Choque hipovolêmico: Flashcards

(33 cards)

1
Q

↪O choque hipovolêmico resulta da

A

↪O choque hipovolêmico resulta da diminuição da
precarga, pois a precarga é um dos determinantes do
volume de ejeção, o gasto cárdica falha quando a précarga diminui.
↪É o tipo de choque mais comum, causando milhões
de mortes a cada ano.
↪A causa principal: politraumatismo.

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2
Q

↪O choque hipovolêmico ocorre por volume
circulatório insuficiente. Pode ocorrer:

A

 Perdas sanguíneas internas ou externas.
 Perda de plasma
 Perda de agua e eletrólitos: perda de LEC para
o exterior, por perda de liquido para o terceiro
espaço.

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3
Q

↪Pode ser dividido em duas categorias:

A

 Hemorrágico
 Não hemorrágico: por perda de líquidos.

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4
Q

Choque hipovolêmico não hemorrágico:

A

↪Perda de líquidos causados por:
 Diarreia
 Vômitos
 Golpes de calor
 Diurese osmótica (ex: hiperglicemia)
 Queimaduras
 Insuficiência suprarrenal.

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5
Q

Por que o terceiro espaço é uma causa de hipovolemia ?

A

terceiro espaço”?
É quando o líquido sai da circulação (vasos sanguíneos) e vai para locais onde ele não deveria se acumular, como:

Cavidade abdominal (ascite)

Tecido inflamado (como em queimaduras)

Cavidade pleural (derrame)

Espaços intersticiais (edema severo)

Esse líquido não é útil para a circulação → o corpo entra em hipovolemia mesmo sem sangramento.

⚠️ Doenças que causam isso:
Essas doenças causam inflamação intensa, o que aumenta a permeabilidade dos capilares. Ou seja, os vasos “vazam” líquido para fora.

Exemplos:
Sepse: infecção generalizada → inflamação sistêmica → vasos ficam permeáveis.

Pancreatite: inflamação intensa do pâncreas → extravasamento de líquido na cavidade abdominal.

Peritonite: inflamação do peritônio → acúmulo de líquido no abdome.

Qualquer inflamação sistêmica grave: como em doenças autoimunes ou reações anafiláticas.

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6
Q

Choque hipovolêmico hemorrágico

A

↪Frequente em pacientes jovens cuja capacitância
vascular e arteríolas se contraem intensamente.
↪Eles continuam normotensos (mecanismo de
compensação) e o colapso circulatório é a primeira
manifestação

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7
Q

Quando um paciente está em choque hipovolêmico?

A

“Todo paciente hipotenso (sistólica < 90 mm Hg) está
em choque até que se prove o contrário. ”
↪A avaliação clínica é a ferramenta importante no
âmbito pré-hospitalar e de urgência.
↪O álcool, frequentemente associado ao trauma,
modula a concentração de norepinefrina após a lesão;
bloqueando a resposta vascular e moderando o efeito
da estimulação adrenérgica.
↪Deve-se lembrar que o fluxo é distribuído
diferencialmente após uma perda aguda de volume; ser
capaz de fluxo renal normal, por exemplo; ser mantida
mesmo com perdas de 40% do volume sanguíneo

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8
Q

Fisiopatologia do choque hipovolêmico

A

↪O choque hipovolêmico evolui em três fases.
↪ Na 1ª fase (descarga adrenérgica), ocorre ativação
dos barorreceptores e estímulo simpático, resultando
em aumento da frequência cardíaca, contratilidade,
débito cardíaco. Nos capilares, há vasoconstrição
generalizada e fechamento dos esfíncteres pré e póscapilares, promovendo centralização da circulação para
manter a perfusão de órgãos vitais.

↪Na 2ª fase, com perdas sanguíneas de 20–30%,
instala-se uma anóxia isquêmica e congestiva, com
queda da velocidade do fluxo sanguíneo, má perfusão
tecidual, abertura dos esfíncteres precapilares, estase
sanguínea e aumento da viscosidade (fenômeno de
“barrillo”).

↪Se não tratada, evolui para a 3ª fase (irreversível),
caracterizada por grande dívida de oxigênio, vasoplegia
generalizada e, por fim, morte. A progressão rápida do
quadro reforça a importância do diagnóstico e
intervenção precoce.

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9
Q

Patogenia do choque hipovolêmico:

A

↪Por conta da má perfusão generalizada, não chega
oxigênio suficiente nos tecidos, o tecido começa a
metabolizar sem O2( (metabolismo anaeróbio), o
subproduto desse metabolismo é o ácido láctico, que se
separa em H+ e lactato.
↪Má perfusão generalizada→ Hipoxia celular→ acidose
láctica

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10
Q

Pergunta: Qual a perda estimada de sangue em cada grau de choque hipovolêmico?

A

Grau I: Até 750 mL
Grau II: 750–1500 mL
Grau III: 1500–2000 mL
Grau IV: Mais de 2000 mL

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11
Q

Pergunta: Qual o percentual de perda sanguínea por grau de choque?

A

Grau I: Até 15%
Grau II: 15% a 30%
Grau III: 30% a 40%
Grau IV: Mais de 40%

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12
Q

Como varia a frequência cardíaca nos diferentes graus de choque?
Resposta:

A

Grau I: Menos de 100 bpm
Grau II: 100–120 bpm
Grau III: Mais de 120 bpm
Grau IV: Mais de 140 bpm

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13
Q

Pergunta: Qual o comportamento da pressão arterial sistólica em cada grau?
Resposta:

A

Grau I e II: Normal

Grau III e IV: Diminuída

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14
Q

Pergunta: O enchimento capilar está preservado?

A

Grau I: Normal
Grau II, III e IV: Prolongado (positivo para hipoperfusão)

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15
Q

Pergunta: Como se altera a frequência respiratória com a gravidade do choque?
Resposta:

A

Grau I: 14–20 irpm
Grau II: 20–30 irpm
Grau III: 30–40 irpm
Grau IV: Mais de 35 irpm

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16
Q

Pergunta: Qual é a diurese esperada em cada grau de choque?
Resposta:

A

Grau I: 30 mL/h ou mais
Grau II: 20–30 mL/h
Grau III: 5–15 mL/h
Grau IV: Insignificante

17
Q

Pergunta: Qual é o estado mental dos pacientes por grau de choque?
Resposta:

A

Grau I: Ansiedade leve
Grau II: Ansiedade moderada
Grau III: Ansioso/confuso
Grau IV: Confuso/letárgico

18
Q

Pergunta: Qual a conduta de reposição de fluidos em cada grau de choque?

A

Grau I e II: Cristaloides
Grau III: Cristaloides + Coloides + Sangue (se necessário)
Grau IV: Cristaloides + Coloides + Sangue (urgente)

19
Q

Tratamento

A

↪Todo tratamento é necessário repor volume e para sangramento.
↪Contenção dos focos de sangramento.
↪Obtenção de acessos vasculares.
↪Coleta de amostra de sangue.
↪Medidas auxiliares: sonda vesical e sonda nasogástrica.
↪Sempre ter em conta: reposição do volume sanguíneo
e solução do problema básico para evitar complicações

20
Q

Medidas gerais:

A

1-Equipe pronta para reanimação.
2-Mobilidade e posição: repouso horizontal ou em
trendelemburg de 10°.
3-Suporte respiratório: permeabilidade de via aérea e
garantir adequada ventilação e oxigenação.
-Para conseguir PaO2 maior que 85 E SHbO2 maior de
95%.
4-suporte circulatório: acesso venoso para
administração de fluidos e fármacos.
5-Sonda vesical(Foley) e aspiração gástrica(Levine)
6-Abrigo da paciente.
7-Complementarios urgentes.
8-Monitorização hemodinâmica e metabólica

21
Q

Monitorização hemodinâmica e metabólica:

A

1-Frequencia e ritmo cardíaco ECG
2-Monitorização da pressão arterial
3-Oximetria de pulso
4-Diurese
5-Pressão venosa Central(PVC)
6-Pressão capilar pulmonar
7-Gasometria arterial

22
Q

Drogas vasoativas: ↪Tem um papel crucial Dopamina

A

efeito dose dependente
 2-3 mcg/kg/min (vasodilatação renal e
esplênica).
 4-5 mcg/kg/min (aumenta a contratilidade e o
gasto cardíaco).
 Maior que 10 mcg/kg/min (aumenta a PA
ativando receptores alfa periféricos)

23
Q

Dobutamina função e posologia ?

A

poderoso efeito ionotrópico
 Reduz a pós-carga e a vasodilatação periférica
 Efeito cronotrópico relativamente fraco.
 Dose 2,5 a 10 mcg/kg/min.

24
Q

Epinefrina função e posologia

A

 Alfa e Beta adrenérgicos
 Dependente da dose
 1 a 20 mcg/min

25
função e posologia Norepinefrina
 Alfa e Beta adrenérgicos  Potente droga vasoconstritora  2 a 20 mcg/min
26
Reposição de volume:
↪A reposição de volume envolve um monitoramento rigoroso de seus efeitos: a reposição inicial é com 1000ml de cristaloide e vemos de que forma o paciente reage, sempre monitorando PA, nível de consciência e FC
27
Resposta a reposição:
1. Paciente com resposta rápida a reposição. 2. Resposta transitória a reposição: paciente tem melhora temporária. 3. Resposta mínima ou ausente a reposição (grave). ↪Dependerá das perdas estimadas e do fluido. ↪Em geral, a reposição de cristaloides será feita na proporção de 3:1 (para cada unidade de volume perdida, três unidades de cristaloides serão repostas) ou podem ser tentadas cargas de 20 ml/kg, repetindo até três vezes, seguidas de sangue ou seus derivados, conforme necessário. ↪O objetivo é restaurar a pressão arterial normal. ↪Acessos venosos periféricos de grosso calibre:14G ou 16G. ↪Via antecubital
28
Tipos de solução de substituição de volume cristaloide, diga os beneficios ?
↪Corrigem a diminuição de Na circulante (Na 130- 150mmol/l) ↪Pressão coloidosmótica inexistente. ↪Difundem rápido ao espaço extra vascular ↪Duração do efeito breve por rápida excreção renal. ↪São soluções baratas sem efeitos secundários. ↪Eles apenas restauram o volume sanguíneo para ½ do volume administrado porque: 1) Eles passam para o espaço intersticial em 20-30 min 2) Excreção renal rápida Cristaloide mais usados: solução salina 0,9% e Ringer Lactato.
29
Vantagens: cristaloide
↪Baixo custo ↪Disponibilidade ↪Menor elevação da pressão capilar. ↪Correção de desidratação extracelular
30
Desvantagens: cristaloide
↪Correção lenta da hipovolemia. ↪São necessários maiores volumes de reposição (proporção 1:3). ↪Risco de edema pulmonar e periférico.
31
Soluções coloidais
↪Contém macromoléculas, não atravessam membranas semipermeáveis. ↪Concentrações de Na130-155mmol/l ↪Pressão coloidosmótica presente ↪Permanência da solução no espaço intravascular. ↪Efeito de enchimento ou expansão da volemia ↪Duração de seu efeito por excreção renal é mais lenta. ↪Mais utilizadas: albumina, almidonas, dextranes e gelatinas. Vantagens ↪Menor volume de reposição necessário (proporção 1:1). ↪Eles restauram a hemodinâmica mais rapidamente. ↪Maior tempo gasto em circulação. Desvantagens ↪Reações alérgicas. ↪Alterações na hemostasia ↪Sangue: Em pacientes jovens com reposição volêmica adequada, o hematócrito de 20-25% é geralmente bem tolerado. Em pacientes idosos com patologias associadas, geralmente são necessários hematócritos maiores que 30% para otimizar o transporte de oxigênio para os tecidos. ↪A utilidade dos cristaloides ou coloides na reposição do volume sanguíneo é limitada porque, embora aumentem o transporte de oxigênio aumentando a précarga, eles causam hemodiluição com diminuição do conteúdo arterial de O2 (CaO2)
32
Soluções dextran 40 e 70 explique funcionalidade ?
↪Composto por polissacarídeos monoquaternários de origem bacteriana, com peso molecular de 40.000 e 70.000 Da, com meia-vida de 2,5 e 25,5 horas, respectivamente. ↪Eles são tão bons expansores de plasma quanto a albumina. ↪Recomenda-se a infusão de 20 ml/kg ou 1,5 g/kg em 24 horas, podendo-se repetir a dextrana 40 no dia seguinte e a dextrana 70 em até 3 meses
33
Controle da hemostasia e transfusão sanguínea quando indicar reposição de sangue:
 Pacientes com hemorragia classe III e IV.  Respondedores transitórios  Não respondedores a reposição volêmica