Shock - Generalidades Flashcards

(38 cards)

1
Q

↪É uma síndrome caracterizada por

A

↪ um hipoperfusão tissular generalizada aguda aos tecidos vitais.
↪Existe uma desproporção entre o aporte e as
necessidades de oxigênio, provocando uma insuficiente
eliminação de produtos de dejeto metabólico, de
caractere ácido, que se acumulam nos tecidos.

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2
Q

Epidemiologia

A

↪O trauma é a causa mais comum de shock
hemorrágico nos adultos.
↪Outras causas menos comuns: sangramento
gastrointestinal, sangramento pós-cirúrgico, depois de
crise de ‘’Sickle cell anemia’’.
↪Há um grupo de pacientes que estando em choque
mantem:
 Sinais vitais.
 Débitos urinário
 Consciência
↪De forma que hipotensão arterial não é sinônimo de
shock.

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3
Q

Grupos de risco:

A

↪Anciãos e crianças: não possuem reserva
cardiovascular para ter mecanismo compensadores.
↪A mortalidade é particularmente alta, com
hipoperfusão não corrigida, hemodinamicamente
instáveis.

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4
Q

Classificação de síndrome de shock

A

↪Choque hipovolêmico
↪Choque cardiogênico
↪Choque obstrutivo extra cardíaco
↪Choque distributivo

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5
Q

Choque cardiogênico pode ser causado por ?

A

↪Diminuição do volume sistólico de ejeção.
↪Infarto do miocárdio
↪Distúrbios de ritmo e condução
↪Taquicardia, Bradicardia
↪Bloco A-V
↪Miocardite
↪Embolia aéreo coronária
↪Medicamentos miodepressores
↪Hipoxemia
↪Distúrbios eletrolíticos e A-B

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6
Q

Choque obstrutivo extracardiaco: causado por ?

A

↪Obstrução do fluxo central.
Obstrução ao retorno venoso ou ao enchimento capilar
esquerdo.
↪Diminuição da pré-carga esquerda.
↪Embolia pulmonar.
↪Embolismo amniótico
↪Tamponamento cardíaco
↪Pneumotórax a tensão.
↪Ventilação mecânica.
Obstrução de ejeção do ventrículo esquerdo
↪Trombose de prótese de válvula aórtica

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7
Q

Choque distributivo:

A

↪Diminuição da resistência vascular periférica.
↪Hipovolemia relativa

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8
Q

Choque séptico: causas ?

A

 Septicemias
 Abortos sépticos
 Retenção de feto morto
 Neoplasias.

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9
Q

Choque anafilático causas ?

A

 Reações de hipersensibilidade

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10
Q

Choque neurogênico causas ?

A

 Lesões da medula espinhal
 Anestesia espinhal
 Dilatação cervical
 Inversão aguda do útero
 Medicamentos bloqueadores ganglionares,
bloqueadores adrenérgicos, anestésicos

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11
Q

Choque endocrinológico

A

 Pancreatite aguda
 Insuficiência. Adrenal Aguda

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12
Q

Fisiopatologia do shock

A
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13
Q

Ciclo vicioso do choque

A
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14
Q

Mecanismo de produção do choque

A
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15
Q

Fase 1 do shock

A
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16
Q

Explique a fase inicial do shock ?

A

↪Na fase inicial do choque, ocorre hipoperfusão com redução da tensão nos barorreceptores da aorta e carótidas, o que ativa o centro vasomotor cerebral. Isso desencadeia respostas compensatórias como a ativação do sistema nervoso autônomo simpático (SNA-S), com liberação de catecolaminas (adrenalina e
noradrenalina), que promovem vasoconstrição em órgãos não vitais, além de aumentar a frequência cardíaca (FC), pressão arterial (PA) e gasto cardíaco (GC).

↪Simultaneamente, há estimulação do sistema reninaangiotensina (R-A) e liberação de vasopressina e outras hormonas, contribuindo para retenção de líquidos e vasoconstrição. Esses mecanismos visam desviar o fluxo sanguíneo para órgãos vitais (coração, cérebro e rins), tentando manter a oxigenação tecidual e compensar a queda do volume minuto cardíaco (VMC).

↪As catecolaminas provocam: vasoconstrição a nível da pele, músculos e leito esplanico. Assegurar uma perfusão aos órgãos mais nobres.

17
Q

Fase 2 ou de choque descompensado

A

↪Na fase 2, a vasoconstrição mantida e a hipoperfusão
prolongada resultam em isquemia tecidual, levando a
metabolismo anaeróbico e acúmulo de ácido lático e
pirúvico, o que gera acidose metabólica. A
vasoconstrição dos esfíncteres pré-capilares impede a
passagem adequada de sangue aos capilares, causando
extravasamento de líquido para o interstício e redução
do volume sanguíneo efetivo, com aumento da
viscosidade. Esse cenário ativa o potencial coagulador,
favorecendo o fenômeno de barrillo (estase
microvascular) e, se o estado de choque persistir, evolui
para consumo excessivo de fatores de coagulação,
culminando na coagulação intravascular disseminada
(CID) e um estado de hipocoagulabilidade…

18
Q

Fase 3 ou choque irreversível:

A

↪Na fase irreversível do choque, a persistência da
hipoperfusão leva a uma grande dívida de oxigênio
(déficit profundo de O₂), causando perturbação da
fosforilação oxidativa e falência na produção de ATP,
essencial para o funcionamento celular. Isso resulta em
lesões celulares irreversíveis e disfunção de funções
vitais, culminando na falência de múltiplos órgãos
(SFMO). Nessa fase, mesmo com reposição volêmica,
suporte inotrópico ou ventilatório, não há mais
recuperação tecidual efetiva, e o desfecho habitual é o
óbito.

19
Q

Alterações orgânicas do choque Rins:

A

↪Diminuição do fluxo renal e filtrado glomerular.
↪Isquemia aguda: afeta corteza renal
↪Isquemia mantida: aumenta a lesão glomerular e
tubular.
↪Insuficiência renal transitória.
↪Necrose cortical e falha renal permanente

20
Q

Alterações orgânicas do choque Gastrointestinais:

A

↪Ruptura de barreira intestinal(translocação
bacteriana)
↪Diminuição de motilidade gastrointestinal e íleo
paralitico.
↪Pâncreas e intestino produzam fator de depressão
miocárdica.

21
Q

Alterações orgânicas do choque Fígado:

A

↪Hiperemia venosa(estancamento)
↪Necrose hepática microtrombose.
↪Transtornos metabólicos hepáticos: hiperglicemia,
diminuição de síntese de albumina, diminuição de
atividade enzimática, limitação de SER,
hiperbilirubinemia, necrose centrololulillar.
↪Células de Kupffer deterioradas.

22
Q

Alterações orgânicas do choque Musculo esquelético:

A

Musculo esquelético:
↪Catabolismo de proteínas musculares
↪Musculo isquêmico: fonte de ácido láctico.
↪Debilidade muscular: favorece falha ventilatório

23
Q

Alterações orgânicas do choque Aparato respiratório:

A

↪Hiperemia e edema alveolar, microtrombose,
membranas hialinas e edema intersticial.
↪Aumento de alvéolos ventilados e não perfundidos.
↪Debilidade de musculatura respiratória.
↪Taquipneia progressiva e superficial, diminuição VA,
diminuição de oxigenação, retenção de CO2
↪Pulmão de choque(SDRA).

24
Q

Alterações orgânicas do choque Coração

A

↪Diminuição de captação de cálcio pelo reticulo
sarcoplásmico.
↪Disfunção na hidrolise de ATP, e da atividade de ATP
asa.
↪Diminuição de contratilidade miocárdica.
↪Deterioração de fluxo coronário e liberação de
fatores miocárdicos: isquemia e insuficiência cardíaca.

25
Alterações orgânicas do choque SNC
↪Edema cerebral. ↪Alteração da barreira hematoencefalica. ↪Transtornos tóxicos metabólicos- lesão de SNC.
26
Alterações orgânicas do choque Glândula suprarrenal
↪Fundamental na resposta a agressão. ↪Estado de choque mantido: necrose cortical.
27
Alterações orgânicas do choque Resposta imunológica:
↪Diminuição de linfócitos. ↪Diminuição de imunoglobulinas ↪Diminuição de resposta a mitogenos e antígenos. ↪Ativação do complemento, com ativação da cascata de coagulação e sistemas fibrinolíticos SDRS
28
Diagnostico de choque:
↪Fase 1- taquicardia fria normotensa: PAS > 100 mmHg e FC 100-120 batimentos/min, extremidades frias, pele pálida e leve retardo mental. ↪Fase 2-Taquicardia fria hipotensa: PAS 80 mmHg, FC 120-150 bpm, extremidades frias e lívidas, pele sudorética, cianose dos lábios, inquietação, medo, consciência turva, sede, falta de ar e oligoanúria. ↪Fase 3-Sintomatologia reforçada: Pressão arterial não mensurável, FC não caracteristica, arritmias, cianose, pele fria e úmida, inconsciência, insuficiência respiratório e anúria.
29
Exames complementários
↪Hemograma: Hb. Hto. ↪Monitoramento de hemostasia: ↪Cascata de coagulação: tempo de protombina, KPTT, tempo de trombina. ↪Função plaquetaria: reconto de plaquetas, tempo de sangramento, estabilidade do coagulo. ↪Fibrinolise: PDF, teste de euglobinulina, monômeros de fibrina, tromboelastograma
30
Linhas de tratamento:
↪Sala de terapia intensiva ↪Pacientes com monitores ↪Cateter de swan-Ganz ↪Gasômetro ↪Laboratório clinico
31
Tratamento
 Controle da hemodinâmica  Medida gerais  Reposição de volume  Apoio medicamentoso  Tratar a causa  Tratamento de complicações
32
Medidas gerais:
↪Equipe pronta para reanimação. ↪Mobilidade e posição: repouso horizontal ou em Trendelemburg de 10°. ↪Suporte respiratório: permeabilidade da via aérea, garantir adequada ventilação e oxigenação. -Para conseguir PaO2 maior de 85 y SHbO2 maior de 95% ↪Suporte circulatório: acesso venoso para administração de fluidos e fármacos. ↪Sonda de Levine e aspiração gástrica. ↪Abrigo do paciente. ↪Complementários urgentes. ↪Monitorização hemodinâmica e metabólica.
33
Monitorização hemodinâmica e metabólica:
↪Frequência e ritmo cardíaco ECG. ↪Monitorização da pressão arterial. ↪Oximetria de pulso. ↪Diurese ↪Pressão venosa central(PVC) ↪Pressão capilar pulmonar ↪Gasometria arterial
34
Apoio medicamentoso
35
Fatores determinantes do prognostico:
↪Gravidade da deterioração hemodinâmica ↪Tempo de evolução do choque, ↪Presença de lesões teciduais em diferentes órgãos (falência de múltiplos órgãos) ↪Idade avançada (> 70 anos) ↪Tratamento causal e oportuno do choque. Com prognóstico mais favorável, mortalidade de 50-60%
36
Tratamento das complicações
↪Todas as coleções devem ser drenadas. ↪Utilizar tratamento com antibióticos de acordo com a infecção. ↪Realizar culturas e antibiograma. ↪Caso contrário, administrar antimicrobianos de acordo com o tipo de sepse. ↪Ação sempre rápida. ↪Não demore, mas não se desespere. ↪O corpo tem seus próprios mecanismos de compensação que não devemos atrapalhar.
37
Recomendações praticas:
↪Manutenção das funções vitais. ↪Hidratação conforme as necessidades. Pacientes com falha da bomba ocasionalmente apresentam hipovolemia. É necessário realizar a medição da pressão. ↪Não administre inotrópicos antes de repor o volume intravascular. ↪Lembre-se de que a acidose diminui o efeito de alguns medicamentos inotrópicos. ↪Às vezes, tratamento cirúrgico de emergência é necessário para pacientes em choque
38
Evitar
↪Manobras desnecessárias enquanto seu paciente não esteja reanimado, exemplo instalação de sondas. ↪Adiar o atendimento definitivo do seu paciente por exames. ↪Ficar longe do seu paciente, nunca deixar o paciente sozinho, isso inclui transferências inter e intrahospitalares (scanner, etc.) ↪Esquecer que o paciente está acompanhado de alguém que aguarda informações.