DRGE - Fisiopatologia, epidemiologia, diagnóstico e tratamento Flashcards

(80 cards)

1
Q

O que é refluxo?

A

é o retorno do conteúdo ácido gástrico ao esôfago.

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2
Q

Principal mecanismo envolvido na gênese da DRGE:

A

Mecanismo de continência do EIE

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3
Q

Mecanismos que favorecerem adequada continência do EIE:

A
  • Membrana freno-esofágica
  • Angulo de His
  • EIE
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4
Q

VERDADEIRO ou FALSO:

Pequeno grau de refluxo é fisiológico: quadros de curta duração e assintomáticos.

A

VERDADEIRO

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5
Q

Quando considerar o refluxo como patológico?

A

Quano estiver associado a sintomas ou lesão de mucosa e quando ocorrer mais frequentemente à noite (quando o indivíduo estiver em posição supina e favorecer o retorno do conteúdo gástrico).

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6
Q

O que é doença do Refluxo Gastro esofágico - DRGE?

A

É a ocorrência de sintomas sugestivos de refluxo ou complicações relacionadas, sem necessariamente apresentar inflamação esofágica.

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7
Q

Qual a diferença entre DRGE e esofagite de refluxo?

A

Enquando na DRGE não tem necessariamente inflamação esofágica, na ESOFAGITE DE REFLUXO tem evidências endoscópicas e alteração inflamatórias histológicas na camada mucosa do esôfago.

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8
Q

VERDADEIRO ou FALSO:

O diagnóstico de DRGE é clínico.

A

VERDADEIRO

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9
Q

Como fazer o diagnóstico de DRGE?

A

Quando sintomas ocorrerem por no mínimo 2 vezes por semana, há cerca de 4 a 8 semanas.

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10
Q

Qual a prevalência da DRGE?

A
  • 10 - 20% dos ocidentais / 5% dos asiáticos
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11
Q

O desenvolvimento da DRGE reflete desiquilibrio entre fatores lesivos e fatores defensivos. Liste os fatores lesivos:

A
  1. Refluxo
  2. Acidez do material do refluxo
  3. Hipersensibilidade esofágica
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12
Q

O desenvolvimento da DRGE reflete desiquilibrio entre fatores lesivos e fatores defensivos. Liste os fatores defensivos:

A
  • Clareamento ácido do esôfago
  • Integridade da mucosa
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13
Q

Além da mediação química direta sobre a mucosa que o refluxo gastroesofágico provoca, quais outros mecanismos podem estar envolvidos na patogênese da DRGE e da esofagite de refluxo?

A

A MEDIAÇÃO INFLAMATÓRIA: o quadro de esofagite parece mais relacionada a resposta inflamatória desencadeada por ação das citocinas do que efeito químico direto de ácidos, pepsina ou bile.

Eventos histopatológicos envolvidos no desenvolvimento da esofagite ocorrem profundamente no epitélio e não só na superficies luminal.

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14
Q

[FISIOPATOLOGIA] a DRGE e a esofagite de refluxo depende principalmente da incompetência da junção esofagogástrica. Explique os fenômenos que ocorrem na junção que justificam sua incompetência.

A
  • Relaxamento transitório do EIE: Relaxamento não-dependente de deglutição, mediado por reflexo vagal (maioria dos pacientes)
  • Hipotensão do EIE: na minoria dos indivíduos com DRGE ele é nitidamente hipotenso.

Ambos mecanismos desenvolvem uma disrupção anatômica da TEG

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15
Q

Quais são os dois mecanismos antirrefluxos?

A
  • Anatomico:
    • pinçamento do diafragama
    • Angulo de HIS
  • Fisiológico:
    • Pressão do EEI
    • Clareamento esofágico (motilidade esofágica distal e diminuição da função salivar)
    • Fatores gástricos (esvaziamento gástrico)
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16
Q

Qual é a pressão média do EEI?

A

Pressão intrínseca de 12 a 30 mmHg.

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17
Q

Qual a extensão total do EEI?

A

de 2,1 a 5,6 (média de 3,6cm), distando cerca de 38-42cm da ADAS.

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18
Q

O EEI possui uma porção que está exposta à pressão abdominal positiva que ajuda na continência do mesmo. Essa porção é o segmento intraabdominal do esôfago, que tem que medir cerca de ___________ para uma adequada continência.

A

0,9 a 4,7cm (média de 2cm)

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19
Q

Além da incompetenção da junção esôfago-gástrica, outros fatores etiológicos podem estar envolvidos na gênese da DRGE. Quais são eles?

A
  • Hérnia de hiato
  • Obesidade: mecanismo não exatamente conhecido (talvez por uma maior pressão intra-gástrica, devido a maior pressão intra-abdominal)
  • Gravidez e estrógenos exógenos
  • Dieta: gorduras, chocolates, álcool, cafeína, fumo
  • Medicações: anticolinérgicos, nitratos, antidepressivos triciclicos, opióides, diazepam, barbitúricos
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20
Q

[ANATOMIA] Nomeie os itens numerados a seguir:

A
  1. Esôfago
  2. Cavidade intra-torácica
  3. Pilar diafragmático direito
  4. Pilar diafragmático esquerdo
  5. Esôfago intra-abdominal
  6. Fundo gástrico.

Qualquer fator que altere essa arquitetura anatômica pode levar ao surgimento de hérnia hiatal.

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21
Q

Quais fenômenos fisiopatológicos ocorrem na vigência da hérnia hiatal?

A
  • Diminuição do componente abdominal do EEI
  • Aumento do tempo de relaxamento transitório do EEI em resposta à distensão gástrica
  • Bolsa ácida em posição supra-diafragmática
  • Prolongamento do tempo de clareamento esofágico: devido motilidade distal inefetiva.
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22
Q

Existem três tipos de hérnia hiatal. Caracterize a hérnia hiatal do tipo I:

A

Hérnial Hiatal do tipo I ou de deslizamento:

  • É a mais comum
  • A junção gastroesofágica desloca-se para o mediastino
  • Quanto maior o seu tamanho, maior o RISCO de refluxo.
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23
Q

Existem três tipos de hérnia hiatal. Caracterize a hérnia hiatal do tipo II:

A

Hérnia hiatal tipo II ou por rolamento ou paraesofágica:

  • Junção esofagogástrica no posição correta
  • Fundo gástrico migra (rola) para o mediastino
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24
Q

Existem três tipos de hérnia hiatal. Caracterize a hérnia hiatal do tipo III:

A

Hérnia hiatal do tipo III, ou mista:

  • Junção gastroesofágica e fundo gástrico estão no mediastino.
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25
**VERDADEIRO ou FALSO:** **Existe refluxo SEM hérnia de hiato e existe hérnia de hiato SEM refuxo.**
VERDADEIRO Apesar de quanto maior a hérnia hiatal, maior é o risco de refluxo, sua presença não é condição *sine qua non* para a existência do refluxo.
26
**Quais são os sintomas típicos da DRGE e quais seus fatores de piora e de melhora:**
* Azia * Pirose retroesternal * Regurgitação * Globus (sensação de bola na garganta). * Sintomas são agravados por alimentos condimentados, gordurosos, café, chocolate e álcool e tabagismo. * Piora na posição supina e melhora com antiácidos
27
**Quais são os sintomas atípicos da DRGE?**
* Tosse * Rouquidão * Laringite * Pigarro * Broncoaspiração * Pneumonia recorrente * Asma, sibilância * Sinusite crônica * Aftas / lesões dentárias * Mucosa orofaríngea inflamada * dor torácica atípica
28
**VERDADEIRO ou FALSO:** **A intensidade e frequência dos sintomas são fracos preditores da presença ou da gravidade da esofagite.**
VERDADEIRO Sintomas sem esofagite e esofagite sem sintomas, podem ocorrer.
29
**Complete a lacuna:** **Quanto _____ (maior / menor) o tempo de duração dos sintomas, ______ (maior / menor) o risco de esôfago de Barret e adenocarcinoma.**
Maior; Maior.
30
**Díagnóstico da DRGE:**
CLÍNICO
31
**Quais exames podem serem usados para _avaliar_ a DRGE?**
* EDA * Seriografia do esôfago (SEED) * pHmetria * Manometria * Impedânciometria
32
**Quando solicitar a EDA para avaliar a DRGE (5 indicações):**
* Idade \> 40 anos * Manifestações de alarme * Manifestações atípicas * Evolução desfavorável com tratamento * Pesquisa de esôfago de Barrett
33
**Qual a utilidade da EDA na avaliação da DRGE:**
* Excluir outras doenças (tumores) * Realizar biópsias * Detectar complicações que podem influenciar na terapêutica
34
**VERDADEIRO ou FALSO:** **Ausência de lesão endoscópica exclui DRGE.**
FALSO: 25 A 40% DOS PACIENTES COM SINTOMAS TÍPICOS NÃO TEM LESÃO ENDOSCÓPICA VISÍVEL.
35
**Quais são os sinais de alarme indicativos de EDA na DRGE (8):**
1. Dipepsia súbita em pacientes \> 60 anos 2. Evidências de HDA 3. Anemia ferropriva 4. Anorexia 5. Perda ponderal 6. Disfagia / Odinofagia 7. Vômitos persistentes 8. Atecedentes familiares de câncer (1º grau)
36
**O que é o esôfago de Barret?**
Metaplasia do epitélio esofágico, que torna-se intestinal. É uma alteração pré-maligna.
37
**Quais são os fatores de risco para o esôfago de Barret?**
* DRGE com duração de pelo menos 5 a 10 anos * Homens * Obesidade * Presença de hérnia hiatal * Refluxo noturno * Tabagismo * Parentes de primeiro grau com esôfago de Barret
38
**Qual a classificação mais utilizada em EDA para DRGE?**
SAVARY - MILLER
39
**Descreva as lesões _grau I_ conforme Classificação de SAVARY - MILLER:**
* Grau I: uma ou mais lesões não confluentes, lineares ou ovaladas, ocupando apenas uma prega longitudinal.
40
**Descreva as lesões _grau II_ conforme Classificação de SAVARY - MILLER:**
Grau II: várias lesões ocupando mais de uma prega, que podem ser confluentes, ou não, mas não são circunferenciais.
41
**Descreva as lesões _grau III_ conforme Classificação de SAVARY - MILLER:**
Grau III: Erosões confluentes que se estendem por toda circunferência do órgão.
42
**Descreva as lesões _grau IV_ conforme Classificação de SAVARY - MILLER:**
Grau IV: úlcerações profundas ou estenoses, isoladas ou associadas a lesões grau 1 a 3.
43
**Descreva as lesões _grau V_ conforme Classificação de SAVARY - MILLER:**
Grau V: Epitélio de Barret (digitações de coloração salmão) com confirmação histológica, cinrcunferencial ou não, de extensão variável, associados ou não às lesões grau I a IV.
44
**Quando deve ser realizada a biópsia durante a EDA?**
* Em úlceras * Em estenoses * Em esôfago de Barret (colorações digitiformes): * Biopsiar os quatro quadrantes da junção GE, a cada 1 a 2cm;
45
**Qual é o epitélio de Barret?**
Cilindrico intestinal
46
**Quais as aplicações da seriografia EED (3)?**
* Determinar a anatomia interna do esôfago e estômago proximal * Diagnósticos diferenciais de tumores, diverticulos e hérnias * Planejamento pré-cirurgico
47
**Além do diagnóstico clínico, a DRGE também pode ser diagnosticada a partir da pHmetria?**
Sim, o exame é considerado como padrão-ouro para o diagnóstico de DRGE ácida.
48
**Quais são as medições aferidas a partir da pHmetria?**
* Número de episódios maiores que 5min * Tempo do episódio de refluxo mais longo * **Fórmula com peso para cada item pela apacidade de causar lesão:** * **Escore de Demeester deve ser \> 14,7** ## Footnote **Temos o diagnóstico de doença do refluxo com pH \<4 por mais de 4% do tempo;** *Incoveniente: presença do cateter nasal por 24h*
49
O Escore de Demeester leva em consideração para o seu cálculos quais variáveis?
* Numero de episódios de pH abaixo de 4 * Episódios mais longos de pH abaixo de 4 * Tempo total de pH abaixo de 4 (supino e ortostático)
50
**Qual a utilidade da manometria?**
* Avaliar a função motora do esôfago e seus esfincteres * Localizar a junção gastroesofágica para posicionar o eletrodo da pHmetria * Exclui distúrbios da motilidade como Acalásia, por exemplo. * Avalia o Grau de incompetência do EEI * Motilidade ineficaz do corpo * Avaliar a pressão, comprimento global e comprimento abdominal do EEI.
51
**No indivíduo que será submetido a cirurgia para correção de DRGE, qual exame é imprescindível a realização?**
MANOMETRIA.
52
**Quais alterações são esperadas encontrar em exame de manometria em pacientes com EEI defeituoso?**
* Pressão média menor que 6mmHg * Comprimento global menor que 2cm * Comprimento abdominak menor que 1cm
53
**Qual a utilidade da impedanciometria?**
* Avalia a presença e movimento do "bolo" no interior do esôfago: * Anterógrada: deglutido * Retrógrada: refluxo * Ele mede através da resistência elétrica entre 2 eletrodos: * Líquido iônico: impedância cai * Gás: a impedância aumenta * Simultaneamente mede o pH e a impedância em multiplos níveis.
54
**Para quais grupos de pacientes há indicação de realização de impedânciometria?**
* Sintomas persistentes apesar do IBP * Sintomas respiratórios e atípicos * Pós-operatório com sintomas. ## Footnote **Considerado padrão-ouro principalmente para refluxo não ácido.**
55
**Quais aspetcos clássicos do refluxo no exame de laringoscopia (geralmente solicitados por otorrinos):**
* Eritema * Edema * Estase salivar.
56
**Qual é o objetivo do tratamento da DRGE?**
* Remissão dos sintomas * Cicatrização das lesões * Prevenção de recidivas * Evitar complicações
57
**Em quais pacientes pode-se indicar tratamento empírico da DRGE, isto é, sem necessidade de endoscopia (3)?**
Em pacientes com * Sintomas típicos * Ausência de sinais de alarme * Emagrecimento * Disfagia * Sangramento * Anorexia * Parentes de 1º com CA de estomago * Pacientes abaixo dos 40 anos
58
**O tratamento clínico da DRGE inclui medidas comportamentais. Quais são elas?**
* Evitar cintas modeladoras e cintos apertados * Evitar AINEs, cuidados com colinérgicos, teofilina, bloqueadores do canal de cálcio * Perda de peso * Não fumar * Elevar a cabeceira do leito * Refeições fracionadas e pouco volumosas * Não comer e deitar (2 horas) * Alimentos que devem ser evitados: gordurosos, chocolate, café, álcool, bebidas gasosas, menta, hortelã, bebidas gaseificadas, e aqueles não tolerados.
59
**Qual é o tratamento clínico medicamentoso preconizado para o tratamento da DRGE?**
* Procinéticos: Domperidona, bromoprida, metaclopramida * Outros: Sucralfato, antiácidos (hirdóxido de alumínio), bloqueadores de H2 * **IBP: ESCOLHA PARA ALÍVIO DOS SINTOMAS E CICATRIZAÇÃO DAS LESÕES**
60
**Quais são os IBPs e suas doses plenas usados no tratamento medicamentoso da DRGE?**
* Omeprazol 40mg * Lansoprazol 30mg * Pantoprazol 40mg * Rabeprazol 20mg * Esomeprazol 40mg * Dexlanzoprazol 60mg Manutenção para sintomas recorrentes com metade da dose e medidas comportamentais por 3 a 6 meses.
61
**Quais são as indicações de tratamento cirurgico para a DRGE?**
* **Tratamento clínico prolongado e dependente de medicação**: * **Necessário manutenção com IBP, especialmente \< 40 anos** * Impossibilidade de arcar com os custos medicamentosos * Manifestações atípicas cujo refluxo foi devidamente comprovado * DRGE complicada * Evidencias de lesão esofagica grave (ulcera, estenose, Barret) * Grandes hérnias hiatais sintomáticas
62
**Quais pacientes não tem boa resposta ao tratamento cirurgico e por isso essa modalidade não é indicada no tratamento da DRGE?**
Não recomendado para pacientes que não respondem ao IBP, sejam sintomas típicos ou atípicos
63
**Quais exames devem ser feitos obrigatoriamente na avaliação pré cirurgica da DRGE?**
* EDA: avaliação de sinais de malignidade (ou presença de Barret) * Manometria: Avaliação da motilidade do esôfago
64
**Quais são os bons candidatos para o tratamento cirurgico da DRGE?**
* Escore anormal de pH de 24 horas * Sintomas típicos * Melhora sintomática com medicações * IMC \< 35 * jovens
65
**Quais são os maus candidatos para o tratamento cirurgico da DRGE (embora não seja proíbido a cirurgia dos mesmos)?**
* Sintomas atípicos (sem documentação de refluxo) * Vomitadores * pHmetria normal * Desordem motora severa (contraindicação formal)
66
**Qual é o tratamento cirurgico preconizado para a DRGE?**
Fundoplicatura + Hernioplastia Hiatal
67
**Quais tipos de vávulas antirrefluxos podem ser feitas no tratamento cirurgico da DRGE?**
* Fundoplicatura total (360º) - Nissen * Valvula curta e frouxa * 3 pontos * VIA DE ESCOLHA: VLP * Fundoplicatura parcial (270º) - Lind
68
**Quais são as complicações do tratamento cirurgico da DRGE?**
* Mortalidade de \<5% * Disfagia transitoria de 2 a 12 semanas é comum, 10% passam após 3 meses, 2% após 12 meses * Incapacidade de vomitar e eructar * Flatulência - gas bloot (diminuição do esvaziamento gástrico)
69
**Quais são os resultados do tratamento cirurgico da DRGE (fundoplicatura + herniplastia hiatal)?**
* 90% de alívios dos sintomas típicos do refluxo * Sintomas atípicos aliviam em 2/3 dos pacientes * Pode haver recidiva dos sintomas após 8 a 10 anos
70
**Quais são as trÊs complicações da DRGE?**
* Úlcera esofágica * Estenose * Esôfago de Barret
71
**Quanto às complicações da DRGE, a ulcera esofágica se comporta de que forma e qual o tratamento?**
* Incide sobre a junção escamo-colunar (TEG) * Tem que ser biopsiada para afastar neoplasia * Complica com hemorragias, perfurações e estenoses * O sangramento esofagico na DRGE costuma ser lento e insidioso --\> Anemia crônica * **Tratamento clíncio --\> IBP pelo menos oito semanas**
72
**Quanto às complicações da DRGE, a estenose se comporta de que forma e qual seu tratamento?**
* Mais comum em idosos, tabagistas e etilistas * Inflamações crônica --\> Produção de tecido fibroso * **Tratamento: IBP + Dilatações cuidadosas ou tratamento cirurgico se refratária**
73
**Quanto às complicações da DRGE, caracterize o esôfago de Barret?**
* É o estágio final da DRGE * 7 a 10% dos portadores de DRGE * É a substituição do epitélio estratificado e escamoso do esôfago por epitélio colunar com células de padrão intestinal.
74
**Como é feito o diagnóstico de esôfago de Barret?**
Detectável ao exame de EDA e microscópico do órgão (biópsia): * **BIÓPSIA DEVE SER REALIZADA NOS 4 QUADRANTES A CADA 1 A 2CM**
75
**O Esôfago de Barret pode ser classificado como curto ou longo. Classifique-os:**
Barret curto \< 3cm Barret longo \> 3cm *Quanto mais longo pior é o prognóstico*
76
**O esôfago de Barret se associa com que tipo de tumor?**
ADENOCARCINOMA: 5 a 10%/ano progridem para displasia 0,1 a 0,5% ao ano para adenocarcinoma (40x mais que a população normal)
77
VERDADEIRO ou FALSO: Não há tratamento eficaz para oesôfago de Barret
VERDADEIRO Pois trata-se de uma metaplasia que continuará lá (uma vez instalada, não regride mais).
78
**Qual o objetivo do tratamento no esôfago de Barret?**
A terapêutica clínica e cirurgica empregada no tratamento do esôfago de Barret visa controlar o refluxo, diminuindo o processo inflamatório.
79
**Como é feito o acompanhamento endoscópico e tratamento do esôfago de Barrett?**
* **Barrett sem displasia:** * EDA e biópsias seriadas a cada 12 a 24 meses * **Barret com displasias de baixo grau (neoplasia intraepitelial):** * EDA a cada 6 meses com biópsias seriadas + tratamento agressivo antirrefluxo clínico ou cirurgico antirrefluxo * Se lesão localizada = mucosectomia * Se lesão circunferencial = radioablação * **Barret com displasia indeterminada (neoplasia intraepitelial):** * 80mg dia de IBP por 3 meses e repetir EDA comBx * **Barrett com displasia de alto grau:** * deve ser confirmada por 2 patologistas * TRATAMENTO: esofagectomia ou mucosectomia (com displasia bem localizada)
80