Fratura da Coluna Cervical Alta Flashcards

(45 cards)

1
Q

Quais as duas estruturas responsáveis pela estabilidade cervical que são lesadas nas fraturas do côndilo occipital?

A
Ligamento Alar
Membrana Tectorial (evita hiperextensão)
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2
Q

Qual a epidemiologia das fraturas do côndilo occipital?

A

Incidência baixa (1%)
Mortalidade 12% (TCE)
Homens 2:1
Jovem

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3
Q

Qual o mecanismo do trauma nas fraturas do côndilo occipital?

A

Alta energia - acidente automobilístico

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4
Q

Descreva a apresentação clínica nas fraturas do côndilo occipital.

A

Perda de consciência 80% casos
Parestesia na região posterior da junção craniocervical
30% casos: lesão pares cranianos mais baixos
- Disfagia, rouquidão, parestesia nas orelhas
- Torcicolo, fraqueza para elevar ?os ombros
- Desvio da lingua

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5
Q

Quais os exames complementares necessários para a avaliação das fraturas do côndilo occipital

A

RX: baixa sensibilidade e especificidade

TC: Padrão ouro

RNM: déficit neurológico e suspeita lesão ligamentar

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6
Q

Descreva as 2 classificações para as fraturas do côndilo occipital.

A
  • ANDERSON E MONTESANO

Tipo 1 - Compressão (estável)
- Fratura cominutiva, impacção

Tipo 2 - Trauma direto (estável)
- Do côndilo com extensão para a base do crânio

Tipo 3 - Rotacional - inclinação lateral (instável)
- Avulsão dos ligamentos alares

Modificação por Jeanneret
Tipo 4 - avulsão em anel de todo o forame magno

  • TULI
    Tipo 1 - Sem desvio
    Tipo 2A - Com desvio, estável
    Tipo 2B - Com desvio, instável
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7
Q

Como é o mecanismo do trauma nas fraturas do côndilo occipital conforme Anderson e Montesano?

A

Tipo 1 - Compressão

Tipo 2 - Trauma direto

Tipo 3 - Rotacional - inclinação lateral

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8
Q

Como deve ser feito o tratamento das fraturas do côndilo occipital?

A

CONSERVADOR

  • Maior parte dos casos
  • Colar cervical rígido/halo craniano
  • Indicação: Tipo 1 e 2 de Anderson e Montesano + Tipo 1 e 2A de Tuli
  • No tipo 3, se membrana tectória íntegra pode ser conservador com halo

CIRÚRGICO

  • Indicado nos tipos 3 de Anderson e Montesano e 2B de Tuli.
  • Quando lesão membrana tectória
  • Fraturas cervicais associadas
  • Fusão occipto-cervical posterior (crânio-C2)
  • Descompressão em casos de déficit neurológico
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9
Q

Descreva a epidemiologia da luxação occiptocervical.

A

Incidência muito baixa (geralmente é fatal)
Mortalidade 60%
Jovens (20% crianças)

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10
Q

Qual o mecanismo do trauma na luxação occiptocervical?

A

Alta energia
Automobilístico
Translação/distração

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11
Q

Descreva a apresentação clínica na luxação occiptocervical.

A

Inconsciente
Lesão pares cranianos (6,10,12)
TRM
Lesões cervicais -> podem simular luxação occiptocervical

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12
Q

Quais exames de imagem devem ser feitos na luxação occiptocervical?

A

RX - baixa especificidade e sensibilidade
TC - Padrão ouro
RNM - dúvida e déficit neurológico

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13
Q

Cite e descreva os critérios diagnósticos nas luxações occiptocervicais.

A
Razão de potência
- Distância entre o básio e a parte anterior do arco posterior de C1. Divide essa distância com a distância da parte posterior do arco anterior de C1 até o ofísio.
>1 = luxação anterior 
<1 = luxação posterior
Normal = 1

Intervalo Básio-Axis de Harris - Regra de 12 de Harris
- Distância básio até o dente ou do básio até a linha paralela na região posterior do áxis.
<12mm = normal
>12mm = instabilidade

Invervalo OC/C1 (MAIS SENSÍVEL) - TC
- Distância entre côndilo e faceta articular C1
Normal = 2,5mm

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14
Q

Descreva a classificação para luxação occiptocervical.

A

Traynelis

Tipo 1: anterior (40%)
Tipo 2: Axial (40%)
Tipo 2B: Axial - instabilidade C1/C2
Tipo 3: posterior (5%)

OBS: 15% são inclassificáveis

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15
Q

Descreva o tratamento das luxações occiptocervicais.

A

CONSERVADOR

  • Raro
  • Halo craniano - tratamento temporário
  • Tração CONTRAINDICADA

CIRÚRGICO

  • Maioria (piora neurológica em 25% dos pacientes com tto conservador)
  • Fusão occipto-cervical posterior (cranio-C2)
  • Descompressão se déficit neurológico
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16
Q

Cite fatores de risco para luxação occiptocervical nas crianças.

A

Côndilos planos

Frouxidão ligamentar

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17
Q

Descreva a epidemiologia das fraturas do atlas.

A
2ª fratura mais comum da fratura cervical alta
2-13% das lesões cervicais
1-3% das fraturas da coluna
Idosos
Fratura do odontóide associada em 50%
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18
Q

Qual o mecanismo de trauma das fraturas do atlas?

A

Compressão axial

Hiperextensão (água rasa)
Trauma direto

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19
Q

Como é a apresentação clínica nas fraturas do atlas?

A

Cervicalgia alta
Cefaléia
Dificuldade para rotação cervical
Déficit neurológico é raro
Síndrome de Collet-Sicard (lesão traumática dos 4 últimos pares cranianos 9-12)
Lesão da artéria vertebral ou trombose pós traumática (nos casos de lesão do processo transverso)
- Náusea, vômito, zumbido, comprometimento da visão, quedas.

20
Q

Quais os principais exames de imagem para avaliação das fraturas do atlas?

A

RX: Difícil para diagnóstico

TC - padrão ouro

RNM - avalia ruptura intrasubstancial do ligamento transverso

Angio-TC ou Angio-RNM
- Excluir lesão da artéria vertebral

21
Q

Quais as classificações utilizadas para fraturas do atlas?

A

Landells
Tipo 1 - Bilateral do arco anterior ou posterior (estável)
Tipo 2 - Fratura combinada anterior e posterior (quatro partes) - Fratura por explosão = FRATURA DE JEFFERSON
Tipo 3 - Fratura da massa lateral

22
Q

Qual classificação para avaliação da integridade do ligamento transverso nas fraturas do atlas?

A

Dickman

Tipo 1: ruptura intrassubstancial

  • 1A: Central
  • 1B: Próximo da inserção/massa lateral

Tipo 2: avulsão óssea da massa lateral (melhor prognóstico no tratamento conservador)

  • 2A: Avulsão isolada
  • 2B: Avulsão devido a fratura da massa lateral
23
Q

Descreva os tratamentos possíveis para as fraturas do atlas.

A

CONSERVADOR

  • Grande maioria dos casos
  • Fratura isolada do arco anterior/posterior/massa lateral/explosão

Estáveis -> sem desvio -> colar cervical rígido

Fraturas desviadas (explosões instáveis desviadas) -> redução tração + imobilização com halo craniano

CIRÚRGICO
- Indicações
Instabilidade residual após tto conservador (retirada halo)
Desvio Significativo na TC após redução com tração
Déficit neurológico

  • Técnica:
    Artrodese C1-C2 por via posterior (principal)
    Osteossíntese do atlas
24
Q

Qual a epidemiologia da fratura do odontóide?

A

Fratura mais comum da coluna cervical alta
9-18% das fraturas cervicais
Bimodal: idoso (queda) e jovem (alta energia)

25
Quais os mecanismos de trauma nas fraturas do odontóide?
Hiperextensão (desvio posterior do odontóide Hiperflexão (desvio anterior do odontóide) Forças lateral/oblíquas (tipo 2) Hiperextensão (tipo 3)
26
Qual a apresentação clínica das fraturas do odontóide?
Cervicalgia Laceração da testa/equimose periorbital em idosos (impacto frontal) Disfagia/Dispnéia - presença de hematoma retrofaríngeo Mielopatia cervical - compressão medular
27
Quais exames complementares devem ser realizados na fratura do odontóide?
RX - AP + P + Transoral TC Padrão ouro RNM Se déficit neurológico
28
Cite 4 fatores de risco para pseudoartrose do odontóide (incluindo 2 parâmetros de imagem).
Distância entre paralela a cortical anterior de C2 e paralela cortical anterior do Odontóide - Se >5mm = risco para pseudoartrose - Principal Angulação entre paralela cortical posterior de C2 e paralela cortical posterior do Odontóide - Se >10º = risco para pseudoartrose Tabagismo Idosos
29
Cite um diagnóstico diferencial das fraturas do odontóide?
Os odontoideum
30
Descreva a classificação para fraturas do odontóide. | Qual a mais frequente?
Anderson e D'Alonzo (D de D'alonzo = D de dente) Tipo 1 - Ponta do odontóide (estável) Tipo 2 - Colo/cintura (maioria - 60%) Tipo 3 - Traço acomete o corpo de C2 - Corte coronal da TC ajuda na identificação
31
De acordo com a classificação de Anderson e D'Alonzo, qual tipo existe maior risco de pseudoartrose na fratura do odontóide?
Tipo 2 (colo/cintura)
32
Descreva a classificação de Grauer (subdivisão do tipo 2 de Anderson e D'Alonzo).
2A - Sem desvio ou cominuição 2B - Traço anterosuperior para posteroinferior ou trasverso 2C - Traço anteroinferior para posterosuperior ou cominutiva
33
Nas fraturas do odontóide, qual subtipo de Grauer deve ser tratado com osteossíntese?
2 B
34
Descreva as possibilidades e indicações de tratamento para as fraturas do odontóide.
CONSERVADOR - Colar cervical rígido (idoso)/Halo Craniano (jovem) - Indicações: Sem desvio Tipo 3 e 2 com desvio e SEM risco para PSA -> tração e imobilização com halo craniano. ``` CIRÚRGICO - Indicações Déficit neurológico Tipo 2 e com fatores de risco para PSA Tipo 3 com desvio ``` - Técnicas: Osteossíntese por via anterior (traço anterosuperior para posteroinferior) ou traço transverso Artrodese via posterior
35
Por quê o halo craniano não é indicado no idoso?
Aumento morbi-mortalidade - Dificuldade de alimentação - Efeitos cardiológicos - Efeitos pulmonares
36
Qual a epidemiologia da "fratura do enforcado" (espondilolistese traumática do áxis)?
``` Homem Jovem Trauma alta energia 30% dos pacientes tem fratura em outro sítio na coluna cervical 5% de todas as fraturas cervicais 2ª mais comum do áxis (20%) ```
37
Qual a apresentação clínica da "fratura do enforcado"?
Cervicalgia | Geralmente sem déficit neurológico
38
Quais exames complementares a serem realizados na "fratura do enforcado"
RX - Falso negativo em 40% - Linha de Swischuk (principalmente na criança) Pseudoluxação entre C2-C3 por hiperfrouxidão ligamentar Linha tangenciando cortical anterior do elemento posterior de C1 e C3 (cortical anterior do elemento posterior de C2 deve estar a 1-2mm de distância da linha - pseudosubluxação) TC - escolha para estudo do padrão da fratura e classificação. RNM - se déficit neurológico
39
Qual a classificação para a "fratura do enforcado"?
Efendi/Levine e Edwards Tipo 1: sem desvio ou angulação (mais comum) Tipo 1A: Fratura sem desvio com traço pro corpo (modificação Star e Eismont) - Maior chance déficit neurológico Tipo 2: com desvio >3,5mm e angulação >11º Tipo 2A: mínimo desvio e angulação significativa >11º - Normalmente tem lesão do disco associada - Contraindicado realizar tração Tipo 3: luxação facetária C2-C3, com angulação e desvio.
40
Em qual tipo de Levine e Edwards nas fraturas do enforcado está contraindicada a tração
Tipo 2A
41
Quais os mecanismos do trauma nas "fraturas do enforcado"? Correlacione o mecanismo de trauma com os tipos de Efendi/Levine e Edwards.
Hiperextensão + compressão (acidente automobilístico) Hiperextensão + distração (enforcamento) Tipo 1: Hiperextensão (principal mecanismo) Tipo 2: Hiperextensão + Compressão (seguido de flexão) Tipo 2A: Flexão + Distração Tipo 3: Flexão + Compressão
42
Descreva as possibilidades de tratamento nas "fratura do enforcado".
CONSERVADOR - Cerca de 2/3 dos casos - Colar cervical rígido/Halo craniano - Indicação Tipo 1/1A (Sem deficit) Tipo 2: tração/redução/imobilização com halo Tipo 2A: manobra de extensão/compressão (sem tração) + imobilização com halo ``` CIRÚRGICO - Indicação Tipo 2 ou 2A com desvio/redução inaceitável Tipo 3: SEMPRE (luxação) Déficit neurológico ``` - Técnicas Osteossíntese Artrodese C2/C3 (via anterior ou posterior) - pode precisar incluir C1. Parafuso pedicular C2 e de massa lateral em C3.
43
Em qual local de C2 localiza-se a fratura do enforcado?
Pars interarticularis
44
Descreva os sinais radiográficos de instabilidade na avaliação das fraturas do atlas.
- Sinais de instabilidade Regra de Spence (RX AP - distância da borda lateral da massa lateral de C1 e C2 - normal entre 6,9 e 8,1mm) = Lesão do ligamento TRANSVERSO Distância atlanto-dental (RX PERFIL - Distância entre cortical posterior do arco anterior de C1 e o dente. Adulto <3mm e Criança <5mm) - Adulto >3mm (lesão ligamento transverso - Criança >5mm (lesão ligamento transverso + alar OBS: Lesão membrana tectorial apresenta >7mm
45
Qual tipo de Traynelis (nas luxações occipto-cervicais), não apresenta alteração da razão das potências (power ratio)?
Tipo 2