IVAS - Otites Flashcards
(23 cards)
Otites de responsabilidade pediátrica X otorrino
Pediatria: otite externa, otite média aguda, otite média aguda supurada
Otorrino: otite média crônica, otite média crônica supurativa, otite média crônica colesteatomatosa
Conceito e causa de otite externa
Conceto: inflamação aguda e difusa do revestimento cutâneo e subcutâneo da orelha externa
Causa: infecção causada pela perda de integridade do revestimento do conduto auditivo externo. Comum por trauma por manipulação excessiva ou por limpeza recorrente dos ouvidos.
Quadro clínico da otite externa
otalgia
prurido
otorreia mucopurulenta
plenitude auricular (sensação de ouvido entupido)
hipoacusia
Exame físico da otite externa
Inspeção: edema de tecidos circunvizinhos
Palpação dolorida: adenomegalia retro e preauricular
Otoscopia: hiperemia e edema do conduto auditivo externo, com pouca secreção mucopurulenta
Otocospia da otite externa
Hiperemia e edema do conduto auditivo externo, com pouca secreção mucopurulenta
-A membrana timpânica pode não ser visível, se houver edema intenso do conduto
-A membrana timpânica espessada e hiperemiada com secreção purulenta pode levar a falsa impressão de otite média
Etiologia da otite externa
Bacteriana é a mais comum: pseudomonas aeruginosa, s. epidermidis e s. aureus
Pode ser fungica também (oportunista): candida spp e aspergillus
Tratamento da otite externa
Limpeza e cuidados locais
Analgésicos
ATB tópica
ATB sistêmica (amoxaxilina, pode associar com clavulonato) se os sintomas forem recorrentes
Anti-fúngico tópico
Otite média aguda (OMA)
Lesões inflamatórias agudas do tecido conjuntivo e epitelial das cavidades da orelha média
Pode ser indicativo de cirurgia, pois tem importante propensão de se tornar crônica ou recorrente
Epidemiologia da OMA
-90% das crianças têm 1 episódio até os 7 anos
-Pico de incidência entre 6 e 11 meses pela baixa imunidade e de 2 a 5 anos pelo contato com outras crianças
Etilologia da OMA
principalmente por streptococcus pneumoniae, mas pode ser recorrente também por haemophilus influenzae
Manifestações clínicas da OMA
Otalgia
Otorreia (supurada)
Perda auditiva de condução (perda de vibração óssea)
Choro constante ou irritabilidade
Dificuldade de se alimentar (sucção)
Febre
Exame físico da OMA
Otoscopia de membrana timpânica congesta, hiperemiada, sem brilho e abaulada
Diagnóstico OMA
Clínico
Otoscopia (membrana congesta, hiperemiada, sem brilho e abaulada)
Complicações da OMA
-Dermatite eczematoide infecciosa (supurada)
-Otites médias crônicas
-Mastoidite aguda (pode ter periostite também)
-Hipoacusia
-Meningite
-Sepse
Tratamento OMA
Lavagem nasal
Analgésicos
ATB -> amoxacilina primeira escolha (pode associar com clavulonato), cefuroxima (cefolosporina), claritromicina e azitromicina (macrolídeos)
Prevenção de OMA
amamentação, não alimentar deitado, tratamento de obstrução nasal e alergis respiratórias, tratamento de rinofaringites agudas
OMA supurada - exame físico
Otoscopia: membrana timpânica com perda de translucidez, sem brilho e com trama vascular aumentada
-Nível líquido ou bolhas no interior
-Perfuração timpânica
-Secreção purulenta na orelha média
Observação clínica sobre perfuração timp&ânica e OMA
90% dos casos que surgem após episódio de OMA, regridem em 3 meses
Tratamento OMA supurada
Tratamento OMA (amoxacilina - pode associar a clavulonato -, cefuroxima, claritromicina e azitromicina) + coticosteroides tópicos para evitar dermatite eczematoide
Evolução das OMA
OMA -> OMA supurativa -> OMC simples ->OMC supurativa -> OMC colesteatomosa
OMC supurada - tratamento
tubo de ventilação na membrana timpânica por mais ou menos 7 meses
OMC simples - tratamento
se não fizer timpanoplastia (reconstrução do timpano que se rompeu) pode gerar perda auditiva e infecção
OMC colesteatomosa - exame físico
Otoscopia: otorréia com descamações e material queratínico; perfuração ampla (destruição subtotal do tímpano) ou póstero-marginal com supuração