Ginecologia Flashcards

(624 cards)

1
Q

Quais as ISTs de notificação compulsória nacional?

A

Sífilis
HIV
HBV/HCV
Síndrome do corrimento uretral masculino

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2
Q

Qual o valor do PH vaginal normal?

A

3,8 a 4,2 (4-4,5)

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3
Q

Qual a faixa de pH encontrada em meninas pré puberes e mulheres na pós menopausa?

A

5-7

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4
Q

Por que na avaliação do pH vaginal a amostra deve ser obtida no terço médio à distal?

A

Para diminuir o risco de contato com o muco cervical, que apresenta pH em torno de 7

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5
Q

Qual as três causa mais comuns de corrimento vaginal no Brasil?

A
Vaginose bacteriana (46%)
Cabdidiase vulvoganial (23%)
Tricomoníase (20%)
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6
Q

Qual as alterações na microbiota vaginal associada à vaginose bacteriana?

A

Crescimento polimicrobiabo com aumento de: - anaeróbios estritos (ureaplasma urealyticum, bacterioides, mycoplasma hominis…)
- anaeróbios facultativos (Gardnerella vaginalis)

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7
Q

Quadro clínico da vaginose bacteriana

A

50% assintomáticas
Odor fétido (peixe podre)
Corrimento é homogêneo, branco, acinzentado (comum), amarelada (raro). Geralmente em pequena quantidade, não aderente (pode ser aderente), podendo formar microbolhas
Sintomas inflamatórios são incomuns

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8
Q

Quais são os critérios de Amsel?

A
  • corrimento branco, acinzentado, homogêneo, fino
  • pH vaginal > 4,5
  • whiff test (das aminas) positivo
  • clue cells no exame microscópico a fresco

O diagnóstico de VB é feito na presença de pelo menos 3 desses critérios

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9
Q

Segundo o CDC (2015) qual o exame padrão ouro para diagnóstico de vaginose bacteriana)

A

Coloração gram

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10
Q

Tratamento da vaginose bacteriana

A

Metronidazol VO 7dias
Metronidazol VV 5 dias à noite ao se deitar
2°: clindamicina VO

Gestantes: 1° trim clindamicina VO 7 dias
Após, metronidazol VO 7 dias

Obs: não recomendado tratar parcerias sexuais
Para puerpera o mesmo que pra Gestantes

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11
Q

Por que é preconizado abstinência de álcool no tto da VB com nitroimidazólicos?

A

Para reduzir o risco da reação dissulfiram-like
Esternder por 24hra após metronidazol e
Por 72 hrs após tinidazol

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12
Q

Quadro clínico da candidiase vulvovaginal

A

Prurido vulvovaginal, com piora à noite e exacerbado pelo calor
Queimação
Disúria
Dispareunia
Corrimento branco, grumoso, inodoro e com aspecto caseoso (leite coalhado)
Hiperemia e edema vulvar
Escoriações de coçadura
Fissuras e maceração da vulva
Vagina e colo recobertos por placas brancas ou branco acidentadas, aderidas à mucosa

Tende a aumentar na semana antes da menstruação (aumento da acidez)

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13
Q

Qual a definição de candidiase vulvovaginal recorrente?

A

4 ou mais episódios em um ano

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14
Q

Tto da candidiase vulvovaginal

A

Miconazo creme vaginal 7 dias
Nistatina 14 dias


Fluconazol VO dose única
Itraconazol VO 1 dia

Gestantes: somente por via vaginal
VO contraindicado na gestação e lactação

Recorrente: 14 dias de tto por VV
Fluconazol VO nos dias 1, 4 e 7. Segue terapia de manutenção com fluconazol 1×semana por 6 meses

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15
Q

Quadro clínico da Tricomoníase

A

Homens:
Geralmente assintomáticos
Pode ter uretrite não gnocócica, epididimite ou prostatite

Mulheres:
Pode ser assintomática
Corrimento, geralmente abundante, amarelo/amarelo-esverdeado, mal cheiroso e bolhoso
pH > 5 normalmente
Eritema vulvar e escoriações não são comuns
Sinais inflamatórios (ardência, hiperemia…) são frequentes
Pode Dispareunia e prurido ocasional
Achado específico: colpite focal ou difusa caracterizada por um colo em framboesa ou em morango (dilatação capilar e hemorragias puntiformes)
Na colpite difusa, colo de aspecto tigroide ao teste de schiller

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16
Q

Como o teste de whiff costuma se apresentar na Tricomoníase?

A

Positivo

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17
Q

Por que coletar nova citologia em 3 meses nas pacientes com alterações celulares morfológicas na vigência de Tricomoníase?

A

Porque a Tricomoníase pode alterar o resultado da citologia oncótica

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18
Q

Tto da Tricomoníase

A

Metronidazol 2g em dose única
Metronidazol 500 mg dia por 7 dias

Parcerias sexuais DEVEM ser tratadas com mesmo esquema

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19
Q

Por que é muito importante que Gestantes tenham seu quadro deTricomoníase tratado?

A

Essa IST está associada à rotura prematura de membranas, parto pré termo e baixo peso ao nascimento

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20
Q

No que consiste o efeito antabuse (dissulfiram-like)?

A

Mal estar, náusea, tontura, gosto metálico na boca, arritmias

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21
Q

Qual a conduta em paciente com Tricomoníase que apresenta alergia à metronidazol?

A

Dessensibilização ao metronidazol

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22
Q

Cite micro-organismo comumente associados à vulvovaginites inespecificas

A

Staphylococcus epidermidis, escherichia coli, bacterioides, enrerococcus

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23
Q

Quadro clínico de uma vulvovaginite inespecifica

A
Leucorreia de aspecto variável
Prurido e ardência vulvares
Escoriação, hiperemia e edema vulvar
Disúria, polaciuria
Sinais de má higiene
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24
Q

O que é a vaginose citolítica?

A

Corrimento vaginal com aumento excessivo de lactobacilus, citólise importante e escassez de leucócitos

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25
Critérios diagnóstico da vaginose citolítica
- pH entre 3,5-4,5 - Ausencia de micro-organismo não pertencentes à microbiota vaginal normal - raros leucócitos - citólise - Aumento significativo de lactobacilus
26
Tto da vaginose citolítica
Alcalinização do meio vaginal | Duchas vaginalis com bicarbonato
27
Quais os agentes etiológicos mais comumente associados à cervicite? E qual epitélio eles afetam?
``` Chlamydia trachomatis (bacilo gram negativo. D e K: genutourinaria. L1, L2 e L3 linfogranuloma venereo) e neisseria gonorrhoae (diplococo gram negativo) Epitélio glandular ```
28
Quadro clínico da cervicite
70-80% assintomáticas Sintomas genitais leves (corrimento vaginal, Dispareunia, disúria) Colo uterino edemaciado, sangramento fácil ao toque com espátula de ayre
29
Mnemônico da clamidia
``` C ervicite L infogranuloma venereo (L1, 2 e 3) A denite M ultiplos orifícios drenados I munofluorescência DI doxiciclina A zitromicina ```
30
Tto da infecção ano genital não complicada
1- cirpofloxacino 500mg dose única (resistência) + Azitromicina 500mg dose única 2 - Ceftriaxona 500mg IM DU + Azitromicina 500mg DU Obs: em menores de 18, cirpofloxacino é contraindicado
31
Quando clínico da uretrite gnocócica
Prurido uretral seguido de ardência micional e corrimento mucoide, evoluindo para purulento
32
Quadro clínico da uretrite não gnococica
Corrimento mucoide diacreto | Disúria leve e intermitente
33
Quais são os agentes mais comuns de DIP?
Neisseria gonorrhoae 1/3 | Chlamydia trachomatis 1/3
34
Quais as diferenças na etiologia da DIP entre mulheres HIV + e -?
Os AE são similares | Portadoras do HIV, porém, apresentam mais infecções concomitantes por mycoplasma hominis, Cândida, estreptococos, HPV
35
Quais mulheres tem maior probabilidade de desenvolver DIP causada por Actinomyces israelli?
Usuárias de DIU
36
Quais os momentos do ciclo menstrual a ascensão ee patogenos pelo orifício interno é facilitada?
Período perimenstrual | Período pós menstrual imediato
37
Quadro clínico da DIP
``` Descarga vaginal purulenta Dor abdominal infraumbilucal Dor em topografia anexial Dor à mobilização do colo uterino Febre ``` ``` Outros (sintomas atípicas) Hipermenorreia/metrorragia Dispareunia Sintomas urinários Assintomáticas ```
38
Complicações da DIP
``` Infertilidade Gravidez ectopica Dor pélvica crônica Abscesso tubo-ovariano Infecção peritoneal Síndrome de Fitz-Hugh-Curtis ```
39
Caracterize a síndrome de Fitz-Hugh-Curtis
Fase aguda: exsudato purulento na cápsula de glisson, ausência de aderências Fase crônica: aderências do tipo corda de violino (entre o fígado e a parede abdominal) Pct pode desenvolver dor pleuritica e em hipocobdrio direito
40
Quais são os critérios maiores (mínimos) da DIP?
- dor abdominal infraumbilucal ou pélvica - Dor à palpação dos anexos - Dor à mobilização do colo uterino
41
Quais são os critérios menores (adicionais) de DIP?
- Temp. Axilar > 38,3 - conteúdo vaginal/secreção endocervical anormal - massa pélvica - leucocitose - PCR ou VHS aumentados - mais de 5 lecoci. por campo de imersão em secreção de endocervice - comprovação de infecção por gnococo, clamidia ou mycoplasma
42
Quais os critérios elaborados da DIP?
- Evidência Histiopatológica de endonetrite - Abscesso tubo-ovariano ou de fundo de saco de Douglas (USG ou RM) - VLSC com evidência de DIP
43
Como estabelecer o diagnóstico de DIP?
1 critério elaborado ou | 3 maiores e 1 menor
44
Descreva a classificação de MONIF para DIP
Estágio I: endonetrite e salpingite aguda sem pertinite (tto ambulatorial) II: Salpingite aguda e peritonite (tto hospitalar) III: Salpingite aguda com oclusão tubaria ou comprometimento tubo-ovariano (tto hospitalar) IV: abscesso tubo-ovariano roto com secreção purulenta na cavidade e abscesso > 10 cm (tto hospitalar e cirúrgico)
45
Tto da DIP ambulatorial
``` Ceftriaxona dose única + Doxiciclina 14 dias + Metronidazol 14 dia ``` ``` 2° Cefotaxima dose única + Doxiciclina 14 dias + Metronidazol 14 dias ```
46
Tto DIP hospitalar
Cefoxitina IV 14 dias + Doxiciclina VO 14 dias 2° Clindamicina IV 14 dias + Gentamicina IV ou IM 14 dias 3° Ampici/sulbactam IV 14 dias + Doxiciclina VO 14 dias
47
Parcerias sexuais de mulheres com DIP devem ser tratadas?
Sim | Parceiras sexuais dos últimos 2 meses devem ser empiricamente tratadas pra N. Gonorrhoae e C. trachomatis
48
Manejo da DIP em Gestantes
Internação e Antibioticoterapia parenteral
49
Classifique a sífilis
Sífilis adquirida recente (até um ano após infecção): pode ser primária, secundária ou latente recente Sífilis adquirida tardia (mais de um ano): latente tardia ou terciária Congênita: recente (manifestação até os 2 anos) e tardia (após 2 anos)
50
Caracterize o cancro duro (protossifiloma)
Coloração rósea, ulceradas, geralmente única e indolor, bordas bem delimitadas, endurecidas e elevadas, fundo liso e brilhante, secreção serosa escassa, acompanhada de adenopatia regional (geralmente unilateral, múltipla não supurativa, móvel, indolor, sem sinais flogisticos)
51
Quando a sífilis secundária costuma se manifestar?
Cerca de 4 a 8 semanas após desaparecimento do cancro duro (15% dos pcts apresentam lesão genital no momento do surgimento)
52
Cite lesões características da sífilis secundária
- Roseolas (lesões papulares ou planas eritematosas) - Sifílides (lesões papuloerosivas, pustulosa e hipertróficas. Acometem a cavidade oral, genital, palmas e plantas) - Condiloma plano (confluência de placas infectantes) - placas mucosas - alopecia irregular - madarose (porção distal das sobrancelhas)
53
Caracterize a sífilis terciária
- granuloma destrutivo (tubérculos ou gomas) - Neurológica (tabes dorsalis, mielite transversal e demência) - CV (aneurisma ártico, estenose coronariana, insuf. aórtica) - Articular (artropatia de charcot) Obs.: neurossífilis pode ocorrer em qualquer fase da doença. Tabes dorsalis, por sua vez, só é visto na sífilis terciária
54
Padrão ouro para diagnóstico de sífilis primária?
Campo escuro
55
Cite situações em que o VDRL pode estar positivo em paciente que não tem sífilis
``` LES Síndrome antifosfolipideo Mononucleose Malária Chagas Leptospirose TB Doenças febris Hanseníase Vacinação Idosos Gravidez ```
56
O que é o fenômeno prozona?
Trata-se da ausência de reatividade em uma amostra que, embora contenha anticorpos não treponêmicos, apresenta resultado não reagente quando é testada sem diluir – ou mesmo em baixas diluições. Esse fenômeno decorre da relação desproporcional entre as quantidades de antígenos e anticorpos presentes na reação não treponêmica, gerando resultados falso-negativos. Ocorre nas amostras de pessoas com sífilis, em virtude da elevada quantidade de anticorpos presentes. O fenômeno de prozona não é observado nos testes treponêmicos.
57
Quais são os testes não treponêmicos?
VDRL, RPR e TRUST (quantificados em 1:2, 1:4, 1:8...) Quanto maior a diluição reagente, maior a concentração de anticorpos Reativos 3 a 6 semanas após aparecimento da lesão primária
58
Quais valores de títulos de um VDRL são sugestivos de infecção!
> 1:4
59
O que um achado de VDRL positivo em títulos < 1:16 pode significar?
- Sifílis muito recebte - sífilis muito antiga - cicatriz sorologica
60
Quais são os testes treponêmicos?
``` FTA-Abs MHA-TP TPI ELISA EQL TPHA testes rápidos ``` Comumente permanecem positivos após tto eficaz
61
Qual a conduta frente a positividade de um teste de triagem para sífilis em Gestantes e não Gestantes?
Não gestantes: coleta de sangue para realizar teste não treponêmico Gestantes: tratar
62
O que é a reação de Jarisch-Herxheimer
Decorrente da eliminação de grande carga de antigenos treponêmicos na circulação, geralmente durante a sífilis recente Febre, calafrios, mialgia, cefaleia, hipotensão, exantema e exacerbação das lesões cutâneas Tto: sintomático (Involução espontânea em 12-48hrs) Para prevenção, pode-se administrar 40mg de metilprednisolona 30min antes da penicilina
63
Tto da sífilis recente
Penicilina G benzatina 2,4 milhões de UI, IM 2° Doxiciclina por 15 dias Ceftriaxona 8 a 10 dias
64
Tto sífilis tardia
Penicilina G benzatina Três doses de 2,4 milhões de UI, IM, com intervalo de 1 semana 2° Doxi 30 dias Ceftriaxona 8-10 dias
65
Tto neurossífilis
Penicilina G cristalina 3-4 milhões de UI, IV, 4/4hrs por 14 dias 2° Ceftriaxona IM, IV 10 a 14 dias
66
Tto sífilis em Gestantes
Penicilina G benzatina Doses de acordo com a fase 2° Dessensibilização da penicilina, se alergia Se impossível, ceftriaxona
67
Manejo dos pacientes com sífilis HIV +
Punção liquorica se pelo menos um dos seguintes critérios - sinais ou sintomas neurológicos ou oftalmológicos - sífilis terciária ativa - sífilis latente tardia ou duração ignorada - LT-CD4 < 350 - VDRL > 1:16 ou RPR > 1:32 - queda inadequada ou estabilização sem queda nos títulos de teste não treponêmico no seguimento
68
Seguimento do paciente tratado para sífilis
A cada 3 meses no primeiro ano E, se ainda houver títulos, a cada 6 meses no segundo Em Gestantes, mensalmente Em tratados com Ceftriaxona, a cada 60 dias
69
No que consiste a tríade de Hochssinger?
Nariz em cela + fronte olímpica + gânglios epitrocleanos palpáveis Patognomonico de sífilis congênita
70
Causador do cancro mole e suas características
Haemophilus ducreyi Coco bacilo gram negativo 3-7 dias de incubação
71
Quadro clínico do cancro mole
Mulheres podem ser assintomáticas Inicialmente, papula dolorosa com halo de eritema Em até 48hrs, torna-se pustula, sofre erosão, e ulcera Úlceras múltiplas, base amolecida, bordo irregular, contorno eritematoso, fundo irregular coberto por exsudato necrotico amarelado com odor fetido (quando removido revela granulação friavel)
72
Locais mais comuns de cancro mole no homem? | E nas mulheres?
Homens: frenulo e sulco balanoprepucial Mulheres: furcula e face interna dos pequenos e grandes lábios
73
Como costuma se apresentar a adenopatia associada ao cancro mole?
``` Inicialmente dolorosa Unilateral (2/3) Com tendência a supuração (drenagem de pus de cor verde misturado com sangue) Quase exclusiva de homens 7-14 dias após a ulcera ```
74
Como é denominada a associação de cancro mole e duro?
Cancro misto de Rollet
75
Tto do cancro mole em Gestantes
Azitromicina ou Ceftriaxone
76
Tto do cancro mole
Azitromicina dose unica | Ceftriaxone dose unica
77
Qual o sexo mais acometido pelo linfogranuloma venereo?
Mulheres (3× mais)
78
Quadro clínico do linfogranuloma venereo
Lesão de inoculação: Indolor Papula, vesícula, pustula ou ulceracao isolada que desaparece sem sequela Evolução insidiosa para úlcera, frequentemente não percebida Em mulheres mais em furcula e parede vaginal posterior, homens mais em sulco coronal, frenulo e prepúcio Disseminação linfática reginal: Adenite podendo evoluir para buboes dolorosos Com frequência rompem drenando líquido purulento (fecha um abre outro, bico de regador) Em geral após 4 dias da lesão (podendo surgir até 6 semanas depois)
79
Sequelas do linfogranuloma venereo
``` Após alguns meses Obstrução linfatica crônica causa elefantiase genital Pode fístulas reais, Vaginais, vesicais Estenose retal Estenose uretral ```
80
Diagnóstico do linfogranuloma venereo
Clínico Pode ser auxiliado por ELISA (teste positivo após 4 semanas de infecção) PCR Cultura (células McCoy ou HeLa) Esses dois últimos são indicados pela febrasgo
81
Tto do linfogranuloma venereo
Doxiciclina 21 dias 2° Azitromicina uma vez por semana em 3 semanas (1° em Gestantes)
82
Títulos sugestivos de linfogranuloma vebereo
> 1:64
83
Agente etiológico da dobovanose e características
``` Klebissiella granulomatis (donovania granulomatis) Bacilo gram negativo Raramente cultivavel Imovel Parece pertencer à flora intestinal ```
84
Quadro clínico da dobovanose
Papula ou nódulo indolor, múltiplas ou única, de localização subcutânea Evolui para ulceraçao de borda Plana ou hipertrófica, bem delimitada, com fundo granulomatoso, vermelho vivo e friavel (sangramento fácil ao toque) Evllolui lentamente para lesão vegetante Pode lesões satélites que confluem Não costuma cursar com buboes, mas sim com pseudobubões (granulaçoes subcutâneas) quase sempre unilaterais
85
Diagnóstico da dobovanose
Corpúsculos de donovan em esfregaço com coloração de Wright, giemsa ou leishmania ou histiopatológico
86
Tto da dobovanose
``` Doxiciclina 21 dias Ou Azitromicina 1× sem por 3sem (Gestantes) Ou Ciprofloxacino 21 dias Ou SMX-TMP por pelo menos 21 dias ``` Não precisa tratar parceiro 0,25% carcinoma
87
Qua a doença ulcerativa genital mais frequente?
Herpes genital
88
Quadro clínico do Herpes genital
Lesão primária: Prodromos incluem, prurido, ardência, hipersensibilidade e parestesia Lesões sucedem os prodromos em hrs ou dias O rompimento das vesículas resulta em ulcerações dolorosas, com bordas lisas e mínima profundidade Posteriormente recobertas por crosta serohematica Em 50% há adenopatia inguinal bilateral Recorrentes Costuma ser mais branda
89
Quais sao os exames mais sensíveis para o diagnóstico de herpes?
Cultura (é tb a mais específica) e estudo patológico (principalmente na fase de vesícula)
90
Quando está indicado o tratamento supressivo ao HSV?
Pcts qie apresentam 6 ou mais episódios no ano | Feito com aciclovir VO por seis meses a um anos
91
Qual o período que o feto é mais suscetível à ser infectado pelo HSV quando a gestante apresentam sua primoinfecção?
3 trimestre
92
Cite 2 malformações congênitas associadas ao HSV
Hidrocefalia | Coriorretinite
93
A qual neoplasia o HPV 16 está mais associado? E o 18?
16 células escamosas | 18 adenocarcinoma
94
Qual o exame utilizado para identificar os HPVs de alto risco?
Captura híbrida
95
A amamentação é contraindicada para lactantes portadoras do HVB V ou F
F
96
O metronidazol é outros derivados imidazólicos devem ser evitados em associaçao com qual antirretroviral?
Ritonavair
97
Qual a conduta diante de um caso de úlcera genital sem história de vesícula e sem exames laboratoriais disponíveis?
Penicilina G benzatina 2,4 milhões de UI + Azitromicina 1g Se tiver mais de 4 semanas, tto tb para dobovanose
98
Quando a conduta é considerada adequada frente à uma gestante com sífilis?
Uso penicilina G benzatina Tto concluído 30 dias antes do part Parceiro tratado
99
Até que momento do trabalho de parto deve ser recomendada a cesarea na gestante com HIV positivo e CV desconhecida?
3-4cm de dilatação e bolsa integra
100
Quantos meses consecutivos de Amenorreia são necessários para se fazer o diagnóstico de menopausa?
12
101
Qual a definição de menopausa precoce?
Menopausa antes dos 40 anos
102
Conceito de período perimenopausa e pós-menopausa
Perimenopausa: se inicia antes da menopausa, com ciclos menstruais irregulares e termina 12 meses após a menopausa Pós-menopausa: inicia 12 meses após a menopausa e vai até os 65 anos Obs.: após 65 anos, senectude/senilidade
103
Qual substância é matéria prima para a esteroidogênese?
Colesterol
104
Qual a função da aromatase? Em quais tecidos ela é mais atuante?
Converte androgênios em estrogênios | Pele e tecido adiposo
105
Origem da testosterona na mulher
25% ovários 25% adrenais 50% conversão periférica de androstenediona
106
Ordem de potência dos estrogênios naturais
o 17 beta-estradiol é o mais potente, | seguido pela estrona e, então, pelo estriol
107
Quais hormônios influenciam na liberação de prolactina?
A dopamina é considerada o fator de inibição da secreção de Prolactina (PRL). O Hormônio Tireotrófico (TRH) é considerado o maior estimulador da síntese de PRL
108
Qual o efeito da melatonina e da serotonina na liberação de gonadotrofinas?
são neurotransmissores que influenciam negativamente a secreção de gonadotrofinas
109
Efeito do ácido aracdônico e de prostaglandinas na liberação de gonadotrofinas
favorecem a liberação de gonadotrofinas e o uso de substâncias inibidoras de ac arac e prostag ácidos graxos produz efeito contrário
110
Área hipotalâmica responsável pela liberação de GnRH
decapeptídeo secretado de forma pulsátil pela porção do hipotálamo conhecida como núcleo arqueado ou infundibular cujos prolongamentos axonais terminam na eminência mediana e na haste infundibular
111
Ação do FSH
responsável pelo crescimento folicular. O FSH atua aumentando o número de receptores de FSH e de LH (quanto maior o número de receptores de LH, melhor será o funcionamento do corpo lúteo) nas células da granulosa
112
Qual as consequências da hiperprolactinemia para o ciclo menstrual? Como a prolactina em níveis normais parece agir no ciclo menstrual
secreção acíclica de gonadotrofinas, galactorreia, anovulação e irregularidade menstrual. Parece que a PRL em doses fisiológicas atua mantendo os receptores de LH no corpo lúteo, permitindo adequada produção de progesterona na segunda fase do ciclo.
113
Descreva a quantidade de folículos primordiais no ovário durante a fase fetal, nascimento e menarca
Durante a vida fetal, em torno da 20ª semana de gestação, existem aproximadamente sete milhões de folículos primordiais. Cada um deles contém um oócito “paralisado” na prófase da primeira divisão meiótica (diplóteno), até que o processo de ovulação se inicie. Este pool de folículos imaturos vai se reduzindo dramaticamente, até que, ao nascimento, cada ovário tem cerca de um milhão de folículos primordiais Por ocasião da menarca, eles se restringirão a 300.000 a 400.000 folículos em ambos os ovários
114
Descreva a divisão funcional dos compartimentos do ovário
- Folicular: neste compartimento, o principal produto de secreção é o estrogênio. A inibina B também é produzida pelas células da granulosa; - Corpo Lúteo: o principal produto é a progesterona. A inibina A também é produzida pelo corpo lúteo (células da granulosa luteinizadas); - Estroma: os principais produtos são os androgênios.
115
Descreva o feedback + no ciclo menstrual
O estradiol produzido pelos ovários é capaz de estimular a síntese de LH. No meio do ciclo menstrual (14º dia), há pico de estradiol (rápida elevação plasmática), que culmina por elevar os níveis sanguíneos de LH, resultando na ovulação propriamente dita
116
O que são as ciberninas
São substâncias responsáveis pela regulação do sistema HHO, ao lado de hormônios e neurotransmissores. As principais ciberninas são as inibinas e ativinas.
117
Breve resumo sobre as inibinas
Os dois tipos de subunidades beta definem a inibina: α + βA= inibina A; α + βB= inibina B. As duas formas inibem a liberação hipofisária de FSH. A inibina B é secretada principalmente pelas células da granulosa de folículos maduros, mediante o estímulo de FSH. Portanto, é a forma predominante no líquido folicular. Ela se eleva durante a fase folicular, diminui antes do pico de LH, apresenta elevação dois dias depois da ovulação e se mantém baixa durante a fase lútea. A inibina A aumenta na fase folicular tardia e atinge sua concentração máxima no dia do início do pico do LH. A inibina A é secretada pelas células do corpo lúteo (células granulosas luteinizadas) sob controle de LH
118
Breve resumo sobre as ativinas
São substâncias proteicas produzidas nas células granulosas e, ao contrário da inibina, têm ação positiva sobre a liberação de FSH. Ela estimula a liberação do FSH pela hipófise e potencializa sua ação no ovário
119
A duração do ciclo menstrual é determinada | pela...
variação na duração da fase folicular, ou seja, o tempo necessário para que o folículo se desenvolva e atinja sua maturidade.
120
Qual estrutura secreta o Hormônio Antimülleriano (HAM)? Qual sua ação?
secretado principalmente pelas células da granulosa de folículos primários e secundários é considerado regulador contrário ao desenvolvimento folicular inicial. Assim, sua presença inibe tanto o crescimento folicular inicial como a ação do FSH
121
A rotura folicular se acompanha de eliminação do óvulo e do líquido folicular para a cavidade peritoneal. Pode haver, como consequência...
uma irritação local e, consequentemente, a dor abdominal (dor do meio ou Mittelschmerz) referida por algumas mulheres
122
Como o estrogênio afeta o muco cervical?
Filância: O muco cervical torna-se mais fluido Cristalização: começa a aparecer em torno do 8º dia do ciclo menstrual e se torna típica no período periovulatório. Possui como fator determinante o aumento da mucina e de cloreto de sódio no muco cervical, que ocorre por ação estrogênica
123
Dois fenômenos que precedem a ovulação e são necessários para que ela ocorra
Pico de estradiol (24h antes do pico de LH) Feedback + Pico de LH (12h antes da ovulação)
124
Como é calculado o índice de Pearl?
número de gestações em 100 mulheres utilizando | o método em um ano
125
Uma paciente que deseja realizar o método da tabela como forma de anticoncepção registrou seus ciclos menstruais nos últimos oito meses. O ciclo mais curto durou 26 dias e o mais longo 32 dias. Em que período ela deve se abster de relações sexuais?
• Diferença entre o ciclo mais longo e o mais curto: 32 - 26 = 6 ⇒ O método pode ser usado. • Cálculo do período fértil: • Subtrai-se 18 do ciclo mais curto: 26 - 18 = 8 ⇒ Início do período fértil; • Subtrai-se 11 do ciclo mais longo: 32 - 11 = 21 ⇒ Término do período fértil; • O casal deve abster-se de relações sexuais entre o 8º dia e o 21º dia do ciclo menstrual.
126
``` O diafragma aumenta o risco de infecções geniturinárias. A síndrome de choque tóxico raramente ocorre com o uso deste dispositivo. Geralmente quando ocorre, deriva de cepas de Staphylococcus aureus. V ou F ```
V
127
Mecanismo de ação do DIU de cobre
1ª) Pelo fato de ser um corpo estranho, estimula uma reação inflamatória pronunciada no endométrio, tornando-o hostil e inóspito à implantação embrionária 2º) O cobre aumenta acentuadamente a extensão dessa reação inflamatória que, além de atingir toda a cavidade uterina, penetra no colo e, provavelmente, nas tubas uterinas 3ª) As alterações bioquímicas interferem no transporte dos espermatozoides no trato genital, bem como afetam a função e a viabilidade dos gametas, alterando, portanto, os espermatozoides e óvulos e, consequentemente, impedem a fecundação ou diminuem as chances de desenvolvimento de qualquer zigoto que possa ser formado 4ª) O cobre altera a viabilidade dos espermatozoides no muco cervical, diminuindo sua chance de ascensão até as tubas uterinas e de fertilização do óvulo.
128
Efeitos adversos do DIU
- Aumento da intensidade do sangramento menstrual; - Piora da dismenorreia
129
Efeitos adversos do SIU liberador de levonorgestrel
– Sangramento irregular ou spotting nos primeiros três a cinco meses; é a principal causa de descontinuação do método; – Cefaleia, náuseas, depressão; – Queixas menos comuns são: acne, mastalgia, ganho de peso.
130
Conduta frente a uma paciente com diu que engravidou
Se os fios do endoceptivo estão visíveis: – A remoção é indicada devido ao risco de infecção grave e existe um risco ligeiramente maior da ocorrência de um abortamento espontâneo; – Se a paciente estiver de acordo, remova o dispositivo ou encaminhe para remoção. Se os fios do endoceptivo não estão visíveis: – Existe um risco aumentado para aborto espontâneo e infecção. A gravidez deve ser acompanhada cuidadosamente.
131
Quanto tempo, após o parto, pode-se clocar um DIU?
Após o parto, pode ser introduzido preferencialmente nos primeiros dez minutos após a saída da placenta, ou a qualquer momento nas primeiras 48 horas, ou após quatro semanas deste. A inserção entre estes dois períodos está associada a aumento do risco de expulsão (categoria 3).
132
Mecanismo de ação dos contraceptivos combinados (orais, injetáveis, adesivos ou anel)
``` promovem a anovulação através do bloqueio do eixo hipotálamo hipofisário. Suprimem o Hormônio Luteinizante (LH) e o Hormônio Folículo Estimulante (FSH) basais e diminuem a capacidade da hipófise de secretar gonadotrofinas quando estimulada pelo GnRH, além de possuírem ação hipotalâmica. ```
133
Mecanismo de ação dos contraceptivos orais contendo apenas progestogênios (minipílula ou pílula progestínica)
promovem ciclos ovulatórios em 40% dos casos e, eventualmente, há maturação do folículo ovariano atrofiando Agem principalmente atrofiando o endométrio e tornando o muco cervical mais espesso, alterando a motilidade tubária. A pílula contendo somente desogestrel 0,075 mg (Cerazette®) é mais efetiva em inibir a ovulação (97% das usuárias) e apresenta índice de Pearl de 0,3 a 0,8 por 100 mulheres/ ano, o mesmo das pílulas combinadas
134
Quais derivados da progesterona apresentam efeito androgênico, antiandrogênico e antimineralocorticoide?
• Derivados da 19-nortestosterona – efeito androgênico; • Derivados da espironolactona e 17-hidroxiprogesterona – efeito antiandrogênico (exceto acetato de medroxiprogesterona – efeito androgênico); • Efeito antimineralocorticoide: gestodeno e drospirenona.
135
A dosagem de estrogênio maior que... | ao dia aumenta o risco tromboembólico
35 mcg
136
Classifique os anticoncepcionais orais combinados como de alta, média, baixa e muito baixa dosagem, de acordo com a dose de estrógenos contida em cada comprimido
Alta – > 50 mcg de etinilestradiol (em desuso). Média – 50 mcg de etinilestradiol. Baixa – 30 a 35 mcg de etinilestradiol. Muito Baixa – 15 a 20 mcg de etinilestradiol
137
O índice de Pearl é menor quanto maior for a concentração de Etinilestradiol (EE) empregada no ACO V ou F
F O índice de Pearl é o mesmo independente da concentração de Etinilestradiol (EE) empregada no ACO
138
Apesar de os estrógenos terem papel mais definido na participação de fenômenos tromboembólicos, os progestógenos também podem contribuir com esse processo. Descreva o progestógeno de maior e de menor risco para TE
O de maior risco seria o desogestrel e, | o de menor risco, o levonorgestrel
139
Descreva o esquema de ingestão de pílulas referentes aos ACO combinados mais comumente utilizados
são compostos de 21 comprimidos e devem ser iniciados no primeiro dia da menstruação. Após 21 dias consecutivos, devem-se fazer sete dias de pausa entre as cartelas, reiniciando no oitavo dia
140
Contraindicações ao uso de ACOs combinados
Galeria (1° foto)
141
Cite medicamentos que diminuem a eficácia dos ACOs
rifampicina, alguns anticonvulsivantes (fenobarbital, carbamazepina, fenitoína, primidona...) e alguns antirretrovirais (nelfinavir, ritonavir, lopinavir e nevirapina). Outros medicamentos têm sua ação diminuída pelos ACO, como a metildopa, hipoglicemiantes e a guanetidina.
142
Cite benefícios dos ACOs combinados
– Regularizam os ciclos menstruais. – Promovem alívio da Tensão Pré-Menstrual (TPM), melhora do hirsutismo e acne leve. – Diminuem o risco para DIP (50%), gestação ectópica e doença trofoblástica gestacional. – Reduzem o risco de neoplasia de ovário e endométrio, principalmente do primeiro. – Diminuem o fluxo menstrual e a incidência de dismenorreia, sendo também benéficos na endometriose e na hemorragia associada à miomatose uterina, além de diminuir a anemia provocada pelo fluxo menstrual intenso. – Impedem formação de cistos funcionais ovarianos e melhora das doenças benignas da mama. – Aumentam a densidade óssea. – Parecem melhorar a artrite reumatoide e diminuir o risco de miomatose e cisto de ovário. – Previnem endometriose quando utilizados continuamente
143
Cite efeitos adversos dos ACOs combinados
São atribuídos aos estrógenos: cefaleia, tonteira, vômito, náusea, edema, irritabilidade e cloasma. Aos progestógenos são atribuídos: depressão, cansaço, alterações da libido, amenorreia, acne e ganho de peso.
144
Conduta em caso de esquecimento de pílula de ACO combinado
Se esquecer de tomar uma pílula: - Tomar uma pílula (a esquecida) imediatamente ao lembrar; - Tomar a pílula seguinte no horário regular; - Tomar o restante das pílulas regularmente, uma a cada dia. Se esquecer de tomar duas ou mais pílulas: - Orientá-la a usar condom, espermicidas ou evitar relações sexuais durante sete dias; - Tomar uma pílula imediatamente; - Contar quantas pílulas restam na cartela: Se restam sete ou mais pílulas: tomar o restante, como de costume. Se restam menos que sete pílulas: tomar o restante como de costume e iniciar uma nova cartela no dia seguinte após a última pílula da cartela; neste caso, a menstruação pode não ocorrer naquele ciclo.
145
Minipílula, composição e indicações
Tem uma dose de progestogênio de metade a 1/10 dos ACO combinados. É mais apropriada para a lactação, visto que sua eficácia menor pode ser compensada pelo efeito anticoncepcional da lactação. A minipílula também pode ser usada por mulheres que não amamentam, principalmente em situações específicas, como proximidade com a menopausa
146
Contraindicações à pílula de desogestrel 75 mcg
- História atual de TVP e TEP - 3 - Doença cardíaca isquêmica atual ou passada (para continuação) - 3 - AVC: história ou atual (para continuação) 3 - Enxaqueca com aura (para continuação) 3 - Ca mama atual 4 - Passado Ca mama sem evidência por 5 anos 3 - Cirrose descompensada 3 - Tumor hepático maligno 3 - Tumor hepático benigno (adenoma hepatocelular) 3 - Uso de rifampicina e alguns - anticonvulsivantes* 3 - LES com anticorpos antifosfolipídeos positivos ou desconhecidos 3 - Uso de Inibidores de protease a//ssociados a ritonavir 3 * (Fenitoína, carbamazepina, barbitúricos, primidona, topiramato e oxcarbamazepina).
147
Em relação aos anticoncep injetáveis trimestrais a depomedroxiprogesterona é a mais empregada (Acetato de Medroxiprogesterona – AMPD). Cite o mecanismo de ação e indice de pearl
Uma dose trimestral de 150 mg intramuscular suprime a ovulação, geralmente, por 14 semanas. A ação do método consiste em inibir os picos de estradiol e, consequentemente, os de LH, evitando com isso a ovulação, além de provocar espessamento do muco cervical, o que dificulta a passagem dos espermatozoides pelo canal cervical, e atrofia do endométrio (Pearl de 0,3%).
148
Composição dos Contraceptivos na Forma de Adesivos | Transdérmicos
São compostos de etinilestradiol (liberação de | 20 mcg/dia) e norelgestromina (liberação de 150 mcg/dia – metabólito ativo do norgestimato)
149
Quais são os métodos de contracepção de emergência?
Método de Levonorgestrel Consiste no emprego de 0,75 mg de levonorgestrel espaçados por 12h, ou em dose única de 1,5 mg, que deve ser tomado em até cinco dias da relação, porém preferencialmente em até 72 horas desta. Método de Yuzpe Também deve ser usado em até cinco dias do coito, assim como o método de levonorgestrel. Para finalidade de anticoncepção de emergência, é necessária a dose total de 0,2 mg de etinilestradiol e 1 mg de levonorgestrel, dividida em duas doses iguais, a cada 12 horas DIU de Cobre Deve ser inserido em até cinco dias do coito. Está contraindicado em casos de estupro com alto risco de DST (categoria 3). Apesar de recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para uso como método contraceptivo de emergência, ele ainda não está regulamentado no Brasil para este fim.
150
Quando é permitido esterilização definitiva?
Em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de 25 anos de idade ou, pelo menos, com dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico, período no qual será propiciado à pessoa interessada acesso a serviço de regulação da fecundidade, incluindo aconselhamento por equipe multidisciplinar, visando desencorajar a esterilização precoce. - Risco de vida ou à saúde da mulher ou do futuro concepto, testemunhado em relatório escrito e assinado por dois médicos.
151
Definição da Amenorreia segundo | Critério Cronológico
Amenorreia Primária – Ausência de menstruação aos 14 anos associada à falha no desenvolvimento sexual (ausência de características sexuais secundárias) ou ausência de menstruação aos 16 anos, mesmo com desenvolvimento sexual normal. Amenorreia Secundária – Ausência de menstruação por seis meses ou pelo período equivalente a três ciclos.
152
Por que os caracteres sexuais são importantes na definição da amenorreia primária?
``` Porque a puberdade nas meninas respeita, em geral, uma determinada ordem de desenvolvimento das características clínicas, iniciando pela telarca (surgimento das mamas), pubarca ou adrenarca (surgimento de pelos pubianos, axilares e etc.), estirão de crescimento, mudança do padrão corporal e, por fim, a menarca (primeira menstruação). ```
153
Principais etiologias da amenorreia primária
galeria (2° foto)
154
Principais etiologias da amenorreia secundária
galeria (3° foto)
155
O trato urogenital interno é derivado de dois conjuntos de ductos, os ductos de Wolff (mesonéfricos) e ductos de Müller (paramesonéfricos). Que estruturas serão originadas por ele no sexo feminino?
No sexo feminino, os ductos de Müller originam as trompas de Falópio, útero e vagina superior (2/3 superiores) e os ductos de Wolff persistem na forma vestigial, podendo originar os cistos de Gartner, remanescentes residuais dos ductos mesonéfricos que podem ser encontrados entre os folhetos do ligamento largo
156
A formação do fenótipo masculino está praticamente completa com... de gestação, exceto pela falta de descida do testículo para a bolsa escrotal, a qual ocorre em estágio mais avançado da gravidez
12 semanas
157
Hormônios responsáveis pelo fenótipo masculino
• O hormônio antimülleriano, uma glicoproteína formada pelas células de Sertoli do testículo fetal a partir de cerca de seis semanas, leva à regressão dos ductos de Müller. • A testosterona, secretada pelos testículos (cél de Leydig) a partir de cerca de oito semanas, estimula a diferenciação dos ductos de Wolff em genitália interna masculina. • A di-hidrotestosterona formada pela 5-alfaredução da testosterona leva ao desenvolvimento da genitália externa masculina
158
Em relação ao desenvolvimento da genitália fetal, cite Cariótipo, Gônada, Produtos, Origem embrionária, Genitália interna adulta, Origem embrionária, Genitália externa adulta
Galeria (4° foto)
159
Na ausência dos testículos, o desenvolvimento fenotípico é feminino, mesmo na ausência dos ovários; V ou F
V
160
a principal causa de amenorreia primária sem desenvolvimento sexual secundário (hipogonadismo) com elevação das gonadotrofinas é
a disgenesia gonadal
161
Causa mais comum de disgenesia gonadal
Síndrome de Turner
162
Principal causa de amenorreia primária com hipogonadismo hipogonadotrófico
hipogonadismo hipogonadotrófico idiopático
163
Descreva o fluxograma propedêutico das amenorreias primárias
galeria (5° foto)
164
A hiperprolactinemia promove amenorreia pela... | Como tratar essa condução por meio de medicamnetos?
inibição da secreção pulsátil do GnRH. Este efeito pode ser contornado com o uso de agonistas da dopamina, como a bromocriptina e a cabergolina
165
Quais são as duas causas mais comuns de hiperporolactinemia?
A causa mais comum corresponde ao uso de fármacos, | seguida dos adenomas produtores de prolactina
166
A exposição à ação estrogênica sem a oposição | natural da progesterona é fator de risco para
Ca de endométrio
167
Na ausência de sangramento após o teste da | progesterona, devemos suspeitar de
- causas relacionadas à produção estrogênica deficiente - resposta endometrial inadequada - fator obstrutivo do trato de saída
168
Qual a utilidade do teste de estrogênio + progesterona?
Avalia a resposta endometrial e a patência | do trato de saída
169
Qual a utilidade da dosagem de FSH na avaliação da amenorreia?
Se ocorreu sangramento no teste do estrgênio + progesterona, FSH: • < 5 U/L  causa hipotalâmica ou hipofisária • > 20 U/L  causa ovariana
170
Se valores de FSH estão diminuídos, como diferenciar se a afecção reside no hipotálamo ou na hipófise?
``` Teste do GnRH Se positivo (aumento de 200% de FSH), problema hipotalâmico; Se negativo, problema hipofisário ```
171
Síndrome de Kallman
A causa desta síndrome é uma falha na migração das células neuronais olfatórias e das células produtoras de GnRH (derivadas dos placoides olfativos) do epitélio nasal da placa cribiforme do nariz até a área pré-óptica e hipotalâmica durante a embriogênese. Na mulher, caracteriza-se por amenorreia primária por secreção deficiente de GnRH, infantilismo sexual e anosmia ou hiposmia. Consiste na tríade de anosmia (agenesia do bulbo olfatório) ou hiposmia, hipogonadismo hipogonadotrófico e cegueira para cores Na mulher, caracteriza-se por amenorreia primária por secreção deficiente de GnRH, infantilismo sexual e anosmia ou hiposmia. Ao exame físico, apresentam infantilismo sexual e biotipo eunucoide, embora possa haver algum grau de desenvolvimento mamário Outros defeitos associados podem incluir fenda labial e palatina, ataxia cerebelar, surdez neurossensorial, agenesia renal unilateral (40% dos casos), alterações no centro da sede e distúrbios na secreção de vasopressina. O cariótipo é normal.
172
Síndrome de Lawrence-Moon-Biedl:
é hereditária e caracterizada por amenorreia primária, retardo mental, obesidade, baixa estatura, polidactilia e braquidactilia.
173
Síndrome de Morgani-Stewart-Morel:
é também hereditária. Define-se como amenorreia primária, hirsutismo e hiperosteose congênita interna do frontal (alargamento da camada externa do osso).
174
Síndrome de Frohlich:
caracteriza-se por hipogonadismo hipotalâmico e obesidade, com deposição típica de gordura nas mamas, monte de vênus e cintura.
175
Síndrome de Simmonds
Corresponde a uma desordem da hipófise que decorre de um trauma, de lesões vasculares ou de tumores que resultam em um quadro de pan-hipopituitarismo. Por esta razão, verifica-se perda de função tireoidiana e dos ovários, com consequente envelhecimento prematuro, redução do metabolismo e sintomas psíquicos
176
Síndrome da sela vazia
Corresponde a um defeito congênito no qual a hipófise está deslocada para o espaço subaracnoideo em função da ausência de diafragma selar
177
O quadro clínico clássico da SOP (também conhecida como anovulação hiperestrogênica hiperandrogênica crônica)
irregularidade menstrual, hirsutismo, acne, obesidade central, resistência à insulina e infertilidade, que são as manifestações do desequilíbrio endógeno da produção de estrogênios e androgênios, que perpetuam a disfunção do eixo neuroendócrino
178
Qual a origem dos cistos da SOP?
``` decorrentes do crescimento de folículos primários estimulado pelo FSH, que não atingem a maturidade e se acumulam na região subcapsular dos ovários ```
179
Qual a definição de disgenesia gonadal?
ausência de células germinativas nas gônadas, as quais ficam destituídas de atividade endócrina
180
Como fazer o diagnóstico definitivo da disgenesia gonadal
biópsia das gônadas
181
Cariótipo na Disgenesia Gonadossomática ou | síndrome de Turner
A maioria das mulheres afetadas possui cariótipo 45, XO (50%). Outras apresentam cariótipo em mosaico (25%), isto é, 45,X / 46, XX; 45,X / 46, XY.
182
Descreva a síndrome de Swyer. Cite importante conduta em relação à genitália
A disgenesia gonadal em indivíduos 46, XY Nesta síndrome, são observados anéis fibrosos no lugar dos testículos, os quais são incapazes de produzir testosterona ou Fator Antimülleriano (MIF), o que torna a genitália interna e externa fenotipicamente feminina A remoção cirúrgica dos testículos em indivíduos com cariótipo 46, XY está indicada para evitar o desenvolvimento de neoplasias de células germinativas
183
Qual a definição da falência ovariana precoce?
Insuficiência ovariana antes do 40 anos
184
Síndrome de Savage
resistência ou ausência dos receptores ovarianos à ação das gonadotrofinas. Pode ser primária ou adquirida. Nos casos primários da síndrome, não há desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários. Nos casos adquiridos, o desenvolvimento é normal ou infantil dependendo da época de manifestação do quadro
185
Qual é o tumor ovariano com atividade endócrina mais associado à amenorreia?
O arrenoblastoma é o tipo histológico mais associado à amenorreia. Corresponde a um tumor das células de Sertoli-Leydig, produtor de androgênios, que causa simultaneamente um quadro de virilização súbita
186
Como é feito o diagnóstico da deficiência de 5 alfa redutase?
relação testosterona/DHT
187
Cite diferenças entre os pacientes com insensibilidade aos androgênios dos com deficiência de 5 alfa redutase
Pacientes com deficiência de 5 alfa-redutase diferem de pacientes com insensibilidade aos androgênios pela ausência de desen- volvimento de mamas na puberdade e pelos normais. Além disso, possuem níveis baixos de gonadotrofinas em virtude dos níveis suficientes de testosterona para suprimir o desenvolvimento mamário e para permitir que os mecanismos normais de feedback permaneçam intacto
188
Descreva como a galactosemia pode afetar o sistema genital feminino
É causada pela ausência funcional de galactose- 1-fosfato uridiltransferase. Os metabólitos da galactose parecem ter efeitos tóxicos sobre os folículos ovarianos, causando sua destruição prematura. Também há evidências de que os portadores heterozigotos deste distúrbio possam apresentar função ovariana insuficiente. A mudança alimentar precoce pode retardar a insuficiência ovariana
189
Descreva a síndrome de Morris
Representa o pseudo-hermafroditismo masculino. Era anteriormente denominada síndrome dos testículos feminilizantes. Atualmente, é também denominada insensibilidade completa aos androgênios decorre da insensibilidade periférica aos androgênios em indivíduo com genótipo 46 XY. Em outras palavras, genotipicamente são homens (XY), mas têm um defeito que impede a função normal do receptor androgênico, levando ao desenvolvimento do fenótipo feminino. Como se trata de paciente 46XY, os testículos estão presentes e funcionantes, o que implica na produção de hormônio antimülleriano e, portanto, não há estruturas femininas internas (müllerianas) como útero, dois terços superiores da vagina e trompas
190
Faça um quadro comparativo entre agenesia Mulleriana e síndrome de Morris
galeria (6° foto)
191
Descreva a síndrome de Asherman
presença de sinéquias intrauterinas decorrentes de agressão endometrial prévia, geralmente causando amenorreia secundária A síndrome apresenta-se como pontos de aderências entre superfícies opostas do útero. Esta complicação decorre de traumas na camada basal com exposição da camada muscular, onde os contatos entre as paredes opostas formam traves entre si durante o processo de cicatrização A origem da amenorreia não é obstrutiva e geralmente ocorre pela falha do crescimento endometrial. Contudo, a presença de sinéquias no nível do orifício interno pode contribuir para o processo.
192
endocrinopatia mais comum na vida reprodutiva da mulher e a causa mais comum de hiperandrogenismo, anovulação crônica, hirsutismo e infertilidade por fator ovulatório.
SOP
193
Qual é o aparente mecanismo fisiopatológico central da SOP?
Desregulação da enzima formadora de androgênios nas adrenais e nos ovários (citocromo P450c17 ou CYP 17).
194
Descreva o modelo explicativo para manutenção e instalação da SOP, correlacionando com os achados clínicos
galeria (7° foto)
195
No contexto da SOP, como a obesidade pode interferir nos mecanismos de ovulação
- Aumento da aromatização periférica de androgênios em estrogênios (estrona); - Inibição da síntese hepática de SHBG, o que resulta no aumento da fração livre de estradiol e testosterona; - Aumento dos níveis de insulina que, por sua vez, atua de forma sinérgica com as gonadotrofinas (LH) e estimulam a síntese de androgênios pelas células da teca no estroma ovariano.
196
Hirsutismo vs hipertricose
Hirsutismo: presença de pelos terminais escuros e ásperos (grossos) em locais tipicamente masculinos. Hipertricose: presença de pelos finos sem padrão de localização definido (aumento lanuginoso generalizado).
197
Como a resistência insulínica causa acantose nigricans?
insulina em excesso começa a se ligar em outro receptor no qual não encontra resistência, o receptor de outra molécula chamada IGF (insulin-like growth factor, do inglês: fator de crescimento semelhante à insulina). Pela ação nesse receptor, a insulina promove crescimento de diversos tipos de células da pele, resultando no aparecimento da acantose nigricans.
198
Causa mais comum de infertilidade secundária à anovulação
SOP | 80-90%
199
Descreva a tabela contendo diagnósticos diferenciais de SOP, alterações esperadas em exames e que exames devem ser solicitados na propedêutica da SOP
Galeria (8° foto)
200
Descreva o algoritmo diagnóstico para mulheres com queixa de hirsutismo
Galeria (9° foto)
201
Descreva a gravidade/presença do hirsutismo de acordo com o score de Ferriman-Gallwey
Escore < 8 = normal; - 8 a 16 = hirsutismo leve; - 17 a 25 = moderado - > 25 = grave
202
Descreva resumidamente o perfil endócrino na SOP
- Aumento da concentração de andrógenos ovarianos e adrenais: aumento da testosterona total e livre, androstenediona aumentada, S-DHEA pode estar aumentado. - Anormalidades na produção de gonadotrofinas: LH aumentado; FSH normal ou diminuído. - Aumento dos estrógenos (principalmente estrona). - Resistência à insulina. - Aumento da prolactina (às vezes). - Diminuição da produção de SHBG pelo fígado
203
SÍNDROME HAIRAN
síndrome de acantose nigricante hiperandrogênica resistente à insulina (HAIRAN, de Hyperandrogenic-Insulin Resistant-Acanthosis Nigricans) não é comum e se caracteriza pela presença de hiperandrogenismo acentuado, resistência insulínica e acantose nigricante.
204
Cite fenótipos exagerados da SOP
Hipertecose ovariana e síndrome HAIRAN
205
Descreva resumidamente o tto da SOP
galeria (10° foto)
206
Quais progestógenos devem ser evitados na SOP?
os derivados da 19-nortestosterona não devem ser empregados devido a sua maior ação androgênica
207
Cite um progestógeno com propriedades antiandrogênicas
Ciproterona
208
Nos casos de infertilidade, a droga de primeira | escolha é
citrato de clomifeno
209
Qual a diferença entre a Síndrome Pré-Menstrual (SPM) e o Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM)?
SPM: sintomas leves e moderados, poucos dias antes do fluxo, com interferência menor na vida cotidiana. TDPM: sintomas mais intensos, que duram aproximadamente 14 dias e cessa a partir do primeiro dia de fluxo
210
Sintomas da SMP
galeria (foto 11)
211
Descreva a Síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser (MRKH), agenesia vaginal ou agenesia Mülleriana
Síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser (MRKH), agênese vaginal ou agenesia Mülleriana é uma anomalia congênita do aparelho reprodutor feminino caracterizada por uma falha no desenvolvimento dos ductos de Müller, resultando em um útero ausente e graus variáveis ​​de hipoplasia vaginal.
212
definição de proiomenorreia
ciclos menstruais | mais curtos, que duram de 20 a 25 dias
213
Ciclo menstrual espaniomenorreico
Quando há intervalo de 2 a 3 meses entre os ciclos
214
polimenorreia
diminuição do intervalo entre os ciclos, com frequência ≤ 24 dias
215
o uso de pílulas combinadas reduz a incidência de câncer do cólon e reto em até 40% das pacientes que utilizam os ACO por um longo período e também previnem a Doença Inflamatória Pélvica (DIP) pela alteração que promove no muco cervical, dificultando a ascensão de micro-organismos, fator primordial para a ocorrência da DIP V ou F
V
216
esteroidogênese ovariana, analise os itens abaixo: I - Os estrogênios são sintetizados principalmente pelo estímulo do FSH, e os androgênios, pelo LH; II - O recrutamento folicular ocorre no final da fase lútea do ciclo anterior e está relacionado com a diminuição dos níveis de inibina-A e estradiol, que permitirá a elevação dos FSH; III - O FSH induz receptores de LH nas células da granulosa no folículo dominante; IV - O folículo dominante é o que apresenta a maior atividade da enzima aromatase, o maior nível estrogênico e o maior número de receptores de FSH. Quais estão corretas?
I, II, III e IV
217
Definição de climatério
período fisiológico que se inicia desde os primeiros indícios de falha ovariana, mesmo que os ciclos continuem regulares ou até ovulatórios, e termina na senectude (senilidade). Esta, por definição, se inicia aos 65 anos de idade.
218
Definição de perimenopausa
é o período “ao redor da menopausa”, ou seja, é o período que compreende os anos que precedem a menopausa (2-8 anos), já na presença de distúrbios da duração do ciclo menstrual e os doze meses que se seguem após o término das menstruações, até a confirmação definitiva da interrupção das menstruações.
219
Definição de menopausa
é definida como a última menstruação devido à falência ovariana. No entanto, esta “última menstruação” só pode ser chamada de menopausa após um ano de seu término. Assim, seu diagnóstico é retrospectivo. A idade média de ocorrência da menopausa é de 51 anos, sendo que 10% das mulheres apresentam seu último fluxo menstrual antes dos 45 anos. É precoce se acontece antes dos 40 anos
220
Qual a diferença entre pós menopausa e senilidade?
Pós-menopausa é o período que se inicia 12 meses após a última menstruação e vai até os 65 anos de idade. Senilidade é o período que se inicia a partir dos 65 anos de idade.
221
Cite alterações hormonais no climatério
1- Maior incidência de ciclos anovulatórios → antes dos 20 e após os 40 anos de idade. 2- A duração da fase folicular é o principal determinante da duração do ciclo menstrual. 3- Diminuição das unidades foliculares e envelhecimento das restantes → ↓ inibina → ↑ FSH → aceleração da perda folicular. 4- Envelhecimento das unidades foliculares → ↑ da resistência ao FSH para promover o crescimento folicular → alongamento dos ciclos → irregularidade menstrual.
222
Define-se clínico-laboratorialmente menopausa quando encontramos amenorreia associada a
valores baixos de inibina e, principalmente, valores elevados de FSH (> 35-40 UI/L).
223
Descreva o índice de maturação vaginal
Consiste no exame citológico de uma preparação aquosa de células da superfície do terço superior da vagina. É a proporção de células parabasais, intermediárias e superficiais em cada 100 células contadas no esfregaço. Em mulheres com níveis adequados de estrogênio, as células intermediárias e superficiais predominam, e o índice de maturação verifica tipicamente entre 40 a 70 células intermediárias, 30 a 60 superficiais e 0 parabasais. Em mulheres com atrofia, observa-se um aumento das células parabasais e uma diminuição das superficiais. Na pós-menopausa precoce, encontram-se 65 parabasais, 30 intermediárias e 5 células superficiais. Com a progressão da idade, ocorre aumento das células parabasais
224
Principais causas de Sangramento uterino anormal na pós menopausa
 Estrogênios exógenos (TH) – 30%;  Endometrite/vaginite atrófica – 30%;  Câncer de endométrio – 15%;  Pólipos endometriais ou cervicais – 10%;  Hiperplasia endometrial – 5%;  Outras causas (ex.: câncer de colo, sarcoma uterino, trauma) – 10%.
225
método padrão-ouro para diagnosticar osteoporose, além de predizer o risco futuro de fratura e monitorar a resposta terapêutica
densitometria de quadril e vértebras
226
Defina os portadores | de osteoporose e osteopenia pela DMO
São considerados portadores de osteoporose: densidade óssea representando 2,5 desvios-padrão ou mais abaixo do grupo de mulheres adultas jovens (T-escore menor ou igual a -2,5 DP). ``` São considerados portadores de osteopenia: densidade óssea representando de 1 a 2,49 desvios-padrão abaixo do grupo de mulheres adultas jovens (T-escore entre -1 e -2,5 DP). ```
227
Indicações de DMO
Pacientes do sexo feminino com idade > 65 anos. Mulheres na transição menopausal com risco aumentado de fraturas, como baixo peso ou fratura anterior com mínimo trauma. Adultos com história de fratura após os 50 anos de idade. Adultos com alguma condição clínica associada à osteoporose ou em uso de medicação associada à perda de massa óssea (glicocorticoide ≥ 5 mg/dia por ≥ 3 meses). Mulheres em terapia de reposição estrogênica que deseje interromper o tratamento. Avaliação da resposta terapêutica. Mulheres na perimenopausa que estejam cogitando usar Terapia Hormonal, para auxiliar esta decisão.
228
o uso de estrogênio, no climatério, sem associação com progesterona aumenta o risco de câncer de endométrio, e mesmo com a adição de progesterona este risco não diminui V ou F
F | A adição de progesterona diminui esse risco
229
A terapia de reposição estrogênica é o tratamento de escolha para os sintomas neurovegetativos do climatério V ou F
V
230
Cálcio não deve ser utilizado isoladamente como alternativa aos tratamentos tradicionais da osteoporose (bifosfonatos, SERMs ou estrogênio). V ou F
V
231
O National Osteoporosis Foundation (NOF, 2008) recomenda o tratamento farmacológico em todas as pacientes com:
- Fratura vertebral ou de quadril; - T-escore ≤ -2,5 no fêmur, quadril ou vértebras, após exclusão de outras causas; - Osteopenia (T-escore entre -1,0 e -2,5) e causas secundárias associadas a alto risco de fraturas, como uso de glicocorticoides ou imobilização
232
Descreva fluxograma para manejo de osteoporese/penia
Galeria (foto 12)
233
recomenda-se que toda paciente em uso de TH tenha um seguimento endometrial..., através de... ou .... Espessura menor que... praticamente elimina a possibilidade de neoplasia endometrial (valor preditivo negativo de 99%) em mulheres usuárias de TH combinada contínua.
Anual Biópsia endometrial ou ultrassonografia transvaginal 5mm
234
Em relação ao câncer de mama, a associação de um progestógeno à terapia com estrogênio não oferece qualquer benefício e, inclusive, parece aumentá-lo. V ou F
V
235
Descreva o conceito de “janela de oportunidade”, associado ao climatério
período que engloba a transição menopáusica até os primeiros dez anos da menopausa, quando o início da TH parece estar associado à diminuição dos riscos para doença cardiovascular
236
CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS à TH no climatério
Antecedentes de câncer de mama e endométrio recentes Tromboembolismo agudo Sangramento vaginal de origem indeterminada Doenças hepáticas ativas e graves Porfiria
237
CONTRAINDICAÇÕES RELATIVAS à TH no climatério
``` Tromboembolismo prévio Doença coronariana Hipertensão arterial Diabetes mellitus Mioma uterino e endometriose Doença da vesícula biliar Lúpus eritematoso sistêmico Melanoma ```
238
Qual tumor neurológico tem sua incidência aumentada com o uso de TH no climatério
Meningioma
239
O estudo WHI mostrou que resultados em relação ao uso de TH
O WHI mostrou haver aumento do risco de câncer de mama, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e tromboembolismo venoso. De outra parte, mostrou que ocorreu diminuição do risco de fraturas do quadril e de câncer colorretal. OBS.: Média de idade de 63,2 anos
240
Considerações importantes sobre o uso de TH no climatério
``` (1) A indicação primária de TH é para tratamento de sintomas menopáusicos moderados a intensos (vasomotores). ``` (2) Quando os sintomas forem somente vaginais, dá-se preferência à terapia local de TH. (3) Progestógeno deve sempre ser indicado em mulheres com útero (4) Jamais usar a TH apenas como prevenção primária ou secundária de doenças cardiovasculares. Não há evidência de benefício da TH em doença cardiovascular instalada, mas existe potencial para prevenção se iniciada na transição menopáusica (5) Ao se usar na prevenção da osteoporose, recomenda-se sempre pesar os riscos-benefícios e procurar terapias alternativas se a mesma tiver de ser mantida por mais de cinco anos. (6) A TH NÃO é indicada para prevenção de demência ou Alzheimer. (7) Deve sempre ser administrada no menor tempo e dose necessários para alívio dos sintomas (8) Sempre examinar por completo as pacientes antes do início da TH, dando-se ênfase ao sistema cardiovascular e à busca de um câncer de mama oculto
241
O enchimento vesical é controlado pelo..., enquanto o... controla o esvaziamento vesical.
Sistema Nervoso Simpático (SNS) Sistema Nervoso Parassimpático (SNP)
242
Descreva a ação desencadeada pelo SNS nos diferentes receptores adrenérgicos da bexiga
 Receptores do colo vesical e da uretra = alfa- -adrenérgicos = ação alfa-adrenérgica predominante na uretra = contração esfincteriana;  Receptores do corpo vesical = beta-adrenérgicos = ação beta-adrenérgica no músculo detrusor = relaxamento do músculo detrusor.
243
Ação do SNP na bexiga e receptores estimulados
controla a função motora vesical, através do estímulo à contração do músculo detrusor, atuando sobre receptores muscarínicos (M2 e M3)
244
Ação do sistema nervosa somático na micção
desempenha apenas um papel periférico no controle neurológico do trato urinário inferior, através da inervação do assoalho pélvico e do esfíncter externo da uretra
245
Descreva o mecanismo ativo (extrínseco) de continência urinária
O mecanismo extrínseco (ativo) é composto pelas seguintes estruturas: – Tecido conjuntivo pélvico subperitoneal e sua fixação à parede pélvica; – Músculos elevadores do ânus; – Conexão dos músculos elevadores do ânus ao tecido conjuntivo pélvico subperitoneal; – Coordenação da contração dos elevadores do ânus nos momentos de aumento súbito da pressão intra-abdominal (como na tosse, por exemplo). Estas estruturas formam uma rede em torno da uretra, que permanece tensa em vigência de aumentos da pressão intra-abdominal. Quando esta sustentação torna-se deficiente por alguma razão, a incontinência urinária de esforço se desenvolve.
246
Descreva o mecanismo passivo (intrínseco) de continência urinária
O mecanismo intrínseco (passivo) é constituído pelas seguintes estruturas: – Inervação autonômica (sistema nervoso simpático) e tônus uretral mediado por receptores alfa-adrenérgicos; – Musculatura estriada da parede uretral; – Coaptação da mucosa uretral; – Plexo vascular submucoso da uretra; – Musculatura lisa da parede uretral e vasos periuretrais; – Elasticidade da parede uretral A competência intrínseca pode ser afetada por diversos fatores, a saber: – Defeitos congênitos do desenvolvimento; – Fibrose por trauma ou procedimentos cirúrgicos repetidos e malsucedidos; – Deficiência de estrogênio; – Lesão neurológica.
247
Músculos que compõem o diafragma pélvico
Isquiococcígeo (cocígeo) | Levantador do Anus ( ileococcígeo, pubococcúgeo, puborretal)
248
INCONTINÊNCIA URINÁRIA (IU) | Definição
Qualquer perda involuntária de urina, exceto para crianças, objetivamente demonstrável, causando problema social ou higiênico.
249
INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO (IUE) | Definição
É a perda involuntária de urina, que ocorre após exercício físico, riso, tosse ou espirro. É importante notar que a perda urinária só ocorre durante o esforço e, geralmente, em pequenas quantidades, embora suficientes para molhar a roupa e trazer grande desconforto e constrangimento.
250
INCONTINÊNCIA URINÁRIA POR URGÊNCIA | Definição
É a perda involuntária de urina acompanhada ou imediatamente precedida pela sensação de urgência.
251
INCONTINÊNCIA URINÁRIA MISTA | Definição
É a perda involuntária de urina associada à urgência e aos esforços (exercício, esforço, tosse ou espirro).
252
INCONTINÊNCIA URINÁRIA POSTURAL | Definição
É a perda involuntária de urina associada à mudança de posição do corpo (ao levantar da posição sentada ou deitada).
253
ENURESE
Qualquer perda involuntária de urina
254
INCONTINÊNCIA URINÁRIA CONTÍNUA | Definição
É a queixa de perda urinária involuntária e contínua (ininterrupta).
255
SÍNDROME DA BEXIGA HIPERATIVA | Definição
Presença de sintomas de urgência, com ou sem urgeincontinência, frequentemente acompanhados de frequência e noctúria, na ausência de infecção ou qualquer outra doença do trato urinário. OBS.: Síndrome de urgência ou síndrome de urgência-frequência são termos empregados como sinônimos da síndrome da bexiga hiperativa.
256
HESITAÇÃO ao urinar | Definição
Dificuldade de iniciar a micção, que resulta em um atraso no tempo entre a micção e a vontade de urinar.
257
Cite drogas que interferem na função do trato urinário baixo
Galeria (foto 13)
258
O volume residual considerado fisiológico na mulher adulta é até
50 ml.
259
Valores de normalidade adotados no calendário miccional de 24hrs
– Débito urinário de 24h de 1.500 a 2.500 ml; – Volume médio eliminado de 250 ml; – Capacidade vesical funcional de 400 a 600 ml; – Frequência das micções: até 7 micções.
260
Descreva o Teste do Cotonete ou Q-tip test:
Utilizado para estudo da mobilidade do colo vesical Introduz-se um cotonete embebido em gel anestésico na uretra até a junção uretrovesical e a observação do ângulo que forma com a horizontal, tanto na inspeção estática (repouso) quanto dinâmica (esforço). Uma variação maior do que 30º, entre a inspeção estática e dinâmica (manobra de tosse da paciente ou manobra de Valsalva) revela defeito no suporte anatômico uretral, ou seja, indica hipermobilidade da junção uretrovesical.
261
Indicações do estudo urodinâmico na avaliação da incontinência urinária
galeria (foto 14)
262
Na mulher, o dado mais importante EUD é o... , que deve ser considerado normal acima de...
Fluxo máximo 15 ml/s
263
Descreva a utilidade da urofluxometria (parte do EUD)
Consiste na representação gráfica da medida do fluxo e volume urinários em um determinado intervalo de tempo. Fornece as seguintes informações: fluxo máximo (em ml/s), fluxo médio (em ml/s), tempo de fluxo (em s), tempo até o fluxo máximo (em s), volume urinado (em ml), resíduo pós-miccional (em ml) e aspecto da curva de fluxo (normal, achatada, superfluxo, intermitente, prolongada, irregular, combinadas ou não entre si). Pode também avaliar se houve perda urinária com a tosse ou uso de manobras de esvaziamento Ele é importante na avaliação de pacientes com suspeita de obstrução uretral e para escolha da técnica cirúrgica a ser empregada
264
Descreva a utilidade da cistometria (parte do EUD)
Este é o teste mais útil na avaliação urodinâmica, no qual a relação pressão/volume é registrada com o objetivo de avaliar a atividade do detrusor, além de sensações, capacidade e complacência vesicais É capaz de fornecer as seguintes informações: capacidade; sensibilidade; complacência e tônus vesicais; presença ou ausência de contrações (não inibidas do detrusor); presença ou ausência de perda urinária (de esforço, por contrações não inibidas, por transbordamento, por baixa complacência vesical, por insuficiência esfincteriana) e padrão pressórico vesical
265
A pressão de perda consiste na pressão intravesical que leva a perda de urina pela uretra ao esforço, sugerindo qual a pressão que a uretra suporta (pressão intrauretral). Quando a pressão de perda for menor que..., fica caracterizado o..., forma mais grave da incontinência urinária de esforço.
60 cm H2O defeito esfincteriano intrínseco
266
Valores de pressão de perda superiores a... sugerem... do colo vesical, o que indica que o esfincter uretral está íntegro
90 cm H2O hipermobilidade
267
Exame padrão ouro para diagnóstico de IU
Videourodinâmica combina o estudo urodinâmico com estudo radiológico. Avalia por imagens a função do trato urinário baixo e permite a observação da posição do colo vesical e a da abertura da uretra proximal em repouso e ao esforço, correlacionando- -as com a intensidade da perda urinária. Possui as mesmas indicações do estudo urodinâmico, entretanto, é mais precisa para o diagnóstico do defeito esfincteriano, já que possibilita a visualização direta do colo vesical durante o esforço.
268
tipo mais frequente de incontinência urinária na mulher
IU de esforço
269
Como condição urodinâmica, a IUE é definida pela | cistometria como
toda perda involuntária de urina pelo meato externo da uretra, que ocorre quando a pressão intravesical excede a pressão máxima de fechamento uretral, na ausência de contração do músculo detrusor
270
Descreva a classificação de Blaivas e Olsson para IUE
• Tipo 0 – há hipermobilidade da uretra com os esforços, mas não é possível observar a perda de urina; • Tipo I – o colo vesical se mantém fechado e situado acima da borda inferior da sínfise púbica. Abre-se, aos esforços, mas sua descida é menor que 2 cm em relação à posição de repouso. Observa-se perda de urina durante o esforço; • Tipo IIa – semelhante ao tipo I, porém com descida maior que 2 cm durante o esforço, abaixo da borda inferior da sínfise púbica; • Tipo IIb – o colo vesical é infrapúbico mesmo em repouso, embora mantenha-se fechado. • Tipo III – colo vesical e uretra proximal estão permanentemente abertos, mesmo em repouso. É o grau mais acentuado de incontinência. A incontinência urinária tipo III ou Deficiência Esfincteriana Intrínseca (DEI ou DEUI) é um tipo de IUE causada pela inabilidade do mecanismo esfincteriano uretral, ou seja, há uma falência completa da função esfincteriana uretral, independentemente da posição ou mobilidade uretral
271
principal teoria para explicar a IUE.
Hipermobilidade da uretra e do colo vesical
272
Hiperatividade do detrusor ou Hiperatividade do detrusor idiopática vs Hiperatividade do detrusor neurogênica
- Hiperatividade do detrusor ou Hiperatividade do detrusor idiopática  era anteriormente chamada de instabilidade do detrusor. É a forma mais frequente de hiperatividade do detrusor. É a condição na qual se verificam Contrações Não Inibidas (CNIs) do músculo detrusor durante o enchimento, espontâneas ou provocadas, na ausência de doença neurológica, ou seja, sem que haja causa definida - Hiperatividade do detrusor neurogênica  era anteriormente chamada de hiper-reflexia do detrusor. É a condição na qual ocorrem CNIs consequentes a lesão neurológica associada
273
``` o diagnóstico da síndrome decorrente de hiperatividade do detrusor é..., caracterizado pela presença de... evidenciadas na... que acarretam em sintomas de urgência ou de perda urinária. ```
urodinâmico contrações não inibidas do detrusor cistometria
274
Nos casos de IU mista, deve ser primeiramente tratado o componente da... . Em caso de persistência da..., apesar da melhora da..., será indicado o procedimento cirúrgico. Podem também ser empregadas à eletroestimulação e a reeducação perineal.
hiperatividade perda aos esforços hiperatividade
275
Definição de IU por transbordamento
É a perda urinária que acontece quando a pressão intravesical excede a pressão uretral. Está associada à distensão vesical, mas em ausência de atividade do detrusor. Nesta condição, a perda urinária ocorre após a bexiga estar completamente repleta, uma vez que há uma falta de capacidade de contração da musculatura lisa do detrusor
276
TTO conservador da IUE
 Mudanças de Hábito de Vida: Intervenções no estilo de vida, como a perda de peso, diminuem a IUE em muitas mulheres.  Exercícios Perineais (Kegel): O condicionamento da musculatura do assoalho pélvico (PFMT, de Pelvic Floor Muscle Training) pode melhorar ou curar a IUE.  Eletroestimulação:  Cones Vaginais  Pessários: São dispositivos projetados para reduzir o deslocamento inferior ou afunilamento da junção uretrovesical  Biofeedback: É constituído de eletrodos de superfície ativo eletrodo terra, e um monitor de vídeo que, conectado ao músculo com seus sensores colocados sobre a pele, amplifica a resposta fisiológica e a converte em informações significativas (visual e auditiva).
277
TTO farmacológico da IUE
O tratamento farmacológico tem papel secundário no tratamento de mulheres com IUE.  Duloxetina No Brasil, está droga está disponível apenas para o tratamento da depressão, mas não da IU.  Agonistas Alfa-Adrenérgicos: Em relação aos agonistas alfa-adrenérgicos, o mais indicado no tratamento da IUE é a Fenilpropanolamina  Reposição Estrogênica: IUE isolada não indica reposição VO
278
Cirurgias de Correção da | IUE por Via Abdominal
Por via abdominal, dispomos de cirurgias que fixam os tecidos periuretrais ao pube, elevando o colo vesical. Atualmente, em casos individualizados, a cirurgia de Burch (realiza-se a fixação da fáscia paravaginal anterior ao ligamento iliopectíneo (de Cooper)) é ainda empregada. Já as outras técnicas, citadas a seguir, estão em desuso:  Turner-Warick: fixação da fáscia endopélvica à fáscia do músculo obturador interno;  Marshall-Marchetti-Krantz: fixação da fáscia periuretral no periósteo do púbis (osteíte púbica- complicação);  Uretropexia por agulha por via combinada vaginal-abdominal, como na cirurgia de Stamey- Pereyra.
279
Diferença entre as Colpossuspensões Retropúbicas
A principal diferença entre a técnica de Burch e Marshall-Marchetti-Krantz é que, na primeira, fixa-se a fáscia vaginal ao ligamento de Cooper, enquanto, na segunda, fixa-se o tecido periuretral ao periósteo da borda interna da sínfise púbica. Ambas as técnicas podem causar hiperatividade do detrusor de novo (em 11 a 15% dos casos), dificuldade miccional e obstrução uretral.
280
Cx de escolha para IUE
os slings de uretra média
281
Base do TTO farmacológico da IU de urgência
drogas com propriedades anticolinérgicas
282
Uretrocistocele | Definição
prolapso da bexiga incluindo a uretra.
283
Enterocele | Definição
herniação do intestino delgado | para a cavidade vaginal.
284
Elitrocele
eversão da cúpula vaginal após | histerectomia prévia.
285
Composição do retináculo periuterino de martin
É formado por tecido conjuntivo elástico e musculatura lisa. A musculatura e o tecido conjuntivo se distribuem como os aros de uma roda ao redor do colo uterino e parte superior da vagina, através de seis feixes: dois anteriores, dois laterais e dois posteriores Anteriores: pubovesicouterinos Laterais: cardinais (paramétrios laterais ou Mackenrodt) Posteriores: uterossacros
286
Qual a função do retináculo periuterino de Martin
Forma o aparelho suspensão do útero
287
Quais os componentes do aparelho de sustentação do útero?
Diafragma pélvico: Isquicoccígeo + levantador do anus (iliococcígeo + pubococcígro + puborretal) Diafragma urogenital: os principais autores consideram que ele é composto pelo músculo transverso profundo do períneo e pelo esfincter uretral externo. Entretanto, outros autores renomados informam que ele é constituído pelo músculo transverso profundo do períneo, e em um plano mais superficial, pelos músculos esfíncter anal, músculos isquiocavernosos, bulbocavernosos e transversos superficiais do períneo. Fáscia endopélvica: composta por dois folhetos. O primeiro liga os órgãos pélvicos (especialmente vagina e útero) às paredes pélvicas. O segundo, considerado visceral, recobre o útero, vagina, bexiga e reto, originando as fáscias vesicovaginal e retovaginal, auxiliando na sustentação dos órgãos e prevenção do prolapso. São pontos de reparo fundamentais na terapêutica do prolapso
288
Os ligamentos uterossacros e redondos fazem parte do mecanismo de estática pélviva?
De acordo com os principais livros didáticos, os ligamentos redondos não fazem parte do aparelho de suspensão, nem do de sustentação. Segundo o livro Berek & Novak’s Gynecology (2012), os ligamentos uterossacros fazem parte do aparelho de sustentação
289
Entre os fatores etiológicos identificados, o mais associado à quebra do equilíbrio da estática pélvica é a
Multiparidade 70%
290
Descreva o que cada sigla representa no sistema de quantificação do prolapso dos órgãos pélvicos (Pelvic Organ Prolapse Quantification System – POPQ)
``` Os pontos Aa e Ba se referem à parede Anterior. Os pontos Ap e Bp se referem à parede Posterior. O ponto C se refere ao Colo. O ponto D se refere ao fundo de saco de Douglas. GH - hiato genital TVL - comprimento vaginal total PB - corpo perineal Os pontos acompanhados de sinal negativo encontram-se no interior da vagina. Os pontos acompanhados de sinal positivo encontram-se além do hímen vaginal. ```
291
Descreva o estadiamento da ICS para prolapso genital
Estádio 0: ausência de prolapso. Os pontos Aa, Ap, Ba, Bp coincidem e estão com -3 cm de pontuação. Os pontos C e D estão entre CVT e CVT -2 cm. Estádio I: o ponto de maior prolapso está localizado 1 cm acima do hímen, ou seja, acima da posição -1 cm. Estádio II: a porção mais distal do prolapso está entre 1 cm acima e 1 cm abaixo do hímen, ou seja, entre a posição -1 cm e +1 cm. Estádio III: a posição mais distal do prolapso está mais que 1 cm abaixo do hímen, ou seja, acima da posição +1 cm, e no máximo 2 cm a menos que o comprimento vaginal total (não se desloca mais que o CVT -2 cm). Estádio IV: eversão completa, a porção mais distal do prolapso encontra-se, no mínimo, no CVT -2 cm.
292
Descreva os níveis de De Lancey
Nínel 1: Ligamento útero-sacro Ligamentos cardinais Nível 2: Fáscia endopélvica Nível 3: Nó perineal
293
Compartimento Anterior ou Prolapso de Parede Vaginal Anterior Causas
Cistocele, uretrocele ou cistouretrocele
294
Compartimento Apical ou Prolapso Apical | Cusas
Uterocele, fórnice posterior (enterocele) | ou prolapso de cúpula vaginal pós-histerectomia
295
Compartimento Posterior ou Prolapso de Parede Vaginal Posterior Causas
Retocele
296
Descreva quais locais lesados podem resultar em Cistocele, uretrocele ou cistouretrocele, achados no exame vaginal e sua respectiva correção
 Defeito Central ou de Distensão: Há defeito central da fáscia vesicovaginal de suporte da uretra. A mucosa vaginal perde sua rugosidade, diminui a espessura e os sulcos anterolaterais da vagina são mantidos. Pode ser corrigida com a colporrafia anterior (Kelly- -Kennedy).  Defeito Lateral ou de Deslocamento ou Paravaginal: Há defeito lateral da fáscia de suporte (defeito paravaginal). É responsável por 80% dos casos de cistocele, e está presente em 95% dos casos de cistocele associada à incontinência urinária de esforço. Ao exame ginecológico, nota-se a procidência da parede vaginal anterior, manutenção da espessura e da rugosidade da mucosa vaginal, com apagamento dos sulcos anterolaterais da vagina (uni ou bilateral). É corrigida mediante reinserção da fáscia de suporte (pubocervical) no arco tendíneo da fáscia pélvica.
297
Quadro clínico do prolapso genital
sensação de peso ou desconforto na região da genitália externa e referência à exteriorização de uma “bola” na vagina, sangramento pelo atrito com roupa íntima da paciente, dispaurenia e disfunção sexual. O desconforto é aliviado ao deitar-se, é menos notável pela manhã, e agrava-se à medida que passa o dia, particularmente na vigência de ortostatismo prolongado OBS.: Incontinência urinária e polaciúria decorrem de uma hipermobilidade uretral e estão associadas mais especificamente à perda da sustentação vaginal anterior. Perturbações na defecação, por outro lado, se associam a uma protrusão anterior do reto através da parede posterior da vagina.
298
tratamento do prolapso uterino segundo os | estádios da ICS
Estádios III e IV: histerectomia vaginal associada à correção de lesões satélites que eventualmente estejam presentes Estádios I e II: pode ser realizado um procedimento alternativo: a cirurgia de Manchester (ou Donald-Fothergill). Nesta, é realizada a amputação parcial do colo uterino e uma cervicofixação anterior dos ligamentos de Mackenrodt (fixação dos ligamentos cardinais na face anterior do coto de colo). Deve ser indicada em: - Pacientes com comorbidades que elevem o risco cirúrgico; - Pacientes que desejem fertilidade futura; - Pacientes com alongamento hipertrófico do colo, sem prolapso uterino avançado associado, que almejem a manutenção da função reprodutiva. OBS: Pacientes muito idosas, com risco cirúrgico proibitivo para uma cirurgia de maior porte, e sem vida sexual ativa, podem ser submetidas à obliteração da vagina ou colpocleise
299
TTO da eritrocele (prolápso da cúpula vaginal)
fixação da cúpula vaginal ao promontório do sacro, na aponeurose do músculo retoabdominal ou ao ligamento sacroespinhoso e pela obliteração vaginal (colpocleise).
300
Descreva o mecanismo e o tto da enterlocele
Pode ser interpretada como uma hérnia do fundo de saco de Douglas. O intestino delgado se insinua pela cúpula vaginal por um defeito na fáscia endopélvica, que coloca o peritônio em contato direto com a vagina O tratamento da enterocele consiste na dissecção seguida de exérese do saco herniário redundante, com posterior obliteração do fundo de saco com inclusão dos paramétrios laterais e uterossacros. Uma vez que é incomum a presença de enterocele isolada, seu tratamento deve incluir colporrafia posterior e fixação da cúpula vaginal.
301
Mecanismo e tto da retocele
A herniação do reto é resultado do enfraquecimento da fáscia retovaginal e dos seus pontos de fixação às margens dos músculos elevadores do ânus. Além disso, há lesão do centro tendíneo do períneo, que é um componente de suporte suplementar para os órgãos do assoalho pélvico. O tratamento consiste na colporrafia posterior com plicatura da fáscia retovaginal, podendo-se utilizar a interposição de material sintético (tela de propileno, fáscia cadavérica) para reforçar a parede vaginal posterior. Além disso, deve ser efetuada a correção da rotura perineal pela identificação dos músculos elevadores do ânus na linha média e reconstituição do corpo perineal.
302
Quadro clínico da inversão uterina
Apresenta-se com dor aguda e hemorragia abundante. Pode evoluir com choque hipovolêmico e/ou neurogênico (devido à tração exercida pelo útero sobre as estruturas nervosas durante a sua descida)
303
Primeira conduta em um caso de inversão uterina e conduta seguinte em caso de falha
A correção manual, através da vagina, deve ser a primeira medida a ser tentada, (manobra de Taxe Caso não seja eficaz, está indicada a laparotomia e correção da inversão através da técnica de Huntington
304
Qual a fístula genital feminina mais frequente
As decorrentes de lesões vesicais por trauma obstétrico são as mais frequentes e respondem por 80% dos casos.
305
Principais causas de fístulas genitais fem
As duas principais causas de fístulas genitais são o parto traumático e cirurgias ginecológicas. Destas últimas, as principais são: histerectomia abdominal e vaginal, cistopexia via baixa e ressecção de endometriose em septo retovaginal
306
Quadro contendo os tipos de fístulas genitais, história + exame físico, diagnóstico tto
galeria (foto 15, 16 e 17)
307
Quadro clínico da síndrome da bexiga dolorosa
- Dor ao enchimento urinário; - Frequência urinária grave e incapacitante; - Urgência; - Nictúria; - Disúria; - Hematúria ocasional; - Dor suprapúbica, pélvica, ureteral, vaginal ou perineal é comum e pode ser aliviada pelo esvaziamento da bexiga.
308
O que é o teste do potássio utilizado na SBD?
Baseia-se na avaliação da permeabilidade do epitélio vesical ao potássio que, se presente, leva à despolarização das terminações nervosas e/ou lesão muscular, causando os sintomas de urgência e dor.
309
Achado na cistoscopia associado À SBD
Hemorragia submucosa
310
Achado histopatológico associado À SBD
edema de submucosa e infiltrado inflamatório (macrófagos, plasmócitos e eosinófilos).
311
Quais são os 3 pilares da terapêutica medicamentosa da SBD?
- Controle da disfunção epitelial com compostos heparinoides; - Supressão da ativação neural com amitriptilina, imipramina ou inibidores seletivos da receptação de serotonina; - Bloqueio da degranulação mastocitária.
312
Como são denominadas as ulcerações associadas à SBD?
Úlcera de Hunner
313
Achado em EUD associado à IU de urgência
Perda urinária com aumento da Pressão Vesical (PV) sem aumento concomitante da Pressão Retal (PR) ou seja, não houve aumento da pressão abdominal, como na manobra de Valsalva, para que ocorresse a perda urinária.
314
Descreva a imagem com a grade Aa Ap Ba Bp... indicando uma com prolapso genital e uma sem prolapso
galeria
315
No climatério pós-menopáusico, os níveis hormonais de FSH, estradiol, inibina e testosterona estão, respectivamente:
Aumentado, diminuído, diminuído, diminuído.
316
Na pós menopausa, em pacientes sem uso de TH, o endométrio é considerado espessado quando...
maior que 4 ou 5 mm
317
Cite as situações que modificam a via de administração da TH
- sintomas predominantemente atróficos vaginais, que podem indicar o uso de estrogenoterapia tópica - dislipidemia A TH oral com estrógenos parece exercer efeito benéfico sobre os níveis de HDL e LDL. No entanto, aumenta os níveis de triglicerídeos. Já a via parenteral, não promove esta elevação nos triglicerídeos, pois não há a passagem hepática da medicação. Desta forma, em pacientes com hipertrigliceridemia, é preferível o uso da terapia hormonal parenteral ao invés da via oral e, consequentemente, o perfil lipídico irá definir a minha via de administração da medicação
318
Como saber se há alongamento hipertrófico do colo pela avaliação da POP-Q?
diferença do C para o D é > 4 cm
319
O tratamento com progestágeno isolado não é eficaz para redução dos sintomas vasomotores V ou F
F O tratamento isolado com progestágeno, como o acetato de medroxiprogesterona, o acetato de noretindrona e o acetato de megestrol, é uma opção que pode melhorar os sintomas vasomotores, apesar de não ser tão efetivo quanto o estrogênio
320
A musculatura do detrusor da bexiga é predominantemente composta por receptores beta-adrenérgicos, que atuam no músculo detrusor causando relaxamento muscular que, por sua vez, ajuda no enchimento vesical V ou F
V
321
A cirurgia de Burch é uma opção de tratamento para a hipermobilidade do colo vesical e não para o defeito esfincteriano intrínseco V ou F
V
322
Descreva a definição de menorragia, metrorragia, menometrorragia, hipermenorreia, hipomenorreia, oligomenorreia, opsomenorreia, espanimenorreia, proiomenorreia, polimenorreia.
Menorragia: Intervalos regulares, com duração prolongada e fluxo excessivo. Metrorragia: Intervalos irregulares, com duração ± prolongada e fluxo normal. (*). Menometrorragia: Intervalos irregulares, com duração prolongada e fluxo excessivo. (*). Hipermenorreia: Intervalos regulares com duração normal e fluxo excessivo. (*). Hipomenorreia: Intervalos regulares com duração normal ou menor, com fluxo reduzido. (*). Oligomenorreia: Intervalos infrequentes ou irregulares, de duração variável, fluxo escasso. (*). Opsomenorreia: Intervalo de 35 a 45 dias (até 45 dias) (**). Espaniomenorreia: Intervalo maior do que 45 dias (46 a 60 dias) (**). Proiomenorreia: Intervalo de 18 a 25 dias ou encurtamento do ciclo de 3 a 5 dias (**). Polimenorreia: Encurtamento maior que 5 dias, atingindo até 12 dias (IMIP) ou sangramentos que ocorrem em intervalos menores que 24 dias (UNIFESP).
323
Descreva as causas de SUA de acordo com a faixa etária
galeria (foto 19)
324
Em crianças com 10 anos ou menos, qual é o principal tumor associado a SUA? Descreva o quadro clínico clássico
o tumor mais comum é o sarcoma botrioide (rabdomiossarcoma) classicamente se apresenta com hemorragia vaginal e uma massa semelhante a um cacho de uvas.
325
Principal causa de SUA em adolescentes
Anovulação. A imaturidade do eixo hipotálamo-hipófise-ovário é a principal causa de anovulação em adolescentes. Portanto, o sangramento uterino disfuncional é a causa mais comum de SUA nas adolescentes
326
Causa mais comum de SUA em adultas em idade reprodutiva - menacme
De acordo com o livro Berek & Novak’s Gynecology (2012), o Sangramento Uterino Disfuncional (SUD) é a causa mais comum de SUA nas mulheres em idade reprodutiva. A última edição do Rotinas em Ginecologia (7ª edição, 2017) informa que as complicações de uma gestação não diagnosticada constituem a principal causa de sangramento na menacme. Outros livros didáticos, como o Ginecologia Ambulatorial Baseado em Evidências Científicas (2016), também comungam desta mesma opinião.
327
Descreva o acrônimo PALM-COEIN
Os componentes do grupo “PALM” representam afecções estruturais que podem ser identificadas por métodos de imagem e/ou por estudo histopatológico. Já o grupo “COEIN” inclui afecções não estruturais que não podem ser identificadas por estes métodos Pólipos Adenomiose Leiomioma Malignidade e hiperplasia ``` Coagulopatias Ovulatory disfunction Endometrial Iatrogenia Não especificado ```
328
Indicações de biópsia endometrial no SUA
- > 45 anos: SUA; - Qualquer idade associada a uma das condições que se seguem: falha de tratamento; SUA persistente; SUA + irregularidade menstrual (endométrio heterogêneo); SUA + fatores de risco para malignidade (obesidade, nuliparidade, DM, exposição à estimulação estrogênica sem oposição da progesterona; anovulação crônica; uso de tamoxifeno ou TH). Fonte: Adaptado de Committee on Gynecologic Practice, Society of Gynecologic Oncology.
329
``` A causa mais provável de SUA na pós- -menopausa, em pacientes sem história de uso de TH, com espessura endometrial igual ou menor que 4 mm ou 5 mm, dependendo da referência bibliográfica, é... ```
atrofia endometrial
330
Descreva a Síndrome de Halban
Persistência do corpo lúteo Atraso menstrual seguido de perdas sanguíneas irregulares, dor hipogástrica e presença de massa anexial, representada por um corpo lúteo hemorrágico. Neste contexto, há que se pensar, naturalmente, em gravidez ectópica
331
Na menacme, a anovulação crônica resulta, | normalmente, de
um mecanismo de feedback inapropriado, cujo resultado levará invariavelmente aos ovários policísticos
332
Quais são os mecanismos de sangramento possíveis em ciclos anovulatórios?
``` Queda transitória dos níveis de estrogênio: a queda transitória com a consequente deficiência estrogênica relativa acontece por uma regressão folicular recente; ``` ``` Constante estímulo estrogênico não estabilizado pela progesterona: esta situação leva ao supercrescimento e fragilidade endometrial, que acarretam sangramentos irregulares em vários pontos da cavidade uterina. ```
333
TTO do SUD anovulatório na puberdade
Como o sangramento raramente é intenso, a ponto de exigir uma solução urgente, o melhor tratamento é apenas esclarecimento e observação Nos casos de sangramento prolongado, com uma perda sanguínea maior, haverá obviamente a necessidade de tratamento. Se a paciente está sangrando é porque existe produção estrogênica adequada, caso contrário o sangramento não ocorreria e ela estaria em amenorreia. Portanto, a princípio, a estrogenioterapia não deve ser empregada. O que a paciente não está produzindo é a progesterona. Esta, sim, é a medicação racional Se o quadro hemorrágico for de grande intensidade, a ponto de levar a adolescente a uma anemia grave, a interrupção imediata do sangramento é mandatória. Nesta situação especial, o emprego dos estrogênios estará indicado, seja isoladamente ou preferentemente associado ao progestogênio
334
TTO do SUD anovulatório na menacme
Na idade reprodutiva, o tratamento é basicamente o mesmo administrado na puberdade. Vale a pena lembrar que a ausência da ovulação neste período, como na adolescência, levará fatalmente ao aparecimento dos ovários policísticos, pois eles são simplesmente a expressão morfológica de um estado anovulatório crônico, assim como a hiperplasia do endométrio.
335
TTO do SUD anovulatório no climatério
O tratamento inicial é o mesmo. No entanto, o estudo histológico prévio do endométrio, obtido através de biópsia dirigida por histeroscopia (método padrão-ouro) ou biópsia orientada ou curetagem uterina é indispensável, salvo se a ultrassonografia transvaginal revelar uma espessura endometrial inferior a 4 ou 5 mm, na ausência de fatores de risco para o câncer de endométrio
336
O desenvolvimento e o crescimento da endometriose dependem de qual hormônio?
estrogênio
337
Descreva a etiologia da endometriose (quadro)
Galeria (foto 20)
338
Fatores de risco para endometriose
- História familiar materna. - Malformações uterinas. - Menarca precoce. - Ciclos menstruais curtos. - Duração do fluxo menstrual aumentada. - Fluxo menstrual aumentado. - Estenoses cervicais. - Baixos índices de massa corporal. - Gestação tardia. - Nuliparidade. - Raça branca e asiática. - Consumo exagerado de café e álcool.
339
Aspecto macroscópicos das lesões endometrias atípicas
As lesões atípicas se apresentam através de vesículas, lesões vermelhas em chama de vela, defeitos peritoneais (janela peritoneal) e finas aderências (em véu de noiva) no hilo ovariano ou no fundo de saco posterior.
340
Aspecto macroscópicos das lesões endometrias típicas
As lesões típicas são consideradas de acordo com sua evolução e idade, a saber:  Vermelhas: são muito ativas. Podem se apresentar como petéquias;  Pretas: são menos ativas. Descritas como “queimadura por pólvora”. Podem se apresentar como nódulos pretos, castanho-escuros (café com leite) ou azulados, ou como pequenos cistos contendo hemorragia antiga circundada por um grau variável de fibrose;  Brancas: são consideradas resquícios cicatriciais.
341
Aspecto microscópico das lesões endometrias
glândulas e estroma endometriais com ou sem macrófagos repletos de hemossiderina.
342
Sítios mais comuns de endometriose
``` 1- Ovários (65%); 2- Ligamentos uterossacros (28 a 60%); 3- Fundo de saco posterior (30 a 34%); 4- Folheto posterior do ligamento largo (16 a 35%); 5- Fundo de saco anterior (15 a 35%). ```
343
O local mais comum de endometriose | extrapélvica é
o intestino, principalmente o cólon e o reto.
344
No ovário, a lesão característica da endometriose é
``` o endometrioma (cisto endometrioide), que se apresenta como estrutura cística com conteúdo líquido espesso e achocolatado cercado de áreas de fibrose. ```
345
Os endometriomas ovarianos são mais comuns em qual ovário? por quê?
São mais comuns no lado esquerdo devido à presença do sigmoide, que dificulta o trânsito do sangue menstrual
346
A que se refere o termo endometriose profunda?
É um termo usado para descrever as formas infiltrativas da doença que envolvem os ligamentos uterossacros, septo retovaginal, intestino, ureteres e/ou bexiga. Alguns autores a definem como a endometriose que penetra mais de 5 mm da superfície peritoneal.
347
Endometriose no trato urinário é um achado menos frequente do que a endometriose no trato digestivo V ou F
V
348
Descreva, em ordem decrescente de frequência, as formas de apresentação da endometriose torácica
Pneumotórax Hemotórax Hemoptise Nódulo pulmonar
349
Queixa mais comum das pacientes com endometriose e suas características
Dismenorreia Possui caráter progressivo, ou seja, aumenta de intensidade com o passar do tempo. A intensidade progressiva e o seu aparecimento após longo tempo de menstruações indolores são altamente sugestivos de endometriose, embora não sejam patognomônicos. Tipicamente, começa antes do fluxo menstrual; usualmente, persiste durante toda sua duração e, ocasionalmente, perdura após o término. A dor é difusa, referida profundamente na pelve e intensa
350
Apesar de a endometriose diminuir a fecundidade, caso a gravidez ocorra, é possível observar piora da endometriose V ou F
F Apesar de a endometriose diminuir a fecundidade, caso a gravidez ocorra, é possível observar a regressão e até resolução completa da endometriose
351
Qual a utilidade do CA-125 no contexto da endometriose?
A dosagem sérica de CA-125 possui alta sensibilidade e baixa especificidade para os quadros graves de endometriose. Seus níveis quantificam o grau da doença e a resposta ao tratamento.
352
Qual o tratamento de primeira linha nas mulheres subinférteis com endometriomas ovarianos, especialmente naquelas com massas maiores que 4 cm?
cirurgia videolaparoscópica
353
Resumo da abordagem terapêutica geral da endometriose modera à grave
(1) Videolaparoscopia para confirmação diagnóstica e terapêutica; (2) Tratamento clínico com acetato de medroxiprogesterona, gestrinona, danazol, contraceptivos orais contínuos ou análogos do GnRH por seis meses após cirurgia; (3) Vídeolaparoscopia de “second look”, ou seja, revisão da necessidade de prolongar o tratamento nas pacientes que não apresentam melhora; (4) Acompanhamento posterior com incentivo à gravidez (quando for o desejo da paciente), No caso de não desejo da gravidez, o uso de anticoncepcionais sem intervalos ou o DIU de progesterona estabelecem um padrão de acompanhamento para evitar a recidiva da doença, que reaparece em 40% dos casos tratados. ``` (5) O emprego da cirurgia em pacientes assintomáticas com infertilidade poderá ser indicado em casos de ISCA (Infertilidade Sem Causa Aparente), ou seja, nos casos em que todas as outras causas possíveis já foram excluídas. ```
354
TTO medicamentosode primeira linha da endometriose
- < 35 anos: ACO e progesterona VO são os tratamentos de primeira linha; - ≥ 35 anos: progesterona VO representa o tratamento de primeira linha.
355
Causa estrutural mais comum | de sangramento uterino anormal
Leiomiomas uterinos
356
Os leiomiomas são tumores pouco sensíveis ao estrogênio e à progesterona. Consequentemente, eles se desenvolvem, assim com os cânceres em geral, com maior frequência em mulheres idosas V ou F
F São tumores sensíveis ao estrogênio e à progesterona. Consequentemente, eles se desenvolvem durante os anos reprodutivos
357
O leiomioma é a neoplasia benigna mais comum da mulher. Responde por aproximadamente 80% dos tumores benignos do trato genital feminino V ou F
F Responde por aproximadamente 95% dos tumores benignos do trato genital feminino
358
Os leiomiomas são responsáveis por que parcela das histerectomias?
um terço do total de histerectomias | a maior causa
359
Fatores de risco para leiomiomas uterinos
``` História familiar. Idade. Raça negra. Nuliparidade. Hipertensão arterial. Álcool. Menarca precoce. ```
360
Qual é o principal fator determinante do crescimento tumoral do leiomioma?
Níveis circulantes de estrogênio, principalmente o estradiol
361
Cite fatores, além dos estrogênios, que contribuem com o crescimento do leiomioma
GH Hormônio lactogênico placentário Progesterona Aumento da enzima 17-beta-OH- -desidrogenase do tipo I (que transforma a estrona em estradiol) e diminuição da 17-beta-OH- -desidrogenase tipo II (que transforma estradiol em estrona) Aumento da aromatase Influência Genética
362
Como a progesterona contribui com o crescimento do leiomioma?
Inibição da apoptose > Estímulo do crescimento tecidual - Aumento da Expressão da proteína bcl-2 (um inibidor da apoptose) - Diminuição do Fator de necrose tumoral (um promotor da apoptose) Aumento do fator de crescimento epidérmico > Estímulo do crescimento tecidual
363
A degeneração sarcomatosa de um leiomioma e quase exclusivo de qual fase do ciclo feminino?
Pós menopausa
364
Descreva os tipos de leiomiomas de acordo com sua posição relativa às camadas uterinas
 Subseroso – posicionado abaixo da serosa uterina (localiza-se sob o peritônio visceral uterino). Possui mais de 50% do seu volume projetado na camada serosa do útero. É o que provoca menos sintomas. O mioma subseroso pode crescer dissecando os folhetos do ligamento largo, sendo, então, do tipo intraligamentar. Este é o que mais comumente provoca obstrução ureteral  Intramural ou Intersticial – posicionado na intimidade do miométrio. Forma intermediária entre o subseroso e submucoso e, à medida que cresce, pode evoluir para subseroso ou submucoso. Menos de 50% do seu volume protrai na superfície serosa do útero. Relaciona- se com quadros de hemorragia uterina  Submucoso – é a forma que provoca mais hemorragias devido à sua íntima relação com a mucosa endometrial.  Cervical – equivale de 1 a 2% dos casos de leiomiomas. Apresenta-se como uma deformidade do colo, muitas vezes dificultando a colocação do espéculo e a visualização do orifício externo. São geralmente assintomáticos. No entanto, os mais volumosos podem acompanhar-se de dispareunia e exteriorização pelo introito vaginal. Havendo obstrução do canal cervical é possível ocorrer dismenorreia.
365
Discorra sobre os miomas pediculados, paridos e parasitas
Os leiomiomas pediculados são um tipo especial de miomas. Podem se originar de miomas subserosos ou submucosos. Os miomas paridos correspondem ao crescimento exagerado do pedículo dos submucosos, que culmina com a exteriorização pelo colo uterino. Em geral está associado à cólica intensa e subsequente ulceração e infecção, podendo haver, em casos extremos, inversão uterina aguda Os miomas parasitas dizem respeito a um mioma primariamente subseroso pediculado, que se adere a outras estruturas, se desprende do útero e passa a ter circulação própria não dependente do fluxo uterino. Podem se originar a partir do contato dos miomas pediculados subserosos com o epíplon, no caso da existência de suprimento sanguíneo. Evoluem com atrofia do pedículo original.
366
O sangramento intermenstrual é característico dos miomas e, quando presente, deve ser feita investigação precoce para avaliar leiomioma V ou F
``` F O sangramento intermenstrual não é característico dos miomas e deve ser investigado para exclusão de afecções endometriais ```
367
A compressão ureteral por um leiomioma é mais comum em qual ureter? por quê?
A compressão ureteral é 3 a 4 vezes mais comum à direita, porque o ureter esquerdo está protegido pelo cólon sigmoide.
368
Sintomas dos Miomas de acordo com a Posição | Relativa às Camadas Uterinas
Os miomas subserosos tendem a causar sintomas compressivos e distorção da anatomia de órgãos adjacentes; os intramurais causam sangramento e dismenorreia os submucosos produzem frequentemente sangramentos irregulares e infertilidade
369
Qual o melhor exame para visualização e mensuração de leiomiomas?
RM
370
Cite indicações de conduta expectante em caso de leiomioma. Como fazê-la?
- Casos assintomáticos. - Pacientes sintomáticas, sem comprometimento geral. - Pacientes na perimenopausa ou na menopausa. Ancora-se em exames clínicos periódicos e ultrassonografias seriadas (trimestralmente ou semestralmente). Esta conduta objetiva assegurar que os tumores não estão crescendo rapidamente
371
Indicações de tto clínico dos leiomiomas
- Redução tumoral. - Controle da perda sanguínea. - Pacientes na perimenopausa. - Pacientes com risco cirúrgico elevado.
372
Qual a classe medicamentosa mais efetiva no tratamento clínico dos leiomiomas? Limitações ao seu uso e indicações
Análogos do GnRH Como efeitos colaterais, os agonistas de GnRH podem levar a quadro importante de hipoestrogenismo. A perda de massa óssea (que pode chegar à osteoporose) é a complicação mais séria. Podem ocorrer fogachos, ressecamento vaginal, distúrbios do perfil lipídico e alterações do humor. Pelos seus intensos efeitos locais e sistêmicos, provocam uma “ooforectomia medicamentosa”. Por todas essas razões, estes medicamentos são empregados basicamente no preparo pré- -operatório de pacientes com anemia significativa (hemoglobina < 9,5 mg%) ou, raramente, para atenuação dos sintomas de mulheres na perimenopausa ou em contraindicações agudas à cirurgia
373
Como mitigar os efeitos adversos dos análogos do GnRH?
Os efeitos colaterais relacionados à administração dos análogos de GnRH podem ser minimizados com o uso da add-back therapy, que consiste na administração simultânea de estrogênio e progesterona após a fase inicial de downregulation
374
Contraindicações do uso de SIU liberador de levonorgestrel no tto de leiomiomas
Grandes cavidades uterinas, miomas que provocam distorção da cavidade uterina e/ou a presença de miomas submucosos representam contraindicações ao seu uso. OBS.: melhora o índice hematimétricos das pacientes mas não diminui o tamanho do mioma
375
o uso de progestágenos não está indicado com o objetivo de diminuir o tamanho dos miomas V ou F
V
376
Indicações de tto cirúrgico em pct cm leiomioma
- Tratamento de sangramento uterino anormal ou dor pélvica. - Avaliação quando há suspeita de malignidade. - Tratamento de infertilidade. - Tratamento de abortamentos recorrentes
377
Situações em que a incidência de sarcomas uterinos está aumentada
mulheres na pós-menopausa com massa pélvica nova ou crescente, sangramento anormal e dor pélvica. Neste contexto, a incidência de sarcomas é alta (1 a 2%). Outros fatores de risco para a ocorrência de sarcomas uterinos incluem: - Irradiação pélvica anterior; - Uso de tamoxifeno; - Presença de leiomiomas cutâneos indicando a possibilidade da síndrome de leiomiomatose hereditária e carcinoma de células renais
378
Cite indicações de histerectomia em pcts com leiomioma e suas possíveis complicações
Paciente com prole constituída ou sem desejo de engravidar, apresentando: sintomas importantes ou falha no tratamento clínico Complicações da Histerectomia: - Hemorragia: perda média estimada de 400 ml; - Infecção: presente em 1/3 das pacientes submetidas a histerectomias que não recebem antibioticoprofilaxia; - Infecção urinária: ocorre em 2 a 5% dos casos; - Lesão ureteral: ocorre em 0,1% do total dos procedimentos; em 1,39% das histerectomias laparoscópicas; 0,04% das histerectomias totais abdominais; 0,03% das subtotais e 0,02% das vaginais; - Lesão vesical: ocorre em cerca de 0,5% dos casos; - Lesão intestinal: ocorre em cerca de 0,3% dos procedimentos; - Fístulas: principalmente vesicovaginais e retovaginais. As fístulas ureterovaginais são mais comuns nas histerectomias radicais indicadas em malignidades ginecológicas (ex.: câncer de colo uterino).
379
indicações de miomectomia laparotômica
* Desejo de procriação. - Presença de múltiplos miomas. - Útero muito volumoso, com miomas intramurais - maiores que 5 a 8 cm ou altura do fundo - uterino superior a 16 semanas de gestação. - Miomas profundos intramurais
380
indicações de miomectomia videolaparoscopia
* Desejo de procriação. - Presença de pequeno número (até 3 a 5) - de miomas subserosos ou intramurais menores - ou iguais a 5 cm. - Útero não muito volumoso, com miomas menores que 5 a 8 cm ou altura do fundo uterino inferior a 17 semanas de gestação.
381
indicações de miomectomia histeroscópica
- Pacientes com miomas submucosos +. - Sangramento uterino anormal. - Dor pélvica. - Infertilidade (sobretudo nas pacientes com indicação de fertilização in vitro). - Abortamentos recorrentes.
382
Descreva o fluxograma do mioma na mulher que deseja engravidar
galeria (foto 21)
383
Manejo do mioma na gestante
Durante o ciclo grávido puerperal não deve ser praticada qualquer terapia medicamentosa ou cirúrgica As únicas indicações de cirurgia para mioma na gestação são os casos de degeneração rubra e torção pedicular acompanhada de abdome agudo
384
Fluxograma que resume a abordagem dos miomas uterinos
galeria (foto 22)
385
Qual adefinição de adenomiose?
A adenomiose corresponde à presença de tecido endometrial (glândulas e estroma) entre as fibras musculares do miométrio. Em outras palavras, caracteriza-se por pequenos “lagos” de endométrio espalhados na intimidade do miométrio e/ou como um nódulo circunscrito na parede miometrial, chamado adenomioma
386
Quase todos os casos de adenomiose, aproximadamente 90%, ocorrem em mulheres...
multíparas
387
A adenomiose depende de qual hormônio?
estrogênios
388
A adenomiose está relacionada | a elevados títulos sanguíneos de...
autoanticorpos antifosfolipídios e do antígeno CA-125
389
Quais sinais e sintomas podem estar associado a um quadro de adenomiose?
 Sangramento Uterino Anormal:  Dismenorreia Secundária: presença de dor que antecede em até uma semana o fluxo menstrual. Caracteristicamente, é uma dismenorreia intensa e progressiva. Pode anteceder o fluxo menstrual em vários dias (até uma semana antes do início do fluxo);  Dispareunia: sua presença é menos frequente;  Dor Pélvica Crônica: sua presença também é menos frequente;  Infertilidade: sua presença também é menos frequente  Aumento do volume uterino: observa-se aumento global e simétrico (uniforme, mas, em geral, medindo menos de 12-14 cm) do útero, que se encontra amolecido e doloroso, principalmente no período pré-menstrual.
390
Qual região do útero é mais frequentemente acometida pela adenomiose?
Parede posterior
391
ACHADOS CARACTERÍSTICOS DA | ADENOMIOSE À RM
- Largura mínima da zona juncional de 5 a 12 mm; - Largura focal e irregular da zona juncional; - Baixa intensidade da zona juncional; - Manchas de alta intensidade dispersas na zona juncional; - Margens indistintas da zona juncional ao exame do miométrio.
392
``` A zona juncional, cuja espessura varia fisiologicamente no curso do ciclo menstrual de 1 a 3 mm, permanece constantemente espessada na adenomiose. V ou F ```
V
393
sinal de Dionisi
irregularidades da superfície | miometrial evidenciadas na HSG
394
Como é definida a infertilidade
Ausência de gestação, após um ano de coito desprotegido
395
Infertilidade primária vs secundária
Infertilidade Primária: Representa a ausência de gestação prévia. Infertilidade Secundária: Define a história de gestação prévia, mas não necessariamente com um nascido vivo.
396
Fecundabilidade vs fecundidade
Fecundabilidade: É a probabilidade de se conseguir gravidez dentro de um único ciclo menstrual. A fecundabilidade de um casal foi estimada em 20 a 25%. Fecundidade: É a probabilidade de se conseguir um nascido vivo em um único ciclo. Com base nas estimativas, aproximadamente 90% dos casais devem conceber em um ano.
397
De acordo com o livro Endocrinologia Ginecológica Clínica e Infertilidade (Fritz and Speroff – 2015) – (FIGURA 1), as causas de infertilidade podem ser divididas em (descreva sua porcentagem):
```  Fator masculino: 35%;  Fator tuboperitoneal: 35%;  Disfunção ovulatória: 15%;  Infertilidade sem causa aparente: 10%;  Outros: 5%. ``` Quando é considerada apenas a infertilidade feminina:  Fator ovulatório: 40%;  Fator tuboperitoneal: 40%;  Infertilidade sem causa aparente: 10%;  Causas variadas: 10% (inclui fator uterino, fator cervical, dentre outras).
398
Exames complementares iniciais da propedêutica da infertilidade
 Espermograma.  Dosagens Hormonais (DH): incluindo FSH e estradiol basais, prolactina, TSH, T4 livre, progesterona (P4) de segunda fase.  Ultrassonografia Transvaginal Seriada (USGTV).  Histerossalpingografia (HSG).
399
A causa mais comum de disfunção ovulatória | é
SOP
400
Em que momento do ciclo menstrual costuma haver o pico de progesterona?
ocorre em torno do meio da fase lútea, entre o 21º e o 24º dias (em torno do oitavo dia após a ovulação = aproximadamente no 22º dia), considerando-se um ciclo padrão de 28 dias
401
Níveis de progesterona superiores a... são indicativos de ovulação, porém somente níveis acima de... permitem concluir que a função lútea é normal.
3 ng/ml 10 ng/ml
402
Prova de Cotte positiva
Representa o extravasamento do contraste, quando a trompa é pérvia, para a cavidade abdominal bilateralmente É sinônimo de permeabilidade tubária.
403
padrão-ouro para o diagnóstico de doença | tubária e peritoneal
videolaparoscopia
404
Limites Inferiores de Referência (5º percentil e intervalo de confiança de 95%) para Características Seminais
Volume do sêmen (ml) 1,5 (1,4-1,7) Nº total de SPTZ (10^6 por ejaculado) 39 (33-46) Concentração de SPTZ (10^6 por ml) 15 (12-16) Motilidade total (PR + NP, %) 40 (38-42) Motilidade progressiva (PR, %) 32 (31-34) Vitalidade (SPTZ vivos, %) 58 (55-63) Morfologia espermática (formas normais, %) 4 (3,0-4,0) (*) OBSERVAÇÕES: 1- SPTZ – Espermatozoides; 2- PR – Progressiva; 3- NP – Não progressiva; 4- (*) Morfologia estrita de Kruger: Os parâmetros definidos por Kruger relacionam-se estreitamente com as taxas de fertilização. São utilizados como preditores de sucesso em reprodução assistida. A morfologia estrita de Kruger considera apenas os espermatozoides com a cabeça oval. O valor de referência é maior ou igual a 14% de formas normais. Em termos de morfologia, atualmente, é o parâmetro mais empregado
405
definição de normozoospermia, oligospermia, aspermia, azoospermia, oligozoospermia, astenozoospermia, teratozoospermia, oligoastenoteratozoospermia, necrozoospermia
Normozoospermia - Ejaculado normal. Oligospermia - Baixo volume de esperma. Aspermia - Ausência de ejaculado. Azoospermia - Ausência de espermatozoides no ejaculado. Oligozoospermia - Baixa concentração de espermatozoides no ejaculado (abaixo de 20 milhões/ml): - Leve a moderada: 5-20 milhões/ml de sêmen; - Grave: < 5 milhões/ml. Astenozoospermia - Baixa motilidade dos espermatozoides. Teratozoospermia - Alteração morfológica dos espermatozoides (menos de 30% de espermatozoides normais). Oligoastenoteratozoospermia - Alteração nas três variáveis (concentração, na motilidade e na morfologia dos espermatozoides). Combinações de dois prefixos também podem ser usadas. Necrozoospermia - Todos os espermatozoides são inviáveis ou imóveis.
406
Causas de infertilidade masculina
Doenças congênitas, como a fibrose cística (associada à agenesia de deferentes ou epidídimo), síndrome do cílio imóvel (Kartagener), síndrome de Young, que também podem apresentar sintomas respiratórios, são causas de infertilidade masculina. A síndrome de Kallman leva a hipogonadismo hipogonadotrófico e anosmia. A infertilidade masculina pode, ainda, estar associada a doenças genéticas, cromossômicas ou gênicas, que cursam com alterações na espermatogênese, como a síndrome de Klinefelter (cariótipo 47, XXY), ou os quadros de microdeleções do cromossomo Y. As alterações genéticas podem explicar até 15% dos casos de alterações espermáticas graves. Doenças como a agenesia de deferentes e hipospadias são também causas de infertilidade masculina. A varicocele, que é uma dilatação das veias do complexo pampiniforme, é mais prevalente nos homens inférteis do que nos homens férteis (30% x 15%). Vale aqui a ressalva de que a ação do tratamento da varicocele na melhora a fertilidade do homem permanece uma questão controversa.
407
Descreva a SHEO
Síndrome do Hiperestímulo Ovariano (SHEO): a SHEO é uma condição iatrogênica, que pode ocorrer quando se utilizam drogas indutoras de ovulação (principalmente as gonadotrofinas). A fisiopatologia da SHEO ainda não foi totalmente esclarecida, mas parece estar relacionada com o sistema renina-angiotensina e com a liberação de substâncias vasoativas pelo ovário, sob a ação do hCG. Esta condição se caracteriza por um aumento da permeabilidade capilar, com passagem de fluidos do espaço intravascular para o chamado “terceiro espaço”, que resulta em um acúmulo de líquidos nesses espaços e hemoconcentração. A forma mais leve se manifesta como um aumento no volume ovariano e desconforto abdominal que irão se resolver espontaneamente. Está indicada apenas a observação e orientação da paciente, que deve ficar em repouso. As formas mais graves podem evoluir com ganho de peso acentuado, ascite, derrame pleural e peripericárdico, hemoconcentração, tromboembolismo, oligúria, insuficiência renal aguda e óbito. Nos casos mais graves, está indicada a internação da paciente com monitorização rigorosa
408
Descreva resumidamente o tratamento segundo a Causa de Infertilidade
galeria (foto 23)
409
Qual é o melhor marcador hormonal da espermatogênese, sendo o primeiro hormônio que se altera em casos de maior gravidade?
FSH
410
O sucesso do tratamento cirúrgico da hidrossalpinge se relaciona com o grau de lesão tubária e o estado da mucosa. Ele não se relaciona com a técnica cirúrgica – microcirurgia ou macrocirurgia, laparoscopia ou laparotomia V ou F
V
411
em casos de pacientes jovens (menos de 35 anos), com apenas o fator tubário para a infertilidade, deve ser realizada a videolaparoscopia, visando à tentativa de correção da alteração, antes de se tentar FIV V ou F
V
412
Descreva como a Organização Mundial de Saúde classifica os distúrbios da ovulação
 Grupo 1: Falha ou Defeito Central Caracterizado pelo Hipogonadismo Hipogonadotrófico  Grupo 2: Disfunção Anovulatória Caracterizada pelo Normogonadismo Normogonadotrófico (Aproximadamente 80 a 90% dos casos estão relacionados à síndrome de ovários policísticos. Este grupo é responsável por 85% dos casos de anovulação)  Grupo 3: Falência Ovariana Caracterizada pelo Hipogonadismo Hipergonadotrófico
413
TTO com distúrbios ovulatórios do grupo 1
Pacientes do Grupo 1 usualmente não respondem ao citrato de clomifeno, pois este medicamento exige que tanto o hipotálamo quanto a hipófise estejam com suas funções preservadas. Assim, recomenda-se o uso de gonadotrofinas (FSH e LH) extraídas da urina de mulheres menopausadas (hMG) ou combinação de FSH e LH recombinantes
414
Em pacientes portadoras de FOP, é recomendável, em casos selecionados, a realização de cariótipo V ou F
V Devido à elevada incidência de alterações cromossômicas em pacientes portadoras de FOP é recomendável a realização de cariótipo em todos os casos de menopausa precoce
415
padrão-ouro para diagnóstico e tratamento de sinéquias uterinas
histeroscopia
416
recomendações para tto de infertilidade sem causa aparente
galeria (foto 24)
417
Segundo a RESOLUÇÃO CFM nº 2.168/2017, 'As técnicas de RA não podem ser aplicadas com a intenção de selecionar o sexo (presença ou ausência de cromossomo Y) ou qualquer outra característica biológica do futuro filho, principalmente para evitar doenças no possível descendente.
F As técnicas de RA NÃO podem ser aplicadas com a intenção de selecionar o sexo (presença ou ausência de cromossomo Y) ou qualquer outra característica biológica do futuro filho, EXCETO para evitar doenças no possível descendente.
418
Segundo a RESOLUÇÃO CFM nº 2.168/2017 "As técnicas de RA também podem ser utilizadas para tipagem do sistema HLA do embrião, no intuito de selecionar embriões HLAcompatíveis com algum irmão já afetado pela doença e cujo tratamento efetivo seja o transplante de células-tronco, de acordo com a legislação vigente." V ou F
V
419
Como os pólipos endometrias costumam se apresentar na USG?
pólipos geralmente se apresentam arredondados, como uma imagem focal hiperecogênica, bem definida, no endométrio
420
Quando realizar umapolipectomia?
A tendência atual, embora não seja consenso, é recomendar a polipectomia, mesmo nos pólipos assintomáticos, uma vez que pode haver degeneração maligna
421
Opções terapêuticas para tto de dismenorreia primária
- ACO - AINEs - VITAMINA B6: possui efeito relaxante e antiespasmódico sobre o útero; - VITAMINA E: não tem o respaldo das evidências científicas, por apresentar eficácia semelhante ao placebo; - BLOQUEADORES DE CANAIS DE CÁLCIO (nifedipina e verapamil): inibem a hipercontratilidade uterina e a contração da musculatura lisa dos vasos, diminuindo a hipóxia e a isquemia. Os efeitos colaterais desestimulam seu uso; - BETA-ADRENÉRGICOS (salbutamol, terbutalina e fenoterol associado a ibuptofeno): promovem relaxamento sistêmico da musculatura lisa, vasodilatação, hipotensão e taquicardia. Podem ocasionar alívio em casos graves; - PROGESTOGÊNIOS: acetato de medroxiprogesterona, nomegestrol ou didrogesterona podem ser utilizados por via oral durante 10 a 14 dias antes da menstruação. O sistema intrauterino liberador de levonorgestrel (Mirena®) causa decidualização, atrofia do endométrio, redução de fluxo e inibição da síntese de prostaglandinas; - ANÁLOGOS DE GnRH: podem ser úteis, mas seus efeitos colaterais e seu custo limitam o uso; - ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NERVOSA TRANSCUTÂNEA (TENS)
422
Paciente de 29 anos, sem filhos, procurou ginecologista com queixa de dismenorreia severa há um ano, com piora gradativa, dispareunia de profundidade e infertilidade. Há 1 ano não faz anticoncepção. Marido tem 33 anos, é saudável, sem queixa clínica, e trouxe à consulta espermograma normal. Na consulta, a paciente estava no 10o dia do ciclo menstrual, e o exame ginecológico foi normal. A hipótese diagnóstica para esse caso é: a) Adenomiose superficial. b) Leiomioma do útero. c) Dismenorreia primária. d) Endometriose pélvica. e) Síndrome dos ovários policísticos.
D
423
Paciente de 37 anos está tentando engravidar, sem sucesso, há três anos. O espermograma do parceiro não apresenta alteração. O método que avalia a reserva ovariana neste caso é: a) Dosagem sérica de inibina B no 10o dia. b) Medida do Hormônio Foliculoestimulante (FSH) basal no 3o dia do ciclo. c) Pico de Hormônio Luteinizante (LH) urinário no meio do ciclo. d) USG transvaginal seriada.
B A dosagem da inibina B perdeu a aplicabilidade clínica pois outros testes são mais eficazes, além de também ser dosada no 3o dia do ciclo menstrual, e tanto o pico de LH no meio do ciclo quantoa ultrassonografia transvaginal seriada avaliam a função ovulatória, não a reserva ovariana
424
Qual o uso da tibolona?
utilizada para tratamento de sintomas vasomotores | da menopausa
425
Em uma paciente de 44 anos, Gesta 3 Para 3, que cursa com dismenorreia secundária progressiva e aumento do fluxo menstrual, qual é a causa mais provável nesse caso? a) Leiomioma. b) Sarcoma. c) Adenomiose. d) Endometriose.
C
426
Descreva a incidência de Ca de mama de acordo com as regiões da mama
- QSL: 55% - Aréola: 18% - QSM: 15% - QIL: 11% - QIM 6:
427
Lesão do Nervo torácico longo
É responsável pela inervação do músculo serrátil anterior, que é importante para a fixação da escápula à parede torácica, durante a adução do ombro e a extensão do braço. Tem origem na face posterior dos ramos ventrais de C5, C6 e C7. Sua lesão implica em quadro conhecido por escápula alada
428
Lesão do nervo toracodorsal
deriva de ramos de C6, C7 e C8. Inerva o músculo grande dorsal. A lesão deste nervo não resulta em deficit funcional;
429
Lesão do nervo intercostobraquial
origina-se do segundo e terceiro nervos intercostais. É responsável pela sensibilidade da face medial do braço e da axila. A lesão deste nervo acarreta alterações sensitivas na face medial do braço, como parestesia ou dor crônica
430
Descreva a classificação de Berg para os linfonodos axilares
Nível I: linfonodos localizados lateralmente à borda externa do músculo peitoral menor. Nível II: linfonodos localizados sob e entre as bordas do músculo peitoral menor. Nível III: linfonodos localizados medialmente à borda interna do músculo peitoral menor.
431
Sinais de alerta em relação às alterações mamárias
• Nódulo ou espessamento que pareçam diferentes do tecido das mamas; • Mudança no contorno das mamas (retração, abaulamento); • Desconforto ou dor em uma única mama que seja persistente; • Mudanças no mamilo (retração e desvio); • Descarga espontânea pelo mamilo, principalmente se for unilateral.
432
Doença de Mondor
tromboflebite de veias superficiais do tórax e da parte superior do abdome, principalmente da veia torácica lateral É uma lesão rara associada a traumatismo local (espontâneo ou cirúrgico). Em geral, é um processo autolimitado. A dor regride após duas ou três semanas, e em seis a oito semanas não há mais qualquer evidência da enfermidade
433
O desconforto mamário pré-menstrual com duração de | dois a três dias é considerado normal, e é denominado...
mastodínia
434
a maioria dos casos de mastalgia não requer tratamento medicamentoso V ou F
V
435
Qual o medicamento mais eficaz no manejo da | dor mamária? Cite efeitos colaterais
Tamoxifeno (fármaco antiestrogênico) EC: alterações menstruais, náuseas, fogachos, eventos tromboembólicos e câncer de endométrio
436
É um antigonadotrófico que induz uma pseudomenopausa. Possui eficácia comprovada nas mastalgias cíclicas e acíclicas, mas não se mostrou superior ao tamoxifeno. Cerca de 20 a 30% das pacientes podem apresentar alguns dos seguintes efeitos colaterais: irregularidade menstrual, hirsutismo, engrossamento da voz, oleosidade cutânea, acne, cãibras, cefaleia, náuseas e depressão
Danazol
437
É um esteroide sintético com propriedades androgênicas, antiestrogênicas e antiprogestogênicas. Em geral, promove uma diminuição da mastalgia após três meses de uso. Os efeitos adversos incluem: hirsutismo, acne, irregularidade menstrual, alteração da voz, diminuição da libido, cefaleia, depressão e fadiga.
Gestrinona
438
Em relação à vitaminoterapia para manejo da mastalgia, são empregados dois preparados principais de forma empírica:  Vitamina A, B6 e E (Esclerovitan plus®): duas drágeas ao dia durante dois a seis meses;  Vitamina E (Ephynal®): uma drágea ao dia por dois a três meses. Contudo, até o momento, não há evidências científicas que suportem a indicação das vitaminas no manejo da dor mamária. V ou F
V
439
tríade clássica das AFBM
dor mamária cíclica, espessamentos mamários e cistos OBS.: pode ocorrer, ainda, descarga papilar seroesverdeada, multiductal, bilateral
440
Quando o esvaziamento de um cisto mamário por paaf não é suficiente, sendo necessário tto cirúrgico?
- Exclusão de neoplasias dos cistos com várias recidivas, que apresentem massa residual pós- -punção ou cujo líquido seja sanguinolento; - Cisto complexo.
441
Diferencie um quadro de Descarga Papilar (ou | Derrame Papilar ou Telorragia) fisiológica e patológica
Fisiológica - Descarga provocada - Multiductal - Bilateral - Multicolorida - Esporádica Patológica - Descarga espontânea - Uniductal - Unilateral - Aquosa/sanguínea - Profusa e persistente
442
Descreva a Coloração do Derrame Papilar | de Acordo com Afecções de Base
galeria (foto 25)
443
Descreva o fluxograma propedêutico do derrame papilar
galeria (foto 26)
444
Corresponde à principal causa de derrame papilar sanguinolento (50% dos casos) ou serossanguinolento (50% dos casos)
Papiloma intraductal
445
Principal causa de galactorreia
A sua principal causa é farmacológica, sobretudo | por medicamentos psicotrópicos
446
A história de galactorreia, infertilidade e amenorreia sugere intensamente a possibilidade de
Adenoma de hipófise
447
Principais causas de derrame papilar
Os Tratados de Mastologia consideram como as principais causas de derrame papilar, em ordem sequencial: 1º) Papiloma intraductal; 2º) AFBM e ectasia ductal; 3º) Carcinoma in situ seguido pelo invasor. O “Berek & Novak’s Gynecology” (2012) informa que as principais causas de derrame papilar sanguinolento são: 1º) Papiloma intraductal; 2º) Carcinoma intraductal. Já o livro “Ginecologia Ambulatorial Baseada em Evidências” – IMIP (2011) considera que: - A ectasia ductal é a causa mais comum de descarga papilar; - O papiloma solitário é a causa mais frequente de descarga papilar sanguinolenta. Todas as outras referências bibliográficas não fazem menção às causas mais comuns de derrame papilar.
448
Qual porcentagem dos nódulos mamários palpáveis é benigna?
80%
449
Faça uma Correlação da Faixa Etária com as Principais Lesões Nodulares
galeria
450
Cite situações que dispensam a complementação da mamografia com a USG
A complementação não está indicada nas lesões categoria 2, nas lesões categoria 5, nas microcalcificações e na distorção focal da arquitetura. A complementação pode ser dispensada nos pequenos nódulos de aspecto benigno em mamas adiposas.
451
Características do nódulo mamário na usg que indicam benignidade e malignidade
Benignidade - Diâmetro laterolateral maior do que o craniocaudal. - Ecogenicidade homogênea. - Bordas bem delimitadas. - Pseudocápsula ecogênica fina. - Sombras laterais à lesão. - Reforço acústico posterior. Malignidade - Margens irregulares. - Hipoecogenicidade e textura heterogênea (achado inespecífico). - Diâmetro craniocaudal (anteroposterior) maior do que o diâmetro laterolateral (nódulo “mais alto que largo”). - Presença de sombra acústica posterior. - Contornos microlobulares.
452
Descreva a classificação BIRADS
galeria (foto 28)
453
Características do nódulo mamário na mamografia que indicam benignidade e malignidade
Benignidade - Calcificações grosseiras. - Nódulos com contornos regulares e nítidos. Malignidade - Microcalcificações pleomórficas agrupadas. - Nódulos espiculados, sem margens definidas
454
DESCREVA AS RECOMENDAÇÕES PARA RASTREAMENTO DO CÂNCER DE MAMA NA POPULAÇÃO DE BAIXO RISCO SEGUNDO MINISTÉRIO DA SAÚDE/INCA
< DE 50 ANOS  Não recomenda o rastreamento com MMG. ENTRE 50 E 69 ANOS  MMG bienal. ≥ 70 ANOS  Contraindicado o rastreamento com MMG
455
Cite grupos populacionais com | risco elevado para o desenvolvimento do câncer de mama
• Mulheres com história familiar de pelo menos um parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com diagnóstico de câncer de mama, abaixo dos 50 anos de idade; • Mulheres com história familiar de pelo menos um parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com diagnóstico de câncer de mama bilateral ou câncer de ovário, em qualquer faixa etária; • Mulheres com história familiar de câncer de mama masculino; • Mulheres com diagnóstico histopatológico de lesão mamária proliferativa com atipia ou neoplasia lobular in situ.  Mutação conhecida do BRCA 1 e 2.  Parentes de primeiro grau com mutação conhecida ou não.  História de radioterapia no tórax entre as idades de 10 a 30 anos.  Pacientes portadoras da síndrome de Li-Fraumeni, síndrome de Cowden ou síndrome de Bannayan-Riley- -Ruvalcaba.  Pacientes que apresentem parentes de 1º grau com alguma das síndromes descritas anteriormente.
456
Conduta frente a um achado mamográfico birads 3
Preconiza-se o controle mamográfico semestral por três anos para confirmar a estabilidade da lesão e, por conseguinte, o caráter benigno Repetição do exame a cada seis meses no primeiro ano e anual nos dois anos seguintes
457
Descreva o fluxograma do exames complementares em caso de nódulo mamário
galeria (foto 28)
458
É o tumor benigno mais prevalente da mama feminina. Sua manifestação mais comum é um tumor palpável. A faixa etária mais acometida é de mulheres jovens entre 20 e 35 anos. Pode ocorrer na puberdade. O risco de câncer subsequente é o mesmo da população geral. Tipicamente, apresenta-se como tumor palpável de consistência fibroelástica, móvel, indolor, de 2 ou 3 cm em seu maior diâmetro, com rápido crescimento inicial, que posteriormente se estabiliza
Fibroadenoma
459
Corresponde a um tumor da árvore ductal, que acomete principalmente os ductos subareolares principais. É relativamente frequente. É solitário, normalmente não excede 2-3 mm e se localiza nos ductos terminais. Possui como apresentação clínica mais comum a presença de descarga papilar uniductal serossanguinolenta (50%) ou sanguinolenta (50%), muitas vezes espontânea ou à compressão do ducto dilatado a montante. A faixa etária
Papiloma intraductal
460
São relativamente raros. Acometem pacientes entre a terceira e quinta décadas de vida. Distinguem- se pelo seu crescimento rápido, grande volume e tendência a recorrência local. Apresentam aspecto histológico muito parecido com os fibroadenomas, mas se diferenciam deles pela celularidade de seu estroma. Possui estroma hipercelular, enquanto o fibroadenoma comum possui estroma de baixa celularidade. Raramente são bilaterais. Em torno de 20% dos casos sofrem transformação maligna. O tratamento habitual consiste em excisão com margens livres
Tumor Phyllodes ou Filoides
461
Corresponde a um tumor benigno, que se manifesta com maior frequência na terceira e quarta décadas de vida (segundo os Tratados de Mastologia). Segundo o livro “Rotinas em Ginecologia”, 5ª edição, são mais frequentes na pós-menopausa. É formado por uma quantidade variável de tecido glandular, gordura e tecido conectivo fibroso. Clinicamente, são macios, com textura semelhante a do parênquima, e muito similares aos lipomas e aos fibroadenomalipomas. Apenas a histopatologia é capaz de diferenciá-los. O tratamento consiste na retirada completa do tumor
Hamartoma
462
É a mastite mais comum. Na maioria das vezes deriva de germes saprófitas da pele. Em geral, a presença de fissuras mamárias resulta em quebra dos mecanismos de defesa do organismo e em aumento do número de bactérias sobre a pele da mama. A penetração dos germes ocorre pelos linfáticos superficiais, expostos pelas fissuras mamilares. O principal agente etiológico é o Staphylococcus aureus. Pode ser encontrado com menor frequência o Staphylococcus epidermidis e o Streptococcus do grupo B. Nas formas graves, com a consequente evolução para ulceração e necrose, associam-se bactérias Gram-negativas aeróbicas (E.coli, Pseudomonas e Serratia) ou germes anaeróbios, como os bacteroides.
Mastite aguda puerperal
463
Quando interromper a amamentação em caso de mastite aguda puerperal?
- Drenagem purulenta espontânea pela papila; - Incisão cirúrgica para drenagem de abscesso flutuante muito próxima do mamilo.
464
O tumor maligno usual- mente tem crescimento insidioso e localiza- se no quadrante superior externo ou na região central. Além disso, deve-se desconfiar fortemente de um tumor unilateral (na maio- ria das vezes), firme, de consistência endu- recida ou até pétrea. Outro dado que não pode ser esquecido é que o tumor maligno não dói, só quando já atingiu grandes dimensões. A descarga papilar pode estar associada V ou F
V
465
Fatores de risco para Ca de mama
- Sexo feminino - Idade (> 40 anos) - Raça branca (A incidência de câncer de mama é maior na raça branca do que na negra, mas não há diferença nos índices de mortalidade. As mulheres asiáticas possuem o menor risco para a doença.) - Antecedente Pessoal de Câncer de Mama - História Familiar - Antecedente Pessoal de Outros Tipos de Câncer e RT para Linfoma de Hodgkin (história de outros tipos de tumor, principalmente de endométrio, ovário ou cólon, e a história de Radioterapia (RT) mediastinal) - Lesões Histológicas Indicadoras de Risco (São consideradas como fatores de risco as doenças benignas com padrão proliferativo - hiperplasia ductal ou lobular - principalmente se houver atipia) - Cicatriz Radial ou Lesão Esclerosante Complexa - História Menstrual: Menarca Precoce e Menopausa Tardia - História Obstétrica: Nuliparidade e Primiparidade Idosa - Uso de ACO (de forma geral, o uso de ACO parece não influenciar o risco de Ca de mama, exceto naquelas mulheres que possuem predisposição genética, isto é, as que são portadoras de mutações no BRCA.) - Terapia Hormonal O estudo WHI (Women’s Healthy Initiative randomized trial) e o estudo Million Women Study (desenvolvido no Reino Unido) concluíram que a associação de estrogênios conjuga- dos e de progesterona na terapêutica da síndrome climatérica aumentou o risco de câncer de mama. A maioria dos estudos concluiu que esterisco é maior principalmente quando o uso é superior a dez anos. - Fatores Nutricionais: dietas ricas em gordura - Uso Crônico de Bebidas Alcoólicas - Agentes Químicos (É maior a incidência do câncer de mama nos paí- ses em que o consumo de DDT é maior) - Radiação Ionizante - Fatores Geográficos (A doença é mais comum em países desenvolvidos e industrializados) - Sedentarismo - Genética (Mutação no Gene BRCA 1; Mutação no Gene BRCA 2 - Doença de Cowden
466
o câncer de mama de caráter here- ditário (predisposição genética) corresponde a cerca de... do total de casos.
5 a 10%
467
Definição de menarca precoce, menopausa tardia e primiparidade idosa
De acordo com o Manual “Controle dos Cânceres de Colo Uterino e Mama” do Ministério da Saúde (2013), a menarca precoce é definida como a idade da primeira menstruação menor que 12 anos e a menopausa tardia é aquela instalada após os 50 anos de idade. A primiparidade idosa também é defini- da como a primeira gravidez após os 30 anos.
468
Discorra sobre a mutação nos genes BRCA 1 e BRCA 2
 Mutação no Gene BRCA 1 É uma mutação que ocorre no braço longo do cromossoma 17, que codifica uma proteína que age como supressora tumoral. É responsável por 40% dos casos de câncer com envolvimen- to genético. Aumenta o risco de câncer, sobre- tudo na pré-menopausa.  Mutação no Gene BRCA 2 É uma mutação que ocorre no braço longo do cromossoma 13. Este cromossoma também é inativo durante o processo de oncogênese. A mutação aumenta o risco de doença principal- mente na pós-menopausa.
469
Discorra sobre a doença de Cowden
É uma doença autossômica dominante responsável por menos de 1% dos casos de câncer de mama. Está associada à presença de pólipos harmatomatosos intestinais e extraintestinais, de localização em pele e mucosas, assim como a tumores faciais e à hiperceratose palmoplantar.
470
até o momento, a maioria dos livros didáticos não considera o tabagismo como fator de risco para o câncer de mama. O manual “Controle dos Cânceres de Colo Uterino e Mama” do Ministério da Saúde (2013) também não o considera um fator de risco. V ou F
V
471
Amamentação é um fator de proteção bem estabelecido para Ca de mama V ou F
F A inibição da função ovariana pela lactação supostamente reduziria o risco de câncer de mama em mulheres que amamentam, informação corroborada pelo Ministério da Saúde em 2015. No entanto, estudos recentes e alguns livros, como o “Tratado de Ginecologia – Bereke Novak” (2012), não confirmam essa tendência e informam que a amamentação não afeta a incidência de câncer de mama.
472
Indicadores de risco para mutações | nos genes BRCA 1 e BRCA 2
- Parentes de pacientes com câncer de mama que foram diagnosticados como portadores da mutação em um dos genes (BRCA 1 ou BRCA 2). ``` - Pessoas com ascendência Ashkenazi que identificam familiares que tiveram câncer de mama em idade precoce, menor que 50 anos, ou que tiveram câncer de ovário em qualquer idade. ``` ``` - Um parente de 1o grau que teve câncer de mama com menos de 30 anos. Dois parentes de 1o grau com câncer de mama, sendo um diagnosticado antes dos 50 anos. ``` - Dois parentes de 1o grau com câncer de mama, ambos diagnosticados antes dos 60 anos. - Um parente de 1o grau e um parente de 2o grau com câncer de mama, sendo que a soma das idades de diagnóstico dos dois é menor que 110 anos. - Dois parentes de 1o grau com câncer de mama, um deles com câncer bilateral. - Um parente de 1o grau e um parente de 2o grau com câncer de mama, um deles bilateral. - Dois parentes de 2o grau, do mesmo lado genético (materno ou paterno), sendo que a soma das idades de diagnóstico dos dois é menor que 80 anos. - Um parente de 1o grau com câncer de mama e um parente de 1o grau com cân- cer de ovário, sendo que nesse paciente o câncer de ovário foi identificado em idade menor que 70 anos. - Dois parentes de 1o grau com câncer de ovário. - Um parente de 1o grau, homem, com câncer de mama.
473
No carcinoma da mama, a disseminação ocorre principalmente a partir da
Via linfática
474
Locais mais comuns de MTX no Ca de mama
O sítio mais habitual de metástases à distância é o esqueleto. Metástases pulmonares, hepáticas e cerebrais também ocorrem com frequência.
475
Diferencie o carcinoma ductal in situ do lobular in situ
galeria (foto 30)
476
Apesar de alguns autores não considerarem o carcinoma lobular in situ um precursora do ca de mama, todos os autores concordam que o CLIS representa um indicador biológico de aumento de risco para o desenvolvimento de um tumor invasor, devido ao seu grande potencial para multicentricidade e bilateralidade V ou F
V
477
É o tipo de câncer de mama invasivo mais comum, correspondendo a 70 a 80% das lesões invasivas diagnosticadas após biópsia. A capacidade de provocar reação estromal é que produz diferentes formas de apresentação, determinando retração de pele quando há reação fibrótica intensa, ou abaulamentos quando o crescimento é tuberoso e com pouca fibrose. Esta reação estromal pode ser intensa, resultando em estroma denso e firme, responsável por sua antiga denominação como carcinoma cirroso. Esta característica parece ser responsável pela frequente massa palpável de consistência pétrea ao exame clínico, e pela grande expressão radiológica e ultrassonográfica, com presença de lesão sólida típica dos carcinomas invasivos. O prognóstico é bom em casos de carcinoma isolado, e péssimo em casos de metástases.
Carcinoma ductal infiltrante
478
É pouco frequente. Corresponde a 5 a 10% na maioria das séries. O achado típico é de uma área mal definida, infiltrada, espessada na mama, com pouca expressão mamográfica. Apresenta maior tendência à bilateralidade e multicentricidade. Está mais associado ao uso da TH do que o câncer ductal invasivo. Normalmente não observamos lesão macroscópica. Microscopicamente, evidenciam-se células pequenas e ovais, que infiltram o estroma na forma característica, em “fila indiana”. A perda da coesão que caracteriza as células neoplásicas deste tipo histológico está relacionada com a perda da expressão do gene da molécula de adesão da E-caderina. Células em anel de sinete podem ser observadas
Carcinoma lobular infiltrante
479
Possui crescimento lento e se distingue pelo acúmulo de mucina ao redor das células tumorais. Em determinadas situações, atinge grandes volumes. Parece ser mais comum em pacientes mais idosas. Normalmente apresenta aparência gelatinosa ao exame macroscópico, com tendência a serem bem circunscritos. É caracterizado por proliferação de grupamentos de células redondas, uniformes com mínima quantidade de citoplasma eosinófilo. Geralmente cursa com bom prognóstico
Carcinoma mucinoso (coloide)
480
Responde por aproximadamente 2% dos carcinomas de mama. É caracterizado pela presença de estruturas tubulares ou glandulares bem formadas infiltrando o estroma. Os túbulos tendem a ser alongados, com presença de células colunares e frequentemente há protusões citoplasmáticas apicais. Raramente, apresenta metástases axilares. Também possui bom prognóstico.
Carcinoma tubular
481
Representa 5% dos carcinomas de mama. É circunscrito ao exame macroscópico e, em alguns casos, há presença de necrose ou hemorragia ao redor. As células tumorais são pouco diferenciadas (alto grau histológico) e possuem uma reação linfocitoplasmática em associação. Normalmente, o prognóstico é mais favorável do que o do câncer ductal infiltrante, apesar da sua aparência histológica ruim. Ocorre mais frequentemente em pacientes mais jovens e tem sido associado a mutações do BRCA 1.
Carcinoma medular
482
É uma desordem do mamilo e aréola, caracterizada clinicamente pela aparência eczematoide, com a presença de erosão e descamação. Histologicamente, caracteriza-se pela presença de células tumorais que acometem a epiderme das papilas mamárias. É obrigatória a distinção deste tumor com o eczema areolar. A destruição da papila é a principal característica dessa doença
doença de Paget
483
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ENTRE | CARCINOMA DE PAGET E ECZEMA AREOLAR
Galeria (foto 31)
484
É uma forma distinta de câncer de mama localmente avançado, caracterizado clinicamente por eritema, edema, calor e endurecimento da pele, com o aspecto característico em “casca de laranja” (peau d’orange). Pode haver ou não a presença de nódulo palpável. Histologicamente caracteriza-se pela invasão das células tumorais no sistema linfático regional e à distância
Carcinoma inflamatório
485
Responde por 1 a 2% dos carcinomas de mama. Incidem preferencialmente na pós-menopausa. Normalmente, acometem a região central da mama. Constitui-se de nódulo não encapsulado de células neoplásicas epitelioides ou fusocelulares, sem papilas bem formadas. A ausência de células mioepiteliais no interior da lesão é característica. Frequentemente, manifesta-se com derrame papilar sanguinolento
Carcinoma papilífero
486
pacientes jovens, usualmente abaixo dos 40 anos de acordo com a maioria das referências ou com idade inferior a 35 anos segundo o Ministério da Saúde, têm maior risco de recidiva local do ca de mama V ou F
V
487
``` - TUMORES INFILTRANTES = ABORDAGEM DA AXILA, que pode ser pelo estudo do linfonodo sentinela ou pelo esvaziamento axilar clássico, + QUIMIOTERAPIA ADJUVANTE. Se o estudo do linfonodo sentinela for negativo, não há necessidade de realizar o esvaziamento axilar completo V ou F ```
V
488
Critérios necessário para ser possível uma cx conservadora no ca de mama
``` - Desejo da paciente, desde que a mesma preencha os critérios eletivos (vide abaixo); - Tumor primário único: até 3,5 cm avaliando relação tamanho do tumor/volume da mama; - Capacidade de realizar a ressecção com margens livres; - Estágios iniciais do câncer de mama; - Acesso à radioterapia complementar. ```
489
Indicações de mastectomia em casos de ca de mama
está indicada nos casos de tumores malignos infiltrantes que ocupam mais de 20% do volume da mama ou em casos de tumores localmente avançados.
490
corresponde à exérese apenas da mama, com extensão variável da pele que a recobre, incluindo sempre o complexo areolopapilar. Possui como principal indicação os tumores multicêntricos ou intraductais (CDIS) extensos
mastectomia simples
491
corresponde à ressecção de todo tecido mamário, dos músculos peitorais maior e menor, além do esvaziamento axilar. É uma técnica que está em desuso
Mastectomia Radical Clássica ou Técnica Halsted
492
é a mais empregada atualmente para os tumores que ocupam mais de 20% do volume da mama, porém ainda não são localmente avançados. Realiza- se a retirada da mama e do pequeno peitoral, associado ao esvaziamento axilar. Preserva o músculo peitoral maior.
Mastectomia Radical Modificada segundo | a Técnica de Patey
493
Técnica que preserva ambos os músculos peitorais. O esvaziamento axilar também está incluído.
Mastectomia Radical Modificada segundo | a Técnica de Madden
494
Nos tumores in situ não há possibilidade de disseminação linfática. Neste caso, o esvaziamento axilar pode ser dispensado V ou F
V
495
Pacientes submetidas à mastectomia podem desenvolver a síndrome de Stewart-Treves. Descreva-a
Também conhecida como angiossarcoma pós-mastectomia. Origina-se das células endoteliais e se manifesta como linfedema do membro superior. A incidência é de aproximadamente 0,45% nos primeiros cinco anos de sobrevida. A maioria apresenta tumor em região superior do membro e alguns na parede torácica e ombro. Pode se apresentar como tumor ulcerado ou massa fixa. O tratamento é baseado na excisão do tumor e quimioterapia, apresentando mau prognóstico
496
Indicações de radioterapia adjuvante em tto de ca de mama
Está obrigatoriamente indicada: - Após cirurgias conservadoras da mama; - No caso de tumores maiores que 4 cm (5 cm segundo algumas referências); - Na presença de quatro ou mais linfonodos axilares acometidos. Também pode ser indicada nas cirurgias radicais em que a extensão da doença não garantiu segurança total através da cirurgia.
497
Em pacientes que receberam QT neoadjuvante, a QT adjuvante pode ser empregada, visto que diminui recidiva tumoral V ou F
F No caso de a paciente ter recebido QT neoadjuvante, não há necessidade de QT adjuvante (é “uma ou outra”);
498
Caso a paciente tenha indicação tanto de radioterapia quanto de quimioterapia adjuvantes, a QT deve preceder a RT. V ou F
V
499
Condição necessária para que a terapia hormonal possa ter benefício no tto do ca de mama
O tumor expressar receptores hormonais (RE+ e RP+).
500
A hormonoterapia e a QT quando indicadas podem ser administradas simultaneamente V ou F
F
501
Descreva opções de hormonioterapia no ca de mama
- Tamoxifeno - Inibidores da aromatase (após menopausa) São os mais utilizados Análogos do GnRH
502
São tumores pouco frequentes na mama. Possuem algumas características especiais que os diferem dos carcinomas. As massas tumorais que podem atingir grandes volumes produzem metástases preferencialmente por via hematogênica, e não comprometem os linfáticos regionais. Respondem mal à QT e RT. A cirurgia representa a principal conduta terapêutica
Sarcoma mamário
503
Descreva as porções do ovário
Córtex: camada externa que contém o epitélio germinal que origina os folículos. É nesta região que encontramos os folículos ovarianos em diferentes estágios de desenvolvimento; Medula: camada central constituída por estroma de tecido conjuntivo frouxo com maior número de fibras elásticas, algumas fibras musculares lisas, além de considerável quantidade de vasos espiralados (principalmente veias), o que confere a esta camada um aspecto cavernoso; - Hilo (rete ovarii): região da zona de união do ovário ao mesovário, através da qual se inserem as fibras nervosas e os vasos sanguíneos. O mesovário corresponde a um folheto duplo de peritônio que envolve os ovários por onde transitam os vasos e nervos ovarianos.
504
Descreva a classificação dos tumores ovarianos benignos
galeria (foto 32)
505
Causas de massa anexial ovariana por frequência e faixa etária
Infância - Tumor de células germinativas - Cisto funcional ``` Adolescência - Cisto funcional - Gravidez ectópica - Teratoma cístico benigno ou outro tumor de células germinativas - Tumor ovariano epitelial ``` Menacme - Cisto funcional - Gravidez ectópica - Tumor ovariano epitelial Perimenopausa - Tumor ovariano epitelial - Cisto funcional Pós-Menopausa - Tumor ovariano (maligno ou benigno) - Cisto funcional Modificado do livro “Berek & Novak’s Gynecology” (2012).
506
Em se tratando de tumor maligno de ovário na pós menopausa, 60 a 70% são diagnosticados nos estádios mais iniciais (estádios I e II). V ou F
F Em se tratando de tumor maligno, 60 a 70% são diagnosticados nos estádios mais avançados (estádios III e IV).
507
Quais são os cistos funcionais benignos do ovário?
- Cistos foliculares - Cistos do corpo lúteo - Cistos tecaluteínicos
508
É o cisto funcional mais comum (FIGURA 4). É definido como um cisto simples que possui mais que 3 cm. Normalmente, apresenta menos que 8 cm no maior diâmetro. Origina-se de um folículo estimulado pelas gonadotrofinas hipofisárias que não se rompeu durante o ciclo menstrual. Como dependem da estimulação cíclica dos ovários, eles são mais frequentes nas pacientes que menstruam e mais raros em mulheres menopausadas. Normalmente, se resolvem em quatro a oito semanas com conduta expectante. Para cistos de 8 cm, o período para regressão completa pode ser de até três meses.
Cisto folicular
509
Cisto que resulta do corpo amarelo que se tornou cístico devido à hemorragia excessiva na cavidade folicular. Pode ainda ser causado por um acúmulo anormal de líquido cístico, provavelmente em consequência do estímulo excessivo do Hormônio Luteinizante (LH). Sua evolução natural é semelhante à do cisto folicular, apresentando regressão espontânea na maior parte dos casos. No entanto, sua rotura e consequente hemorragia são mais comuns devido à vascularização de sua parede
Cisto luteínico ou do corpo lúteo
510
Quadro clínico da torção anexial
O início da torção e os sintomas da dor abdominal muitas vezes coincidem com levantamento de peso, exercício ou relação sexual. O quadro clínico apresenta respostas reflexas autonômicas como náuseas e vô- mitos. Sabidamente, a dor piora com a atividade física e com a mudança de posição. O sinal mais importante é a constatação de uma grande massa pélvica ao exame físico. Pequena elevação da temperatura e leucocitose podem acompanhar o infarto anexial. Deve-se suspeitar do diagnóstico em qualquer mulher com dor aguda e massa anexial.
511
A rotura do cisto lutínico é mais comum do lado direito. Geralmente, acontece entre o 20o e o 26o dia do ciclo e pode ocorrer durante o coito. Na ocorrência dessa complicação, deve-se fazer o diagnóstico diferencial com gravidez ectópica devido à dor pélvica que ocorre em ambas as situações. V ou F
V
512
Cistos normalmente bilaterais e incidem na gravidez, especialmente nas gestações molares (1/4 das gestações molares e 10% dos coriocarcinomas). Podem se associar a gestações múltiplas, gestações molares, coriocarcinoma, diabetes, sensibilização Rh, uso de citrato de clomifeno, indução da ovulação por gonadotrofina da menopausa humana ou por gonadotrofina coriônica humana e uso de análogos do GnRH. São multicísticos, podem atingir grandes dimensões (até 30 cm) e tendem a regredir espontaneamente
Cistos tecaluteínicos
513
Fator de risco mais importante para o desenvolvimento do câncer de ovário.
História familiar (eleve em 3-4x)
514
O tabagismo tem sido associado ao desenvolvimento de carcinoma sroso de ovário, mas não do carcinoma mucinoso. V ou F
F É o oposto FR p/ carcinoma mucinoso
515
A malignidade ovariana surge de um processo anômalo de regeneração da superfície epitelial na ovulação. Assim, fatores que promovem inibição da função ovariana reduzem o risco de câncer de ovário. V ou F
V
516
É identificado pela sua histopatologia incomum, com ilhotas de células cuboides claras, os chamados ninhos de células de Walthard. São tumores epiteliais benignos, constituídos por epitélio transicional, mas vale salientar que tem seus equivalentes malignos e limítrofes. Raramente ocorre transformação maligna. Trata-se de tumor sólido que pode estar asso- ciado à síndrome de Meigs. Podem estar associados a um cistoadenoma mucinoso, assemelhando-se ao quadro de um tumor maligno.
Tumor de Brenner
517
É um tumor raro, geralmente sólido, que pode ser bilateral e levar ao aumento do ovário em até doze centímetros. Em aproximadamente 25% dos casos, asso- ciam-se com virilização. Esta tem início no segundo trimestre da gestação devido à produção de testosterona. Também pode ocorrer a masculinização de um feto do sexo feminino. A maioria dos casos regride espontaneamente, mas o aumento persistente do tumor indica a cirurgia.
Luteoma da Gravidez (alguns autores chamam de androluteoma)
518
O que é o nódulo da irmã Maria José
nódulo umbilical metastático
519
É um tumor misto, constituído por elementos germinativos (geralmente representado pelo disgerminoma) e elementos do cordão sexual (elementos das células da granulosa e de Ser- toli). Logo, podem produzir androgênios (virilizante) e estrogênios. O tratamento recomendado é a ooforectomia. Pacientes com disgenesia gonadal e presença de cromossoma Y são consideradas de alto risco para o desenvolvimento deste tumor. Nestes casos, a conduta é a gonadectomia.
Gonadoblastoma
520
Representa uma variante do teratoma cístico maduro, em que se observa predomínio de mais de 50% de tecido tireoidiano (20% dos teratomas têm pequenos focos de tecido tireoidiano). Por esta razão, caracteriza-se pela produção ectópica de hormônios tireoidianos. Em 5% dos casos desenvolve sintomas de tireotoxicose. Possui baixo potencial de malignidade.
Struma Ovarii
521
Descreva as características ultrassonográficas benignas e malignas das massas ovariana
galeria (foto 34)
522
Geralmente, cistos funcionais são pequenos (5 cm ou menos), uniloculares e com paredes internas lisas, enquanto os cistos neoplásicos são maiores (mais que 5 cm), multiloculares, contêm áreas sólidas e possuem irregularidades na parede interna V ou F
V
523
Cistos uniloculares de todos os tamanhos geralmente são benignos. Apenas 2% dos uniloculares maiores de 10 cm são histologicamente malignos V ou F
V
524
Cistos malignos têm septos finos e tortuosos, paredes internas irregulares, margens pouco definidas e podem se associar com ascite. A presença desta última aumenta em quatro vezes a possibilidade de malignidade em mulheres na pré-menopausa e em oito vezes na pós-menopausa. V ou F
F | Cistos malignos têm septos grossos
525
As massas multilobulares são mais frequentemente malignas (28%) que as unilobulares (0,3%) tanto em mulheres na pré quanto na pós-menopausa. V ou F
F As massas multilobulares são mais frequentemente malignas (8%) que as unilobulares (0,3%) tanto em mulheres na pré quanto na pós-menopausa.
526
caracterizam-se por um padrão adenomatoso com todas as possíveis variações de epitélios encontrados no útero. Podem estar associados a lesões malignas no endométrio (carcinoma de endométrio) em 10 a 15% dos casos. A identificação da doença multifocal é importante, pois a sobrevida em cinco anos das pacientes com metástase do útero para o ovário é de 30 a 40%. Naquelas com doença multifocal sincrônica, ou seja, doença nos ovários e no endométrio, a sobrevida em cinco anos é de 75 a 80%
carcinomas endometrioides
527
O diâmetro do cisto está intimamente relacionado com o risco de malignidade. Massas com diâmetro maior que 5-7 cm apresentam risco elevado de malignidade V ou F
F O diâmetro do cisto está intimamente relacionado com o risco de malignidade. Massas com diâmetro maior que 8-10 cm apresentam risco elevado de malignidade
528
Características das lesões malignas de ovário na dopplerfluxometria
baixo índice de pulsatilidade (IP < 1,0) | baixo índice de resistência (IR < 0,40).
529
A partir dos Aspectos Clínicos e Sonográficos dos Tumores Benignos do Ovário, descreva o diagnóstico provável
galeria
530
O... é o marcador tumoral mais sensível para os tumores epiteliais, especialmente os serosos. Já o... é particularmente mais sensível para tumores ovarianos mucinosos. Os teratomas císticos benignos normalmente não secretam marcadores tumorais.
Antígeno Cancerígeno (CA) 125 CA 19-9
531
No líquido ovariano, a citologia não apresenta sensibilidade confiável. Além disso, o derramamento das células durante a punção pode aumentar o estadiamento, no caso de um câncer ovariano. Dessa forma, a punção e análise citológica do cisto ovariano não devem ser usadas para fins diagnósticos. V ou F
V
532
De acordo com algumas fontes bibliográficas, na infância, aproximadamente 10% das neoplasias ovarianas são malignas F ou V
F | 80%
533
Descreva o manejo terapêutico de massas pélvicas na pré menarca de meninas e adolescentes
galeria
534
Indicações de Abordagem Cirúrgica dos Tumores | Ovarianos na Pré-Menopausa
- Tumores císticos em pacientes pré-púberes. - Tumores sólidos em qualquer faixa etária. - Tumores císticos maiores que 5 cm e persistentes por mais de seis meses. - Tumores mistos, cístico sólido, independente do tamanho e persistente por mais de três meses. - Mulheres assintomáticas com cistos maiores que 10cm. - Presença de achados suspeitos para malignidade, independente do tamanho: aparência ultrassonográfica do cisto, nenhuma mudança ou aumento no tamanho, níveis elevados de CA 125 (> 200 U/ml), ascite, suspeita de doença metastática, ou história familiar de um parente de primeiro grau com câncer de mama ou de ovário.
535
- Cistos maiores de 3 cm independentemente das características ecográficas. - Mulheres na pós-menopausa com cisto sintomático. - Concentração sérica de CA 125 > 35 U/ml. - Ascite ou outros sinais clínicos suspeitos de doença metastática. Todas essas são indicações de abordagem cirúrgica de tumores ovarianos na pós menopausa V ou F
F | Cistos maiores de 5 cm
536
Apesar dos avanços diagnósticos e terapêuticos, nos últimos 20 anos, das doenças malignas dos ovários, o índice de mortalidade permanece o mesmo V ou F
V
537
Neoplasia mais comum do ovário
carcinoma epitelial ovariano
538
Fatores de risco do câncer de ovário
galeria (foto 37)
539
O tabagismo tem sido associado ao desenvolvimento de carcinoma mucinoso de ovário, mas não do carcinoma seroso. V ou F
V
540
Quais são as formas de disseminação | do câncer ovariano?
Transcelômica – o modo mais comum e mais precoce da disseminação é por esfoliação das células do ovário que se implantam na cavidade peritoneal Continuidade ou extensão direta Linfática – é comum, mas acontece mais tardiamente. Hematogênica – é rara e geralmente ocorre em estágios avançados da doença.
541
Os primeiros sintomas do Ca de ovário sugerem a presença de doença em andar superior do abdome, com o aparecimento de sensação de plenitude gástrica, saciedade precoce, dispepsia ou distensão abdominal e constipação intestinal. Assim, as primeiras manifestações são atribuíveis ao tubo digestivo em até 70% dos casos V ou F
V
542
O que é o nódulo da irmã Maria José
nódulo umbilical metastático de um ca de ovário
543
Metástase extra-abdominal mais comum de um ca de ovário
Espaço pleural
544
Descreva os Critérios de Sassone (fundo mais claro) e outros critérios auxiliares no diagnóstico diferencial de massas anexiais benignas e malignas (fundo mais escuro).
galeria (foto 38)
545
Descreva os Marcadores tumorais e sua associação com a histologia tumoral.
galeria (foto 39)
546
Descreva a síndrome de Meigs
tumor benigno de ovário (fibroma é o mais frequente) | + ascite + derrame pleural.
547
Qual a grande aplicação do CA 125?
seguimento pós-tratamento
548
O CA 125 é marcador inespecífico. Pode estar aumentado em outras afecções, tais como: endometriose, doença inflamatória pélvica, menstruação, leiomiomas uterinos, adenomiose, gravidez, ovulação, carcinomas de endométrio, trompas, endocérvice, mama, carcinomas de cólon, vias biliares, pulmão, estômago, pâncreas, fígado, rins, insuficiência renal, diverticulite e doença hepática. V ou F
V
549
Descreva a Classificação do tumor de ovário quanto ao tecido que ele reproduz.
galeria (foto 40)
550
Surgem por invaginação do epitélio superficial do ovário e são assim denominados porque secretam líquido [...], como as células secretoras tubárias. Frequentemente, estas invaginações associam-se a focos de material estranho, denominados corpos de psammoma ou psamomatosos. Esses corpos podem corresponder a agentes irritativos que produzem aderências e o aprisionamento dos epitélios de superfície. Em 80% dos casos, apresentam-se como áreas de granulação calcificada fina, dispersos no tumor e que podem ser visíveis à radiografia, as quais também podem ser observadas na variante benigna. É o ca mais comum de ovário
carcinomas serosos | líquido seroso
551
O epitélio neoplásico desse ca de ovário pode secretar grandes quantidades de material mucoide ou gelatinoso levando à rotura da cápsula ovariana e extravasamento do conteúdo para a pelve e cavidade abdominal. O pseudomixoma peritoneal é o termo clínico usado para descrever a presença deste material circundado por tecido fibroso. Este fenômeno causa uma extensa adesão das alças intestinais, podendo resultar em obstrução intestinal. Esta complicação é um importante indicador de malignidade
Carcinoma mucinoso
552
os tumores, principalmente gastrointestinais, que metastatizam para os ovários recebem os nome de...
tumores de Krukenberg
553
Há diversos padrões histológicos básicos nesse tiipo de Ca de ovário, a saber: tubulocístico, papilar, reticular e sólido. É histologicamente idêntico ao tecido presente em útero e vagina de mulheres expostas intraútero ao dietilestilbestrol. É o ca de ovário de pior prognóstico entre os epiteliais. Coexistem frequentemente com outros tipos celulares e apresentam como manifestações clinicolaboratoriais hipercalcemia e hiperpirexia, normalmente associadas à doença metastática. Este tipo histológico é extremamente agressivo e, quando a doença é ainda limitada aos ovários, apenas metade das pacientes apresenta sobrevida em cinco anos.
Carcinoma de células claras
554
O tipo histológico maligno dos tumores germinativos mais comum é o..., seguido pelo... e pelo tumor do
disgerminoma teratoma imaturo seio endodérmico
555
Os tumores de células germinativas são frequentemente associados a atividades hormonais ou enzimáticas e os marcadores séricos são
Alfafetoproteína (AFP) Gonadotrofina coriônica humana (hCG) Desidrogenase láctica (LDH).
556
apresentam tecidos embrionários e fetais pouco diferenciados, nos quais pode haver mais facilmente um crescimento descontrolado. Tais tecidos podem produzir esteroides e acarretar quadro de pseudoprecocidade sexual. Os marcadores tumorais são negativos, exceto quando há tumor de células germinativas misto. Nas pacientes na pré-menopausa com lesões aparentemente limitadas a um ovário, está indicada ooforectomia unilateral e estadiamento cirúrgico. O envolvimento contralateral é raro neste tumor. O local mais comum de disseminação é o peritônio.
Teratomas imaturos
557
Ocorrem mais comumente em mulheres jovens, com idade média de 16 a 18 anos. Um terço das pacientes encontra-se na pré- -menarca no momento do diagnóstico. Histologicamente o achado característico é o de estruturas papilíferas conhecidas como corpúsculo de Schiller-Duval, em que o espaço cístico é revestido por uma camada de endotélio achatado ou irregular do qual se projeta um tufo semelhante a um glomérulo, que tem núcleo vascular. Produzem alfafetoproteína, cujos níveis apresentam uma boa correlação com a extensão da neoplasia. São 100% unilaterais e apresentam o pior prognóstico entre os tumores germinativos. A biópsia do ovário contralateral é contraindicada pela unilateralidade da lesão. Recomenda-se que todas as pacientes recebam quimioterapia adjuvante ao tratamento cirúrgico. O tratamento cirúrgico consiste na salpingo- ooforectomia unilateral e biópsia de congelação para o diagnóstico. A realização da histerectomia e da anexectomia contralateral não altera a sobrevida.
Tumor do Seio Endodérmico ou Carcinomas do Saco Vitelino ou Carcinomas do Yolk Sac
558
É um tumor bastante raro e extremamente agressivo que incide em pacientes muito jovens, com idade média de 14 anos. Pode secretar estrogênios e levar a um quadro de pseudopuberdade precoce e hemorragia genital irregular. Os tumores tendem a ser grandes e são unilaterais em 2/3 dos casos. Eles diferem do coriocarcinoma ovariano, pois não possuem células sinciciotrofoblásticas e citotrofoblásticas. Caracteristicamente estes tumores secretam alfafetoproteína e hCG, que são importantes marcadores para determinação da extensão da doença e da resposta ao tratamento. O tratamento consiste na ooforectomia unilateral seguida de quimioterapia.
Carcinoma embrionário
559
É também um tumor muito agressivo e raro. Incide em mulheres com menos de 20 anos. Sua estrutura histológica é semelhante à do coriocarcinoma gestacional metastático para os ovários. Dessa forma, secreta grandes quantidades de hCG. Este marcador é útil na monitorização da resposta da paciente ao tratamento. Em 50% das pacientes com altos níveis de hCG, cujas lesões surgiram antes da menarca, foi constatada precocidade isossexual. Esse tumor frequentemente secreta também Alfafetoproteína (AFP). O prognóstico é sombrio, com a maioria das pacientes já apresentando metástases viscerais no momento do diagnóstico. Foi observada resposta completa ao tratamento com quimioterápicos empregados na doença trofoblástica gestacional (esquema metotrexato, actinomicina D e ciclosfosfamida).
Coriocarcinoma Não Gestacional | Puro do Ovário
560
Possuem como principal característica a produção de androgênios, o que causa virilização em mais de 70% das mulheres acometidas. Os níveis plasmáticos de androstenediona e testosterona encontram-se elevados enquanto que os de sulfato de di-hidroepiandrosterona estão normais ou apenas levemente elevados, sinalizando a origem ovariana e não adrenal do excesso de androgênios. O tratamento cirúrgico unilateral com biópsia do ovário contralateral é o tratamento de escolha.
Tumores de Sertoli-Leydig | Androblastoma/Arrenoblastoma
561
O sítio mais habitual de metástases à distância de Ca de ovário é..., seguido pelas metástases...
fígado pulmonares e cerebrais.
562
Descreva as Recomendações para Abordagem Cirúrgica de Massa Anexial Suspeita para Malignidade
galeria (foto 41)
563
Achados Intraoperatórios | Sugestivos de Malignidade
galeria (foto 42)
564
``` O estadiamento de TODOS os cânceres ginecológicos é CIRÚRGICO, exceto o estadiamento da neoplasia de colo uterino V ou F ```
V
565
Descreva fatores de pior prognostico no ca de ovárrio
- Idade (5ª e 6ª décadas). - Volume da ascite. - Grau de diferenciação celular  indiferenciado é o de pior prognóstico. - Tipo histológico  o pior é o carcinoma de células claras. - Ploidia  aneuploidia é indicativa de mau prognóstico. - Extensão da doença residual após a cirurgia. - Aumento do CA 125 durante o tratamento.
566
síndrome de Poland
Amastia (ausência total dos componentes mamários), que é acompanhada de hipoplasia importante ou, até mesmo, agenesia dos músculos peitorais e deformidade da parede torácica. O quadro completo desta síndrome inclui a sindactilia (dedos unidos). Vale lembrar que a amastia pode ser unilateral ou bilateral
567
O tumor maligno de | mama que apresenta a maior tendência à bilateralidade e multicentricidade é
carcinoma lobular infiltrante
568
O tipo histológico mais comum do câncer de colo do útero é o... representando cerca de... dos casos, seguido pelo tipo...
carcinoma de células escamosas 85 a 90% adenocarcinoma
569
O rastreamento do câncer de colo do útero no Brasil, recomendado pelo Ministério da Saúde, é o exame citopatológico em mulheres de... anos. A rotina é a repetição do exame a cada..., após... exames normais consecutivos realizados com um intervalo de...
25 a 64 3 anos 2 exames 1 ano
570
É na... que se localizam mais de 90% das lesões precursoras ou malignas do colo do útero.
Zona de transformação
571
O HPV tipo... é o mais prevalente, sendo o mais frequente entre os cânceres do tipo... O HPV tipo... é responsável por 20% dos tumores e o mais comum entre os cânceres do tipo...
16 carcinomas de células escamosas 18 adenocarcinomas
572
A deficiência de alfa-1-antitripsina é rara e é a única alteração genética associada ao câncer de colo uterino, sendo mais comum na raça negra V ou F
V
573
Cite tipos de lesão possíveis do carcinoma de colo de útero
- Lesões tipo couve-flor: crescimento com vegetações para a ectocérvice; - Lesões de aspecto nodular: as lesões tornam-se infiltrativas e endurecidas; - Lesões tipo barrel-shaped (formato de barril): as lesões podem se expandir para endocérvice; - Ulcerações: podem estar acompanhadas de necrose e/ou infecção, com odor desagradável característico; - Associação de áreas vegetantes com áreas ulceradas e/ou áreas infiltrativas
574
Os exames preventivos devem seguir até os... e podem ser interrompidos quando, após essa idade, as mulheres tiverem...
64 anos completos Pelo menos dois exames negativos consecutivos nos últimos cinco anos
575
O risco de uma mulher que não tenha iniciado atividade sexual desenvolver Ca de colo de útero é desprezível. Portanto, não há indicação para rastreamento do câncer de colo do útero e seus precursores nesse grupo de mulheres. V ou F
V
576
Qual é a melhor época do ciclo para | colher o preventivo?
A época mais propícia | é o período periovulatório
577
Descreva o Resumo das Recomendações para Conduta Inicial Frente aos Resultados Alterados de Exames Citopatológicos nas Unidades de Atenção Primária
galeria
578
O chamado efeito citopático do HPV consiste | na presença de
coilocitose, discariose e disceratose ``` A coilocitose (Koylos = buraco) corresponde a um imenso espaço vazio em torno do núcleo. ``` A discariose significa núcleo de morfologia anormal A disceratose significa um distúrbio no metabolismo celular devido a um excesso de maturação epitelial, que se caracteriza por acúmulo de queratina no citoplasma que leva a célula a apresentar intensa coloração eosinofílica
579
Indicações de colposcopia
- Resultado citológico de LIE-AG. - Duas citologias consecutivas com resultado citológico de ASC-US. - Duas citologias consecutivas com resultado citológico de LIE-BG. - Resultado citológico ASC-H. - Resultado citológico de AGC (antigo AGUS) → o canal cervical tem que ser obrigatoriamente avaliado! - Colposcopia insatisfatória (JEC não visualizada) → o canal cervical tem que ser obrigatoriamente avaliado! - Pacientes imunossuprimidas (HIV positivas, usuárias crônicas de corticoides) com lesões intraepiteliais de baixo grau na citologia. - Alteração à inspeção visual do colo uterino à especuloscopia ou à colposcopia com ácido acético e lugol → visualização de um colo uterino de aspecto sugestivo de malignidade é uma indicação de encaminhamento direto à colposcopia com biópsia, mesmo na vigência de um estudo citopatológico negativo para malignidade
580
Descreva a interpretação do teste de Schiller. | Qual a lógica por trás do teste?
• O teste é positivo quando o iodo é negativo (coloração amarelo-mostarda). • O teste é negativo quando o iodo é positivo (coloração marrom-escuro). O iodo consegue impregnar os tecidos ricos em glicogênio, mantendo-os escuros. Já as células cancerígenas ou pré-cancerígenas são pobres em glicogênio e, por isso, não se impregnam com o iodo, mantendo-se mais claras, geralmente amareladas
581
Descreva a interpretação do teste do ácido acético. | Qual a lógica por trás do teste?
As áreas esbranquiçadas indicam lesão O ácido acético desidratada as células de forma heterogênea, sendo o seu efeito mais pronunciado nas células atípicas que nas células sadia
582
Descreva os achados colposcópicos normais, anormais, sugestivos de câncer invasor e insatisfatórios.
galeria
583
O carcinoma epidermoide é o tipo histológico mais frequente dos tumores epiteliais do colo uterino. Responde por 80% dos casos. O adenocarcinoma apresenta incidência crescente nos últimos anos. Estudos recentes revelam que ele responde por 15% dos tumores de colo uterino, seguido pelo carcinoma adenoescamoso 3 a 5%, e em porcentagem ainda menor pelo carcinoma neuroendócrino ou pequenas células. v ou F
V
584
O estadiamento do câncer de colo uterino é cirúrgico V ou F
``` F O estadiamento do câncer de colo uterino é clínico e envolve os seguintes métodos: exame ginecológico (exame especular, toque vaginal e toque retal); colposcopia; exame histopatológico; métodos de imagem (radiografia de tórax, ultrassonografia, tomografia computadorizada, ressonância nuclear magnética); cistoscopia; retossigmoidoscopia. ```
585
O Carcinoma de Células Escamosas (CCE) tem pior prognóstico do que o adenocarcinoma, segundo a maioria dos estudos, e igual, segundo outros. Entre os CCE, os de grandes células não queratinizantes têm melhor prognóstico do que os de pequenas células. V ou F
``` F O Carcinoma de Células Escamosas (CCE) tem o melhor prognóstico do que o adenocarcinoma, segundo a maioria dos estudos, e igual, segundo outros. ```
586
O... é o tipo histológico mais | comum de câncer do corpo do útero.
adenocarcinoma
587
Fatores de risco do ca de corpo de útero
- Idade > 60 anos. - Raça branca. - Nível socioeconômico elevado. - Antecedentes familiares e hereditários de câncer de endométrio. - Síndrome de Lynch tipo II (neoplasias de cólon, endométrio e ovário). - Passado de anovulação crônica (incluindo a síndrome de ovários policísticos). - Menarca precoce. - Menopausa tardia. - Nuliparidade. - TH não associada a progestágenos. - Uso de tamoxifeno. - Tumores ovarianos produtores de estrógenos. - Obesidade (IMC* > 30). - Diabetes Mellitus. - Dieta rica em lipídios. - Antecedentes pessoais de irradiação na pelve. - Doenças da vesícula biliar. - Hiperplasia endometrial atípica. - História de câncer de mama. - Presença de BRCA (especialmente para carcinoma seroso-papilífero).
588
Fatores de proteção do ca de corpo de útero
- prática regular de atividade física - manutenção do peso corporal adequado - hábitos alimentares saudáveis - Multiparidade. - Uso de anticoncepcionais orais combinados. - Tabagismo. - Uso de SIU liberador de progesterona. - Perda de peso. - Terapia Hormonal (TH) combinada.
589
Menos de 5% das mulheres com câncer de endométrio são assintomáticas V ou F
V
590
Descreva o QUADRO COMPARATIVO DOS DOIS TIPOS PATOGÊNICOS DE CÂNCER DE ENDOMÉTRIO
galeria (foto 45)
591
Descreve 80% dos cânceres de endométrio, assemelhando- se histologicamente com glândulas endometriais normais. À medida que esses tumores tornam-se mais indiferenciados, aumenta seu componente sólido e de atipias, bem como sua agressividade biológica. Portanto, a determinação do grau de diferenciação destes tumores é muito importante, pois ela possui alto valor prognóstico.
Adenocarcinoma endometrioide
592
Representa aproximadamente 5% dos cânceres de endométrio. Na maioria dos casos possui bom prognóstico
Adenocarcinoma mucinoso
593
São tumores com comportamento semelhante ao do carcinoma seroso do ovário e das tubas. São considerados tumores de alto grau, com tendência à disseminação peritoneal. Correspondem a 3 a 4% dos cânceres do endométrio. Mais comumente se associam com o tipo II.
Carcinoma seroso papilar
594
São tumores mais incidentes em mulheres idosas, com comportamento muito agressivo, frequentemente de padrão misto com alto grau de invasão miometrial no momento do diagnóstico. Está mais comumente associado com o tipo II do câncer de endométrio.
Carcinoma de células claras
595
O modo mais comum de metástase do câncer de endométrio é a hematogênica V ou F
F O modo mais comum de metástase do câncer de endométrio é a LINFÁTICA
596
Manejo do Ca de endométrio estádio I
histerectomia com salpingo- -ooforectomia bilateral é o tratamento padrão atualmente recomendado. A exploração minuciosa das cavidades abdominal e pélvica, assim como a palpação das cadeias linfáticas retroperitoneais,é parte obrigatória do procedimento. Embora exigida para estadiamento completo, o benefício terapêutico da linfadenectomia é controverso . A tendência atual é prescindir da linfadenectomia em mulheres com carcinoma endometrial em estádio inicial, reservando- a em casos muito selecionados. A radioterapia adjuvante não está indicada na presença de doença em estádio I de baixo risco ou intermediário.
597
Descreva o Tratamento do câncer de colo uterino segundo o estadiamento
galeria (foto 47)
598
``` Para os sarcomas uterinos, a via hematogênica é a principal via de disseminação com metástase, principalmente, para o pumão V ou F ```
V
599
Descreva o fluxograma de recomendações de condutas para mulheres com diagnóstico de ASC-US
Galeria (foto 48)
600
Descreva o fluxograma de recomendações de condutas para mulheres com diagnóstico de ASC-H
Galeria (foto 49)
601
Descreva o fluxograma de recomendações de condutas para mulheres com diagnóstico de AGC
Galeria (foto 50)
602
Descreva o fluxograma de recomendações de condutas para mulheres de até 25 anos com diagnóstico de LSIL
Galeria (foto 51)
603
Descreva o fluxograma de recomendações de condutas para mulheres com diagnóstico de LIE-AG
Galeria
604
Tumor vulvar que acomete pacientes jovens e está intrinsecamente relacionado com atividade sexual, tabagismo e multicentricidade de lesões;
Carcinoma Escamoso Queratinizado – Tumores HPV Induzidos
605
Tumor vulvar que acomete pacientes mais idosas, não estando associado à infecção induzida por HPV, nem ao comportamento sexual. Com frequência, estes tumores se associam às dermatoses vulvares, como o líquen escleroso e o líquen plano, especialmente em áreas de hiperplasia epitelial.
Carcinoma Escamoso Não Queratinizado – Tumores HPV Não Induzidos
606
A NIV tipo diferenciada apresenta maior potencial oncogênico que que NIV tipo usual V ou F
V
607
Não existe correlação vulvoscopia-histologia, sendo que somente a biópsia pode gerar o diagnóstico V ou F
V
608
Descreva o teste de Collins
Consiste na aplicação de azul de toluidina sobre a vulva com posterior aplicação do ácido acético a 5%. Os locais em que ocorrer a fixação do azul, serão os indicados para realização de biópsias. Pelo fato de poder apresentar falso-positivos e/ ou falso-negativos, o método está caindo em desuso. Áreas impregnadas pelo azul de toluidina podem corresponder apenas a escoriações (falso-positivo), enquanto áreas hiperqueratóticas, que não se coram, podem conter NIV (falso-negativo).
609
qual a cirurgia convencional no Tratamento da NIV?
A excisão ampla a frio é o tratamento cirúrgico preferencial, pois permite a avaliação microscópica e das margens. A grande limitação deste procedimento terapêutico consiste na possível ocorrência de deformidades estéticas
610
Quais são as formas possíveis de Tratamento de uma NIV pelo Laser?
O tratamento pelo laser pode ser feito sob a | forma de excisão ou vaporização.
611
Em relação ao ca de vulva, o prurido vulvar, normalmente de longa evolução, é a queixa mais comum, e está presente em aproximadamente 20% dos casos V ou F
F O prurido vulvar, normalmente de longa evolução, é a queixa mais comum, e está presente em aproximadamente 70% dos casos
612
Os sintomas mais comuns são prurido, lesão nodular visível ou palpável, dor, sangramento, ulceração, disúria e corrimento vaginal. Cabe aqui lembrar que as lesões vulvares descobertas durante o exame físico devem ser biopsiadas (no centro da lesão) para excluir neoplasia. V ou F
V
613
Fatores de risco do ca de vulva
Infecções Granulomatosas Venéreas: acordo com algumas fontes bibliográficas, o linfogranuloma venéreo é a infecção granulomatosa venérea mais frequentemente relacionada com o câncer de vulva; Infecção pelo Papilomavírus (HPV): A infecção pelo HPV também tem sido observada em lesões pré-invasivas e invasivas da vulva, assim como nas neoplasias de todo trato genital inferior, com destaque para os subtipos 16, 18, 31, 33, 35. Vale aqui lembrar que em muitos casos coexistem as infecções granulomatosas e o condiloma genital; Baixo Nível Socioeconômico; Promiscuidade Sexual; Tabagismo; Imunossupressão Crônica; Obesidade; Diabetes; Hipertensão
614
Tipo histológico mais frequente de ca de vulva
Carcinoma escamoso (90%) Melanoma (5%)
615
É uma forma especial de carcinoma in situ da vulva. Pode estar ou não associado ao adenocarcinoma invasor. Caracteriza-se pela presença de células neoplásicas glandulares na espessura do epitélio escamoso. São células grandes, claras e com citoplasma vacuolado. Ao exame, apresenta-se como uma placa aveludada, frequentemente erodida e de crescimento lento. É dolorosa e menos pruriginosa que as dermatoses benignas.
Doença de Page da Vulva
616
Pode se originar da pele ou dos folículos pilosos da vulva. É raro e responsável por aproximadamente 2 a 3% de todos os tumores de vulva. Em geral, ocorre em mulheres com mais de 50 anos de idade e é invasivo, mas raramente dá metástase. O tratamento consiste em ampla incisão local.
Carcinoma de Células Basais da Vulva
617
O que é adenose vaginal?
A adenose vaginal corresponde à presença de epitélio glandular na vagina, normalmente em suas porções superiores, oriundo do ducto de Müller ou paramesonéfrico, em lugar do epitélio escamoso originado no seio urogenital. Parece que aproximadamente 30% dos casos de adenose ocorrem em mulheres cujas mães foram expostas ao dietilestilbestrol (DES) durante a gravidez e 8% sejam congênitos. A adenose é mais susceptível à ação de agentes oncogênicos, inclusive o HPV.
618
Descreva a classificação das neoplasias intraepiteliais vaginais (NIVAs) em I, II, III
NIVA I: Alterações histológicas confinadas ao terço inferior do epitélio. NIVA II: Alterações histológicas acometem os dois terços inferiores do epitélio. NIVA III: Lesão intraepitelial em mais de dois terços da espessura do epitélio.
619
Em um quadro clínico de Ca de vagina, o sangramento vaginal anormal é o sintoma inicial em 50 a 75% das pacientes. Disúria e dor pélvica são queixas menos frequentes e, geralmente, ocorrem em tumores mais avançados. V ou F
V
620
O câncer de vagina ocorre mais comumente no...
terço superior da parede vaginal posterior
621
Tipos histológicos mais comuns do Ca de vagina
```  Carcinoma de células escamosas – 85%;  Adenocarcinoma – 6%;  Melanoma – 3%;  Sarcoma – 3%;  Misto – 3%. ```
622
O estadiamento do Ca de vagina é clínico, mas pode ser auxiliado por cistoscopia, proctoscopia e radiografia de tórax V ou F
V
623
A hiperplasia complexa com atipia evolui para câncer de endométrio em aproximadamente 30% dos casos, enquanto a hiperplasia simples com atipia evolui em 8%. O tratamento de escolha da hiperplasia com atipia, independentemente se simples ou complexa, é a histerectomia, sendo possível utilizar a terapia com progestágenos em casos selecionados, como em mulheres que ainda desejam engravidar V ou F
V
624
Quadro resumo do tto dos carcinoma epiteliais do ovário
Galeria (foto 43)