Obstetrícia Flashcards

(552 cards)

1
Q

Que estrutura produz a molécula hCG? Qual a função do hCG?

A

Sinciciotrofoblasto
Previne a involução do corpo luteo (principal sítio de produção de progesterona nas primeiras 6-7 sem de gravidez)

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2
Q

Quando ocorre o pico de secreção do beta hCG?

A

Há divergências na literatura
8-10 sem
12-14 sem

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3
Q

A partir de quantos dias de atraso menstrual testes Imunológicos para detecção de gravidez são efetivos? Qual teste imunológico não segue essa regra?

A

10-14 dias de atraso menstrual
Hemaglutinação passiva reversa, pode ser realizado com 1 a 3 dias se atraso menstrual

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4
Q

Qual o período de ocorrência de náuseas na gestação?

A

6-14 sem

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5
Q

Cite os sintomas iniciais de uma paciente grávida

A

Náusea
Sialorreia
Aumento da sensibilidade algica mamária
Polaciuria/nicturia
Distencao abdominal/constipação
Tonturas
Sonolência é fadiga

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6
Q

Cite sintomas tardios da gravidez

A

Dispneia
Lombalgia

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7
Q

O que é o sinal de hartman?

A

Ocorre principalmente em multiparas
Representa um sangramento escasso e discreto durante a nidacao

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8
Q

Qual a definição de hiperemese gravidica?

A

Persistência de náuseas e Vômitos, que aparecem antes da 20° semana, associada a perda de peso, desidratação, cetose e cetonutia, distúrbio hidroelétrolítico na ausência de causas específicas

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9
Q

Cite medicamentosa que tem aplicação no tratamento da hiperemese gravidica

A

Metoclopramida (ondansetrona)
Piridoxina
Dimenidrato (prometazina)
Diazepam (clorpromazina)
Metilprednisolona (associado a antihemetico)

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10
Q

O que é o sinal de Halban

A

aumento da lanugem que aparece nos limites do couro cabeludo

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11
Q

O que são os tubérculos de Montgomery, a rede de Haller e o sinal de Hunter?

A

projeções secundárias nas areolas, em número de 12 a 15, representadas por glândulas mamárias acessórias e glândulas sebáceas hipertrofiadas denominadas de tubérculos de Montgomery.

Com 16 semanas é possível a extração de co-
lostro, e se verifica um aumento da vasculari-
zação venosa designada de rede de Haller.

Por fim, na 20ª semana de gestação, há um au-
mento da pigmentação dos mamilos, que tor-
na seus limites imprecisos. Este achado define
o sinal de Hunter.

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12
Q

O que é o sinal de Osiander

A

Percepção do pulso da artéria vaginal ao to-
que vaginal. É um achado típico do útero que
se encontra em crescimento rápido.

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13
Q

O que é o sinal de Piskacek?

A

Traduz a assimetria uterina à palpação. A im-
plantação ovular desencadeia um crescimento
uterino assimétrico

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14
Q

O que é o sinal de Nobile budin

A

Percepção, pelo toque bimanual, do preenchi-
mento do fundo de saco vaginal pelo útero
gravídico. Este sinal resulta de uma modifica-
ção do formato uterino. A forma piriforme se
transforma em uma forma globosa, ocupando
o fundo de saco

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15
Q

O que é a regra de Goodel?

A

É o amolecimento do colo uterino percebido
ao toque vaginal. Sua consistência é seme-
lhante à consistência labial. O colo uterino em
pacientes não grávidas possui consistência se-
melhante à da cartilagem nasal.

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16
Q

O que é o sinal de Jacquemier/Chadwick?

A

O Sinal de Jacquemier (denominação em-
pregada pelos europeus) ou Chadwick (deno-
minação empregada entre os norte-america-
nos) representa uma coloração violácea da
mucosa vulvar, do vestíbulo e meato urinário.
É naturalmente observada à inspeção.

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17
Q

A partir de quantas semanas é possível a
identificação de segmentos fetais pela palpa-
ção abdominal pelo examinador, e a percep-
ção de movimentos fetais quando o examina-
dor repousa sua mão sobre o abdome mater-
no?

A

18 a 20

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18
Q

O que é o sinal de puzos?

A

É um sinal que pode ser observado a partir da
14ª semana de gestação e descreve o chamado
rechaço fetal intrauterino. Um discreto impul-
so no útero, durante o toque vaginal, produz o
deslocamento do feto no líquido amniótico para
longe do dedo do examinador

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19
Q

Cite quais são os sinais de certeza, de presunção e de possibilidade de gravidez

A

Ver imagem na galeria

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20
Q

Em qual momento da gravidez a USG é mais efetiva para determinação da idade gestações? Como esse valor é obtido?

A

A avaliação ultrassonográfica da idade gesta-
cional é mais precisa da 6ª até a 12ª semana de
gravidez, período em que se emprega como
parâmetro o Comprimento Cabeça-Nádega
(CCN) do embrião

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21
Q

Com quantas semanas é possível se observar, por meio da eco transvaginal, o saco Gestacional, a vesícula Vitelina, os BCF, a cabeça fetal e a placenta?

A

Saco Gestacional 4 semanas
Vesícula Vitelina 5 e 6 semanas
Eco Fetal Com BCF 6 e 7 semanas
Cabeça Fetal 11 a 12 semanas
Placenta 12 semanas

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22
Q

Descreva as relações entre a quantidade de beta hCG e as estruturas que são passíveis de visualização pelo eco transvaginal

A

1.000 mUI/ml Saco gestacional
7.200 mUI/ml Vesícula vitelina
10.800 mUI/ml Embrião com bati-
mentos cardíacos

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23
Q

Na ausência de saco gestacional intrauterino com valores de beta-hCG superiores a
1.500 mUI/ml qual diagnóstico deve ser inicialmente considerado?

A

Gravidez ectopica

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24
Q

Qual o período em que
Se avalia a translucência nucal para o rastrea-
mento de aneuploidias?

A

11-14 semanas

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25
Descreva a regra de Nagele
A regra de Nägele consiste na soma de nove meses e sete dias à DUM, ou, nos meses poste- riores a março, na subtração de três meses.
26
Qual a definição de abortamento?
Processo (espontâneo ou provocado) pelo qual a cavidade uterina se esvazia de seu conteúdo gestacional antes que a gravidez atinja 20-22 semanas ou que o concepto ultrapasse 500 g de peso.
27
Cite as alterações cutâneas da gravidez
Estrias (do estiramento da pele - fibras colágenas) Eritema palmar (do estrogênio) Telangiectasias (do estrogênio) Linha nigrans (do estrogênio e da progesterona do hormônio estimulante dos melanócitos - alfa-MSH) Cloasma (do estrogênio e da progesterona do hormônio estimulante dos melanócitos - alfa-MSH)
28
Cite alterações osteomusculares da gravidez
Lordose lombar e marcha anserina (Peso adicional da gravidez) Compressões radiculares e lombalgia (Alterações posturais) Desconforto e dormência nos MMSS (Alterações posturais) Maior mobilidade das articulações pélvicas (Embebição gravídica)
29
Cite as alterações nas mamas durante a gravidez
Estrias (aumento do estiramento da pele - fibras colágenas - e diminuição da hidratação da pele Pigmentação da aréola primária (aumento do estrogênio e da progesterona e do hormônio estimulante dos melanócitos - alfa-MSH) Tubérculos de Montgomery (aumento do estrogênio, da progesterona e da prolactina) Rede de Haller (aumento do estrogênio e da progesterona e da prolactina) Sinal de Hunter (aumento do estrogênio e da progesterona do hormônio estimulante dos melanócitos - alfa-MSH)
30
Cite alterações uterinas durante a gravidez
Crescimento uterino (aumento do estrogênio e em menor grau da progesterona) Hipertrofia e hiperplasia dos ligamentos redondos, uterossacros e largos (aumento do estrogênio e em menor grau da progesterona) Aumento da vascularização e de linfáticos (do estrogênio e em menor grau da progesterona)
31
Cite alterações respiratórias durante a gravidez
Dispneia fisiológica Congestão nasal Alcalose respiratória compensada Dificuldade na intubação Alterações na gasometria Aumento do: Consumo de oxigênio (20%) pO2 arterial Ventilação minuto Ângulo laríngeo + edema laríngeo Edema de vias aéreas Redução da Capacidade residual funcional (25%) pCO2 arterial Bicarbonato sérico
32
Cite alterações cardiovasculares da gravidez
Arritmias Síndrome da hipotensão supina Sopros cardíacos Maior probabilidade de congestão pulmonar Aumento: Débito cardíaco (30-40%) Frequência cardíaca 10 a 15 bpm Diminuição: Pressão sanguínea 10 a 15 mmHg Resistência vascular sistêmica Retorno venoso Pressão capilar coloidosmótica (edema intersticial) Pressão capilar pulmonar (edema pulmonar)
33
Cite as alterações hematológicas da gravidez
Hemodiluicao (anemia dilucional): aumento do volume plasmático (40-50%) e do volume eritrocitárui (20-30%) Diminuição da viscosidade sanguínea e do ematocrito (30%) Melhora de algumas doenças autoimunes, maior incidência de Infecções urinárias e pneunonias: leucocitose relativa, mas com diminuição da quimiotaxia e aderência dos leucócitos Aumento da incidência de fenômenos tromboembolicos: aumento de agentes pro coagulantes, como o fibrinogenio (50%), fatores VII, VIII, IX e o de Von willebrand e diminuição do sistema fibrinolítico
34
Cite as alterações metabólicas da gestação
Ganho pondera de 12,5 Kg (útero e seu conteúdo, crescimento das mamas, aumento do volume sanguíneo e extravascular, alterações metabólicas que aumentam a água celular, deposição de proteínas e gorduras, aumento das proteínas totais) Hiperinsulinemia (secreção endógena de insulina aumentada) Hiperlipidemia (LDL, Hdl, lipidios totais e triglicéridios aumentados) Anemia ferropriva Hipertireoidismo subclínico (aumento da TBG, T3 e T4 totais, diminuição do iodo e do TSH) Diminuição da pressão coloidosmótica intersticial, de aminoácidos, da concentração de albumina, dos niveis plasmáticos de ácidos, do Cálcio e do Magnésio
35
Cite alterações gastrointestinais da gravidez
Pirose, constipação, incidência aumentada de litiase biliar, varizes hemorroidarias, sangramento gengival Aumento da fosfatase alcalina, da saturação de colesterol e da vascularização gengival Diminuição do peristaltismo intestinal, do esvaziamento gástrico, do tonus do EEI e da contração da VB
36
Cite alterações gastrointestinais da gravidez
Pirose, constipação, incidência aumentada de litiase biliar, varizes hemorroidarias, sangramento gengival Aumento da fosfatase alcalina, da saturação de colesterol e da vascularização gengival Aumento da incidência de hérnia de hiato Diminuição do peristaltismo intestinal, do esvaziamento gástrico, do tonus do EEI e da contração da VB
37
Cite fatores que justifiquem o encaminhamento da gestante ao pré natal de alto risco
Fatores relacionados às condições prévias: • Cardiopatias; • Pneumopatias graves (incluindo asma brônquica); • Nefropatias graves (como insuficiência renal crônica e em casos de transplantados); • Endocrinopatias (especialmente diabetes mellitus, hipotireoidismo e hipertireoidismo); • Hipertensão arterial crônica e/ou caso de paciente que faça uso de anti-hipertensivo (PA > 140/90 mmHg antes de 20 semanas de Idade Gestacional – IG); • Doenças neurológicas (como epilepsia); • Doenças psiquiátricas que necessitam de acompanhamento (psicoses, depressão grave etc.); • Doenças autoimunes (lúpus eritematoso sistêmico, outras colagenoses); • Alterações genéticas maternas; • Antecedente de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar; • Ginecopatias (malformação uterina, miomatose, tumores anexiais e outras); • Portadoras de doenças infecciosas como hepatites, toxoplasmose, infecção pelo HIV, sífilis terciária (USG com malformação fetal) e outras DST (condiloma); • Hanseníase; • Tuberculose; • Dependência de drogas lícitas ou ilícitas; • Qualquer patologia clínica que necessite de acompanhamento especializado. Fatores relacionados à história reprodutiva anterior: • Morte intrauterina ou perinatal em gestação anterior, principalmente se for de causa desconhecida; • História prévia de doença hipertensiva da gestação, com mau resultado obstétrico e/ou perinatal (interrupção prematura da gestação, morte fetal intrauterina, síndrome Hellp, eclâmpsia, internação da mãe em UTI); • Abortamento habitual; • Esterilidade/infertilidade. Fatores relacionados à gravidez atual: • Restrição do crescimento intrauterino; • Polidrâmnio ou oligoidrâmnio; • Gemelaridade; • Malformações fetais ou arritmia fetal; • Distúrbios hipertensivos da gestação (hipertensão crônica preexistente, hipertensão gestacional ou transitória); Obs.: É necessário que haja evidência de medidas consecutivas que sugiram hipertensão. Nestas situações, não se deve encaminhar o caso com medida isolada. Em caso de suspeita de pré-eclâmpsia/eclâmpsia, deve-se encaminhar a paciente à emergência obstétrica. • Infecção urinária de repetição ou dois ou mais episódios de pielonefrite (toda gestante com pielonefrite deve ser inicialmente encaminhada ao hospital de referência, para avaliação); • Anemia grave ou não responsiva a 30-60 dias de tratamento com sulfato ferroso; • Portadoras de doenças infecciosas como hepatites, toxoplasmose, infecção pelo HIV, sífilis terciária (USG com malformação fetal) e outras DST (condiloma); • Infecções como a rubéola e a citomegalovirose adquiridas na gestação atual; • Evidência laboratorial de proteinúria; • Diabetes mellitus gestacional; • Desnutrição materna severa; • Obesidade mórbida ou baixo peso (nestes casos, deve-se encaminhar a gestante para avaliação nutricional); • NIC III (nestes casos, deve-se encaminhar a gestante ao oncologista); • Alta suspeita clínica de câncer de mama ou mamografia com Bi-rads III ou mais (nestes casos, deve-se encaminhar a gestante ao oncologista); • Adolescentes com fatores de risco psicossocial.
38
A partir de que momento na gravidez a realização das manobras de Leopold-Zweifel está indicada?Descreva as manobras
A palpação abdominal é recomendada a partir do segundo trimestre, através dos quatro tempos das manobras de Leopold-Zweifel. (1) 1o tempo: o examinador se coloca ao lado direito da paciente, de frente para ela, com as duas mãos encurvadas delimita o fundo de útero e observa qual pólo fetal que o ocupa. (2) 2o tempo: visa determinar a posição fetal. Deslizam-se as mãos do fundo em direção ao pólo inferior para identificar o dorso fetal de um lado e os membros do outro. Conhecer a posição fetal auxilia na procura do foco máximo de ausculta dos batimentos cardíacos do feto. (3) 3o tempo: visa a exploração da mobilidade da apresentação com o estreito superior da pelve. Procura-se apreender o pólo entre o polegar e o dedo indicador ou médio, imprimindo-lhe movimentos de lateralidade para verificar o grau de penetração da apresentação na bacia e confirmar o diagnóstico da apresentação pela comparação com o outro pólo identificado no fundo uterino durante a primeira manobra. Quando a apresentação está alta e móvel, o pólo da apresentação balança de um lado para o outro. (4) 4o tempo: o examinador deve voltar suas costas para a paciente e colocar as mãos sobre as fossas ilíacas, caminhando-as em direção ao hipogastro, paralelamente à arcada crural e afastadas uma da outra cerca de 10 cm. Com a ponta dos dedos, procura-se penetrar na pelve abarcando o pólo que aí se encontra para averiguar o grau de penetração do concepto no estreito superior da bacia. A entrada dos dedos depende do grau de insinuação do pólo apresentado.
39
Descreva a altura uterina aproximada do útero de acordo com a idade gestacional
10-12 semanas: o útero começa a ser palpado acima da sínfise púbica; - 16 semanas: encontra-se a meio caminho entre a sínfise púbica e a cicatriz umbilical; 20 semanas: no nível da cicatriz umbilical.
40
Há maior infectividade para o concepto quando a infecção por toxoplasma gondii acontece em que trimestre da gestação? E em que momento a infecção do concepto trás maior perigo a ele?
No terceiro trimestre há maior infectividade. No primeiro trimestre há maior risco para o feto em caso de infecção
41
Qual o exame adicional que pode ser necessário em grávidas imunocomprometidas que apresentam IgM negativo e IgG positivo para toxoplasmose?
PCR do líquido amniótico
42
Qual a recomendação do ministério da saúde para grávidas que apresentam IgM + e IgG - para toxo?
O Ministério da Saúde recomenda iniciar espiramicina 1 g (3.000.000 UI) de 8/8h, via oral, imediatamente, e repetir a sorologia em três semanas, visando detectar o aparecimento de anticorpos IgG. O IgA pode auxiliar no diagnóstico da infecção aguda, mas pouco laboratórios fazem sua dosagem
43
Descreve a conduta a ser adotada frente às diferentes sorologias para toxoplasmose durante a gravidez
Imagem na galeria
44
Quando e pq a pirimetamina e a sulfadiazina devem ser evitadas/monitoradas durante a gravidez?
A pirimetamina deve ser evitada antes de 20 semanas de gestação, devido ao potencial efeito teratogênico (classe C) Sulfadiazina no terceiro trimestre deve ser monitorado devido à possibilidade de kernicterus no recém- nascido.
45
Qual a droga preferencial para controle da infecção por toxoplasmose nos extremos da gravidez?
A espiramicina é a droga a ser mantida nos dois extremos da gravidez (antes de 20 semanas e após 37 semanas)
46
Por que o bactrim deve ser evitado no terceiro trimestre de gestação?
Pelo risco de kernicterus
47
Quais são os fatores de risco para infecção pelo estreptococos do grupo B?
Trabalho de parto com menos de 37 semanas; Temperatura intraparto maior ou igual a 38 °C; Amniorrexe há mais de 18 horas.
48
Quais gestantes devem receber profilaxia intraparto para GBS?
• Gestantes com cultura vaginal ou retal positiva entre 35 e 37 semanas. • Gestantes com fatores de risco. • Gestantes com bacteriúria por GBS em qualquer fase da gravidez (mesmo após tratamento adequado)*. • Gestantes com filhos acometidos por infecção por GBS em gestação prévia*.
49
Como é peito a antibioticoterapia para GBS durante o parto?
– Penicilina G Cristalina ‒ 5 milhões U, IV, de dose de ataque seguidas de 2,5 milhões, de 4/4 horas até o parto (esquema preferido); ou – Ampicilina – 2 g, IV, de dose de ataque seguidas de 1 g, 4/4 horas até o parto (alternativamente). Em pacientes alérgicos: – Cefazolina – 2 g, IV, de dose de ataque seguidas de 1 g, 8/8 horas até o parto; ou – Clindamicina – 900 mg, IV, 8/8 horas até o parto; ou – Eritromicina – 500 mg, IV, 6/6 horas até o parto (não disponível no Brasil).
50
Qual a recomendação do MS sobre a reposição de ácido fólico para gestantes?
5 mg/dia, iniciando 3 meses antes da gestação e mantendo durante o primeiro trimestre
51
Qual a recomendação do MS sobre a reposição de ácido fólico para gestantes?
0.4 mg/dia, iniciando 3 meses antes da gestação e mantendo durante o primeiro trimestre
52
Cite o BB que apresenta segurança de uso comprovada durante a gestação
Pindolol
53
Cite as vacinas que devem ser evitadas durante a gravidez
Sarampo Caxumba Pneumococo Rubéola Poliomielite Febre Amarela BCG Varicela HPV
54
Como se apresenta o beta hCG e o PAPP-A em uma gravidez de um concepto com síndrome de Down, trissomia do 13 ou do 18?
Na síndrome de Down, a dosagem do beta-hCG encontra-se duas vezes maior que o esperado (> 1,83 MoM), enquanto que a de PAPP-A encontra-se diminuída em média cerca de 2,5 vezes (< 0.38 MoM). Já na trissomia do 18 e trissomia do 13 (síndrome de Edwards e síndrome de Patau), as dosagens de PAPP-A e HCG encontram-se diminuídas.
55
Descreva quais substâncias são avalidas no teste duplo, no triplo e no quadruplo
TESTE DUPLO – PAPP-A + hCG TESTE TRIPLO – AFP + ESTRIOL NÃO CONJUGADO + hCG TESTE QUÁDRUPLO – AFP + ESTRIOL NÃO CONJUGADO + hCG + INIBINA A
56
Quando solicitar o teste duplo, teste triplo e teste quádruplo?
O teste duplo deve ser solicitado entre 11 e 13 semanas e o teste triplo (ou quádruplo), idealmente, entre 15 e 18 semanas.
57
Cite situações que cursam com o aumento da alfafetoproteína
Defeitos do tubo neural Obstrução intestinal ou esofagiana Cistos pilonidais Teratoma sacrococcígeo Defeitos da parede abdominal (onfalocele e gastrosquise) Obstrução urinária Anormalidades renais (rim ausente e rim policístico) Nefrose congênita Osteogenesis imperfecta Defeitos de pele congênitos Extrofia cloacal RN de baixo peso Oligodramnia Gestação gemelar Baixo peso materno Subestimação da idade gestacional Higroma cístico
58
Cite situações que cursam com a diminuição da alfafetoproteína
Trissomias Neoplasia trofoblástica gestacional Morte fetal Sobrepeso materno Superestimação da idade gestacional
59
cite as alterações em marcadores bioquímicos e biofísicos (e em qual momento da gestação eles devem ser feitos) esperadas em gestações de conceptos com trissomia do 21, 18 e 13.
Galeria
60
Em relação aos procedimentos invasivos para diagnostico de anormalidades congênitas, descreva em que momento da gestação eles podem ser feitos, qual a taxa de interrupção da gestação e em quanto tempo o resultado é obtido.
Biópsia de vilo corial - 10-13 semanas - 1-2% - 03 a 07 dias Amniocentese - > 14 semanas - < 0,5% - 02 a 03 semanas Cordocentese - > 18 semanas - 2,0% - 1 a 3 dias
61
O que é o sinal de Halban?
Aumento da lanugem nos limites do couro cabeludo
62
O que é o sinal de Hunter?
Aumento da pigmentação dos mamilos, ocorre aproximadamente na vigésima semana de gestação
63
Pós datismo vs pós termo vs pós maturidade
Se a gestação prossegue e completa as 42 semanas, é considerada pós-termo, prolongada ou protraída, ou serotina. É mencionado também o termo pós-datismo para designar as gravidezes que ultrapassam 40 semanas Pós-maturidade (dismaturidade) é um termo que deve ser utilizado para descrever um recém- nato com características clínicas de uma gravidez prolongada, como descamação da pele, impregnação por mecônio, unhas longas, pouco ou nenhum vérnix, pregas palmares e plantares bem desenvolvidas, muito cabelo e pouca gordura subcutânea
64
Parto induzido vs dirigido
O parto induzido é aquele onde o obstetra estimula o surgimento de metrossístoles, através de ocitocina, misoprostol ou outras técnicas de indução. Neste caso, a paciente não entrou espontaneamente em trabalho de parto, e cabe ao obstetra estimular farmacologicamente ou mecanicamente o início da atividade uterina. Já o parto assistido ou dirigido é aquele onde o obstetra intervém para manter a boa dinâmica uterina, de forma que o mesmo transcorra sem alterações e sem delongas, ou seja, é o parto que geralmente você deve estar acostumado a presenciar na maternidade. Nestes casos, o obstetra não intervém no seu início, mas apenas acompanha a parturiente que já se encontra em trabalho de parto, e corrige as discinesias com ocitocina, realiza a amniotomia em momento oportuno, administra analgesia e conduz o trabalho de parto ativamente
65
Sufixo para no contexto de obstetrícia
O sufixo “para” se refere ao número de gestações em que houve viabilidade fetal, excluindo-se, portanto, os abortos (feto com menos de 20-22 semanas e/ou pesando menos de 500 g). Para definição da paridade, não se leva em consideração o número de fetos nascidos em cada parto nem quantos sobreviveram.
66
No parto em que se fez uso de fórcipe, denomina-se
Parto operatório
67
O trajeto ou canal do parto estende-se do útero à fenda vulvar. Há nele três estreitamentos anulares, cite-os
Orifício cervical Diafragma pélvico (seio urogenital) Óstio vaginal (fenda vulvovaginal)
68
Na fase de pré-parto e, mais caracteristicamente, durante a deflagração do trabalho de parto, o colo uterino apresenta dois fenômenos principais:
• Apagamento: diminuição progressiva da espessura do colo (de aproximadamente 3 cm para menos de meio centímetro). • Dilatação: de 0 até 10 cm.
69
A pequena bacia é também denominada... e é separada da grande bacia pelo...
pelve verdadeira ou “bacia obstétrica” anel do estreito superior, região que vai do promontório até a borda superior da sínfise púbica.
70
Quais são os três estreitos que compõe a pelve verdadeira?
Superior Médio Indferior
71
Descreva o estreito superior
delimitado anteriormente pelo pube, lateralmente pela linha terminal (ou inominada) e, posteriormente, pela saliência do promontório e pela asa do sacro Diâmetro Anteroposterior: corresponde à menor distância entre o promontório e a sínfise púbica, que mede 10,5 cm. Este diâmetro nada mais é do que um sinônimo de conjugata vera obstétrica, que será detalhada a seguir. Diâmetros oblíquos: começam nas eminências iliopectíneas e terminam na articulação sacroilíaca. Medem cerca de 12,5 cm São denominados primeiro e segundo oblíquo. O primeiro oblíquo se refere ao diâmetro oblíquo da pelve que sai da iminência iliopectínea esquerda em direção à sinostose sacroilíaca direita e segundo oblíquo se refere ao outro. O primeiro oblíquo é discretamente maior que o segundo oblíquo, Diâmetro transverso: estende-se da linha inominada (ou terminal) de um lado até o outro lado da pelve
72
Descreva as subdivisões do diâmetro anteroposterior
• Conjugata Anatômica ou Vera Anatômica: formada pela linha que une a borda superior da sínfise púbica e o promontório, que representa uma distância de 11 cm. • Conjugata Obstétrica ou Vera Obstétrica: corresponde à distância entre o promontório e a face interna da sínfise púbica. Representa o espaço real do trajeto da cabeça fetal, que mede cerca de 10,5 cm. • Conjugata Diagonal ou Diagonalis: definida pela linha que une o promontório e a borda inferior do osso púbico, que mede 12 cm. Na avaliação pelo toque vaginal, esta é a medida empregada para estimativa do diâmetro da conjugata obstétrica (vera obstétrica) na pelvimetria clínica. Em geral, o diâmetro da conjugata obstétrica é 1,5 cm menor que a conjugata diagonalis.
73
Descreva o estreito médio
O estreito médio é delimitado pela borda inferior do osso púbico e pelas espinhas isquiáticas • Diâmetro anteroposterior: em nível das espinhas ciáticas, mede 12 cm. • Diâmetro transverso ou biespinha ciática: é o menor diâmetro da pelve e mede 10 cm.*** As espinhas ciáticas são importantes pontos de referência e representam o plano “0” de De Lee. Delas emergem os nervos pudendos que são comumente anestesiados no parto ***
74
Descreva o estreito posterior
• Diâmetro anteroposterior: Liga a borda inferior do osso púbico ao coccige, e mede 9,5 cm. Entretanto, pelo movimento da cabeça fetal durante o desprendimento pode alcançar 11 cm pela retropulsão do coccige. O diâmetro anteroposterior do estreito inferior define a chamada Conjugata Exitus. • Diâmetro transverso ou bi-isquiático ou intertuberoso: é determinado pelas tuberosidades isquiáticas e mede 11 cm.
75
Descreva os tipos de bacia
1- Bacia Ginecoide: Constitui a pelve feminina típica. Corresponde aproximadamente a 50% das bacias femininas. O estreito superior tem a forma arredondada e a porção posterior é bastante espaçosa 2- Bacia Androide: Possui as características da bacia masculina normal. Representa aproximadamente 20% das bacias femininas. Apresenta o estreito superior triangular, com o diâmetro transverso máximo deslocado para a região posterior. As paredes pélvicas são convergentes, as espinhas ciáticas salientes, o ângulo subpúbico é estreito e o estreito superior reduzido. O parto por via baixa não tem bom prognóstico 3- Bacia Antropoide: É semelhante à bacia dos antropoides superiores (gorilas). Representa aproximadamente 25% das bacias femininas. Apresenta o estreito superior elíptico e alongado no sentido anteroposterior e o diâmetro transverso diminuído (o diâmetro anteroposterior é maior que o transverso). As chanfraduras sacrociáticas são amplas, as paredes laterais convergem ocasionalmente e as espinhas ciáticas não são proeminentes. Todas as referências concordam que se não houver distocia no estreito superior, não haverá no resto da bacia, e o parto possui bom prognóstico. 4- Bacia Platipeloide: É o tipo mais raro de bacia, e está presente em aproximadamente 5% dos casos. Possui a forma achatada, estreito superior ovalado, pequeno diâmetro anteroposterior e amplo diâmetro transverso
76
A observação de uma conjugata diagonalis maior que 11,5 cm (conjugata obstétrica maior que 10 cm) ou um promontório inatingível ao toque digital significam que o
tamanho da pelve é provavelmente adequado para a passagem de um feto de tamanho normal.
77
A impossibilidade ao parto vaginal pode ser assegurada se o diâmetro interespinhoso é inferior a
8 cm
78
A presença de um sacro reto reduz a capacidade do
estreito médio
79
Atitude ou postura fetal
Caracteriza-se pela relação das diversas partes fetais entre si. Geralmente, o concepto apresenta-se em flexão generalizada, o que constitui o chamado ovoide fetal.
80
Situação
é a relação entre o maior eixo fetal (cabeça-nádegas) e o maior eixo uterino (canal cervical – corpo uterino). Três situações podem ocorrer: longitudinal, transversal e oblíqua.
81
Posição
é a relação do dorso fetal com pontos de referência do abdome materno. Na situação longitudinal, pode ser direita ou esquerda. Na situação transversa, pode ser anterior ou posterior em relação à coluna vertebral materna.
82
Apresentação
é a relação entre o polo fetal e o estreito superior da pelve materna. Na situação longitudinal, as apresentações possíveis são a cefálica e a pélvica. Na situação transversal, o ponto de referência é o acrômio, e a apresentação é denominada córmica.
83
Variedade de apresentação
na apresentação cefálica, relaciona-se com o grau de deflexão do polo cefálico. Na apresentação cefálica fletida, o ponto de referência é a fontanela posterior. Na deflexão de 1° grau, o ponto de referência é a fontanela anterior ou bregmática, que caracteriza a apresentação de bregma. Na deflexão de 2° grau, o ponto de referência é a glabela. Na deflexão de 3° grau, o ponto de referência é o mento (apresentação de face). Na apresentação pélvica, pode haver duas variedades principais: completa e incompleta (modo de nádegas).
84
Maior diâmetro do polo cefálico fetal
Occiptomentoniano (13,5 cm)
85
fatores predisponentes a situação transversa:
Multiparidade, Placenta prévia Anomalias uterinas Leiomiomas submucosos.
86
Os fatores que determinam a acomodação fetal podem determinar a troca de uma apresentação por outra. Este fenômeno é denominado
Versão ou mutação
87
Em geral, até o sexto mês de gestação, a cabeça fetal é comumente encontrada no... Após essa idade gestacional, é comum a ocorrência de um movimento circular do feto sobre seu eixo, quando ele assume a apresentação...
Fundo uterino Cefálica
88
diâmetro de insinuação
diâmetro máximo do polo cefálico apresentado ao estreito superior da pelve
89
Sinclitismo
Representa o encaixamento do polo cefálico fetal com a sutura sagital com a mesma distância entre a sínfise púbica e o promontório sacral. Assim, a sutura sagital encontra-se equidistante do pube e do sacro, sem qualquer inclinação lateral.
90
Obliquidade de Nagele e de Litzmann
O assinclitismo anterior (obliquidade de Nägele) ocorre quando a sutura sagital fetal está próxima ao sacro, e o parietal anterior ocupa a maior parte dos estreitos da pelve. O assinclitismo posterior (obliquidade de Litzmann) ocorre quando a sutura sagital se aproxima do pube, e é o parietal posterior que ocupa grande parte da bacia.
91
Atitudes do polo pélvico na apresentação pélvica
• Pelvipodálica ou Pélvica Completa: quando as pernas e as coxas estão fletidas, com os pés junto às nádegas. • Pélvica Simples ou Incompleta Modo de Nádegas ou Agripina: quando as coxas estão fletidas sobre a bacia e as pernas estendidas sobre a superfície anterior do tronco. • Pélvica Incompleta, Variedade de Pés ou de Joelhos ou Pélvica com Procedência de Pés ou de Joelhos: quando essas partes fetais ocupam o estreito superior da bacia.
92
Conceitue apresentação alta e móvel, ajustada, fixa e insinuada
Diz-se que a apresentação é alta e móvel, quando não toma contato com o estreito superior. Ajustada, quando ocupa a área deste estreito. Fixa, quando não é possível mobilizá-la à palpação. Insinuada, quando o maior diâmetro transverso da apresentação ultrapassa a área do estreito superior.
93
Posição fetal
De acordo com a escola alemã, a posição fetal corresponde à relação entre o dorso fetal e o lado direito ou esquerdo do abdome materno. As posições frequentemente observadas são duas: • Esquerda: quando o dorso do feto se apresenta à esquerda do abdome materno. • Direita: quando o dorso do feto se apresenta à direita do abdome materno. Excepcionalmente, são observadas outras duas posições: • Anterior: quando o dorso do feto se apresenta voltado para diante do abdome materno. • Posterior: quando o dorso do feto se apresenta voltado para trás do abdome materno.
94
No final da gestação é mais comum a posição... Explique
Esquerda Existem dois fatores que provavelmente explicam a predominância dessa posição: • Leve rotação uterina para a direita. • Posicionamento anatômico do reto e sigmoide à esquerda.
95
Assoce o símbolo (O, B, N, M, S e A) com o ponto de refência
O (Lambda) B (Bregma) N (Nariz ou glabela) M (Mento) S (crista Sacrococcígea) A (Acrômio)
96
Qual apresentação impossibilita na grande maioria das vezes o parto vaginal, uma vez que o maior diâmetro da cabeça fetal é apresentado à pelve?
A apresentação de fronte (deflexão de 2º grau). Apresenta o diâmetro occipitomentoniano, com cerca de 13,5 cm)
97
A apresentação de face (deflexão de terceiro grau) pode permitir o parto vaginal?
Sim, caso a variedade seja mento anterior (MEA, MDA ou MP), visto que, se o mento estiver orientado para baixo (posterior), torna-se impossível a flexão da cabeça fetal e desprendimento
98
Período de Dilatação (1º Período do Parto)
Inicia-se no final da fase latente. O Ministério da Saúde define a fase ativa do trabalho de parto quando há presença de contrações uterinas regulares e de dilatação cervical com pelo menos 4 cm. Termina quando o colo uterino encontra-se totalmente dilatado (10 cm nas gestações a termo) Nas primíparas é mais demorado, apresentando duração aproximada de 10 a 12 horas. Nas multíparas costuma ser mais rápido, com duração de 6 a 8 horas.
99
Período expulsivo
O período expulsivo tem início no final do período de dilatação (dilatação total do colo uterino: 10 cm) e termina com a expulsão total do feto. Dura em média 50 minutos nas primíparas e 20 minutos nas multíparas. De acordo com o Ministério da Saúde, os limites de tempo para o período expulsivo são 0,5 a 2,5 horas em primíparas (uma a três horas com analgesia peridural) e até uma hora em multíparas (duas horas com peridural).
100
Secundamento
Corresponde ao descolamento e expulsão da placenta e das membranas ovulares. Ocorre cerca de 10 a 20 minutos após o período expulsivo. É considerado prolongado quando ultrapassa 30 minutos. O descolamento da placenta pode se efetuar por dois mecanismos diferentes: Baudelocque-Schultze: a implantação placentária encontra-se no fundo uterino (corporal). Ocorre em cerca de 75% dos casos, desprendendo- se pela face fetal em forma de guarda- -chuva, com o sangramento se exteriorizando após a saída da placenta. Baudelocque-Duncan: a implantação placentária ocorreu nas paredes laterais uterinas. Responde por cerca de 25% dos casos, desprende- se pela borda inferior, o sangramento precedendo a saída da placenta.
101
Quarto período do parto
Tem início no final do secundamento e estende- -se até uma hora após o parto. Este período demanda observação cautelosa pelo risco de hemorragias. Representa a hemostasia do sítio de inserção placentário. Os mecanismos de hemostasia nesta fase são: − Miotamponagem: caracteriza-se pela contração da musculatura uterina, que desencadeia uma consequente ligadura dos vasos uteroplacentários (ligaduras vivas de Pinard). − Trombotamponagem: formação de trombos (coágulos) nos grandes vasos uteroplacentários e hematoma intrauterino que promovem o tamponamento de arteríolas e veias abertas no sítio placentário. − Indiferença miouterina: o útero se torna “apático” e, do ponto de vista dinâmico, apresenta fases de contração e relaxamento, podendo se encher progressivamente com sangue. − Contração uterina “fixa”: depois de decorrida uma hora, o útero adquire maior tônus, a contração se sobrepõe ao relaxamento. Assim, o útero se mantém contraído, constituindo o chamado globo de segurança de Pinard.
102
Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto Normal do Ministério da Saúde (2017) recomendam que o toque vaginal ocorra...
a cada quatro horas, se houver alguma preocupação com a progressão do parto ou em resposta aos desejos da mulher.
103
A presença de mecônio no líquido amniótico pode significar...
sofrimento fetal
104
Discorra sobre a amniotomia
a amniotomia (rotura intencional das membranas) pode reduzir o tempo total do trabalho de parto em até cerca de uma a duas horas, mas seu uso rotineiro é questionável por aumentar o risco de compressão do cordão umbilical, de infecção e da taxa de cesariana. Atualmente, só está indicada para correção de distocias funcionais, avaliação da variedade de posição (caso não seja possível com a bolsa íntegra), avaliação do líquido amniótico quando indicada e nos casos de parto operatório.
105
No período de expulsão, em que momentos deve ser feita ausculta do BCF?
A ausculta dos batimentos cardíacos fetais deve ser feita a cada cinco minutos, antes, durante e após duas contrações uterinas
106
manobra de Ritgen modificada
Consiste na compressão do períneo posterior e controle da deflexão da cabeça fetal com a mão oposta, visando evitar a deflexão rápida da cabeça Visa diminuir lesões do períneo
107
Indicações de episiotomia
1- parto operatório (fórcipe ou vacuoextração), 2- períneos rígidos 3- exaustão materna 4- feto grande 5- período expulsivo prolongado 6- variedades occipitoposteriores 7- distocia de espáduas 8- insuficiência cardíaca materna, 9- sofrimento fetal agudo 10- apresentação pélvica. Outras indicações ocasionalmente citadas na literatura são a primiparidade, episiotomia prévia e prematuridade.
108
Em casos de dificuldades (distocia de espáduas ou de ombros), evitar tração sobre o pescoço, que está associada a
Paralisia de Erb Duchenne (do plexo braquial, ex.: cerramento sustentado da mão fetal)
109
Descreva a Manobra de McRoberts, que visa a liberação dos ombros impactados
abdução e hiperflexão das coxas: promove a rotação da sínfise púbica e retificação da lordose lombar.
110
Descreva as manobras de pressão suprapúbica e Rubin I, que visam a liberação de ombros impactados
A pressão suprapúbica pode ser realizada no sentido vertical, com o objetivo de comprimir o ombro fetal, diminuindo o diâmetro biacromial ou ainda, (Rubin I) pode ser realizada sobre a região do ombro fetal, com intuito de realizar pequeno movimento de flexão e rotação dos ombros, permitindo seu desprendimento Alguns autores consideram ambas como sinônimas. Manobras geralmente associadas à Manobra de McRoberts.
111
Em relação às manobras rotacionais que que visam a liberação dos ombros impactados, descreva a manobra de Woods
Manobra de Woods (saca-rolha): consiste em pressão na face anterior (sobre a clavícula) do ombro posterior fetal com o auxílio de dois dedos, com o intuito de rodá- -lo 180°
112
Em relação às manobras rotacionais que que visam a liberação dos ombros impactados, descreva a manobra de Rubin II
a manobra de Rubin II consiste na introdução dos dedos de uma das mãos na vagina, atrás do ombro anterior do feto, e empurrando o ombro em direção do tórax do feto. * Assim, a manobra de Woods provoca a abdução do ombro fetal e a de Rubin II, a adução
113
Em relação às manobras rotacionais que que visam a liberação dos ombros impactados, descreva a manobra de Woods reversa
os dedos são colocados sobre o ombro posterior, por trás e o objetivo é girar o feto na direção oposta à da manobra convencional de Woods.
114
Descreva a manobra de Jacqueimer
esta manobra consiste na introdução da mão do obstetra profundamente na vagina e retirada do braço fetal posterior, diminuindo o diâmetro impactado.
115
Descreva a manobra de Gaskin
posicionar a paciente de joelhos, com as mãos apoiadas (posição de quatro) e tentar realizar o desprendimento dos ombros na ordem inversa; iniciando-se pelo posterior, que agora está posicionado anteriormente, e a seguir, o anterior, agora posicionado posteriormente
116
Nas falhas das manobras citadas, uma opção é a manobra de Zavanelli, descreva-a
reintrodução da cabeça fetal na vagina, seguindo inversamente os movimentos fetais já realizados (rotação para OP, flexão e reintrodução da cabeça na vagina) e término do parto por cesariana de emergência
117
A primeira manobra a ser tentada frente a uma distocia de espáduas é a
pressão suprapúbica, associada ou não à de McRoberts, que atinge sucesso na resolução da maior parte dos casos
118
O momento ideal para pinçar o cordão de todos os recém-nascidos, independentemente de sua idade gestacional, é...
quando a circulação do cordão umbilical cessou, o cordão está achatado e sem pulso (aproximadamente três minutos ou mais depois do nascimento). Depois de as pulsações do cordão terem cessado (aproximadamente três minutos após o parto), procede-se o clampeamento e o corte, de acordo com técnicas estritas de higiene e limpeza. O clampeamento precoce estaria indicado para as gestantes Rh negativo, HIV positivo ou quando houver sofrimento fetal agudo.
119
Em que alturas do feto em relação à placente a transfusão não ocorre? Em que posição ela se completa em cerca de 3 min? Em que posição ela se completa em apenas 1 min?
Não acontece: + 50 cm 3 min: + 10 a - 10 cm 1 min: - 50 min
120
Durante o secundamento, procura-se avaliar se a placenta já se descolou. Nenhuma manobra mais intempestiva deverá ser feita, uma vez que...
existe o risco de inversão uterina aguda, evento potencialmente grave que leva a choque neurogênico e perdas sanguíneas intensas. A tração intempestiva do cordão umbilical é proscrita (risco de rotura do cordão e inversão uterina), bem como a compressão vigorosa do fundo uterino (manobra de Credé, que pode levar também à inversão uterina).
121
Descreva o manejo ativo do terceiro período do parto, o qual se associa a menores perdas sanguíneas e risco de hemorragias puerperais
uso de ocitocina profilática (10 U intramuscular) de forma rotineira imediatamente após a expulsão fetal, seguida de clampeamento tardio, tração controlada do cordão umbilical, seguido de massagem uterina, realizada imediatamente após a expulsão da placenta e a cada quinze minutos durante as primeiras duas horas do parto
122
sinal de Ahlfeld
Pinçamento do cordão umbilical próximo à vulva, e com o descolamento da placenta o local de pinçamento se distancia
123
Sinal de Fabre e de Strassmann
Tração intermitente discreta do cordão umbilical, a qual não será transmitida ao fundo uterino quando a placenta estiver descolada (sinal de Fabre) ou inversamente, a percussão do fundo uterino não é propagada ao cordão umbilical (sinal de Strassmann).
124
Sinal de Kustner
Elevação do corpo uterino através da palpação abdominal não acompanhada da movimentação do cordão umbilical
125
Sinal da placenta
sensação de peso sobre o reto referida pela paciente.
126
manobra de Harvey
Diagnosticado o descolamento da placenta, pode-se auxiliar na descida da placenta pelo canal vaginal com compressão leve na região do segmento uterino inferior
127
manobra de Jacob-Dublin
Durante sua exteriorização, pode-se impor leve tração e torção axial da placenta, para auxiliar no seu descolamento
128
Em caso de hemorragia ou retenção placentária, pode ser indicada a...
Extração manual da placenta
129
Descreva os graus de lesões perineais
1º grau – lesão da pele do períneo, fúrcula e mucosa vaginal; 2º grau – fáscia e músculo do períneo, sem lesão da muscular do esfíncter; 3º grau – lesão da camada muscular do esfíncter anal; 4º grau – lesão que atinge a mucosa retal, expondo a luz do reto.
130
Quais os cuidados se deve ter no Quarto Período (Período de Greenberg)?
Neste período ocorrem com mais frequência as hemorragias por atonia uterina ou por laceração do trajeto do parto. Também podem ocorrer sangramentos por retenção de restos placentários ou de membranas. É um período em que deve ser feita observação atenta da parturiente, para que qualquer distúrbio seja detectado e tratado imediatamente. Verifica-se, igualmente, se o útero está contraído (globo de segurança de Pinard). O uso de ocitocina é recomendado rotineiramente na prevenção das hemorragias puerperais, logo após a saída fetal. A perda sanguínea média total no parto normal é de aproximadamente 500 ml e de 1.000 ml na cesariana.
131
O que demarca o início da fase latente?
Aparecimento das contrações dolorosas e regulares que provocam o amolecimento e apagamento do colo uterino, porém com velocidade de dilatação ainda lenta (< 1,2 cm/h).
132
Como a fase ativa do parto é dividida?
fase de aceleração (dilatação inicial, com duração de cerca de uma hora) fase de inclinação máxima (dilatação linear e rápida) fase de desaceleração (dilatação em velocidade constante), na qual ocorre normalmente a descida da apresentação
133
O que representam as duas linhas diagonais do partograma?
a da esquerda corresponde à “linha de alerta” a da direita à “linha de ação”.
134
Como é feita a preservação da saúde fetal durante os períodos de dilatação e expulsivo?
Ausculta dos BCF de 30 em 30 minutos, antes, durante e após duas contrações uterinas (nas gestações de alto risco, de 15 em 15 minutos). No período expulsivo, ausculta dos BCF a cada 15 minutos (no alto risco, a cada 5 minutos). Eventualmente, cardiotocografia, oximetria de pulso fetal e análise do pH do sangue capilar fetal. Avaliação do líquido amniótico (mecônio?).
135
As linhas de alerta e de ação servem como auxílio na avaliação da evolução da
DILATAÇÃO cervical e não da descida da apresentação
136
Achados da fase ativa prolongada ou distocia funcional
a dilatação do colo uterino ocorre lentamente, numa velocidade menor que 1 cm/hora. A curva da dilatação ultrapassa a linha de alerta e, às vezes, a linha de ação. Essa distocia geralmente decorre de contrações uterinas não eficientes (falta de motor). A correção é feita inicialmente pelo emprego de técnicas humanizadas de estímulo ao parto normal, por exemplo, estimulando-se a deambulação e, se necessário, posteriormente pela administração de ocitocina ou rotura artificial da bolsa das águas.
137
Fase latente prolongada
Dilatação cervical menor que 3/4 cm apesar do tempo excessivo de contrações dolorosas e regulares. Definida como duração maior que 20 horas em primíparas e 14 horas em multíparas. Não é indicativa de distocia e não é necessária sua correção. Exige atenção, pois é fator de risco para trabalho de parto disfuncional.
138
Parada secundária de dilatação
diagnosticada por dois toques sucessivos, com intervalo de duas horas ou mais, com a mulher em trabalho de parto ativo. Nesse tipo de distocia, a dilatação cervical permanece a mesma durante duas horas ou mais, ultrapassa a linha de alerta e, por vezes, a linha de ação. Há associação frequente com sofrimento fetal agravando o prognóstico perinatal. A causa principal é a desproporção cefalopélvica relativa ou absoluta.
139
Parto precipitado ou taquitócito
diagnosticado quando a dilatação cervical e a descida e expulsão do feto ocorrem num período de quatro horas ou menos. O padrão da contratilidade uterina é de taquissistolia e hipersistolia e, caso a placenta esteja no limite de sua função, pode ocorrer o sofrimento fetal
140
Parto pélvico prolongado
manifesta-se no partograma com a descida progressiva da apresentação, mas excessivamente lenta. Nota- -se dilatação completa do colo uterino e demora na descida e expulsão do feto. Essa distocia geralmente está relacionada à contratilidade uterina deficiente e sua correção é obtida pela administração de ocitocina, rotura artificial da bolsa das águas e, ainda, pela utilização do fórcipe, desde que preenchidos os pré-requisitos para sua aplicação. Também se recomenda a posição verticalizada para favorecer a descida da apresentação O Ministério da Saúde (2017) define como limite de tempo de período expulsivo para primíparas de 2,5 horas e de uma hora em multíparas.
141
Parada secundária da descida
diagnosticada por dois toques sucessivos, com intervalo de uma hora ou mais, desde que a dilatação do colo uterino esteja completa. Considera-se que há parada secundária da progressão da apresentação quando ocorre cessação da descida por pelo menos uma hora após o seu início A causa mais frequente desse tipo de distocia é a desproporção cefalopélvica relativa ou absoluta A presença de desproporção absoluta leva à indicação de cesárea. Na vigência de desproporção relativa, com polo cefálico profundamente insinuado e cervicodilatação completa, é válida a tentativa de fórcipe de tração ou rotação, dependendo da variedade de posição. Ocorre mais frequentemente em pacientes submetidas à analgesia.
142
Onde marcar a linha de alerta
A linha de alerta deve ser traçada na coluna imediatamente à direita da marcação referente ao início do partograma, usando como base a extremidade direita do triângulo que representa a dilatação cervical
143
Descreva a definição de parto pré termo, PIG, baixo peso, muito baixo peso e extremo baixo peso
Parto pré termo: RN cujo parto ocorreu entre 20-22 semanas e antes de 37 semanas completas. PIG: RN abaixo do 10º percentil para a IG. Baixo peso: RN com peso inferior a 2.500 g. Muito baixo peso: RN com peso inferior a 1.500 g. Extremo baixo peso: RN com peso inferior a 1.000 g.
144
Fator de risco mais significativo para parto pré termo
Histórico de parto pré termo Mulheres que tiveram um parto pré-termo anterior (< 35 semanas) têm risco de recorrência de 16%; 41% com dois partos pré-termo; e 67% quando tiveram três partos pré-termo anterior.
145
Segundo a American College of Obstetricians and Gynecologists (2002), define-se trabalho de parto prematuro pela presença de:
• Quatro contrações em 20 minutos, ou oito em 60 minutos associadas à alteração do colo do útero E • Dilatação cervical maior que 2 cm OU • Apagamento cervical maior ou igual a 80%
146
Qual a grande utilidade da medição por USG TV da distância entre o orifício interno e o externo do útero?
um valor maior que 30 mm exclui o trabalho de parto pré-termo em mulheres apresentando contrações e define um falso trabalho de parto.
147
Qual é a principal causa de morte do RN pré-termo.
Síndrome da angústia respiratória
148
Tratar ou não tratar vaginose bacteriana em grávida para prevenir parto prematuro?
Rezende (2013) indica o tratamento de mulheres com vaginose bacteriana com antecedente de parto pré-termo ou abortamento tardio, mesmo que assintomáticas, de preferência antes de 16 semanas de gravidez. Desta forma, recomenda o rastreamento precoce no pré-natal em pacientes de risco. Recomenda a clindamicina como melhor opção terapêutica nestes casos. Revisão Cochrane não sugere evidência de benefício com esta estratégia.
149
Indicações de circlagem (cerclagem)
Nos casos de Incompetência Istimocervical, está indicada a circlagem eletiva (sutura do orifício interno do colo uterino) que deve ser realizada preferencialmente entre 12 e 16 semanas, quando indicada pela história clínica da paciente. Pode ser realizada excepcionalmente fora deste período (entre 16 e 24 semanas) quando detectadas alterações cervicais ou ultrassonográficas (circlagem de emergência). Deve ser evitada em períodos precoces da gestação, devido ao maior risco de abortamento no primeiro trimestre, e em períodos posteriores devido ao maior risco de rotura iatrogênica de membranas ovulares.
150
Descreva a técnica da cerclagem
A técnica de McDonald (também citada como MacDonald por alguns autores) consiste na sutura em bolsa, no colo uterino, imediatamente abaixo da reflexão anterior da bexiga, utilizandose fios inabsorvíveis espessos (polipropileno número 1 ou 2, por exemplo).
151
Cite uma forma de diminuir a chance de parto prematura com medicamento
Suplementação com progestágenos: a suplementação hormonal com progesterona, na forma de supositórios vaginais diários ou injeções intramusculares semanais, a partir do segundo trimestre até 34 semanas de gravidez (ainda não há evidência definitiva)
152
Cite medidas ineficazes na prevenção de parto prematuro
- Repouso domiciliar ou hospitalar - Abstinência sexual - Tocólise profilática - Tocólise de manutenção - Antibioticoprofilaxia em mulheres assintomáticas - Uso de escores de risco para prematuridade
153
Cite Medidas potencialmente efetivas na diminuição do parto prematuro
- Suplementação com progestágenos - Interrupção do tabagismo - Interrupção do uso de drogas e álcool - Circlagem - Redução da atividade física - Tratamento das infecções genitais sintomáticas - Tratamento da bacteriúria assintomática
154
Período em que é válido inibir o trabalho de parto
entre 24 e 34 semanas
155
Drogas utilizadas para tocólise
1- Betamiméticos 2- Inibidores da síntese de prostaglandinas 3- Bloqueadores do canal de cálcio 4- Sulfato de Mg 5- Antagonistas da ocitocina
156
Fale sobre os betamiméticos
São substâncias semelhantes às catecolaminas que atuam na musculatura involuntária lisa. Atuam em receptores uterinos, causando relaxamento muscular. Promovem a elevação do AMP-c, com consequente diminuição do cálcio livre intracelular.São eficazes em prolongar a gestação por 48 horas. Ex.: salbutamol, a ritodrina (única aprovada pelo FDA), a terbutalina, o fenoterol e a isoxsuprina Contraindicações ao uso de betamiméticos: - cardiopatia - glaucoma de ângulo agudo - anemia falciforme - história de edema agudo de pulmão
157
Fale sobre os inibidores da síntese de prostaglandinas
Este grupo de medicamentos atua inibindo a cicloxigenase e bloqueando a conversão do ácido aracdônico livre em prostaglandina. Uma vez que as prostaglandinas E e F têm papel relevante na gênese das contrações uterinas, através do aumento da formação de gap junctions miometriais e aumento do cálcio intracelular disponível, espera-se que sua inibição produza uma diminuição das contrações. Indometacina é o fármaco mais frequentemente utilizado. A indometacina não deve ser utilizada em gestantes com idade gestacional maior que 32 semanas, ou por períodos maiores que 48-72 horas, sob o risco de fechamento precoce do ducto arterioso e consequente hipertensão pulmonar fetal. Pode causar também oligodramnia
158
Fales sobre os BCC
Dentro deste grupo de medicamentos, a nifedipina é seu principal representante. Os bloqueadores de canal de cálcio apresentam rápido início de ação e posologia facilitada. Alguns autores recomendam este grupo de drogas como primeira escolha no tratamento do trabalho de parto prematuro. O uso concomitante com sulfato de magnésio é potencialmente perigoso, devido ao risco de bloqueio neuromuscular e hipotensão grave, e por isso deve ser avaliado com cautela.
159
Fale sobre Sulfato de Mg
Age através de competição com os íons cálcio pela entrada nas células musculares. Uma revisão da Cochrane não evidenciou benefícios do uso de sulfato de magnésio na prevenção do parto prematuro, mesmo quando comparado ao placebo. - reflexo patelar (desaparece quando níveis de magnésio entre 9.6 a 12 mg/dl); - frequência respiratória (depressão e parada respiratória com níveis entre 12 e 18 mg/dl); - débito urinário (normal se maior que 25 ml/h). A parada cardíaca ocorre quando os níveis de magnésio situam-se acima de 24 mg/dl.
160
Fale sobre antagonistas da ocitocina
O atosiban é um antagonista seletivo do receptor de ocitocina. Em tese, o atosiban é mais efetivo em idades gestacionais mais avançadas, visto o maior número de receptores uterinos de ocitocina e maior responsividade uterina à ocitocina com o avançar da idade gestacional.
161
Qual o tocolítico de primeira escolha?
Segundo alguns autores, a indometacina seria o tocolítico de escolha em idade gestacional menor que 32 semanas, especialmente naquelas pacientes candidatas a uso de sulfato de magnésio para neuroproteção fetal (ver adiante), devido aos riscos da associação dos bloqueadores de canal de cálcio com sulfato de magnésio. Outros autores não priorizam a indometacina, raramente a recomendando (Obstetrícia, Unifesp, 2011). Em gestantes entre 32 e 34 semanas, recomenda- se a nifedipina como agente de primeira escolha, seguido dos betamiméticos.
162
Qual os benefícios da corticoterapia no manejo de parto prematuro
a corticoterapia materna antenatal promove redução significativa da mortalidade neonatal e da incidência da doença de membrana hialina, hemorragia intraventricular e enterocolite necrosante. Sua ação parece ser mais efetiva após 48 horas do início da administração das medicações, embora existam evidências de benefícios horas após seu início. A administração antenatal de glicocorticoides acelera o desenvolvimento dos pneumócitos. Também regula as enzimas dos pneumócitos II que estimulam a síntese de fosfolipídeos e consequente liberação de surfactante. As medicações recomendadas são a betametasona e dexametasona. Outros corticoides não devem ser utilizados, pois não atravessam eficazmente a barreira placentária (são metabolizados pela 11-beta-hidroxiesteroide desidrogenase tipo II placentária); ou por apresentarem excessivo efeito mineralocorticoide
163
Quando fazer uso de corticoterapia na gestante
A corticoterapia deve ser utilizada entre 24 e 34 semanas em toda gestante com risco de parto prematuro, independente da presença de rotura prematura de membranas ovulares. Seus maiores benefícios se relacionam com gestantes entre 28 e 34 semanas estudos recentes mostraram benefício na redução da morbidade respiratória quando a corticoterapia foi administrada entre 34 e 36 semanas e 6 dias para fetos com risco de parto prematuro, levando o American College of Obstetricians and Gynecologists recomendar o uso neste período a partir de 2016. Outra recente modificação importante do American College of Obstetricians and Gynecologists é a autorização do uso da corticoterapia a partir de 23 semanas caso haja risco de parto em sete dias
164
Contraindicações à corticoprofilaxia na gestação
O livro Rotinas em Obstetrícia (7ª edição, 2017) considera como contraindicações ao uso de corticoterapia profilática a presença de infecção ovular, infecções maternas e úlcera péptica sangrante.
165
Qual a importância do sulfato de Mg no contexto da prematuridade? Quando indicar?
Possível Neuroproteção. Indica-se sulfato de magnésio em todas as gestantes com idade gestacional entre 24 e 32 semanas em trabalho de parto ativo (> 4 cm de dilatação, com ou sem RPMO) ou em parto pré-termo eletivo indicado por razões maternas ou fetais, na dose de 4-6 g em bolus durante 20 minutos, seguido de 1-2 g/hora de manutenção, por no máximo 24 horas antes do parto, sendo suspenso logo após o mesmo
166
No parto prematuro, quais fetos parecem se beneficiar com uma cesariana?
com peso entre 750 e 2000g em apresentação pélvica
167
Descreva o screening de streptococcus do grupo B na gestante
recomenda-se que TODAS as gestantes com idade gestacional de 35-37 semanas sejam rastreadas através da coleta de swab vaginal (introito vaginal) e retal
168
Cite os fatores de risco para infecção por SGB na gestante
- Trabalho de parto com menos de 37 semanas. - Temperatura intraparto maior ou igual a 38 °C. - Amniorrexe há mais de 18 horas.
169
Quais gestantes estão dispensadas de realizar o swab para pesquisa de SGB?
Gestantes com bacteriúria por GBS em qualquer fase da gravidez (mesmo após tratamento adequado ou com número de unidades formadoras de colônia menor que 100.000), assim como gestantes com filhos acometidos por infecção por GBS em gestação prévia devem ser submetidas à profilaxia intraparto e estão dispensadas da coleta de swab retovaginal
170
Quais gestantes devem receber profilaxia para SGB no parto?
- Gestantes com cultura vaginal ou retal positiva entre 35 e 37 semanas. - Gestantes com fatores de risco no momento do parto que não realizaram cultura retovaginal. - Gestantes com fatores de risco com cultura retovaginal negativa há mais de cinco semanas. - Gestantes com crescimento de GBS em urinocultura em qualquer fase da gravidez (mesmo após tratamento adequado). - Gestantes com filho anterior acometido por sepse por GBS.
171
Quais gestantes não devem receber profilaxia para SGB no parto?
- Gestantes submetidas à cesariana eletiva, ou seja, na ausência de trabalho de parto ou RPMO (mesmo com cultura ou urinocultura positiva). - Gestantes com cultura (swab) negativa com intervalo inferior a cinco semanas (mesmo na presença de fatores de risco). - Gestação anterior com urinocultura positiva (exceto se positiva na gestação atual).
172
ATB de escolha para profilaxia de infecção pelo SGB no parto
galeria
173
A gestação pós termo é fator de risco pra quais condições (além do aumento da mortalidade)?
aspiração meconial insuficiência placentária sofrimento fetal oligodramnia compressão umbilical macrossomia
174
Qual a conduta em pacientes com mais de 41 semanas de gestação?
Recomenda-se a avaliação do bem-estar fetal a partir de 41 semanas, principalmente através da avaliação do líquido amniótico e da cardiotocografia. Na presença de oligodramnia ou sinais de sofrimento fetal, está indicada a interrupção da gestação, normalmente com indução do parto caso não haja contraindicação obstétrica
175
Definição de RPMO
definida como rotura espontânea das membranas amnióticas antes do início do trabalho de parto
176
Classifique a RPMO quanto ao momento de acontecimento
- Pré-termo (RPPMO) quando ocorre antes de 37 semanas de gestação; - Precoce quando se dá no início do trabalho de parto; - Oportuna quando ocorre ao final do período de dilatação; - Tardia quando ocorre concomitante à expulsão fetal, que ao nascer envolto pelas membranas é designado como “empelicado”.
177
A RPMO é causa de que porcentagem de partos prematuros?
30-40%
178
Fatores de risco para RPMO
- exames invasivos: amniocentese e cordocentese (risco de 1 a 2%) - incompetência istmocervical - inserção baixa de placenta - macrossomia - polidramnia - trabalho de parto prematuro - infecções genitais (strepto B, gonococo) - tabagismo - sangramento genital - vaginose bacteriana - gestação múltipla - deficiências nutricionais - doenças maternas (deficiência de alfa- -1-antitripsina, síndrome de Ehlers- -Danlos, doença falciforme) - atividade sexual - traumatismo - passado de parto prematuro
179
manobra de Tarnier
elevar a apresentação fetal pela palpação abdominal e realizar compressão uterina Útil quando não é possível confirmar a amniorrexe é através da observação de líquido saindo pelo colo ou acumulado em fundo de saco
180
Ponstos positivos e negativos do toque vaginal no contexto da RPMO
O toque vaginal pode auxiliar no diagnóstico de RPMO, especialmente nas pacientes com algum grau de dilatação do colo. Entretanto, na ausência de trabalho de parto franco, o toque vaginal deve ser evitado, pois aumenta consideravelmente o risco de infecção, e outros métodos menos prejudiciais podem ser utilizados com este objetivo.
181
Descreva o Teste do Papel de Nitrazina
A fita é introduzida no fundo-de-saco posterior e, quando azul, significa pH maior 6 - 6,5, sendo, portanto, confirmatório de RPMO. O pH vaginal pode ser alterado pela presença de sangramento vaginal, sabão, sêmen, cervicite, vaginose e urina alcalina, comprometendo o resultado do exame
182
Qual o uso da Alfafetoproteína para o diagnóstico de RPMO?
a AFP é enzima produzida pelo rim fetal que está presente em altas concentrações no líquido amniótico, mas não na vagina de mulheres grávidas em condições normais. Sua identificação na secreção vaginal é indicativa de perda líquida.
183
Exame teoricamente com sensibilidade de 99%; especificidade de 100%; VPP (Valor Preditivo Positivo) de 100% e VPN (Valor Preditivo Negativo) de 99% para RMPO
AmniSure: trata-se de um teste rápido que detecta a proteína alfa microglobulina placentária no fluido vaginal (PAMG-1). A PAMG-1 apresenta nível reduzido no sangue e nível basal extremamente reduzido (50-220 picogramas/ml) nas secreções cervicovaginais quando as membranas fetais estão intactas. Já suas concentrações no líquido amniótico estão compreendidas num intervalo entre 2000-25.000 ng/ml e o teste é capaz de detectar a PAMG-1 a partir de 5-7 ng/ml. Desta forma, sua presença na secreção vaginal em altas concentrações é indicativa de rotura das membranas.
184
Complicações da RPMO
Infecção Prematuridade Acidentes de parto (maior frequência de apresentações distócicas como as pélvicas e córmicas) Compressão de cordão Sofrimento fetal Malformações (Sequência de Potter ou de oligodramnia: desenvolvimento de fácies anômala, hipoplasia pulmonar, achatamento da ponte nasal, dobra anormal da orelha, posição anormal de mãos e pés e atitude de flexão por contratura de cotovelos e joelhos) retenção placentária (em gestações muito prematuras, está aumentado o risco de retenção placentária necessitando de extração manual e curetagem)
185
Conduta em caso de RPMO na presença de infecção
Na presença de infecção materna ou fetal, é obrigatória a interrupção da gravidez, independente da idade gestacional. Deve-se preferir a via vaginal, visto os maiores riscos de infecção intra-abdominal com a cesariana Institui-se imediatamente a antibioticoterapia empírica, pela associação de ampicilina (2 g IV 6/6 horas) e gentamicina (5 mg/kg por dia ou 1,5 mg/kg 8/8 horas), que deverá ser mantida até 48 horas após o último episódio febril
186
Quadro clínico clássico de corioamnionite
presença de febre materna (≥ 37,8ºC) e pelo menos dois dos seguintes critérios (Ministério da Saúde 2012): - Leucocitose materna (leucometria > 15.000 cels/mm3). - Taquicardia materna (> 100 bpm). - Taquicardia fetal (> 160 bpm). - Sensibilidade uterina. - Líquido amniótico com odor fétido.
187
Conduta em caso de RPMO sem infecção
a conduta se baseia na idade gestacional IG maior ou igual a 34 semanas: A escolha da via de parto deve seguir critérios obstétricos. Não está indicado o uso de tocolíticos neste período ou de corticoides. IG entre 24 e 34 semanas: se não há sinais de infecção, sofrimento fetal ou metrossístoles, deve-se adotar conduta conservadora, visando o amadurecimento pulmonar fetal, visto que, nesta faixa etária, a maior responsável pela morbimortalidade fetal é a síndrome de angústia respiratória - A paciente deve ser mantida hospitalizada, em repouso, com hidratação abundante - Corticoterapia - Tocólise: a maioria dos autores não recomenda a tocólise em caso de RPPMO. - Uso de antibióticos: em pacientes em que se opta pela conduta conservadora (< 34 semanas), o uso de antibióticos mostrou diminuição da morbidade neonatal, do risco de infecção materna e aumento do período de latência (tempo decorrido entre a RPMO e o parto), embora a mortalidade fetal não tenha sido alterada Estas evidências suportam seu uso rotineiro nos casos de RPPMO. A associação amoxicilina/clavulanato deve ser evitada, por estar associada a maior risco de enterocoline necrosante IG menor que 24 semanas: os autores que recomendam a conduta conservadora sugerem que a paciente deve ser acompanhada em ambiente domiciliar com repouso absoluto e controle da temperatura corporal até 24 semanas, quando passariam ao protocolo apresentado anteriormente para os casos com mais de 24 semanas, não se devendo administrar tocolíticos, antibióticos ou corticoesteroides antes deste período.
188
ATB na RPMO em gestantes com menos de 34 semanas
Esquema:Ampicilina 2 g IV a cada 6 horas por 48 horas (cobertura de Streoptococcus do Grupo B, muitos bacilos anaeróbios gram-negativos e alguns anaeróbios); + Azitromicina 1 g VO dose única (cobertura de micoplasma e Chlamydia trachomatis); seguido de amoxacilina 500 mg 8/8 horas por mais 5 dias (cobertura de bacilos gram-positivos e gram-negativos, principalmente E. coli).
189
Atividade uterina
A atividade uterina é o produto da intensidade da contração pela frequência, expresso em mmHg/10 minutos (Unidades Montevidéu – UM).
190
tríplice gradiente descendente
Característica mais importante das contrações durante o trabalho de parto: as contrações começam e são mais duradouras no fundo uterino, são mais intensas no fundo e se propagam do fundo para o colo uterino: propagação, intensidade e duração do fundo para o colo.
191
contrações uterinas incoordenadas, frequentes, focais, de baixa intensidade e que não possuem o tríplice gradiente descendente
contrações de Braxton-Hicks
192
Descreva o Bloqueio Progesterônico Subplacentário
A placenta produz progesterona, que diminui a sensibilidade da fibra uterina e a propagação do estímulo contrátil, mais expressivo na área subjacente à implantação placentária.
193
O principal fator no determinismo do parto
relação entre o estrogênio e a progesterona em nível celular do miométrio. O acréscimo do estrogênio induz aumento dos seus receptores no miométrio, promovendo, consequentemente, aumento dos receptores de ocitocina e da síntese de prostaglandinas. As prostaglandinas (principalmente a PGE2 e a PGF2-alfa) exercem efeito importante na contratilidade uterina, assim como a ocitocina e, atualmente, o CRH placentário (hormônio liberador de corticotropina) vem sendo sendo citado como importante fator no desencadeamento do trabalho de parto, através de estímulo para a liberação de prostaglandinas por diversos mecanismos. A queda dos níveis de progesterona contribui para desfazer o “bloqueio” da musculatura uterina induzida por esse hormônio, potente relaxador da musculatura lisa.
194
Indicações de indução de parto
• Gravidez prolongada; • Amniorrexe prematura com sinais de infecção ovular; • Malformação fetal incompatível com a vida extrauterina; • Morte fetal; • Gestação com 41 semanas ou mais (aumento da morbimortalidade perinatal nas gestações com 42 semanas ou mais).
195
Índice de Bishop
sistema utilizado para avaliar a maturação do colo uterino. Tal sistema avalia a altura da posição fetal, a dilatação cervical, o apagamento, a posição e a consistência do colo. Considera-se como colo maduro e favorável à indução com ocitócitos quando o índice de Bishop for maior ou igual a 9, intermediário entre 5 e 8 e desfavorável quando menor que 5
196
método de escolha para o preparo cervical, através da via vaginal.
Misoprostol, uma prostaglandina sintética E1
197
Por que a administração de ocitocina só pode ser iniciada após quatro a seis horas do uso do misoprostol?
Risco de hiperestimulação uterina
198
Os métodos atualmente utilizados para a indução do parto são
- Descolamento digital das membranas amnióticas: promove liberação de prostaglandinas; - Infusão de ocitocina: método mais difundido, capaz de iniciar ou aumentar as contrações rítmicas, podendo produzir efeitos adversos como taquissistolia, hipertonia uterina e sofrimento fetal agudo; - Utilização de prostaglandinas (por via vaginal/ cervical); - Amniotomia: provoca um aumento na produção local de prostaglandina, e seus principais efeitos adversos são o aumento dos riscos de infecção amniótica e de prolapso de cordão umbilical.
199
Qual a diferença entre taqui e hipersistolia? Valores que as definem, consequências possíveis, manejo.
Taquissistolia: frequência elevada Hipersistolia: intensidade elevada • Hipersistolia: intensidade superior a 50 mmHg. • Taquissistolia: frequência superior a cinco contrações em dez minutos. O excesso das contrações uterinas pode levar ao sofrimento fetal agudo ou à rotura uterina (mais comum em partos obstruídos). O decúbito lateral reduz a frequência das contrações e é adequado para o tratamento das taquissistolias. Os medicamentos uterolíticos podem ser usados na hipersistolia.
200
Incoordenação uterina do 1º grau
Existência de dois marca-passos agindo descoordenadamente. Uma contração forte seguida de uma fraca
201
Incoordenação uterina do 2º grau
Fibrilação uterina. Vários marca-passos ectópicos agindo de forma descoordenada. Não ocorrem contrações eficientes e há hipertonia
202
Valores que definem hipo e bradissistolia
• Hipossistolia: intensidade inferior a 25 mmHg. • Bradissistolia: frequência inferior a duas contrações em dez minutos.
203
Caracterize os graus de hipertonia uterina e descreva consequências possíveis ao feto
• Leve: entre 12 e 20 mmHg; • Moderada: entre 20 e 30 mmHg; • Grave: tônus superior a 30 mmHg. As hipertonias podem causar hipoxia fetal por diminuição do fluxo sanguíneo placentário Existem quatro tipos de hipertonia uterina, de acordo com a causa básica: (1) Hipertonia por taquissistolia: o aumento da frequência das contrações acima de 5 em 10 minutos causa elevação do tono porque o útero não tem tempo para completar seu relaxamento; (2) Hipertonia por incoordenação: como as diferentes partes do útero se relaxam em momentos diferentes, a pressão não desce ao nível normal. A incoordenação geralmente produz hipertonias fracas; (3) Hipertonia por sobredistensão: quando o aumento do conteúdo uterino não é acompanhado de crescimento do miométrio ocorre sobredistensão uterina, com estiramento das fibras e aumento do tono. Um exemplo típico é o polidrâmnio; (4) Hipertonia “autêntica” ou “essencial”: a que não pode ser explicada por nenhum dos mecanismos conhecidos. Geralmente está associada ao descolamento prematuro da placenta, ao uso excessivo de ocitocina e à incoordenação uterina.
204
TTO das hipertonias e hiperatividades
• Descontinuar o uso de uterotônicos. • Decúbito lateral esquerdo (melhora a perfusão uterina pela descompressão da veia cava inferior). • Prescrição de meperidina (analgesia reduz a produção de catecolaminas). • Uso de tocolíticos (nos casos de hipertonia por taquissistolia).
205
Cite fatores associados à gênese das incoordenações uterinas
A gênese das incoordenações uterinas parece estar ligada à liberação aumentada de adrenalina e noradrenalina, liberação essa que ocorre quando existe um ciclo vicioso de tensão, medo e dor, presente em algumas pacientes em trabalho de parto.
206
Manejo das incoordenações uterinas
(1) Decúbito lateral esquerdo; (2) Infusão de ocitocina em doses fisiológicas (1 a 8 mU/min); (3) Amniotomia; (4) Analgesia e sedação (meperidina ou peridural).
207
Pelo toque vaginal, podemos concluir que a apresentação insinuou-se quando:
• O ponto de maior declive da apresentação atinge o plano das espinhas ciáticas (plano 0 de De Lee); • A distância da apresentação do assoalho perineal é de no máximo dois dedos transversos (sinal de Farabeuf); • Não se consegue palpar as porções superiores da face posterior do pube (sinal de Magalhães).
208
Descreva em três tempos o mecanismo do parto
Insinuação (flexão - se posição cefálica) Descida (rotação interna e penetração das espáduas no estreito superior) Desprendimento (deflexão) * Alguns autores consideram um quarto tempo, a restituição ou rotação externa da cabeça
209
Qual o posicionamento dos ombros ao cruzar os estreitos menores da pelve
O ombro anterior vai se colocar sob a arcada púbica e o posterior voltado para o assoalho pélvico, impelindo para trás o coccige materno
210
manobra de versão externa
o médico tenta transformar, através de manobras no abdome da gestante, um feto pélvico em cefálico. Pode ser realizada entre 32 e 34 semanas de gestação nas primíparas e entre 34 e 36 semanas de gestação nas multíparas (Obstetrícia Básica). Este procedimento preconiza sempre o uso de tocolíticos. A maior crítica a este procedimento é o alto grau de retorno à apresentação original, com uma taxa de sucesso de menos de 50% dos casos. Além disso, existem riscos envolvidos, como descolamento placentário, rotura uterina, isoimunização, hemorragia feto-materna, parto prematuro, sofrimento e morte fetal
211
manobra de Bracht
Manobra para liberação dos ombros e da cabeça derradeira na apresentação pélvica Ela consiste na elevação do dorso fetal ao encontro do abdome materno, e na espera do desprendimento espontâneo dos braços ou na retirada suave dos mesmos com auxílio digital, com a ajuda de pressão suprapúbica realizada por assistente. Na ocasião do desprendimento da cabeça, o auxiliar mantém a pressão suprapúbica enquanto o operador acentua a lordose fetal. A paciente deve ser orientada a fazer força durante toda a manobra de Bracht, pois a metade do tronco deve ser expelida, de preferência, durante uma única contração uterina
212
Lövset
Manobra para desprendimento de ombros na apresentação pélvica Rotação, tração e translação de seu eixo escapular por até 180º. Permite a transformação da espádua posterior em anterior. Após o desprendimento anterior, realiza-se movimento contrário para liberação da outra espádua
213
Rojas
Manobra para desprendimento de ombros na apresentação pélvica Idêntica à de L¨pvset, exceto pela rotação de mais de 180º
214
Deventer-Müller
Manobra para desprendimento de ombros na apresentação pélvica Quando os braços fetais não são acessíveis, deve-se colocar o diâmetro biacromial em relação ao diâmetro anteroposterior e realizar movimentos pendulares de elevação e tração do tronco fetal. Esta manobra visa à descida das espáduas, até que sejam acessíveis e possam ser exteriorizadas
215
Manobra de pajot
Liberação dos braços fetais através da introdução da mão do obstetra na vagina, com o abaixamento do braço fetal, indicada para os casos de braços rendidos (elevados ou nucais)
216
Manobra de Liverpool
Para liberação da cabeça derradeira Consiste em deixar o corpo do feto pendendo, sem sustentação por uns 20 segundos para promover a descida do polo cefálico, após a qual o feto é levantado de tal forma que sua cabeça gire em torno da sínfise materna. Deve ser associada à manobra de McRoberts A manobra de McRoberts consiste na hiperflexão das coxas da parturiente sobre o seu ventre. Dessa forma, a coluna lombar materna é alinhada, o que reduz a lordose lombar e lombossacra e remove o promontório como ponto de obstrução da entrada da pequena bacia
217
Na falha das manobras anteriores, qual fórcipe utilizar para manejar a cabeça derradeira?Como realizar a tração?
fórcipe de Piper A tração é exercida para baixo até que a região suboccipital do feto se situe sob a sínfise materna, elevando-se gradualmente os cabos do instrumento para o desprendimento da cabeça;
218
Indicações maternas de cesariana
 Cesarianas prévias  Deformidades pélvicas (congênitas ou fraturas)  Tumores obstrutivos  Cerclagens abdominais  Cirurgias vaginais reconstrutoras  Indicações de urgência em complicações clínicas maternas Fetais  Anomalias de apresentação (situação transversa, apresentação pélvica e defletidas de fronte ou de face com variação de posição mento posterior)  Prolapso de cordão umbilical  Sorologia positiva para HIV (dependendo da carga viral)
219
Indicações fetais de cesariana
 Anomalias de apresentação (situação transversa, apresentação pélvica e defletidas de fronte ou de face com variação de posição mento posterior)  Prolapso de cordão umbilical  Sorologia positiva para HIV (dependendo da carga viral)  Infecção aguda pelo vírus herpes simples no 3º trimestre  Anomalias congênitas compatíveis com vida extrauterina  Padrão não tranquilizador do BCF
220
Indicações materno-fetais de cesariana
 Desproporção cefalopélvica  Descolamento prematuro de placenta  Placenta prévia central  Perimortem  Prenhez gemelar com primeira apresentação não cefálica
221
Indicações absolutas de cesariana
 Desproporção cefalopélvica  Cicatriz uterina corporal prévia  Placenta prévia total  Descolamento prematuro de placenta com feto viável  Situação transversa  Herpes genital ativo  Condilomatose vulvar extensa com obstrução do canal de parto  Procidência de cordão ou de membro fetal (para feto vivo fora do período expulsivo)  Morte materna com feto vivo
222
Parto Normal Pós-Cesariana é possível?
a história de uma cesariana prévia não constitui indicação para repetição do procedimento. A presença de condições favoráveis nos autoriza a acompanhar o trabalho de parto e, consequentemente, a permitir o parto vaginal. Representam algumas dessas condições:  O início espontâneo do trabalho de parto;  Apresentação cefálica;  Peso estimado inferior a 3.800 g;  Bacia normal;  Evolução eutócica.
223
Em qual porção do útero uma cicatriz confere maior risco de rotura uterina durante um parto normal?
na parte contrátil do útero, na porção médio superior do fundo uterino (como é comum em abortamentos realizados por microcesárea – corporal transversal), Quando se estende do segmento inferior superiormente (no caso de uma incisão vertical – incisão clássica corporal longitudinal), Nesses casos, o parto vaginal posterior deve ser contraindicado, pois a probabilidade de rotura uterina eleva-se para aproximadamente 12%.
224
Causas mais comuns de indicação de cesariana
• Falha de progressão durante o trabalho de parto (30%); • Histerotomia prévia – usualmente relacionada à cesariana prévia, mas também associada à miomectomia (30%); • Apresentação anômala fetal (11%); • Sofrimento fetal (10%).
225
Profilaxia com ATB na cesariana
30-60 min antes da incisão da pele O antibiótico profilático de escolha deve ser uma cefalosporina de 1ª geração, normalmente cefazolina 1-2 g, administrada em dose única. Em casos de alergia a penicilina, uma alternativa seria o uso de clindamicina 600 a 900 mg intravenoso.
226
Contraindicações da anestesia de bloqueio na cesariana
 Hipovolemia (descolamento prematuro de placenta e placenta prévia).  Infecção no local da punção.  Discrasia sanguínea (síndrome HELLP, coagulação intravascular disseminada, trombocitopenia).  Hipertensão intracraniana.
227
Causa mais comum de morte por anestesia em obstetrícia
A pneumonite por inalação de conteúdo gástrico (síndrome de Mendelson)
228
Vantagens da incisão mediana e da incisão transversa na cesariana
Mediana  Menor risco de sangramento (indicada nos casos de coagulopatias ou de infecções).  Menor chance de infecções graves de parede abdominal.  Melhor campo operatório.  Retirada mais rápida do feto. Transversa  Menor risco de herniação.  Melhor resultado estético
229
Até que profundidade se estende a laparotomia à Pfannenstiel? Qual a direção do corte?
A laparotomia à Pfannenstiel se estende da incisão da pele até o peritônio parietal. incisão é transversa ligeiramente curvilínea de cavo superior, realizada 3 cm acima da sínfise púbica, estende-se além das bordas dos músculos reto do abdome
230
Uso da episiotomia reduz as taxas de trauma perineal anterior e posterior, assim como protege o assoalho pélvico. V ou F
F A episiotomia protege o períneo anterior, mas há maior índice de lesão de períneo posterior, suturas e complicações
231
Conduta ativa no secundamento deve ser realizada rotineiramente, visando diminuir o risco de hemorragia pós-parto por atonia uterina V ou F
V
232
Em que período da gestação até 15% das apresentações podem ser pélvicas?
Entre 29 e 32 semanas
233
São as causas mais comuns de abortamento, respondendo por cerca de 50 a 80% dos abortamentos espontâneos clínicos ou subclínicos
Anormalidades cromossômicas
234
Anormalidades cromossômicas mais comumente associadas ao aborto
Aneuploidias As trissomias são as aneuploidias mais encontradas em casos de abortamento (cerca de 50%) e as mais frequentes são as do cromossomo 16, seguida pelas trissomias do 22, 21, 15, 13, 2 e 14. Após as trissomias, a segunda causa de alteração cromossômica mais relacionada ao abortamento é a monossomia do cromossomo X
235
Principais anormalidades anatômicas citadas como causadoras do abortamento
a) Incompetência istmocervical: causa de abortamento tardio b) Miomas: especialmente os do tipo submucoso c) Malformações uterinas: útero unicorno, bicorno, didelfo ou septado. d) Sinéquias uterinas: síndrome de Asherman. e) Distopias uterinas.
236
abortamentos espontâneos de repetição, tromboses venosas (2/3 dos casos) e arteriais (1/3 dos casos) e uma variedade de manifestações neuropsiquiátricas. A trombose venosa profunda consiste na manifestação trombótica mais comum da doença.
Síndrome do anticorpo antifosfolipídeo (SAF)
237
TTO da SAF
Decoberta do diagnóstico apenas por eventos na grvidez, sem trombos: AAS + heparina em doses profiláticas Trombose :AAS + heparina em doses terapêuticas
238
Abortamento precoce vs tardio
• Abortamento precoce – interrupção da gestação até a 12ª semana gestacional; • Abortamento tardio – quando ocorre após a 12ª semana gestacional.
239
Diferencie o quadro clínico de Ameaça de Abortamento, Abortamento Inevitável, Abortamento Completo, Abortamento Incompleto, Abortamento Infectado, Abortamento Retido
galeria
240
Conduta na ameaça de abortamento
Deve-se indicar repouso relativo (apesar de não haver comprovações do benefício do repouso no leito), abstinência sexual, prescrever antiespasmódicos, se necessário, e dar apoio psicológico. A administração de progesterona exógena é controversa. Atualmente, está indicada apenas para os casos de abortamento habitual por insuficiência do corpo lúteo
241
Conduta no abortamento inevitável
Em 70% dos casos que ocorrem até 8 semanas, a resolução é espontânea no prazo máximo de 72 horas. A paciente deve ser internada, submetida à hidratação venosa para correção dos distúrbios da volemia e, nos casos que não se resolveram espontaneamente, deve-se instituir o esvaziamento uterino. Caso haja manipulação da cavidade uterina (abortamento provocado), administra-se antibioticoterapia profilática.
242
Conduta no abortamento incompleto
esvaziamento uterino
243
Conduta no abortamento infectado
internação hospitalar, com monitoração dos sinais vitais, isolamento do agente etiológico através de hemoculturas e culturas de material do canal cervical, correção da volemia, avaliação do estado hemodinâmico, do sistema de coagulação e da extensão do processo infeccioso. Além disso, é importante realizar a profilaxia antitetânica, promover a perfusão de ocitocina (80 mUI/minuto) e antibioticoterapia adequada. O esquema preferencial de tratamento é a associação da gentamicina com a clindamicina, por 7 a 10 dias. Não há necessidade de aguardar algum tempo de efeito do antibiótico (“esfriar a infecção”) para a realização do esvaziamento uterino.
244
Complicação possível e manejo do abortamento retido
discrasia (Coagulação Intravascular Disseminada – CID), especialmente após um período maior que quatro semanas, e mais raramente com infecção. O tratamento consiste no esvaziamento uterino.
245
Em mulheres com diagnóstico de abortamento habitual (recorrente- ocorrência de três ou mais episódios consecutivos de abortamento espontâneo), o risco de abortamento na gravidez subsequente é
30% para os casais que já tiveram pelo menos um filho vivo e de 46% para casais que não tiveram filhos vivos
246
procedimento desenvolvido para ser realizado ambulatorialmente, sem necessidade de anestesia geral ou internação. Apresenta menor risco de perfuração uterina, de necessidade de dilatação cervical e risco de sinéquias. É o procedimento de eleição em gestações com até doze semanas
AMIU (aspiração manual intrauterina)
247
Indicações esvaziamento uterino por meio de curetagem. Descreva a técnica
Indicada quando há impossibilidade de realização da AMIU ou na presença de grande quantidade de material. Deve ser reservada para situações nas quais a AMIU não esteja disponível ou a idade gestacional seja maior que 12 semanas Quando a idade gestacional for maior que doze semanas, caso o feto ainda esteja dentro da cavidade uterina, é necessária a expulsão fetal através do uso de misoprostol ou ocitócitos para somente, então, realizar a curetagem A curetagem uterina é o procedimento com maior risco de perfuração uterina. Na suspeita de perfuração uterina, a conduta mais adequada é parar imediatamente o procedimento e manter conduta expectante com infusão venosa de ocitocina. A paciente só deve ser submetida à laparotomia se houver sinais de irritação peritoneal (abdome agudo) por provável comprometimento de alça intestinal ou instabilidade hemodinâmica
248
Resumo das condutas em caso de abortamento incompleto
- Abortamento até 12 semanas: Conduta: AMIU; Alternativa: curetagem (com ou sem misoprostol). - Abortamento após 12 semanas: Conduta: expulsão fetal, com ocitocina ou misoprostol, seguida de curetagem
249
Quando fazer a cerclagem em caso de IIC?
Nos casos de IIC, está indicada a circlagem eletiva (profilática) que deve ser realizada preferencialmente entre 12 e 16 semanas, idealmente com dilatação cervical inferior a 3 cm e sem herniação da bolsa das águas. Sua realização em períodos posteriores, especialmente após 24 semanas, associa-se a um maior risco de rotura acidental das membranas amnióticas e falhas do procedimento. Assim, a circlagem entre 24 e 28 semanas é de exceção e deve ser avaliada individualmente
250
Quando o abortamento é legalmente permitido?
a) Abortamento em situações de risco para a gestante (abortamento terapêutico): quando há doenças graves em que a gestação pode conduzir a risco de vida para a paciente. Para sua realização, deve haver a anuência por escrito de dois médicos. Importante notificar à Comissão de Ética do hospital onde será realizado o procedimento. b) Abortamento para gravidez decorrente de violência sexual: segundo orientação do Ministério da Saúde (Norma Técnica para Prevenção e Tratamento dos Agravos Resultantes da Violência Sexual contra Mulheres e Adolescentes, 2012), a paciente deverá, caso queira interromper a gravidez, dirigir-se a uma unidade de saúde, informar a ocorrência de violência sexual e solicitar a interrupção da gestação, através do preenchimento de formulários específicos. O Código Penal não exige a apresentação do boletim de ocorrência policial para a realização do procedimento. No entanto, é permitido ao médico da unidade se recusar a realizar o procedimento se não se julgar capaz técnica ou moralmente (objeção de consciência) para realizá-lo, desde que a paciente seja referenciada a outro profissional ou a outra unidade que esteja apta a realizá-lo. Caso, posteriormente, fique provado que a gravidez não foi resultado de violência sexual, o profissional que realizou o procedimento não poderá ser penalizado (artigo 20 do Código Penal). Os profissionais envolvidos no procedimento não podem comunicá-lo a autoridade policial sem o expresso consentimento da paciente. c) Abortamento em caso de anencefalia fetal: O diagnóstico de anencefalia deverá ser feito através de exame ultrassonográfico realizado a partir da 12ª (décima segunda) semana de gestação e deve conter: I – Duas fotografias, identificadas e datadas: uma com a face do feto em posição sagital; a outra, com a visualização do polo cefálico no corte transversal, demonstrando a ausência da calota craniana e de parênquima cerebral identificável; II – Laudo assinado por dois médicos, capacitados para tal diagnóstico.
251
Gestação heterotópica
Gestação tópica associada a gestação ectópica
252
Fatores que conferem alto risco pra gestação ectópica
- Cirurgia prévia sobre a trompa (salpingoplastia, laqueadura tubária) - Exposição ao dietilestilbestrol: exposição intraútero ao dietilestilbestrol aumenta em nove vezes o risco de prenhez ectópica - DIU: risco relativo de gravidez ectópica é maior com o uso do método, porém o risco absoluto não. Tanto o DIU de cobre como o DIU medicado com progesterona podem ser utilizados em pacientes que já tiveram um episódio de gravidez ectópica. - Gestação ectópica prévia (especialmente nas pacientes submetidas a tratamento cirúrgico conservador): estima-se que o risco de nova gestação ectópica em paciente tratada com metotrexate seja de aproximadamente 8%, 10% para salpingectomia e 15% para salpingostomia - Salpingites e endossalpinges: principalmente por Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae. - Alterações anatômicas da trompa: divertículos, hipoplasia e tumores. - Endometriose.
253
Fatores que conferem moderado risco pra gestação ectópica
• Infertilidade tratada com indutores da ovulação, especialmente o citrato de clomifeno. • Infecção pélvica prévia, como tuberculose genital. • Múltiplos parceiros sexuais.
254
Outros fatores de risco para gravidez ectópica
• Idade maior que 35 anos • Fumo • Primeiro intercurso sexual com menos de 18 anos • Uso frequente de duchas vaginais • Cirurgia pélvica ou abdominal anterior • Reprodução assistida
255
local mais comum das roturas na gravidez ectópica tubária
Istmo
256
Sinal de Laffon
dor no ombro devido à irritação do nervo frênico.
257
Sinal de Blumberg
descompressão dolorosa do abdome.
258
Sinal de Cullen
Equimose periumbilical.
259
Sinal de Proust
dor à mobilização do colo uterino e abaulamento e dor no fundo de saco de Douglas, decorrente do acúmulo de sangue no fundo de saco.
260
Anel tubário e sinal do halo na usg de uma gravidez ectópica
O anel tubário pode ser percebido em cerca de 70% dos casos de prenhez ectópica e consiste em um anel apresentando centro anecoico e periferia com ecogenicidade aumentada. Em seu interior, em raras situações pode ser visualizado o embrião. O sinal do halo consiste em halo anecoico ao redor do anel tubário, que representa edema da subserosa da tuba uterina.
261
Valores discriminatórios de beta hcg para gestação
a maioria dos autores considera que a partir de 1.500 mUI/ml e 6.500 mUI/ ml para ultrassonografia transvaginal e abdominal, respectivamente, representam os valores discriminatórios.
262
Níveis de progesterona que sugerem gestações anormais
Em gestações tópicas, os níveis de progesterona devem ser superiores a 25 ng/ml. Valores inferiores a 10 ng/ml são sugestivos de gestações anormais, como abortamento ou gravidez ectópica
263
condições associadas a melhores resultados com o uso da terapia medicamentosa em caso de gravidez ectopica
• Saco gestacional < 3,5 cm; • Feto sem atividade cardíaca; • Beta-hCG < 5.000 mUI/ml.
264
Conduta expectante na GE
A conduta expectante está reservada para um grupo seleto de pacientes (10-15%), com quadro clínico estável, beta-hCG declinante e com nível inicial de 1.000 a 1.500 mUI/ml.
265
As células do trofoblasto intermediário produzem
hormônio lactogênio placentário
266
Modalidades de doença trofoblástica gestacional
Benigna: Mola Hidatiforme • Mola Completa • Mola Incompleta Maligna: Tumor Trofoblástico Gestacional (TTG) ou Neoplasia Trofoblástica Gestacional (NTG) • Mola Invasora (Corioadenoma destruens) • Coriocarcinoma • Tumor Trofoblástico do Sítio Placentário
267
Fatores de risco para a doença trofoblástica gestacional
• Idade > 40 anos. • Intervalo interpartal curto. • Síndrome de ovários policísticos. • Abortamentos prévios. • Mola hidatiforme anterior. • Inseminação artificial. • Tabagismo. • Exposição à radiação ionizante. • Uso de contraceptivos orais.
268
Macroscopia da mola hidatiforme
vesículas com líquido claro, semelhantes a “cachos de uva” ou “hidátides”
269
Mola completa, características
Caracterizada pela eliminação de grandes vesículas e pela ausência de feto e/ou âmnio. Decorre da degeneração hidrópica de todas as vilosidades coriais, devido à perda da vascularização vilosa. sempre é diploide, e todos os cromossomos são de origem paterna (origem androgenética). Pode ser: a) Homozigótica: cariótipo 46XX. Há fertilização de um óvulo com núcleo ausente ou inativado por um espermatozoide 23X, que duplica o genoma e dá origem a um embrião com cromossomas totalmente de origem paterna. Este fenômeno é denominado androgênese. Neste tipo, ocorre edema generalizado, hiperplasia grosseira do trofoblasto, menor probabilidade de malignização quando comparada com o tipo heterozigótico e níveis elevados de beta-hCG. Responde por 90% das molas completas. b) Heterozigótica: cariótipo 46XY ou 46XX. Também chamada de mola dispérmica, ela surge a partir da fertilização de um óvulo por dois espermatozoides 23X e 23Y. Há maior tendência à doença trofoblástica persistente. O risco de evolução para tumores mais agressivos é de aproximadamente 20%.
270
Mola parcial/incompleta, características
A triploidia é o cariótipo mais frequentemente encontrado (69XXY, 69XXX, 69XYY), com dois genomas paternos e um materno (origem biparental). há duas populações distintas de vilosidades coriais, uma normal e outra com degeneração hidrópica. A mola parcial geralmente não apresenta a aparência típica em “cachos de uva”. Alguns vilos apresentam invaginações profundas denominadas “fjord-like”. Tecido fetal está sempre presente, mesmo que não seja visto macroscopicamente
271
Quadro clássico de mola hidatiforme
sangramento vaginal, útero amolecido, em geral indolor e maior do que o esperado para a idade gestacional, náuseas e vômitos intensos pelos altos níveis de beta- -hCG. Algumas vezes, há o desenvolvimento precoce de toxemia gravídica, que pode se complicar com eclâmpsia e/ou síndrome HELLP
272
Descreva o fenômeno do útero em sanfona, visto na mola hidatiforme
aumento do volume uterino, posterior eliminação do material intrauterino, e novo crescimento, com grande acúmulo de coágulos
273
A hiperestimulação dos ovários pelo hCG na mola hidatiforme pode resultar em que alteração? Como manejá-la?
Cistos ovarianos tecaluteínicos Não devem ser tratados, pois normalmente regridem após resolução da doença. Podem sofrer torção ou ruptura, e culminar com quadro de abdome agudo.
274
Mola completa vs incompleta (tabela)
galeria
275
Nos casos de mola completa, à USG, os vilos se apresentam com um padrão característico de
“tempestade de neve” ou “flocos de neve”
276
Uso do beta-hCG no diagnóstico da mola hidatiforme
em uma gestação normal, os níveis de beta-hVGatingem um pico em torno da 10ª semana de cerca de 100.000 mUI/ml, enquanto que na doença trofoblástica (principalmente na mola completa) seus níveis podem chegar a mais de 400.000 mUI/ml. Na mola parcial, raramente os níveis de beta-hCG estão maiores do que 100.000 mUI/ml
277
Conduta na mola hidatiforme
1) Avaliar complicações como anemia, hipertireoidismo, pré-eclâmpsia e insuficiência respiratória (existe um risco de cerca de 2% de embolização trofoblástica na doença). 2) Realizar profilaxia para isoimunização Rh nas pacientes Rh negativo. 3) Proceder ao esvaziamento uterino. 4) Envio do material para análise histopatológica.
278
Que exames gerais a FIGO recomenda nos pacientes com mola hidatiforme?
• História completa; • Exame físico; • USG com Doppler; • TC ou RM (se a USG for inconclusiva); • Beta-hCG; • Exame clínico neurológico • Fundo de olho; • Aferição da pressão arterial; • RX de tórax (rastreio de metástases pulmonares); • Hemograma completo; • Ureia; • Creatinina; • Função hepática; • Função tireoidiana.
279
TTO específico da DTG
• Vacuoaspiração: procedimento de eleição, pelo menor risco de perfuração uterina. • AMIU (Aspiração Manual Intrauterina). • Curetagem: quando não disponíveis outros métodos ou de forma complementar a estes. • Histerotomia: mola incompleta com feto de mais de 4 meses, colo desfavorável à indução e sangramento profuso. • Histerectomia total profilática: pacientes com prole completa e mais de 40 anos, pacientes com fatores de risco para progressão da doença ou pacientes com hemorragias incoercíveis ou sepse. Pode ser realizada com a mola in situ. É o tratamento de escolha nos casos de tumor trofoblástico do sítio placentário.
280
Controle pós molarpelo usode beta hCG
Um destes protocolos, por exemplo, recomenda obtenção de três dosagens indetectáveis consecutivas (< 5 mUI/ ml), quando o intervalo pode passar a mensal até se completar seis meses do primeiro resultado negativo. Quando a remissão for obtida pelo uso de quimioterapia, é recomendado que este seguimento seja realizado por um ano.
281
Neoplasia trofoblástica gestacional mais comum
A mola invasora (corioadenoma destruens) corresponde a 70 a 90% dos casos o coriocarcinoma a 10 a 30% dos casos.
282
Indícios de neoplasia trofoblástica gestacional
• Se houver elevação por duas semanas consecutivas dos níveis de beta-hCG a partir de três valores obtidos no período. • Estabilização dos níveis de beta-hCG por três semanas consecutivas (platô). • Ausência de negativação do beta-hCG após seis meses de seguimento. • Surgimento de metástases, principalmente para vagina e pulmões. • Ultrassonografia evidenciando imagem intramiometrial mista, hipo ou hiper-refringente, do tipo “olho de coruja”. • Índice de resistência e pulsatilidade das artérias uterinas baixo (menor que 1) e ausência de incisura protodiastólica.
283
Local mais comum de mtx à distância na DTG
Pulmão
284
TTO do tumor trofoblástico do sítio placentário
histerectomia associada à quimioterapia
285
Uma NTG com extensão pulmonar com ou sem envolvimento genital é classificada como grau...
III
286
Em relação ao escore para avaliação de risco para neoplasia trofoblástica gestacional, quais valores indicam doença de baixo e de alto risco?
A doença é classificada como de baixo risco se escore menor ou igual a 6, e de alto risco se maior ou igual a 7.
287
TTO da NTG (exceto TTSP)
A conduta varia com o estadiamento da doença. a) Estadiamento I – Monoquimioterapia com metotrexate + ácido folínico. b) Estadiamento II – Baixo Risco x Alto Risco. a. Baixo Risco – Idêntico ao estadiamento I. b. Alto Risco – Poliquimioterapia (EMA-CO – etoposide, metotrexate, actinomicina D, ciclofosfamida e vincristina). c) Estadiamento III – Poliquimioterapia (EMA-CO). d) Estadiamento IV – Poliquimioterapia (EMACO) + cirurgia adjuvante (histerectomia e ressecção de nódulos metastáticos).
288
Conduta em caso de incompatibilidade ABO clinicamente perceptível
A fototerapia é a conduta preconizada nestes casos, raramente sendo necessária a exsanguineotransfusão
289
Qual a importância da pesquisa do antígeno Du na gestante?
Alguns indivíduos apresentam o que se chama de variante Du, que é na realidade uma expressão fenotípica fraca do antígeno D. Desta forma, quando a mãe for determinada Rh negativo, deve-se identificar também se ela possui o fator Du. Se seu sangue for Du positivo, a gestante possui o antígeno D e não desenvolverá anticorpo anti-D, já que ela se comportará como Rh positivo.
290
teste de Kleihauer
identifica e quantifica hemácias fetais na circulação materna. Consiste na adição de solução ácida (pH de 3 a 3,5) a uma amostra de sangue materno, o que faz com que essas células sofram desnaturação, ao contrário das hemácias fetais, que permanecem intactas
291
Quadro clínico de doença hemolítica perinatal grave
Frente à anemia fetal, ocorre diminuição da viscosidade sanguínea, pela menor concentração de hemácias na circulação, consequente à hemólise. A anemia leva a hipóxia tissular e posterior vasodilatação periférica. Há estimulação dos quimiorreceptores e aumento da contratilidade miocárdica. Desta forma, ocorre como consequência um aumento do débito cardíaco, configurando o quadro de hipercinesia. Posteriormente, com o agravamento da anemia, pode ocorrer insuficiência cardíaca e consequente falência miocárdica. Além disso, devido à hematopoiese extramedular, pode haver desenvolvimento de hipertensão porta e hipoproteinemia. Estes fatores, em conjunto, são responsáveis pelo quadro de hidropsia fetal, caracterizado pelo extravasamento de líquido para o terceiro espaço, com formação de derrame pleural, derrame pericárdico, ascite e edema cerebral. Além disso, pode haver desenvolvimento do quadro de kernicterus no recém-nascido, pela impregnação dos núcleos da base cerebrais por bilirrubina indireta, a qual atravessa a barreira hematoencefálica, podendo resultar em letargia, hipertonicidade, perda auditiva, paralisia cerebral e dificuldade de aprendizado.
292
Utilidade do teste de coombs indireto na doença hemolítica perinatal
O teste de Coombs indireto positivo significa que há risco de doença hemolítica fetal, porém não indica que a mesma já ocorreu ou ocorrerá.
293
Conduta em caso de coombs indireto <= 1:8
não exige investigação fetal! Apenas seguimento com repetição da titulação.
294
Solicitação do teste de coombs indireto na gestante RH-
Se o teste for negativo, o mesmo deve ser repetido com 28, 32, 36 e 40 semanas de gestação, para diagnóstico de possível sensibilização no curso da gravidez. Até as 28 semanas, não há consenso se deve ser solicitado ou não. Além disso, deve ser solicitado no pós-parto imediato, juntamente com o teste de Coombs direto e fator Rh do recém- -nascido
295
Após o grave acometimento da primeira gestação por doença hemolítica perinatal (óbito ou necessidade de transfusão fetal), como fazer o acompanhamento da gestante em nova gravidez?
o acompanhamento através dos títulos de Coombs indireto já não se mostra eficaz, devendo-se optar pela investigação através da dopplervelocimetria da artéria cerebral média ou amniocentese (espectrofotometria).
296
Quando realizar a profilaxia de sensibilização com imunoglobulina anti D em gestantes Rh -?
A profilaxia é mandatória para todas as pacientes Rh negativo não sensibilizadas (Coombs indireto negativo) após o parto (de preferência até 72 horas, apesar de ser relatada alguma eficácia com seu uso em até 28 dias) e/ou em qualquer caso de hemorragia durante a gestação (placenta prévia, ameaça de abortamento), interrupção precoce da mesma (abortamento, parto prematuro, prenhez ectópica, doença trofoblástica) e procedimentos invasivos (biópsia de vilo corial, amniocentese, cordocentese).
297
Ao fazer imunoglobulina em caso de sangramento ou processo invasivo, é preciso repetir após o parto? E com 28 semanas?
A meia-vida da imunoglobulina é de cerca de 24 dias. Após a administração, títulos baixos (1:4 ou menos) de anticorpos podem ser geralmente detectados no sangue materno por várias semanas. Uma vez o teste positivo, ele deve se tornar negativo em até três meses, mostrando que a imunoglobulina administrada foi eliminada e a mãe não produziu anticorpos próprios, pois não foi sensibilizada. Desta forma, para avaliar a necessidade de administração da imunoglobulina com 28 semanas e após o parto, podemos solicitar Coombs indireto. Caso ele seja negativo, a dose deve ser repetida, pois significa que houve consumo de todo o anticorpo exógeno administrado.
298
método padrão-ouro de avaliação da anemia fetal
Cordocentese permite a dosagem do hematócrito e hemoglobina, além de confirmar a tipagem sanguínea fetal e quantificar os anticorpos eritrocitários presentes na circulação fetal (Coombs direto) Ainda permite a realização de terapêutica intrauterina, através de transfusão sanguínea. Devido ao risco associado ao procedimento, não é o método ideal para a investigação da anemia fetal e seu uso deve ser restrito aos casos onde há forte suspeita de anemia fetal significativa pela dopplerfluxometria ou espectrofotometria, visando sua confirmação e tratamento (transfusão intrauterina).
299
Método de escolha para avaliação de gravidade da anemia hemolítica fetal
A dopplervelocimetria já é considerada o método de escolha pela maioria dos autores. É um método com maior sensibilidade e especificidade que a amniocentese para detecção da anemia grave. O acompanhamento através da dopplerfluxometria deve ser iniciado a partir de 20-24 semanas em gestantes com teste de Coombs indireto maior que 1:8 (≥ 1:16). o feto anêmico tende a apresentar valores de velocidade máxima do pico sistólico acima do limite esperado para determinada idade gestacional.
300
Descreva a curva de Mari
A zona A compreende valores da Vmax da ACM acima de 0,8; zona B entre 0,8 e 0; zona C entre 0 e -0,5, e zona D abaixo de -0,5. Todos os fetos contidos nas zonas A devem ser submetidos à cordocentese. Fetos presentes nas zonas B e C devem ter o exame repetido em cinco a dez dias e fetos contidos na zona D em duas a três semanas.
301
Descreva a curva feita em 2000
Em 2000, uma nova curva foi criada, adotando- -se como medida os múltiplos da mediana da velocidade máxima da artéria cerebral média. Os valores da velocidade máxima do pico sistólico da ACM entre 1,29 e 1,50 múltiplos da mediana passaram a ser preditores de anemia leve; e acima de 1,50 MoM preditores de anemia moderada a grave Na prática, a curva é dividida em três faixas: • Estando a Vmax abaixo da mediana para a idade gestacional, não há hipercinesia e, portanto, não há anemia fetal que necessite intervenção. O exame deve ser repetido em duas a três semanas. Fig. 10 • Estando a Vmax entre a mediana e 1,5 múltiplos da mediana (MoM) para a idade gestacional, pode haver anemia fetal, mas ainda não justifica a cordocentese, pois provavelmente os níveis de hemoglobina ainda não atingiram determinado grau que necessite de transfusão. Nesse caso, deve haver uma reavaliação em cinco a dez dias. • Valores de Vmax acima de 1,5 MoM estão relacionados a fetos com hematócrito abaixo de 30% e, portanto, está indicada a cordocentese para confirmação da anemia e transfusão intravascular. É referido que valores acima de 1,5 MoM para a idade gestacional são capazes de detectar todos os casos de anemia, com um índice de falso-positivos de apenas 12%. Após 35 semanas, ocorre aumento das taxas de resultados falso-positivos. Desta forma, valores alterados em idade gestacional próximo do termo indicam a interrupção da gravidez.
302
Como se apresentam, a avaliação por dopplerfluxometria, as artérias uterina e umbilical na anemia fetal grave?
usualmente normais
303
TTO da anemia hemolítica fetal
Indica-se a antecipação do parto em casos de fetos a termo ou próximos da maturidade, ou transfusão intrauterina em casos de doença grave (hematócrito < 30% ou hemoglobina < 10 g/dl, ou hidrópicos) em fetos muito prematuros (< 34 semanas) TIU (Transfusão Intrauterina) O sangue é administrado através da veia umbilical, por meio de cordocentese. Pode ser realizada a partir de 20 semanas de gestação, quando o cordão umbilical já está mais espesso, permitindo um procedimento mais seguro. O tipo sanguíneo a ser infundido deve ser sempre O negativo, devendo ser submetido à prova cruzada e irradiado. O objetivo é obter um hematócrito entre 40 e 45%.
304
Na segunda metade da gravidez, quais sã os diagnósticos mais comuns na gestante com sangramento
descolamento prematuro de placenta e a placenta prévia
305
definição de DPP
separação intempestiva da placenta normalmente inserida no corpo uterino em gestação com 20 ou mais semanas completas e antes da expulsão fetal
306
principal causa de óbito perinatal
DPP
307
Classificação de Sher para DPP
GRAU 0 (assintomático) É assintomático. O diagnóstico é retrospectivo, confirmado pelo exame histopatológico da placenta, que revela o hematoma. GRAU I (leve) Há sangramento vaginal discreto, sem hipertonia uterina significativa e a paciente não refere dor. A vitalidade fetal está preservada. Não há repercussões hemodinâmicas e coagulopatias. Geralmente, é diagnosticado no pós-parto com a identificação do coágulo retroplacentário. GRAU II (intermediário) Caracteriza-se por sangramento vaginal moderado e contrações tetânicas (hipertonia uterina), dor abdominal, taquicardia materna e alterações posturais da pressão arterial. Neste estágio, o feto ainda está vivo, mas apresenta sinais de comprometimento de vitabilidade (sinais de sofrimento fetal). GRAU III (grave) Caracteriza-se pelo sangramento genital importante com hipertonia uterina, hipotensão materna e óbito fetal. Pode ser subdividido em:  IIIA – sem coagulopatia instalada;  IIIB – com coagulopatia instalada.
308
Útero de Couvelaire ou apoplexia uteroplacentária
Macroscopicamente, o útero apresenta-se edemaciado, arroxeado e com sufusões hemorrágicas. O miométrio extensamente infiltrado por sangue, o que dissocia e desorganiza o sistema de fibras musculares. Tal alteração é considerada responsável pela atonia/hipotonia uterina verificada no pós-parto, bem como pelas sufusões hemorrágicas presentes no útero, ligamentos, anexos e peritônio Até 20% dos sangramentos no DPP são ocultos, o sangue fica retido entre a placenta descolada e o útero, com formação de coágulo retroplacentário e infiltração sanguínea intramiometrial. Esse sangramento é responsável pela apoplexia uteroplacentária ou “útero de Couvelaire” que ocasiona deficit contrátil, sendo importante causa de he morragia pós-parto.
309
Importante fator etiológico para DPP, respondendo por até 50% dos casos de DPP não traumático
HAS
310
Maior causa de DPP relacionada ao trauma.
acidente automobilístico
311
Causas traumáticas de DPP
• Brevidade do Cordão • Versão Fetal Externa • Retração Uterina Intensa • Miomatose Uterina • Torção do útero gravídico. • Hipertensão da veia cava inferior por compressão uterina. • Traumatismo Abdominal
312
Causas não traumáticas de DPP
• Síndromes Hipertensivas • Placenta Circunvalada • Tabagismo e Uso de Cocaína • Anemia e Má Nutrição • Consumo de Álcool • Rotura Prematura das Membranas. • Corioamnionite • Idade (acima de 35 anos) • Trombofilias
313
Apresentação Clássica do DPP
Sangramento escuro na segunda metade da gestação associado à hipertonia uterina e sofrimento fetal Em muitos casos, a presença de hipertensão arterial com achados descritos anteriormente é muito sugestiva de DPP. ***Em relação às causas de hemorragias da segunda metade da gestação, a dor abdominal é quase exclusiva dos casos de DPP (vale lembrar que a dor também acontece nos casos de iminência de rotura uterina)
314
pulso paradoxal de Boero
Em casos de DPP, a frequência de pulso geralmente não se altera significativamente. Usualmente, mesmo na vigência de perda sanguínea de vulto, a frequência de pulso se mantém normal (pulso paradoxal de Boero). Na prática, esse fenômeno só ocorre nas fases iniciais do quadro. Com o decurso da hemorragia, instala-se o quadro típico de choque hipovolêmico, que cursa com hipotensão e taquicardia.
315
parto em alude
feto, placenta e páreas expulsos em um turbilhão, com coágulo apegado
316
Teste de weiner (do coágulo)
Coleta-se aproximadamente 10 ml de sangue em tubo de ensaio seco, mantido em temperatura ambiente. • Coágulo em 5 a 10 minutos que permanece firme nos 15 minutos subsequentes: afastam- -se os distúrbios da coagulação. • Coágulo normal em 10 minutos com lise parcial em uma hora: fibrinogênio plasmático entre 100 e 150 mg/dl. • Coágulo mole e frouxo com completa dissolução no prazo de uma hora: fibrinogênio plasmático entre 60 e 100 mg/dl. • Não se forma coágulo em 10min: hipofibrinogenemia grave, abaixo de 60 mg/dl.
317
Causa mais comum de necrose corticorrenal bilateral aguda na prenhez
DPP
318
Principal diagnóstico diferencial de DPP
Placenta prévia Outros: rotura uterina, rotura do seio marginal e da vasa prévia
319
Conduta Terapêutica, na DPP, com feto vivo
Em geral, na presença de feto vivo e parto não iminente, preconiza-se a cesariana. Mas essa conduta não é um consenso na literatura. Para muitos autores, independentemente da dilatação cervical, continua sendo a cesariana a via principal
320
Conduta Terapêutica, na DPP, com feto morto
- Término da gestação por via baixa (pelo risco de hemorragia na cesariana) - Estabilização materna (reposição sanguínea e fatores de coagulação, se necessário) - Amniotomia • Reduz a compressão da veia cava inferior; • Dificulta a ampliação da área de descolamento; • Melhora a hipertonia uterina; • Coordena as contrações; • Identifica o hemoâmnio pela exteriorização do sangue, que permite uma melhor avaliação da perda sanguínea; • Diminui a pressão intrauterina pela descompressão do hematoma retroplacentário; • Diminui o risco de coagulopatias ou as melhora quando já instaladas, pela redução da passagem de tromboplastina para a circulação materna; • Induz ou acelera o trabalho de parto. OBS.:Se parto não iminente ou apresentação fetal alta, opta-se pela cesariana
321
Complicações da DPP
• Choque hipovolêmico e suas complicações mais frequentes: - Insuficiência renal aguda; - Necrose hipofisária (síndrome de Sheehan). • Coagulação intravascular disseminada. • Útero de Couvelaire com atonia uterina
322
Definição de placenta prévia (ou inserção viciosa)
implantação heterotópica da placenta sobre o orifício cervical interno (OI), cobrindo-o total ou parcialmente, ou avizinhando-se deste (margem placentária a menos de 5 cm do OI) após 28 semanas de gestação
323
Qual é a chamada placenta prévia cesárea?
Placenta de Inserção Baixa ou Lateral: placenta localizada no segmento inferior do útero, porém a borda placentária não alcança o óstio interno, mas situa-se muito próxima a ele. Corresponde à placenta prévia cesárea, assim nomeada por se localizar imediatamente abaixo da histerotomia no momento da cesariana
324
Fatores de risco para placenta prévia
• Cesariana prévia  principal fator de risco. • Intervenções uterinas anteriores (miomectomia, curetagem). • Multiparidade / intervalo interpartal curto. • Tabagismo. • Situações de sobredistensão uterina (gemelaridade, hidropsia fetal). - Idade
325
Apresentação clássica da IVP
Sangramento na segunda metade da gestação (no final do segundo e início do terceiro trimestre), vivo, indolor, de início e cessar súbito (autolimitado), sem outros sintomas. Também pode se manifestar como um sangramento sentinela.
326
Placenta acreta, increta e percreta
acreta — a placenta se insere profundamente na decídua, até a camada esponjosa; increta — a placenta ultrapassa a decídua e chega à musculatura uterina; percreta — a placenta ultrapassa a musculatura do útero, podendo comprometer órgãos vizinhos.
327
Quando realizar o toque vaginal na suspeita de IVP?
NUNCA deve ser realizado na suspeita de IVP, até que se tenha conhecimento da exata localização placentária, pois ele pode desencadear sangramento intenso e colocar a mãe e o concepto em risco
328
Melhor, mais seguro e mais simples método para realização do diagnóstico de placenta previa
USG Ela pode ser realizada pela via transabdominal ou transvaginal.
329
Em gestantes sem sangramento ativo e feto prematuro, qual a conduta em caso de IVP?
deve ser adotada conduta expectante Essa gestante deve ser orientada a não ter relações sexuais. O uso de corticoterapia deve ser considerado para aceleração da maturidade pulmonar. O uso de tocolíticos parece não aumentar a morbimortalidade nos casos de trabalho de parto prematuro, mas estes só devem ser utilizados se não houver comprometimento hemodinâmico. Essas gestantes devem ser cuidadosamente monitoradas durante o seu uso.
330
Qual a conduta na IVP se a gestante estiver no termo ou próxima a ele e tiver sangramento?
Parto • Placenta prévia total: com feto vivo ou morto, a via de parto é sempre cesariana. • Placenta prévia parcial: cesariana, exceto em multíparas se o parto estiver próximo do fim, o sangramento seja discreto, e não haja um obstáculo mecânico importante ao parto vaginal. • Placenta prévia marginal ou baixa: o parto vaginal pode ser permitido. Deve-se atentar para a intensidade da hemorragia. Se o sangramento não é muito intenso e a mãe encontra-se estável hemodinamicamente ou feto morto ou malformações fetais incompatíveis com a vida extrauterina, o parto vaginal é admissível. Neste caso, deve-se proceder à amniotomia precoce (método de Puzos), pois permite a insinuação da apresentação que comprime mecanicamente o segmento inferior do útero e diminui o sangramento
331
Tabela com ddx de sangramento na segunda metade da gestação
Galeria
332
Conduta na placenta acreta
Na placenta acreta, a conduta é a retirada manual da mesma, seguida de curetagem. Em caso de insucesso, a histerectomia deve ser indicada. Cabe aqui lembrar que se não houver desejo reprodutivo, a Histerectomia Total Abdominal (HTA) é, ainda, o tratamento padrão-ouro
333
Conduta na placenta increta e percreta
Não há plano de clivagem para o descolamento manual, que é impossível. As tentativas de extração manual não são bem-sucedidas, e está indicada a histerectomia. Dependendo da localização da placenta, remove-se todo o útero ou parte dele. Sempre que possível deve ser realizada HTA
334
Fatores de risco para acretismo placentário
- placenta prévia - implantação no segmento inferior do útero - implantação sobre uma cicatriz de cesariana prévia ou outras incisões uterinas prévias, ou após curetagens uterinas (sobretudo de repetição). A situação mais comum é a sua ocorrência após uma cesárea prévia. Outros fatores de risco para placenta acreta incluem: idade materna maior que 35 anos, multiparidade (principalmente as grandes multíparas – maior ou igual a seis gestações), defeitos endometriais (síndrome de Asherman), leiomiomas submucosos e tabagismo.
335
Quadro clínico do acretismo placentário
hemorragia profusa, que ocorre no momento da tentativa de descolamento placentário
336
Sinais Sugestivos de Acretismo Placentário na USG e Dopplerfluxometria:
• Adelgaçamento do miométrio; • Perda do “espaço claro” retroplacentário (espaço hipoecoico retroplacentário usual na zona decídua/miometrial e anterior ao miométrio estão ausentes); • “Lagos placentários” de aspecto irregular; • Protrusão de tecido placentário para dentro da bexiga; • Vascularização aumentada na interface entre a serosa uterina e a bexiga; • Fluxo turbulento à dopplerfluxometria nos “lagos placentários”.
337
Conduta no acretismo placentário se houver a invasão de órgãos adjacentes (mais comumente da bexiga)
a placenta não deve ser retirada para evitar sangramento maciço, procedendo-se a ligadura do cordão próximo à implantação na placenta, com uso posterior de metotrexate.
338
Principal etiologia de rotura uterina
A principal etiologia da rotura uterina nos países desenvolvidos é a pós-cesariana. Já nos países em desenvolvimento é o parto obstruído.
339
Classifique a rotura uterina (parcial vs completa)
• Rotura Uterina Parcial ou Incompleta: caracteriza-se por preservar a serosa uterina e quase sempre está associada à deiscência de cicatriz uterina. Em grande número de casos, apresenta-se de forma assintomática. • Rotura Uterina Total ou Completa: corresponde ao rompimento da parede uterina, incluindo a sua serosa
340
Contraindicações Absolutas à Indução de Parto em Pacientes com Cesariana Prévia
• Cesariana anterior com incisão corporal. • Ausência de dados sobre a vitabilidade fetal. • Apresentações anômalas. • Qualquer outra contraindicação para parto vaginal, como: placenta prévia total, rotura uterina prévia, múltiplas incisões uterinas e desproporção fetopélvica.
341
Sinais de eminência de rotura uterina
Caracteriza-se clinicamente pela síndrome de distensão segmentária ou síndrome de Bandl- -Frommel. • Contrações intensas e extremamente dolorosas. • Sinal de Bandl: definido como a distensão do segmento inferior, formando uma depressão em faixa infraumbilical, conferindo ao útero aspecto semelhante a uma ampulheta. • Sinal de Frommel: definido como estiramento (retesamento) dos ligamentos redondos, desviando o útero anteriormente. • Alterações da Frequência Cardíaca Fetal (FCF) e diminuição da variabilidade da linha de base no monitoramento fetal intraparto.
342
Sinais de rotura uterina consumada
• Sofrimento fetal grave. • Interrupção das metrossístoles. • Sinal de Clark = enfisema subcutâneo. • Sinal de Reasens = “subida” da apresentação – o feto sai do útero e “cai” na cavidade abdominal. É a percepção, através do toque vaginal, da elevação da apresentação fetal após a rotura uterina, ou seja, o feto, que deveria progredir através do canal do parto durante o trabalho de parto apresenta um recuo na pelve, isto é, se eleva. Isto ocorre, pois, uma vez rompido o útero, ocorre relaxamento da musculatura uterina, permitindo sua elevação no canal de parto.
343
A rotura de vasa prévia é uma entidade associada às inserções marginais do cordão, placentas bilobadas, placentas sucenturiadas (lobo acessório separado da massa placentária) e, mais frequentemente, à inserção velamentosa do funículo umbilical (50% dos casos). Descreva este último
Nesta afecção, a gelatina de Wharton termina a distâncias variáveis da superfície placentária. Este fato faz com que os vasos umbilicais situem- se entre o âmnio e o córion. os vasos sanguíneos deixam o cordão umbilical antes da inserção placentária e caminham em leque, sem a proteção da geleia de Warthon, pela membrana ovular, até alcançar a massa placentária. São mais susceptíveis a traumatismos e podem responder por hemorragias durante o parto
344
Conduta na vasa prévia
interrupçãom eletiva da gestação por via alta (cesariana), em todas as pacientes com 36 semanas ou mais. Outras indicações de cesárea incluem rotura de membranas, trabalho de parto ou sangramento significativo
345
Descreva a rotura do seio marginal
sangramento (materno) periparto, indolor, vermelho- vivo, sem outros sintomas, com placenta normoposicionada.
346
CONCEITO DE ESPAÇO INTERVILOSO E SEIO MARGINAL
O espaço interviloso é o local da placenta voltado para o útero, que recebe o sangue materno para realização das trocas maternofetais. Ele fica entre a face fetal da placenta, que está em contato com o feto e com o líquido amniótico, e face materna da mesma, região em que a placenta se implanta no útero. É o “meio” da placenta! Já o seio marginal é a área em que a face fetal e a face materna na placenta se juntam, é a borda da placenta.
347
Maior causa de morte materna no Brasil (cerca de 35% dos casos)
Os distúrbios hipertensivos da gestação
348
Classificação dos distúrbios hipertensivos da gravidez.
1- Hipertensão induzida pela gravidez Hipertensão gestacional (transitória) Pré-eclâmpsia Eclâmpsia 2- Hipertensão agravada pela gravidez Pré-eclâmpsia sobreposta Eclâmpsia sobreposta 3- Doença Vascular Hipertensiva Crônica (DVHC)
349
Definição de pré eclâmpsia
aparecimento de hipertensão e proteinúria após 20 semanas de gestação em gestante previamente normotensa OBS.:O American College of Obstetricians and Gynecologists, em 2013, publicou uma nova diretriz para diagnóstico de pré-eclâmpsia que inclui pacientes com novo quadro hipertensivo mas sem proteinúria, desde que seja encontrado um dos seguintes achados: - Trombocitopenia (< 100.000/mm3); - Alteração da função hepática (elevação de transaminases duas vezes o valor normal); - Piora da função renal (creatinina > 1,1 mg/dl ou duplicação do valor normal, na ausência de outras doenças renais); - Edema agudo de pulmão; - Sintomas visuais ou cerebrais.
350
Definição de eclâmpsia
ocorrência de crises convulsivas, seguidas ou não de coma, em uma paciente com pré-eclâmpsia, descartando-se outras causas. São geralmente do tipo tonicoclônicas generalizadas. Algumas pacientes evoluem para o coma sem apresentar antes convulsão (“eclâmpsia branca” ou “eclampsia sine eclampsia”).
351
Fisiopatologia da eclâmpsia
Pode ter sua gênese associada à vasoespasmo cerebral com isquemia local, encefalopatia hipertensiva, edema vasogênico e dano endotelial.
352
Hipertensão gestacional (ou transitória)
Hipertensão, geralmente leve, que se desenvolve na parte final da gestação, sem a presença de proteinúria ou de outros sinais de pré-eclâmpsia. Atenção: Algumas pacientes que evoluirão com pré-eclâmpsia (cerca de 15 a 25% das pacientes inicialmente classificadas como hipertensão gestacional desenvolvem proteinúria); Algumas são hipertensas crônicas que não foram reconhecidas na primeira metade da gestação; O resto são pacientes com hipertensão transitória (pré-eclâmpsia não se desenvolve e os níveis tensionais se normalizam até a 12ª semana pós parto).
353
Pré eclâmpsia vs HAS crônica
Galeria
354
Fatores de risco para pré eclâmpsia
Galeria
355
Fisiopatologia da pré eclâmpsia
Galeria
356
REPERCUSSÕES SISTÊMICAS da pré eclâmpsia e eclâmpsia
Galeria
357
Como a pré eclâmpsia afeta o tempo de protrombina, tempo de tromboplastina parcial e concentração de fibrinogênio?
Não afeta exceto na ocorrência de complicações como acometimento hepático severo e DPP.
358
Descreva a endoteliose capilar glomerular
comprometimento difuso (acometendo todos os glomérulos) que apresenta-se à microscopia eletrônica como uma acentuada tumefação das células endoteliais que praticamente oblitera à luz dos capilares. Observa-se também deposição de um material semelhante à fibrina por todo o citoplasma da célula endotelial e abaixo dela também. Ocorre proliferação do mesângio e não há espessamento da membrana basal.
359
causa frequente de morte (60% dos óbitos) em pacientes com pré-eclâmpsia
hemorragia cerebral Ela é geralmente petequial ou assume a forma de grandes hematomas.
360
Utilidade da relação proteína/cretinina urinária
Valores maiores ou iguais a 0,3 se associam significativamente com proteinúria > 300 mg/24 horas.
361
Em que momento do curso da pré eclâmpsia costuma se desenvolver a proteinúria?
A proteinúria é não seletiva e costuma ser um achado tardio no curso da doença
362
Em gestantes que já apresentavam proteinúria antes da gestação, que sinais indicam que a proteinúria vista na gravidez está associada à pré eclâmpsia?
- aumento de 1 g ou mais no valor basal - exacerbação da pressão arterial - aumento ou surgimento de edema - hiperuricemia - trombocitopenia - elevações das transaminases outras manifestações que podem estar presentes na pré-eclâmpsia, como repercussões fetais e oligodrâmnia.
363
Critérios de gravidade da pré eclâmpsia
galeria
364
Exames laboratoriais na síndrome HELLP
- Esfregaço periférico com esquizócitos; - LDH > 600 U/L ou BT ≥ 1,2 mg/dl; - TGO ≥ 70 U/L; - Plaquetas < 100.000/mm3.
365
Eclâmpsia tardia
aparecimento de convulsões após 72h de pós-parto
366
Conduta na pré eclâmpsia leve
Nos casos leves, a conduta deve ser conservadora até que o concepto atinja o termo (37 semanas)
367
A gestante com pré eclâmpsia deve restringir a ingesta de sal V ou F
F
368
Na pré eclâmpsia, o tratamento anti-hipertensivo não altera o curso da doença ou reduz a morbimortalidade perinatal. Pode diminuir a perfusão uteroplacentária ou mascarar um aumento da pressão arterial, que é uma medida sensível da piora da doença. Desta forma, o tratamento anti-hipertensivo nas formas leves da doença não está indicado. V ou F
V
369
Todas as gestantes com pré-eclâmpsia com menos de 34 semanas devem receber terapia com corticoide para maturação pulmonar fetal V ou F
V
370
Na pré eclâmpsia, quais são os parâmetros analisados para determinação do bem estar materno
(1) ganho ponderal; (2) pressão arterial; (3) hemograma e contagem de plaquetas; (4) ureia, creatinina e ácido úrico sérico; (5) transaminases hepáticas e LDH; (6) EAS e proteinúria de 24 horas.
371
Qual a utilidade do sulfato de Mg na pré eclâmpsia? Quando utilizá-lo
É usado para prevenir ou controlar as convulsões. Não tem ação anti-hipertensiva. Importante enfatizar que a terapia anticonvulsivante não previne a progressão da doença. Deve ser prontamente administrado em todo quadro de eclâmpsia ou pré-eclâmpsia grave com sinais de iminência de eclâmpsia. Recomenda- se, ainda, que também seja administrado no início do trabalho de parto ou indução, durante o uso de corticoides nas gestantes previamente à interrupção e anteriormente à cesariana em pacientes com quadros graves. Deve ser mantido por 24 horas após o parto (até 48 horas), quando o risco de crises convulsivas se torna baixo, ou por 24 horas quando utilizado durante a gestação
372
Contraindicações ao uso de sulfato de Mg
É contraindicado em caso de miastenia grave (pode precipitar crise), débito urinário menor que 25 ml/hr
373
Associe os níveis de Mg com o achado clínico
• Abolição do reflexo patelar: níveis de 10 a 15 mEq/L. • Depressão respiratória: níveis maiores que 15 mEq/L. • Parada cardíaca: níveis séricos superiores a 30 mEq/L.
374
Qual a FR mínima a ser aceita em gestantes tratadas com sulfato de Mg?
O Ministério da Saúde (2012) e o Rezende Obstetrícia (2013) consideram que a frequência respiratória deve ser maior ou igual a 16 irpm
375
Qual medida, além da suspensão de infusão, em caso de intoxicação por Sulfato de Mg
gluconato de cálcio 1 g IV, infundido lentamente em três a cinco minutos
376
Quando tratar na HAS na pré eclâmpsia?
Medicamentos anti-hipertensivos devem ser administrados sempre que a pressão arterial diastólica apresentar valores maiores ou iguais a 105-110 mmHg segundo a maioria dos autores, ou a pressão arterial sistólica for maior ou igual a 160 mmHg
377
Qual a meta pressórica do tratamento medicamentoso no controle da HAS na pré-eclâmpsia?
pressão sistólica entre 140 a 155 mmHg e a diastólica entre 90 e 100 mmHg
378
Medicamento de escolha no tto agudo da HAS na pré eclâmpsia?
Hidralazina
379
BB a serem evitados na gestação, principalmente no 2 e 3° trimestres por risco de retardo de crescimento fetal
Atenolol Propranolol
380
Via de parto de escolha na pré-eclâmpsia e eclâmpsia
O parto deve ser preferencialmente vaginal (mesmo nos casos de eclâmpsia), - HELLP - Em gestações anteriores a 30 semanas com colo desfavorável, deve-se preferir o parto cesáreo. - Se o feto tem parâmetros desfavoráveis na CTG e no Doppler, também se opta pelo parto cesáreo - Em fetos com menos de 1.500 g, a cesárea é preferível. Se a gestação tem menos de 34 semanas, o uso de glicocorticoides é indicado para acelerar a maturação pulmonar fetal.
381
Conduta na gestante com 34 sem de gestação ou mais e que apresenta pré-eclâmpsia ou eclâmpsia
antecipação do parto OBS.: A eclâmpsia é sempre mais bem tratada com a antecipação do parto em qualquer idade gestacional, em benefício materno
382
Conduta na pré-eclâmpsia grave com idade gestacional menor que 23 semanas,
interrupção da gravidez
383
Conduta em gestantes com a síndrome HELLP?
Regra: interrupção da gravidez.
384
Nas gestantes com síndrome HELLP, a via de escolha de administração de sulfato de Mg é a IM. V ou F
F sulfato de magnésio deve ser evitado por via intramuscular, pelo risco aumentado de hematoma nos casos de síndrome HELLP complicadas com distúrbios da coagulação e trombocitopenia
385
Conduta na paciente que apresenta CIVD associada à síndrome HELLP
administram-se plasma fresco congelado, crioprecipitado e plaquetas (somente com níveis inferiores a 50.000/mm3). Não se deve fazer bloqueio do nervo pudendo no parto normal e deve-se evitar a anestesia regional, principalmente com valores de plaquetas abaixo de 70.000/mm3, pelo risco de sangramento, com hemorragias e hematoma espinhal.
386
critérios de gravidade de pré-eclâmpsia, variações na literatura
O livro Rotinas em Obstetrícia (2017) também considera como critério de gravidade: dor torácica, saturação de O2 < 97%, leucocitose, INR e TTPa, alterações e elevação do ácido úrico.
387
Discorra sobre a suplementação de Ca para prevenção de pré eclâmpsia
• O livro Rotinas em Obstetrícia (Freitas, 2017) relata que a suplementação é uma rotina no serviço, na dose de 1 g por dia a partir da 12ª semana para as pacientes de alto risco, especialmente aquelas com dieta pobre em cálcio. • O livro Rezende Obstetrícia (13ª ed içã o, 2016), informa que a OMS recomenda para a prevenção da pré-eclâmpsia a suplementação com cálcio (1,5 a 2 g/dia), mas apenas em áreas de baixa ingesta desse elemento, como refere o ACOG.
388
Discorra sobre o uso de AAS para prevenção de pré eclâmpsia
O livro Rotinas em Obstetrícia (Freitas, 2017) recomenda o uso de aspirina em pacientes de alto risco, como passado obstétrico revelando maus resultados maternos e perinatais (eclâmpsia, síndrome HELLP em gestação anterior, perda fetal recorrente ou síndrome de anticorpo antifosfolipídio), iniciado antes da 16ª semana de gravidez
389
Momento do parto na Pré-Eclâmpsia Leve
apesar da falta de consenso, parece que a tendência nos casos de pré- -eclâmpsia leve seria a conduta expectante até o termo, quando estaria indicada a interrupção da gravidez
390
Corticoterapia no tto da síndrome HELLP
• O livro Rezende Obstetrícia (12ª ed içã o, 2013) menciona que a dexametasona deveria ser utilizada apenas em mulheres com plaquetometria < 50 mil/ml, mas que o benefício é incerto. Esta recomendação não está presente na 13ª edição (2016). • Rotinas em Obstetrícia (2017) recomenda a dexametasona IV em casos com plaquetas abaixo de 50.000/dl e que vão para cesariana até o momento do nascimento
391
Fluxogramapara diagnóstico de DM gestacional
galeria (2 fotos)
392
Glicemia da gestante no primeiro trimestre
Há uma tendência ao desenvolvimento materno de hipoglicemia, com diminuição da necessidade de insulina Em termos laboratoriais, pode ser detectada glicosúria, cetonúria e níveis normais de glicemia.
393
Glicemia da gestante no segundo trimestre
Evidencia-se rápida elevação das necessidades de insulina com tendência à cetose e à cetoacidose
394
Glicemia da gestante no terceiro trimestre
No início desse período, persiste o aumento nas necessidades de insulina e a maior prevalência de cetose e cetoacidose. Próximo ao termo há uma tendência à estabilização do diabetes e, por vezes, ocorre hipoglicemia
395
Glicemia da gestante no puerpério
Ocorre uma queda brusca da necessidade de insulina por uma redução abrupta dos hormônios contrainsulínicos produzidos pela placenta
396
Há uma maior incidência de abortamentos nas gestantes diabéticas. Isto ocorre devido a alterações metabólicas maternas resultantes do descontrole da sua glicemia, como a alcalose metabólica fetal. Estão diretamente relacionados a níveis de hemoglobina glicosilada de 12% ou mais e glicemia pré-prandial maior que 120 mg/ dl no primeiro trimestre. V ou F
F é acidose metabólica fetal
397
Como a DM durante a gestação pode resultar em polidramnia?
aumento da diurese fetal, devido à hiperglicemia. A maior concentração de glicose no líquido amniótico provoca, por efeito osmótico, aumento da captação de água para o líquido amniótico
398
Como a DM durante a gestação pode resultar em oligodramnia?
Nas classes avançadas (D ou mais), que cursam com vasculopatia, a perfusão seletiva é empregada pelo concepto para se proteger da hipóxia. Esta é imposta pelo comprometimento das trocas placentárias e acarreta redução do fluxo renal, podendo resultar em oligodramnia
399
Entre as anomalias nos filhos de diabéticas, as mais frequentes são
cardíacas (38%) musculoesqueléticas (15%) sistema nervoso central (10%)
400
Cite malformações congênitas em recém-nascidos de mães diabéticas.
Galeria
401
Como a gestação afeta o prognóstico da gestante diabética?
prognóstico em longo prazo geralmente não é alterado, à exceção da retinopatia, que pode se agravar durante a gestação. Este pode culminar com o desenvolvimento de cegueira. O curso da nefropatia diabética parece não se alterar significativamente. No entanto, a sua presença aumenta muito a morbimortalidade maternofetal.
402
No diabetes gestacional o risco de anomalias fetais não está aumentado, assim como de abortamento V ou F
V Isto ocorre porque no diabetes gestacional a hiperglicemia surge no segundo trimestre, após o período de organogênese. Da mesma forma, não está aumentado o risco de óbito fetal, exceto nos casos com hiperglicemia de jejum > 105 mg/dl persistente nas últimas semanas da gestação
403
Quais gestantes, segundo a classificação de White, podem cursar com macrossomia fetal (peso fetal > 4000g)?
É encontrada nos conceptos de mães diabéticas nas classes iniciais de White (A a C).
404
complicação metabólica fetal mais comum do diabetes materno
Hipoglicemia neonatal
405
Com que frequência o exame de fundo de olho deve ser feito na gestante com diabetes prévia?
Fundo de olho trimestral
406
Uso de antidiabéticos orais na gravidez
- Rotinas em Obstetrícia (2017): recomenda o uso de Metformina para pacientes com diabetes gestacional, controle glicêmico inadequado e glicemia de jejum < 140 mg/dl e de 2h < 200 mg/dl. O autor também permite o uso de glibenclamida. - Rezende Obstetrícia (2016): menciona várias sociedades que autorizam o uso de hipoglicemiantes orais (ADA, ACOG, NICE, Endocrine Society), mas não faz uma recomendação formal
407
Quando lançar mão de insulinoterapia na gestante?
• Todas as pacientes que já faziam uso antes da gravidez; • Diabéticas tipo 2 em substituição aos hipoglicemiantes usados previamente à gestação; e • Diabéticas gestacionais que não obtêm controle satisfatório com a dieta e os exercícios físicos após duas semanas (95 no jejum, 140 após uma hora das refeições e 120 mg/dl após duas horas). O Ministério da Saúde também recomenda o uso de insulina em fetos com circunferência abdominal fetal maior ou igual ao percentil 75 em ultrassonografia obstétrica realizada entre 29 e 33 semanas de gestação.
408
Via de parto no DM gestacional
O diabetes gestacional não é indicação para cesariana e a via do parto deve seguir indicações obstétricas. A cesariana só deve ser indicada de forma eletiva se a estimativa de peso à USG for de mais de 4.000-4.500 g. Apesar de ser anteriormente uma indicação de cesariana, os livros atuais não recomendam a sua realização nos casos de retinopatia diabética
409
Momento do parto na DM gestacional
- Pacientes tratadas apenas com dieta  não precisa antecipar o parto. Indução eletiva com 40 semanas. - Pacientes em uso de insulina  antecipação do parto com 38 semanas (indução ou cesariana eletiva, se peso estimado ao US maior do que 4.000-4.500 g). - Se bem-estar fetal comprometido  antecipar o parto.
410
Controle glicêmico durante o parto
- Dieta zero por 8 horas. - Suspender a insulina NPH. - Infusão contínua de soro glicosado ou salina (com infusão de glicose) visando euglicemia. - Insulina regular conforme glicemia capilar (horária ou 2/2 horas) visando a euglicemia*. O objetivo glicêmico durante o parto pode variar entre as referências de 60 a 140 mg/dl. A maior parte delas traz o limite entre 70-110 mg/dl, objetivando mantê-la em torno de 100 mg/dl.
411
Insulinoterapia no pós parto
I) Se começou a usar insulina só durante a gravidez  Suspender a insulina e avaliar por glicemia capilar ou glicemia sérica: - Se normal, reavaliar entre 6 a 12 semanas pós-parto com novo TOTG 75. - Se alterada, iniciar a insulina em 1/3 da dose utilizada no fim da gestação. II) Se usava insulina antes de engravidar  Voltar para a dose utilizada previamente à gestação.
412
Tipos de placente de acordo com a data da divisão do ovo no caso de gêmeos monozigóticos
- Se a divisão do ovo se dá até as primeiras 72 horas depois da fertilização, teremos uma gestação DICORIÔNICA DIAMINIÓTICA (30% dos MZ). - Se a divisão do ovo se dá entre o quarto e oitavo dia após a fertilização, por divisão do embrioblasto onde o cório já está formado, mas antes da formação do âmnio, o resultado será a placentação MONOCORIÔNICA DIAMNIÓTICA (70% dos MZ). - Se a divisão do ovo se dá entre os dias 8 e 12 após a fertilização, por divisão completa do disco embrionário, após a formação do âmnio, teremos uma placentação MONOCORIÔNICA MONOAMNIÓTICA (1% dos MZ). - Se a divisão do ovo ocorre entre os dias 13 e 15 pós-fertilização, a separação do disco embrionário será incompleta, acarretando a chamada GEMELARIDADE IMPERFEITA (rara). A placentação será obrigatoriamente MONOCORIÔNICA MONOAMNIÓTICA. Como a separação é incompleta, os produtos finais são GÊMEOS ACOLADOS
413
Cite fatores que aumentam a incidência tanto de gêmeos DZ quanto de MZ
 Drogas indutoras de ovulação (gonadotrofinas ou citrato de clomifeno)  Emprego de técnicas de reprodução assistida: Como Fertilização In Vitro (FIV), injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI) ou inseminação artificial
414
Em gestação gemelar, a morbimortalidade perinatal está associada à corionicidade e não à zigotia. V ou F
V
415
Determine a corionia de acordo com o sinal no USG
Sinal do T: monocorionica diaminiótica (septo < 1,5) Sinal do lambda: di (septo > 1,5mm)
416
Quando usar corticoterapia em gestações gemelares?
O Manual de Gestação de Alto Risco do Ministério da Saúde (2012) preconiza a corticoterapia entre 24 e 34 semanas para acelerar a maturação pulmonar fetal apenas nos casos de trabalho de parto efetivo. O uso profilático nesse período deve estar reservado apenas às gestações trigemelares.
417
A cerclagem profilática, a hospitalização e a restrição de atividade física domiciliar não contribuem para a profilaxia do parto pré-termo gemelar. V ou F
V
418
A comunicação vascular arteriovenosa na placenta MC representa uma anastomose real do ponto de vista anatômico. Um cotilédone é alimentado pela artéria do feto doador e drenado para a veia do feto receptor. V o F
F NÃO representa uma anastomose anatômica real
419
Consequências fetais da STFF
O feto doador fica hipovolêmico e desenvolve palidez, oligúria, oligodramnia, Crescimento Intrauterino Restrito (CIUR). A ausência de líquido amniótico com dificuldade de movimentação do feto doador é chamada de stuck twin. Contrariamente, o feto receptor fica hipervolêmico, apresenta pletora e desenvolve poliúria, polidramnia, hidropsia e insuficiência cardíaca
420
melhor critério para diagnóstico da STFF
discordância de líquido amniótico existente nas duas cavidades: - Bolsão maior do que 8 cm na cavidade do feto receptor; - Bolsão menor do que 2 cm na cavidade do feto doador.
421
Cite os 5 estágios da STFF
- Estágio I: polidramnia no feto receptor (bolsão maior do que 8 cm) e oligodramnia no feto doador (bolsão menor do que 2 cm); - Estágio II: não visibilização da bexiga do feto doador; - Estágio III: dopplerfluxometria anormal em qualquer um dos fetos caracterizada por: artéria umbilical zero/reversa no doador; ducto venoso zero/reverso e pulsação na veia umbilical no receptor; - Estágio IV: hidropisia fetal; - Estágio V: óbito de um ou ambos os fetos.
422
TTO da STFF
 Amniocentese seriada para o feto receptor: É reservada para os casos de STFF mais leves e de aparecimento tardio. A retirada de grandes quantidades de líquido amniótico visa prevenir o parto prematuro secundário à polidramnia e melhorar a circulação fetal pela redução da pressão na placa corial da placenta.  Fotocoagulaçã o com laser das comunicações vasculares através de fetoscopia, entre 16 e 26 semanas de gestação: É reservada para os casos graves de ocorrência antes de 24-25 semanas. Esta terapia visa ocluir as anastomoses vasculares, interrompendo a troca de sangue intergemelar.
423
No Gêmeo Acárdico ou Perfusão Arterial Reversa do Gemelar ou Sequência TRAP, são sinais de mau prognóstico no gêmeo bomba
regurgitação tricúspide, insuficiência cardíaca, hidropsia, Doppler venoso anormal e anemia fetal.
424
indicações de cesariana eletiva nas gestações gemelares
 Número de fetos igual ou superior a três;  Gestação monoamniótica: risco elevado de enovelamento do cordão umbilical;  Gêmeos unidos;  Síndrome de transfusão feto-fetal;  Algumas anomalias congênitas;  Primeiro feto em apresentação pélvica*;  Fetos com vitabilidade comprometida;  Gestações diamnióticas com prematuridade extrema.
425
Nos casos em que os conceptos são considerados inviáveis, como na idade gestacional menor que 24 semanas, o parto deve ser
vaginal
426
Algoritmo para escolha da via de parto na gestação gemelar
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427
Em virtude da maior incidência de hemorragias do quarto período na gestação gemelar, o uso rotineiro de ocitócitos e de massagem uterina após o parto vaginal ou a cesariana de gêmeos é recomendado. V ou F
V
428
Procidência vs prolapso decordão
A procidência ou procúbito define a presença do cordão umbilical antes da apresentação, com bolsa íntegra. Após a amniorrexe, será prolapso de cordão
429
Descreva a Interpretação dos Exames para Diagnóstico Diferencial de Tireoidopatias na Gravidez
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430
Descreva o rastreamento para disfunção tireoidiana na gestação e pós-parto
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431
Qual o intervalo de tempo entre a ingesta de LT4 e os demais suplementos indicados na gravidez?
Deve-se evitar a ingesta concomitante com sulfato ferroso, carbonato de cálcio, alumínio, produtos derivados da soja ou vitaminas por interferência na sua absorção. O intervalo entre a Levotiroxina e os suplementos deve ser de, pelo menos, duas a quatro horas.
432
Qual o risco determinado pelo hipot. subcl. na gestação?
O hipotireoidismo subclínico aumenta o risco de parto pré-termo e de comprometimento cognitivo do feto. O hipotireoidismo subclínico ou clínico associa-se a uma maior incidência de: - hipertensão gestacional (pré-eclâmpsia) - descolamento prematuro de placenta - abortamento. A gravidade da hipertensão é maior nas pacientes com hipotireoidismo clínico. Nessas pacientes também foi descrito um maior risco de hemorragia no pós-parto. Não há maior incidência de malformações fetais. A presença de anticorpos antitireoidianos (anti-TPO = antitireoperoxidase) aumenta o risco de abortamento espontâneo no primeiro trimestre.
433
Cite causas de hipertireoidismo na gestação
A causa mais comum de hipertireoidismo na gravidez é a doença de Graves (80-85%). A doença trofoblástica gestacional, o adenoma tóxico, o bócio multinodular tóxico e as tireoidites (como a viral de Quervain) correspondem às outras causas
434
Cite complicações maternas e fetais do hipertireoidismo na gestação
 Complicações maternas: crise tireotóxica, insuficiência cardíaca congestiva, abortamento, parto pré-termo, pré-eclâmpsia.  Complicações fetais: crescimento intrauterino restrito, baixo peso, prematuridade, anomalias congênitas, hipertireoidismo fetal (1% dos fetos de mães com doença de Graves) e malformações fetais (o risco é maior em gestantes com hipertireoidismo não tratado).
435
Descreva o ddx entre graves e tireotoxicose gestacional transitória
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436
Cuidados na amamentação para gestantes que fazem uso de antitireoidianos
O aleitamento materno não está contraindicado, mas a medicação deve ser tomada após a mamada e deve ser dado um intervalo de três horas até a próxima mamada, para diminuir a concentração da medicação no leite materno.
437
Manejo do hipertireoidismo na gestante
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438
Os níveis elevados de anticorpos anti-SSA (Ro) podem causar no feto...
bloqueio atrioventricular congênito ou a síndrome do lúpus neonatal (BAV congênito e eritema cutâneo fotossensível neonatal). Estes autoanticorpos também se associam com miocardiopatia fetal, hidropsia não imune e morte fetal
439
Qual o mecanismo fisiopatológico por trás do abortamento na síndrome antifosfolipídeo?
relaciona-se à função placentária anormal em casos de perda fetal, como estreitamento das artérias espiraladas, espessamento da camada íntima, aterose aguda e necrose fibrinoide. Também podem ocorrer tromboses extensas, infartos e necroses placentárias.
440
TTO de Gestantes com diagnóstico de SAF, mas sem eventos trombóticos, ou seja, apenas com complicações obstétricas relacionadas à doença
aspirina em baixa dose (100 mg/dia) isoladamente ou aspirina mais heparina profilática (heparina não fracionada 5.000 UI 12/12h ou heparina de baixo peso molecular 0,5 mg/kg/dia).
441
TTO de Pacientes com SAF e história de trombose, independentemente de manifestação obstétrica
aspirina em baixa dose e heparina em dose plena (heparina não fracionada a cada 8 ou 12h para manter a relação do PTT entre 1,5 a 2,0 do basal ou heparina de baixo peso molecular 1 mg/kg a cada 12h). Warfarin cruza a placenta e deve ser evitado
442
São alterações cardíacas normais nas gestantes:
 Ponta do coração situada no 4ª EIE;  Acentuação de bulhas por hipercinesia;  Desdobramento da 1ª bulha por fechamento precoce da valva mitral;  2ª bulha reforçada por maior proximidade do coração com a parede;  Acentuação da 3ª bulha por enchimento rápido do ventrículo esquerdo;  4ª bulha menos audível;  Sopro de ejeção pulmonar e sopro sistólico na ponta também são comuns. Extrassístoles podem ocorrer por causas posturais.
443
forma mais frequente de lesão cardíaca associada à prenhez
de origem reumática, estimada em mais da metade dos casos
444
Cite DCV de Alto risco na gestação – Mortalidade materna entre 15 e 50%
- Hipertensão arterial pulmonar primária. - Síndrome de Eisenmenger. - Síndrome de Marfan com envolvimento da aorta. - Aneurisma da aorta. - Cardiopatia cianogênica não operada. - Doença congênita complexa cianótica (tetralogia de Fallot). - Cardiomiopatia dilatada ou hipertrófica importante. - Coarctação de aorta grave. - Qualquer doença com NYHA classes funcionais III e IV. - Cardiomiopatia periparto com disfunção ventricular residual.
445
Classe dos digitálicos na gravidez e efeitos possíveis
Classe C Atravessam a barreira placentária. Podem predispor ao trabalho de parto prematuro, pelo efeito inotrópico positivo no miométrio.
446
opção mais segura para o parto nas grávidas cardiopatas
Parto vaginal
447
Quais DCV indicam cesareana?
síndrome de Marfan coarctação da aorta hipertensão pulmonar grave aneurisma dissecante da aorta insuficiência cardíaca congestiva classe funcionais III e IV.
448
 Na gestante com DCV, o fórcipe de alívio deve ser empregado rotineiramente no encurtamento do segundo período do trabalho de parto e na diminuição do esforço materno, visando mini - mizar as alterações cardiovasculares próprias deste estágio V ou F
V
449
Quadro clínico das hepatites virais (A-E)
Os vírus A, B, C, D, e E normalmente apresentam o mesmo quadro clínico, caracterizado por náuseas, vômitos, anorexia, artralgia e febrícula Pode haver icterícia colestática que aparece acompanhada de colúria, prurido e acolia fecal. Em geral, a hepatomegalia dolorosa surge e, eventualmente, aparece também esplenomegalia. Nos casos graves, pode haver necrose hepática, diagnosticada por colestase associada, distúrbios da coagulação e da consciência, insuficiência renal, coma hepático e hepatite fulminante. No entanto, predominam as formas assintomáticas que podem cronificar (vírus B, C, D), caracterizadas por sorologia positiva e elevação das aminotransferases
450
Fluxograma a ser adotado para gestante não vacinada para o HBV
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451
Quando contraindicar a amamentação em caso de mãe Hbsag +?
se a mulher apresentar fissuras no mamilo.
452
TTO do HCV na gestante
Não é possível o tratamento materno da hepatite C para redução da carga viral, pois os medicamentos utilizados (interferon peguilado e ribavirina) são contraindicados na gestação.
453
causa mais comum de icterícia na gravidez
Hepatite viral
454
Qual vírus tem seu curso afetado pela gestação?
A gravidez não muda o curso da doença, exceto para hepatite E, e as gestantes não são mais suscetíveis
455
Diferencia o quadro de: - Esteatose Hepática Aguda - Síndrome Hellp - Hepatite Viral - Hiperêmese Gravídica - Púrpura Trombocitopênica Trombótica - Síndrome Hemolítico-Urêmica
Galeria
456
Fator etiológico mais associado à esteatose hepática aguda da gestação
deficiência genética da enzima hidroximetil-coenzima
457
TTO da esteatose hepática aguda da gestação
interrupção da gestação, correção da hipoglicemia, hidratação com manutenção vigorosa da volemia e reposição dos fatores de coagulação. Cabe aqui lembrar que o parto, em geral, interrompe a rápida deterioração hepática. A cesariana é muitas vezes indicada para resolução mais rápida do quadro
458
Período ideal para realização de colecistectomia na gestante
Segundo trimestre pois há um menor risco de abortamento e diminuição da taxa de parto pré-termo
459
Segunda causa mais comum de cirurgia não obstétrica durante a gravidez.
Colecistite
460
Descreva um quadro de colestase recorrente da gestação
Colestase recorrente da gestação ou prurido gravídico é uma manifestação pruriginosa generalizada da gravidez que, em geral, começa no terceiro trimestre da gravidez e desaparece algumas semanas após o parto. É provável que o prurido decorra da colestase intra-hepática, resultante da excreção anormal de ácidos biliares induzida pela ação de estrógenos e progestógenos. Inicialmente, localiza- se no abdome e nas nádegas, podendo ficar restrito a essas áreas ou se generalizar. Ao exame físico, percebem-se apenas escoriações resultantes do ato de coçar. Ocasionalmente, pode ser observada icterícia. Pode recorrer em gestações subsequentes ou com o uso de pílulas anticoncepcionais. Para o diagnóstico, pode-se observar elevação dos níveis de enzimas hepáticas e dos sais biliares. Não há tratamento eficaz, porém o uso de sintomáticos pode ser indicado.
461
Classifique a anemia na gravidez de acordo com os níveis de Hb
Anemia = hemoglobina abaixo de 11 g/dl. Ela pode ser - leve (Hb de 10 a 10,9 g/dl) - moderada (Hb de 8 a 9,9 g/dl) - grave (Hb de 8 g/dl).
462
Qual gestante deve receber, qual a dose e por quanto tempo fazer a suplementação de ferro
toda gestante 30 a 60 mg/dia de ferro elementar (na forma de sulfato ferroso) durante o segundo e terceiro trimestres da gestação, durante toda a lactação, ou por dois a três meses pós-parto nas não lactentes
463
Qual a mg de um comprimido de sulfato ferroso e quantas mg de ferro elementar isso vale?
SULFATO FERROSO: um comprimido = 200 mg, o que corresponde a 40 mg de ferro elementar.
464
Fluxograma para avaliação de anemias na gestação
Galeria
465
Descreva os componentes básicos do fórcipe
colher, pedículo, articulação e cabo.
466
Quais são os fórcipes clássicos e os especiais
Tucker-McLane, Simpson e Elliot são clássicos Kielland, Barton e Piper são especiais
467
Situações em que o fórcipe de Simpson está indicado em em que não está indicado
serve para praticamente todos os tipos de aplicações, exceto para aplicação quando a apresentação está em variedade de posição transversa. Neste caso específico, o instrumento mais adequado é o fórcipe de Kielland.
468
Utilidade do fórcipe de Barton
Apresentação transversa alta
469
Fórcipe especialmente desenhado para extração da cabeça derradeira na apresentação pélvica
De Piper
470
Utilidade do fórcipe de Kielland
Variedade transversa, rotações amplas e correção dos assinclitismos.
471
pegada ideal do fórcipe
biparietomalomentoniana
472
Fórcipe em operação baixa, localização segundo DeLee e grau de rotação
O ponto de maior declive da apresentação está no plano +2 de DeLee ou abaixo dele, mas não no assoalho pélvico; as rotações podem ser inferiores ou superiores a 45 graus.
473
Fórcipe em operação média, localização segundo DeLee e grau de rotação
A cabeça do feto está acima do plano +2, porém insinuada.
474
Indicação profilática materna de fórcipe
pneumopatias, cardiopatias e neuropatias maternas
475
Indicação profilática fetal de fórcipe
prevenção do sofrimento fetal no período expulsivo prolongado
476
Indicações de fórcipe de alívio materno
- Falha na progressão do parto por insuficiência das contrações (discinesias uterinas). - Resistência perineal que a episiotomia não resolve. - Sofrimento materno: parturições longas e estafantes que provocam a exaustão materna com insuficiência da prensa abdominal; mulheres em desespero, mal preparadas para o parto visando abreviar o período expulsivo. - Comorbidades que contraindiquem ou impossibilitem o esforço físico no período expulsivo (doenças neurológicas, relato de descolamento de retina, história de pneumotórax espontâneo) e que exibam risco cirúrgico muito alto, desaconselhando a opção pela cesariana como, por exemplo, cardiopatias valvares, edema pulmonar agudo e crise asmática. - Cicatriz uterina prévia como, por exemplo, cesariana anterior, para que o período expulsivo seja encurtado, reduzindo o número de contrações e o risco de rotura uterina. - Dificuldade ou impossibilidade de utilização da prensa abdominal (insuficiência de força pelas contrações uterinas e/ou pela prensa abdominal): astenia; hérnias abdominais; anestesia condutiva e exaustão materna, entre outras.
477
Indicações de fórcipe de alívio fetal
- Retenção da cabeça derradeira na apresentação pélvica. - Sofrimento fetal agudo no período expulsivo: quando a cesariana não se apresente como a melhor opção, ou porque o concepto está prestes a nascer, ou por questões circunstanciais, o emprego do fórcipe reduz o período expulsivo e permite a extração fetal em melhores condições. - Prematuridade (o fórcipe pode reduzir a compressão prolongada sobre a delicada cabeça do feto prematuro, e reduzir também o tempo do período expulsivo. Pode ser usado em casos em que a prematuridade não seja extrema). - Procidência irredutível de membros e de funículo quando a cabeça fetal está insinuada indicam extração fetal imediata.
478
Pré-requisitos para a aplicação do fórcipe
1- A extração é possível? A presença das condições de praticabilidade responde a essa pergunta. 2- A aplicação do fórcipe está indicada? A presença de indicações responde a essa pergunta. 3- A aplicação do fórcipe é a melhor maneira de concluir o parto? A análise das possibilidades para a terminação do parto indica que o fórcipe é a melhor opção.
479
Condições de praticabilidade do fórcipe
1- Cabeça insinuada 2- Dilatação total 3- Membranas rotas 4- Diagnóstico preciso da variedade de posição 5- Avaliação do tipo pélvico 6- Proporcionalidade exata . 7- Canal do parto sem obstáculos 8- Reto e bexiga vazios 9- Feto vivo ou morte recente que permita preensão da cabeça 10- Operador habilitado e obediência à técnica de aplicação
480
Quando a primeira colher a ser inserida é a esquerda e quando é a direita?
A primeira colher a ser aplicada será a ESQUERDA nas seguintes variedades de posição: Occipitopúbica (OP); Occipitossacra (OS); Occipito-Esquerda-Anterior (OEA); Occipito-Direita-Posterior (ODP), nestes casos também chamada de colher posterior. A primeira colher a ser aplicada será a DIREITA nas seguintes variedades de posição: Occipito-Direita-Anterior (ODA); Occipito-Esquerda-Posterior (OEP).
481
Valor de pH e lactato fetais que indicam interrupção o mais rápido possível da gestação
• pH abaixo de 7,20 ou lactato maior que 4,8 mmol/L sugere comprometimento fetal e implica interrupção da gestação o mais rápido possível.
482
Cite a progressão de eventos que podem ser avaliados na cardiotocografia do feto em caso de sofrimento agudo
Hipóxia > perda do estímulo simpático > perda das acelerações > perda da variabilidade > bradicardia e desacelerações tardias > perda dos movimentos, tônus e respiração fetais
483
Como caracterizar um quadro de sofrimento fetal agudo pela ausculta dos BCF?
identificação de bradicardia persistente (< 110 bpm) por pelo menos 50% da duração de, no mínimo, três contrações consecutivas;
484
Defina um quadro de taquicardia fetal avaliada pela cardiotocografia
A linha de base da FCF permanece acima de 160 bpm durante dez minutos. É classificada como moderada quando até 180 bpm e grave quando acima de 180 bpm
485
Defina um quadro de bradicardia fetal avaliada pela cardiotocografia
a linha de base da FCF permanece abaixo de 110 bpm durante dez minutos. É classificada como moderada quando até 100 bpm e grave quando abaixo de 100 bpm
486
Qual o significado de Bradicardia na presença de variabilidade normal?
Presença de estímulo vagal e decorrente da compressão cefálica fetal. Não está associada com acidose fetal ou pior prognóstico fetal.
487
A ausência de micro-oscilação (variações batida à batida avaliadas por cardiotocografia computadorizada) é marcador de...
hipóxia fetal
488
O que determina as macro-oscilações na cardiotocografia
A amplitude da variação da frequência cardíaca durante um minuto
489
Relacione os valores de macro-oscilação com o possível quadro clínico fetal
galeria
490
Cite situações além do SFA que causem diminuições da oscilação na cardiotocografia
ausência de córtex bloqueio por drogas bloqueio vagal bloqueio completo de ramo cardíaco.
491
Cite situações além da asfixia/hipóxia que causem diminuições da oscilação na cardiotocografia
ausência de córtex bloqueio por drogas bloqueio vagal bloqueio completo de ramo cardíaco. Feto dormindo
492
Causa das acelerações transitórias periódicas e não periódicas na cardiotocografia
As periódicas são consequentes à atividade uterina As não periódicas decorrem de diversos fatores, como movimentação fetal, manipulação vaginal e outros
493
Definição de feto reativo na cardiotocografia
quando há ao menos dois picos de amplitude de 15 bpm e duração de no mínimo quinze segundos em um período de vinte minutos
494
Descreva cada um dos 3 padrões de DIP (desacelerações) e seu significado clínico
Galeria
495
Classifique os 3 tipos de cardiotocografia
Galeria
496
A taquicardia não associada à diminuição da variabilidade ou à desaceleração não está associada à asfixia, e sim à infecção materna ou fetal, uso de drogas e outros. V ou F
V
497
Indicações de cardiotocografia
1- monitorização ante parto (pode ser realizada a partir de 26 a 28 semanas, embora geralmente seja iniciada a partir de 32 a 34 semanas gestacionais. Não está indicada antes de 26 semanas de gestação, devido à imaturidade fisiológica do sistema nervoso autônomo) • Pós-datismo; • Crescimento intrauterino restrito; • Pré-eclâmpsia; • Diabetes insulino-dependente; • Isoimunização Rh; • Hipertireoidismo; • Doença vascular; • Sangramentos vaginais; • Oligo ou polidramnia; • Nefropatias; • Cardiopatias; • Malformações fetais.
498
Desacelerações tardias de repetição ou desacelerações variáveis desfavoráveis obrigam que conduta?
parto imediato por cesariana.
499
O que fazer diante de uma gestante com líquido amniótico meconial?
mecônio associado à frequência cardíaca fetal e pH normais não significa sofrimento fetal agudo. a combinação de mecônio com asfixia aumenta a incidência de síndrome de aspiração meconial, agravando o prognóstico fetal. Portanto, diante de quadro de eliminação de mecônio, deve-se monitorar rigorosamente o parto
500
Descreva a reanimação intrauterina em diferentes cenários
Galeria
501
Descreva os diferentes tipos de ondas associadas à variabilidade na CTG
- Lisa (entre 0 e 5 bpm); - Comprimida (entre 5 e 10 bpm); - Ondulatória (entre 10 e 25 bpm); - Saltatória (> 25 bpm); - Sinusoidal (forma de onda de sino com periodicidade de dois a cinco ciclos por minuto de ritmo fixo e regular, amplitude de 5 a 15 bpm e duração de 15-30s – associado à anemia fetal grave).
502
Resuma os tipos de DIP
TIPO I (precoce ou cefálica ): Início e fim junto da contração. Relacionada à compressão do polo cefálico por reflexo vagal; TIPO II (tardia ou placentária ): Início durante a contração e término após o término desta. Associada à hipóxia fetal; TIPO III (vari ável ou umbilical): Sem relação com as contrações, podendo vir antes, durante ou depois delas. Relacionada à compressão funicular. Pode representar feto hipóxico ou não.
503
Sofrimento Fetal Crônico é também conhecido como...
insuficiência placentária insuficiência uteroplacentária
504
Principais fatores associados ao SFC
Pós-maturidade. Doença hemolítica perinatal. Pré-eclâmpsia. Hipertensão arterial sistêmica. Nefropatia hipertensiva. Colagenoses. Diabetes mellitus. Cardiopatias cianóticas. Anemia por hemoglobinopatias. Pneumopatias. Hipertireoidismo. Crescimento intrauterino restrito. História obstétrica de natimorto. Grávida idosa (≥ 40 anos). Descolamento prematuro de placenta crônico. Placenta prévia. Prenhez gemelar. Amniorrexe prematura.
505
Descreva o CIUR simétrico (tipo I)
- Responde por cerca de 5 a 10% dos casos. - Todo o concepto está igualmente hipodesenvolvido. - As medidas fetais do DBP e CC, já no segundo trimestre, encontram-se consistentemente abaixo dos limites inferiores da normalidade. - Denominado também CIUR tipo segundo trimestre - Principais causas do insulto agudo no início da gestação são a exposição a substâncias químicas, as infecções congênitas, especialmente por citomegalovírus, parvovírus e rubéola, as anomalias congênitas, as drogas, as radiações ionizantes e as aneuploidias.
506
Descreva o CIUR assimétrico (tipo II)
- Responde por cerca de 70 a 80% dos casos. - O feto apresenta-se alongado e emagrecido, com a cabeça relativamente grande (obs. cérebro É afetado) em relação ao abdome - Isoladamente, a medida da CA é o parâmetro mais precoce e sensível de diagnóstico do CIUR assimétrico, porque a redução do depósito de gordura hepática é o primeiro efeito produzido, ou seja, o feto fica emagrecido - está associado à insuficiência placentária, a qual se manifesta com maior frequência no final da gestação
507
Descreva CIUR misto (tipo III)
- A agressão se inicia na fase de hiperplasia celular, a qual se perpetua na fase de hipertrofia celular. - Geralmente se associa a alterações cromossomiais ou infecções congênitas, e recebe também o nome de CIUR assimétrico precoce
508
Como a hipóxia resulta em oligodramnia?
hipóxia crônica condiciona redistribuição do débito cardíaco fetal com consequente diminuição do fluxo sanguíneo renal e do volume urinário. Como esta é a principal via de formação do LA, ocorre a oligodramnia
509
Principais causas de oligodramnia
galeria
510
Valores de ILA normais, oli/polidramnia
É considerado normal quando entre 8 e 18 cm. Abaixo de 5 considera-se oligodramnia Acima de 23, polidramnia. Valores entre 5 e 8 e entre 18 e 23 são considerados dentro dos limites dos desvios-padrão em relação à média, apesar de alguns autores utilizarem os termos oligodramnia leve e polidramnia leve.
511
Descreva a conduta de acordo com o escore do PBF
Galeria
512
U/C > 1 na dopplervelocimetria indica...
centralização fetal
513
fluxo reverso no ducto venoso no momento da contração atrial (onda A negativa ou reversa) é sinal de... Qual a conduta?
grave condição fetal com risco iminente de morte implica em resolução imediata da gravidez
514
primeira anormalidade identificada ao Doppler em fetos que desenvolverão CIUR e pré- -eclâmpsia, sendo fator de risco para essas condições
aumento contínuo de resistência de ambas as artérias uterinas, com presença de incisuras protodiastólicas OBS.:Nem todos os fetos com incisura protodiastólica bilaterais desenvolverão CIUR ou pré-eclâmpsia
515
Conduta no Aumento dos índices umbilicais, porém com fluxo diastólico preservado e sem CIUR
intensificar a vigilância fetal através de exames semanais e/ou exames como CTG e PBF. As alterações em outros exames sugerem a interrupção da gestação. A via de parto pode ser determinada de acordo com os achados e as condições maternas
516
Conduta no CIUR assimétrico com doppplervelocimetria normal
recomenda-se o parto no termo (entre 37 e 40 semanas). A via de parto pode ter indicação obstétrica
517
Conduta na Centralização fetal
em geral interrompe-se a gravidez com idade gestacional maior que 34 semanas, apesar de alguns autores recomendarem aguardar até 37 semanas caso não haja outra alteração no exame, como oligodramnia ou alteração na CTG. A maioria recomenda a interrupção da gestação por cesariana;
518
Conduta na Diástole zero
Caso outros testes se mostrem normais (CTG, PBF, ducto venoso), a interrupção da gestação deve ocorrer após 32-34 semanas. Em geral, a via de parto de escolha é a cesariana
519
Conduta na Diástole reversa
interrupção da gestação independente da idade gestacional, por cesariana.
520
Definição de polidramnia
volume de LA superior a 2.000 ml na gestação de trinta ou mais semanas. Em termos ultrassonográficos, o diagnóstico é feito ao se encontrar maior bolsão vertical ≥ 8 cm, Índice de Líquido Amniótico (ILA) superior ao percentil 97,5 para a idade gestacional
521
entre 50 e 60% dos casos não é possível identificar um fator etiológico aparente, classificando a polidramnia como idiopática V ou F
V
522
Causas de polidramnia
• Anomalias congênitas do SNC (feto não deglute): - Anencefalia (mais comum); - Meningocele; - Espinha bífida; - Hidrocefalia; • Atresias altas do tubo digestivo (esôfago, duodeno). • Displasias esqueléticas. • Diabetes mellitus. • Gravidez gemelar. • Doença hemolítica perinatal. • Patologia placentária e funicular: - Placenta circunvalada; - Hemangiomas; - Nós e torções do cordão; - Trombose dos vasos umbilicais. • Idiopática.
523
Complicações da polidramnia
• Parto prematuro; • Amniorrexe prematura; • Prolapso de cordão; • Apresentações distócicas; • Descolamento prematuro de placenta; • Hemorragias no secundamento, no 4º período e no pós-parto.
524
Descreva as 3 fases do puerpério
• Puerpério imediato: 1° ao 10° dia; • Puerpério tardio: 10° ao 45° dia; • Puerpério remoto: além do 45° dia.
525
Após a gestação, quantos dias o útero leva para se tornar um órgão intrapélvico? E quanto tempo até retornar às dimensões pré gravídicas
Após 15 dias do parto A semanas
526
Nos remanescentes do hímen roto aparecem pequenas saliências características de mulheres que já pariram, conhecidas por
carúnculas mirtiformes
527
Descreva as etapas da produção láctea
Mamogênese: Consiste no crescimento e desenvolvimento mamário. Ocorre na gravidez; Lactogênese: Consiste no início da secreção láctea. O descolamento placentário após a expulsão ou extração fetal promove um importante decréscimo na produção materna de hormônios esteroides, que reduzem gradativamente o bloqueio da glândula mamária ao estímulo da prolactina e possibilitam, por volta do terceiro dia após o parto, a apojadura. Este fenômeno define a grande e súbita afluência de leite nas mamas da puérpera; Lactopoese ou Galactopoese: Consiste na manutenção da lactação já iniciada. A prolactina é o hormônio galactopoético mais importante. O adequado e frequente esvaziamento das mamas é indispensável para a manutenção da secreção láctea. O leite que se encontra nos alvéolos não flui espontaneamente pela pressão capilar dentro dos condutos microlobulares até os seios lactíferos. Consequentemente, não se encontra disponível para o lactante. Por essa razão, a ocitocina é importante, pois estimula a contração das fibras mioepiteliais que rodeiam os alvéolos mamários, que facilita a ejeção láctea.
528
Após quantos tempo do parto a hipotonia e o relaxamento das paredes da bexiga e dos ureteres regridem
2-8 sem até 3 meses
529
Microscopicamente, os lóquios se caracterizam por
eritrócitos, células epiteliais, fragmentos deciduais e bactérias.
530
A persistência de lóquios avermelhados após duas semanas, principalmente se acompanhada de subinvolução uterina, levanta a possibilidade de
restos placentários.
531
A presença de odor forte e desagradável acompanhada de febre e de lóquios com coloração achocolatada é sinal de
infecção puerperal (endometrite).
532
Descreva a evolução dos lóquios
Nos primeiros três a quatro dias, os lóquios são avermelhados, pois contêm sangue e são denominados de lóquios rubros (lochia rubra). Esses lóquios gradativamente se tornam róseos ou serossanguíneos (lochia fusca), pelo menor conteúdo hemático, e na segunda semana são chamados de lóquios serosos (lochia serosa ou flava). Progressivamente, estes lóquios assumem coloração esbranquiçada ou amarelo-claro, e, em torno do décimo dia, passam a ser chamados de lóquios alvos (lochia alba).
533
Nos primeiros três dias do puerpério, a temperatura corporal pode se encontrar elevada. Normalmente, está relacionada à apojadura. Este fenômeno é conhecido por... e é considerado fisiológico quando durar menos de...
febre do leite, 48 horas.
534
Descreva as principais causas de hemorragia pós parto
Regra dos 4Ts - Tono (atonia uterina); - Trauma (laceração de trajeto); - Tecido (retenção placentária ou de fragmentos); - Trombina (coagulopatia).
535
Principais fatores de risco da atonia uterina
 Miométrio mal perfundido (hipotensão);  Menor contração miometrial (leiomiomas uterinos e multiparidade);  Anestesia geral (halogenados), que leva a relaxamento uterino;  Sobredistensão uterina (gemelaridade, polidramnia, macrossomia);  Trabalho de parto prolongado;  Trabalho de parto de evolução muito rápida;  Atonia uterina em gestação prévia;  Corioamnionite.
536
Descreva a manobra de Hamilton
Massagem do fundo uterino com a mão esquerda associada ao toque vaginal com a mão direita que procura realizar elevação e anteversoflexão do útero
537
Contraindicações à metilergonovina (medicamento de segunda linha no tto de hemorragia pós parto por atonia uterina que promove contração uterina generalizada e tetânica)
não deve ser usada em hipertensas (pré-eclâmpsia ou eclâmpsia) ou cardiopatas.
538
segunda maior causa de hemorragia puerperal precoce
Lacerações do trajeto
539
Descreva a manobra de Credé
tem como pré-requisito o cateterismo vesical. A seguir, o operador posiciona-se à direita. A mão esquerda se apoia na parede abdominal, segura o fundo de útero e corrige sua eventual anteflexão. Espera-se que a matriz uterina responda à pequena massagem (o órgão fica entre o polegar que se coloca na face ventral e os outros dedos posicionados na face dorsal). Em outras palavras, a expressão deve ser cautelosa, no sentido anteroposterior do fundo uterino para baixo. Devem ser realizadas duas a três tentativas. Em caso de insucesso, não se deve insistir na manobra devido ao risco de dequitação incompleta com retenção de cotilédones ou de membranas, inversão uterina e choque, sobretudo se a expressão uterina foi rude
540
As causas de maior expressão para explicar a inversão uterina puerperal, sejam predisponentes ou determinantes, são:
- Hipotonia uterina; - Esvaziamento súbito da cavidade uterina, principalmente se ela estava muito distendida; - Pressão violenta sobre o corpo da matriz relaxada, com o objetivo de extrair a placenta; - Tração sobre o cordão umbilical ou sobre a placenta parcialmente aderida; - Aumento da pressão abdominal (esforços expulsivos realizados para expelir a placenta, mudanças de posição); - Adelgaçamento patológico das paredes uterinas.
541
Condições clássicas para o diagnóstico de inversão uterina aguda:
- Fuga da matriz na palpação abdominal; - Choque; - Hemorragia.
542
Na inversão uterina, o obstetra pode posicionar a palma da mão no centro do fundo de útero e pressioná-lo para cima. Qual o nome dessa manobra?
Manobra de Taxe
543
Qual o nome e como é feita a restituição cirúrgica de um caso de inversão uterina
Procedimento de Huntington Consiste em uma laparotomia seguida de tração do fundo uterino até sua posição original utilizando-se pinças de Allis
544
Quando o aumento da T corporal pode ser considerado fisiológico no puerpério?
o aumento da temperatura corporal pode ser considerado fisiológico se iniciar nas primeiras 24h e durar menos do que 48h
545
forma clínica mais frequente de infecção puerperal
endometrite
546
Cite fatores de risco para infecção puerperal
galeria
547
Principal fator de risco para infecção puerperal
cesariana
548
bactéria associada à endometrite puerperal tardia (após o décimo dia).
Clamídia
549
Pacientes com infecção puerperal costumam apresentar uma tríade de achados uterinos, descreva-a
Tríade de Brumm útero doloroso, amolecido e hipoinvoluído encontrado nas pacientes com infecção puerperal.
550
A bactéria mais associada ao choque séptico secundário à infecção puerperal é
E coli
551
Falou em infecção grave com presença de gás em tecidos moles pelo exame físico (enfisema subcutâneo) e exames de imagem (RX, TC ou RM), pense sempre em infecção por
Clostridium
552
ATB para tto de mastite aguda
cefalosporinas de primeira geração são boa escolha (cefalexina). Outras opções são a ampicilina, eritromicina e lincomicina