OBS 01 - Sangramentos na Gravidez Flashcards

(83 cards)

1
Q

Quais são os parâmetros para identificarmos a gestação na USG TV?

A
  • 4 semanas: saco gestacional.
  • 5 semanas: vesícula vitelínica.
  • 6 semanas: embrião / BCE positivo.
  • Saco gestacional ≥ 25mm: TEM que ter embrião.
  • CCN ≥ 7mm: embrião TEM que ter BCE.

OBS: no USG abdominal, acrescentar 1 semana a todos estes.

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2
Q

Quais são as causas de sangramento na primeira metade da gravidez (até 20 semanas)?

A
  1. Abortamento: cólica e sangramento.
  2. Gestação ectópica.
  3. Doença trofoblástica gestacional.
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3
Q

Qual é a definição de abortamento?

A

Interrupção da gestação antes da viabilidade (20 - 22 semanas).

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4
Q

Quais são as principais causas de abortamento?

A
  • Anomalias cromossômicas (principalmente a trissomia do 16): por isso, não é necessário investigar um abortamento isolado com < 12 semanas.
  • Anomalias uterinas.
  • Alterações endócrinas.
  • Doenças maternas.
  • Infecções.
  • Tabagismo, drogas ilícitas (cocaína).
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5
Q

Quais são os abortamentos que se manifestam com o colo fechado? Cite suas características e conduta.

A
  1. Ameaça de abortamento:
  • Colo fechado, BCE positivo.
  • Conduta: sintomáticos e acompanhamento - não dar progesterona vaginal.
  1. Abortamento completo:
  • Colo fechado, útero vazio (endométrio < 15mm).
  • Conduta: sintomáticos e acompanhamento.
  1. Abortamento retido:
  • Colo fechado, BCE negativo.
  • Conduta: esvaziamento uterino.
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6
Q

Quais são os abortamentos que se manifestam com o colo aberto? Cite suas características e conduta.

A
  1. Abortamento inevitável (em curso):
  • Colo aberto, BCE positivo/negativo.
  • Conduta: esvaziamento uterino.
  1. Abortamento incompleto:
  • Colo aberto, restos (endométrio > 15mm).
  • Conduta: esvaziamento uterino.
  1. Abortamento infectado:
  • Colo aberto, restos e febre (odor fétido, PCR/VHS elevados).
  • Conduta: antibióticos e esvaziamento uterino.

Macete: o colo aberto começa com IN e você tem que INtervir.

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7
Q

Como é feito o esvaziamento uterino nos abortamentos?

A

Depende da idade gestacional!

  1. Cirúrgico:
  • AMIU: até 12 semanas (MACETE: AMIU para útero MIÚDO).
  • Curetagem: alternativa à AMIU.
  1. Clínico:
  • Misoprostol: expulsão de fetos > 12 semanas.

No abortamento retido, sempre utilizar Misoprostol para abrir o colo, mesmo se < 12 semanas.

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8
Q

Qual é a definição de abortamento recorrente?

A

Três ou mais abortamentos consecutivos.

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9
Q

Qual é a principal causa de abortamento recorrente?

A

Anomalias genéticas –> pedir cariótipo do casal!

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10
Q

Quais são outras causas de abortamento recorrente?

A

Incompetência Istmocervical e Síndrome Antifosfolipídeo

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11
Q

Qual é a clínica de incompetência istmocervical?

A
  • História de dilatação cervical indolor no 2° trimestre: cada vez nascem filhos em IG mais precoces (> 12 semanas).
  • Feto morfologicamente normal.
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12
Q

Qual é o tratamento da incompetência istmocervical?

A

Cerclagem uterina (técnica de McDonald).

  • Ideal entre 12 - 16 semanas (média 14), sem herniação de bolsa. Realizar USG antes (garantir bem estar etal).
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13
Q

Quais são os critérios para Síndrome Antifosfolipídeo?

A

Diagnóstico: 1 critério clínico + 1 laboratorial:

  1. Critérios clínicos:
  • Trombose arterial/venosa.
  • ≥ 3 perdas antes de 10 semanas.
  • 1 perda após 10 semanas,.
  • Parto prematuro por PE/CIUR < 34 semanas..
  1. Critérios laboratoriais (repetir e confirmar):
  • Anticoagulante lúpico.
  • Anticardiolipina IgG e IgM.
  • Antibeta2glicoproteína IgG e IgM.
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14
Q

Qual é a causa da Síndrome Antifosfolipídeo?

A

É uma trombofilia autoimune e a causa NÃO é a mutação da metilenotetrahidrofolato redutase.

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15
Q

Qual é o tratamento da Síndrome Antifosfolipídeo?

A
  • Apenas eventos obstétricos: AAS + heparina profilática.
  • História de trombose: AAS + heparina terapêutica.
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16
Q

Em quais situações é permitida a interrupção legal da gravidez?

A
  • Risco de morte para gestante.
  • Vítima de violência sexual.
  • Anencefalia.
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17
Q

Como é feito o abortamento no caso de risco de morte para gestante?

A
  • Abortamento terapêutico ou antecipação do parto.
  • Atestado por 2 médicos.
  • Notificação da Comissão de Ética do Hospital.

Exemplo: hipertensão pulmonar grave.

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18
Q

Como é feito o abortamento no caso de violência sexual?

A
  • Permitida após solicitar na Unidade de Saúde.
  • Não precisa de BO ou autorização judicial.
  • IG deve ser compatível com data do agravo.
  • Até 20 - 22 semanas ????????????????
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19
Q

Como é feito o abortamento no caso de anencefalia?

A
  • Descriminalização pelo STF em 2012.
  • Interrupção em qualquer IG (se desejar).
  • Diagnóstico USG a partir de 12 semanas; precisa de incidência sagital e transversal e laudo assinado por 2 médicos.
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20
Q

Qual é a definição de doença trofoblástica gestacional?

A

Proliferação anormal do trofoblasto.

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21
Q

Qual é a classificação da doença trofoblástica gestacional?

A

Benignas:

  • Mola completa.
  • Mola incompleta.

Malignas:

  • Mola invasora.
  • Coriocarcinoma.
  • Tumor trofoblástico do sítio placentário (neoplasia).
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22
Q

Quais são os fatores de risco para doença trofoblástica gestacional?

A
  • Mola anterior (principal).
  • Idade > 40 anos.
  • Tabagismo.
  • Abortamentos prévios.
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23
Q

Qual é o quadro clínico da doença trofoblástica gestacional?

A
  • Sangramento intermitente/suco de ameixa (vesícula).
  • Útero maior que o esperado (sanfona: cresce, diminui, cresce, diminui).
  • Hiperêmese: distúrbio hidroeletrolítico, perda de peso.
  • Hipertireoidismo: HCG tem semelhança estrutural com TSH (subunidade alfa).
  • Hipertensão (pré-eclâmpsia precoce): < 20 semanas.
  • Cistos tecaluteínicos bilaterais.
  • Saída de vesículas (cachos de uva).
  • HCG muito elevado (especialmente se completa).
  • USG com “tempestade de neve”.
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24
Q

Cite as características da mola completa em relação ao cariótipo, feto, BHCG, cistos tecaluteínicos, USG e malignização.

A
  • Cariótipo: 46 XX/XY.
  • Feto: não.
  • BHCG: muito elevado.
  • Cistos tecaluteínicos: comum.
  • USG: ecos amorfos.
  • Malignização: 10 - 30%.

A mola completa se forma através de um óvulo sem material genético. Um espermatozoide entre neste óvulo vazio e se duplica, portanto, não formará feto (todo material genético é paterno).

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25
Cite as **características da mola incompleta** em relação ao **cariótipo, feto, BHCG, cistos tecaluteínicos, USG e malignização**.
- **Cariótipo**: 46 XXY / XXX / XYY. - **Feto**: sim/não. - **BHCG**: pouco elevado. - **Cistos tecaluteínicos**: raros. - **USG**: ecos dispersos/feto. - **Malignização**: 5 - 10%. A mola incompleta se forma através de um óvulo normal (23 XY) que é fecundado por 2 espermatozoides normais. Assim, forma-se um material triploide (XXY é o mais comum), podendo formar feto.
26
Qual é o **tratamento** da **doença trofoblástica gestacional**?
**Esvaziamento uterino (vácuoaspiração) + histopatológico**. **Opções**: - AMIU: muito pequena para tumor. - Curetagem: risco de perfuração uterina. - Histerectomia profilática: prole constituída e > 40 anos (**não retirar os cistos ovarianos, são frutos de estímulo hormonal**).
27
Como deve ser feito o **acompanhamento** da **doença trofoblástica gestacional**?
**BHCG seriado**: - Semanal até zerar. - Após 3 semanas negativos: mensal até 6 meses. **O que fazer neste processo**? - Acompanhamento clínico: avaliar metástases para **pulmão, vagina**. - Acompanhamento USG: ver se há infiltração na cavidade uterina. - RX de tórax: avaliar **metástase pulmonar**. - Anticoncepção de alta eficácia - **exceto DIU**!
28
Quais são os **critérios de malignização** da **doença trofoblástica gestacional**?
- **Elevação por 2 semanas (> 10%; 1 - 7 - 14)**. - **Estabilização por 3 semanas (1 - 7 - 14 - 21)**. - Ausência de negativação em 6 meses (questionável). - **Metástases: pulmão e vagina principalmente**. **USG**: - USG com imagem intramiometrial. - RI (índice de resistência) e PI (índice de pulsatilidade) das artéria suterinas baixas. **A neoplasia não ocorre apenas após a mola; qualquer gestação tem trofoblasto e pode gerar neoplasia trofoblástica**.
29
Quais são os **tipos** de **neoplasias trofoblásticas gestacionais**?
- **Mola invasora**: mais comum, sequela da mola hidatiforme. - **Corciocarcinoma**: 10 - 30% após qualquer tipo de gestação, grande número de metástases (pulmão, vagina). - **Tumor trofoblástico do sítio placentário**: elevação de **hPL (lactogênio placentário)**.
30
Qual é o **tratamento** para **neoplasia trofoblástica gestacional**?
- **Baixo risco**: monoquimioterapia (metotrexato). - **Alto risco**: poliquimioterapia.
31
Qual é a **definição** de **gestação ectópica**?
Implantação fora da cavidade uterina.
32
Quais são os **fatores de risco** para **gestação ectópica**?
- DIP. - Aderências. - Endometriose. - Cirurgia tubária prévia. - Gestação ectópica anterior. - Reprodução assistida. - Contracepção de emergência. - DIU: aumenta de forma relativa em comparação com outros métodos anovulatórios.
33
Qual é o **quadro clínico** da **gestação ectópica**?
- Atraso menstrual. - Sangramento vaginal discreto. - Dor abdominal.
34
O que encontramos no **exame físico** da **gestação ectópica**?
- Massa anexial palpável. - Defesa abdominal / peritonite. - Grito de Douglas (sinal de Proust). - Sinais de Laffont, Blumberg e Cullen.
35
Como é feito o **diagnóstico** da **gestação ectópica**?
Clínica + B-HCG + USG! - **B-HCG > 1.500 e não encontrou gestação dentro do útero = descobrimento da gestação ectópica**. - B-HCG < 1.500: repetir em 48 horas (o B-HCG duplica cada 48 horas). **USG**: - Saco gestacional em anexo. - Anel tubário (maior fluxo ao Doppler).
36
Quando e como é feito o **tratamento expectante** da **gestação ectópica**?
**Expectante (sinais de resolução espontânea)**: - B-HCG baixo (< 1.000) e decrescente. - Paciente estável e **ectópica íntegra**.
37
Quando e como é feito o **tratamento com metotrexate** na **gestação ectópica**?
É um **antagonsista do ácido fólico, não usar em gestação heterotópica**. **Formas de aplicação**: - Injeção direta sobre o ovo: geralmente em ectópica cervical. - **Intramuscular em dose única**: é a mais feita. - Intramuscular em dias alternados.
38
Quais são os **critérios** para utilizar **metotrexate** na **gestação ectópica**?
- Saco gestacional < 3,5cm. - Embrião sem atividade cardíaca. - B-HCG < 5.000 mUI/ml.
39
Como é feito o **acompanhamento** da**gestação ectópica**?
**Comparar o B-HCG** entre o **4° e 7° dia** da aplicação: tem que cair pelo menos 15%.
40
Quando e como é feito o **tratamento com cirúrgico** na **gestação ectópica**?
É feito por **laparoscopia (estável) ou laparotomia (instável)**! - **Salpingostomia**: tubária íntegra, desejo reprodutivo. - **Salpingectomia**: tubária rota, prole completa, instabilidade hemodinâmica.
41
Qual é a **definição** de **doença hemolítica perinatal**?
Hemólise causada por anticorpos maternos. - Mais frequente: sistema ABO (não há profilaxia, não precisa de sensibilização, confere proteção parcial à incompatibilidade RH). - Mais grave: sistema RH.
42
Qual é a **fisiopatologia** da **doença hemolítica perinatal pelo RH**?
**Gestante: RH negativo | pai RH positivo | feto RH positivo**. - Hemorragia fetomaterna --> formação de anticorpos IgM (não ultrapassa placenta --> sensibilização). - Próximas gestações: passagem de IgG pela placenta --> hemólise fetal.
43
Quais são as **complicações fetais** da **doença hemolítica perinatal**?
- Hemólise. - Anemia. - Hidropsia. - Óbito fetal.
44
Como é feito o **acompanhamento** da **doença hemolítica perinatal**?
**Coombs indireto negativo**: - Repetir o exame em 28, 32, 36 e 40 semanas. - Repetir no pós-parto. **Coombs indireto positivo**: - < 1:16: repetir mensalmente. - ≥ 1:16: **investigação fetal**. **Cuidado: coombs pode ser positivo por outros anticorpos**!
45
Como é feita a **investigação fetal** da **doença hemolítica perinatal** em gestantes com **coombs indireto ≥ 1:16**?
1. **Dopplervelocimetria da ACM**: - **Coombs indireto ≥ 1:16** ou **história de doença grave fetal**. - Estado hipercinético fetal (diminuição da viscosidade sanguínea). **Velocidade sistólica máxima > 1,5 = anemia grave --> cordocentese nos bebês < 34 semanas ou parto**! 2. **Cordocentese (< 34 semanas com doppler alterado)**: - Padrão ouro: diagnóstico com HB < 10 ou HT < 30 e tratamento. - Hidropsia fetal ou doppler da ACM Vmax > 1,5 MoM. - **Tratamento**: transfusão O negativo.
46
Como é feita a **prevenção** da **doença hemolítica perinatal**?
É feita apenas para **pacientes não sensibilizadas (coombs indireto negativo) com dose de 300mcg IM**. **Indicações**: - Após o parto (ideal < 72 horas; no máximo 28 dias). - Hemorragia na gestação. - Procedimento invasivo fetal. - 28 semanas (rotina) ????????????????????
47
Quais são as **causas** de **sangramento da segunda metade da gestação (> 20 semanas)**?
- Descolamento prematuro de placenta (DPP). - Placenta prévia. - Roturas.
48
Qual é a **definição** de **descolamento prematuro de placenta**?
Separação da placenta normoinserida com **mais de 20 semanas** e antes do feto!
49
Quais são os **fatores de risco** para **descolamento prematuro de placenta**?
**TÁ COM DPP**! - **T**rauma. - **A**nos > 35. - **C**orioamnionite. - **D**rogas (cocaína e tabaco): maconha não é fator de risco. - **P**olidramnia. - **Pressão alta: principal fator de risco**!
50
Qual é a **fisiopatologia** do **descolamento prematuro de placenta**?
1. Hemorragia tecidual e hematoma retroplacentário. 2. **Hipertonia uterina** e taquissistolia (> 5 contrações/10 min). 3. Consumo de fatores de coagulação e entrada de tromboplastina na mãe. 4. Coagulação intravascular disseminada (CIVD).
51
Qual é o **quadro clínico** do **descolamento prematuro de placenta**?
- Sangramento **vermelho escuro (hematoma)**, súbito (pode haver hemorragia oculta em 20% dos casos). - Dor abdominal. - **Hipertonia uterina**. - Hipertensão arterial. - Sofrimento/óbito fetal. - Hemoâmnio: sangue na cavidade amniótica por aumento da pressão do coágulo retroplacentário.
52
Como é feito o **diagnóstico** do **descolamento prematuro de placenta**?
**Clínico**! - USG: apenas se houver dúvida com placenta prévia. - Exames complementares: hemograma, tipagem sanguínea e fator RH, coagulograma/teste do coágulo, exames de rotina para doença hipertensiva.
53
Qual é a **conduta** no **descolamento prematuro de placenta** com **feto vivo**?
**Via mais rápida** (geralmente, cesárea). - Parto iminente (dilatação máxima, baixo): vaginal.
54
Qual é a **conduta** no **descolamento prematuro de placenta** com **feto morto**?
**DPP grave**: - **Via vaginal** (há coagulopatia). - Se demorar (colo fechado ou pouco pérvio): cesariana.
55
Quais são as **complicações** do **descolamento prematuro de placenta**?
- Choque hipovolêmico. - Insuficiência renal aguda. - **Útero de Couvelaire (apoplexia útero placentária) / atonia uterina**. - Síndrome de Sheehan (necrose hipofisária). - Coagulação intravascular disseminada.
56
Como podemos **classificar** o **descolamento prematuro de placenta**?
- Grau 0 (assintomático). - Grau 1 (leve). - Grau 2 (intermediário): hipertonia, taquissistolia. - **Grau 3 (grave): óbito fetal**. - 3A: sem coagulopatia. - 3B: com coagulopatia.
57
Qual é a **definição** de **placenta prévia**?
Implantação da placenta no segmento inferior do útero **após 28 semanas**! **Por que 28 semanas**? - **Migração placentária**: o corpo uterino estica muito na 2° metade da gestação, portanto, 90% das vezes em que placenta está embaixo no morfológico de 2° trimeste (24s), no morfológico de 28s ela não estará mais lá.
58
Qual é a **classificação clássica** e a **classificação mais atual** da **placenta prévia**?
**Clássica**: - Marginal. - Parcial: cobre parcialmente o colo. - Total: cobre totalmente o colo (**indicação absoluta de cesárea**). **Atualmente**: - **Placenta prévia: parcial + total** = **cesárea**. - Inserção baixa: não atinge o colo, mas se localiza a 2cm dele.
59
Quais são os **fatores de risco** para **placenta prévia**?
- Cirurgias uterinas: aderência da placenta à cicatriz. - Endometrite. - Multiparidade. - Idade > 35 anos. - Tabagismo. - Gemelar.
60
Qual é o **quadro clínico** da **placenta prévia**?
**PREVIA**: sangramento vermelho vivo, indolor, espontâneo, recorrente e progressivo, sem hipertonia ou sofrimento fetal. - **P**rogressivo. - **R**epetição. - **E**spontâneo. - **V**ermelho vivo. - **I**ndolor. - **A**usência de hipertonia ou sofrimento fetal.
61
Como é o **exame físico** da **placenta prévia**?
**NÃO REALIZAR TOQUE VAGINAL**. - Exame especular.
62
Como é feito o **diagnóstico** da **placenta prévia**?
**USG transvaginal**.
63
Qual é a **conduta** da **placenta prévia**?
**Hemorragia intensa = interrompe (parto)**! **Gestante estável**: - Termo: parto. - Pré-termo: expectante (internação, corticoide). **Qual via de parto**? - Total ou parcial (prévia): cesariana. - Marginal baixa --> vaginal (observar sangramento e fazer amniotomia).
64
Quais são as **complicações** da **placenta prévia**?
- Atonia pós-parto e hemorragia. - Acretismo placentário. - Infecção puerperal. - Apresentações anômalas. - Distócia de parto.
65
Qual é a **definição** de **acretismo placentário**?
Aderência anormalmente firme ao útero. - Dificuldade de extração da placenta. - Invasão de estruturas adjacentes.
66
Como podemos **classificar** o **acretismo placentário**?
- **Acreta**: atinge a **camda esponjosa - plano de clivagem defeituoso**. - **Increta**: atinge o **miométrio - não sai**! - **Percreta**: atinge **serosa ou camadas adjacentes**.
67
Quais são os **fatores de risco** para **acretismo placentário**?
**Placenta prévia + cesariana anterior**! - Quando maior o número de cesáreas anteriores, maior o risco de acretismo.
68
Qual é o **quadro clínico** do **acretismo placentário**?
- Hemorragia puerperal. - Dificuldade no descolamento placentário.
69
Como é feito o **diagnóstico** do **acretismo placentário**?
- USG: ausência do plano hipoecoico. - Dopplerfluxometria: fluxo em direção à estruturas adjacentes. - RM: em casos de dúvida.
70
Qual é a **conduta** diante de **acretismo placentário**?
**Preparo pré operatório**: - Orientação: realizar HTA após cesariana eletiva, deixando a placenta lá. - Cesariana eletiva. - Reserva de sangue. - Cuidado pós-operatório. - **Acreta**: extração **manual** da placenta (tentativa) ou **histerectomia**. - **Increta/Percreta**: **histerectomia**.
71
Qual é a **definição** de **rotura uterina**?
Rompimento total ou parcial do miométrio.
72
Quais são os **fatores de risco** para **rotura uterina**?
- Cirurgia uterina prévia. - Trauma abdominal. - Parto obstruído: bebê grande, pelve ruim, deflexão. - Ocitocina/prostaglandina. - Manobra de Kristeller. - Malformação uterina.
73
Quais são os **sinais de iminência de rotura uterina**?
- **Sinal ou Anel de Bandl (ampulheta)**: o ponto onde irá acontecer a rotura se distende/dilata e é palpável no abdome, seguido por um ponto de constrição. - **Sinal de Frommel**: ligamento redondo fica palpável ao lado do útero, indo para frente em direção ao anel que está prestes a romper.
74
Qual é a **clínica** da **rotura uterina consumada**?
- Dor aguda e intensa, seguida por um **período de acalmia**. - Parada súbita da contratilidade. - Sangramento vaginal. **Outros sinais**: - Choque materno. - Bradicardia/óbito fetal. - Sinal de **C**lark: **C**repitação na palpação (enfisema subcutâneo). - Sinal de Reasens: subida da apresentação fetal ao toque - **fácil palpação da parte fetal**.
75
Qual é a **conduta** na **rotura uterina**?
- **Sinais de iminência**: cesariana / uterolíticos. - **Rotura consumada**: histerorrafia ou histerectomia.
76
Qual é a **definição** da **rotura de vasa prévia**?
Trauma de vasos prévios, geralmente inseridos de forma anômala na placenta. - É uma **hemorragia fetal, com pouco sangramento gera hipovolemia e óbito fetal**!
77
Quais são os **fatores de risco** para **rotura de vasa prévia**?
- Placenta bilobada. - Placenta suscenturiada. - **Inserção vilamentosa do cordão (principal)**: este fator é aumentado por **gemelar e reprodução assistida**.
78
Qual é o **quadro clínico** da **rotura de vasa prévia**?
- Sangramento vivo após amniorrexe. - Sofrimento fetal.
79
Como é feito o **diagnóstico** da **rotura de vasa prévia**?
USG (quando possível) --> difícil diagnóstico no pré-natal.
80
Qual é a **conduta** na **rotura de vasa prévia**?
Cesariana (eletiva ou urgência).
81
Qual é a **definição** de **rotura de seio marginal**?
Trauma da periferia do espaço interviloso.
82
Qual é o **quadro clínico** da **rotura de seio marginal**?
- Sangramento indolor, vermelho vivo. - Batimento cardíaco normal. - Tônus normal. - **Placenta normoinserida (USG normal)**: exclui placenta prévia.
83
Qual é a **conduta** na **rotura de seio marginal**?
Acompanhamento do trabalho de parto.