a 7 dias após IAM?
desintegração de células mortas (restos de miócitos mortos em processo de remoção) e fagocitose intensa por macrófagos
37
Por que o período entre 3 a 7 dias após IAM é crítico?
o tecio esta amolecido, sem suporte estrutural. Ainda não há colágeno/fibrose para reforçar a parede. -> favorece rupturas cardíacas (parede livre, septo ou músculo papilar)
38
Ruptura da parede livre -> 1 Ruptura do septo interventricula -> 2 Ruptura de músculo papilar -> 3
1: tamponamento cardíaco 2: shunt E -> D (sopro novo e ICC) 3: insuficiência mitral aguda
39
O que caracteriza na macro o miocárdio entre 7 e 21 dias após o IAM?
área amarelada e macia, mas em evolução. ainda existe risco de ruptura, especialmente se a fibrose não for suficiente para estabilizar
40
AChados na microscopia entre 7 - 21 dias após o IAM
- início do tecido de granulação presença de vasos neocapilares (aspecto muito vascularizado), tecido frouxo (com colágeno imaturo), ainda há resquícios de miócitos necrosados, fibroblastos em atividade iniciam a deposiçaõ de colágeno.
41
Macroscopia entre 2 e 8 semanas após IAM
Área torna-se brancacenta e fina, indicando formação de fibrose dnsa (cicatriz permanente) - o miocárdio infartado fica afinado, perdendo a elasticidade - a fae endocárdica se torna esbranquiçada por causa do atrito constante do sangue, que agride a área cicatricial inelástica
42
Achados microscópicos entre 2- 8 semanas
Micro: cicatriz fibrosa; podem haver ilhas de miócitos não funcionantes.
43
Qual o marcador mais sensível e específico para IAM
troponinas cardíacas TnT e TnI
44
Em quanto tempo as tropininas cardíacas começam a se elevar após o infarto?
2 a4 hrs
45
Pico de troponina e pr quantos dias elas ficam elevadas?
pico ocorre em 48hrs e permanecem elevadas poraté 7 a 10 dias
46
Para que situação clínica a CK-MB é útil em relação às troponinas?
detecção de reinfarto precoce, pois retorna ao normal em 72hrs
47
Início da elevação / pico / retoro ao normal da CK - MB
- início da elevação: 2 a 4hrs - pico: entre 24 e 48hrs - retorna ao normal em cerca de 3 dias
48
Qual a principal causa de morte súbita precoce?
arritmias, especialmente fibrilação ventricular (isquemia elétrica e distúrbios iônicos)
49
Quando ocorre o maior risco de ruptura cardíaca no IAM
entre 3 a 7 dias, quando o tecido é friável
50
Ruptura do septo interventricular no IAM causa qual complicação
shunt esquerda direita
51
IAM que atinge o músuclo papilar popde causa o que
regurgitação mitral grave
52
Qual complicação pericárdica pode surgir após 2- 3 dias após IAM
pericardite fibrinosa (pericardite aguda fibrinosa ou fibrino hemorrágica) -> surge por extensão da inflamação até o pericárdio -> pode evoluir para pericardite constritiva crônica (coração não consegue abrir direito) Sinais: dor toráxica + atrito pericárdico
53
Aneurisma ventricular
paredes finais e dilatadas por fibrose não contrátil
54
Qual complicação esta associada a aneurisma ventricular
trombose mural (pela estase sangínea) e insuficiência contrátil
55
Disfunção contrátil
ocorre pela perda de miócitos funcionantes efeitos clínicos: comprometimento do bombeamento de VE com algum grau de insuficiencia de VE - , hipootensão, congestão pulmonar, edema pode evoluir para choque cardiogênico (10% dos casos)
56
Trombose mural
tecido infartado + lesao endocárdica -> trombos que podem embolizar: Trombos de VE: embolia sistêmica (cérebro, rins) Trombos de VD: embolia pulmonar
57
Insuficiência cardíaca congestiva
mais comum em infartos extensos, principalmente transmurais anteriores