Pediatria I Flashcards
(42 cards)
Qual a sequência correta na reanimação neonatal?
(1) RN a termo? Respirando/chorando? Tônus em flexão?
- 3x Sim: Clamp. cordão 1-3’ + Pele a pele (secar, cobrir, aspirar e observar lá)
- Não; sim; sim: Clamp. cordão (>= 34sem 1-3’ // <34sem 30-60’’) + MESA
- Tanto faz; não e/ou não: Clamp. imediato + MESA
(2) APAS (30’’): Aquecer (sala 23-26ºC; berço de calor radiante) + Posicionar (extensão) + Aspirar s/n (boca > nariz) + Secar (corpo e cabeça) +
FC: ausculta precórdio em 6’’
(3) FC <100 bpm; apneia/respiração irregular?
- Não –> desconforto respiratório? Não (mãe) // Sim (oxímetro e considerar CPAP)
- Sim: VPP (30’’) 40-60 ipm (aperta, solta, solta) + oxímetro (MSD) + monitor cardíaco (2 braços + 1 coxa)
(4) FC <100 bpm?
- Checar técnica –> IOT (30’’)
(5) FC <60 bpm?
- Checar técnica –> O2 100% +
- MCE (60’’): 2 polegares; 3:1 (1, 2, 3, respira) +
- Cateterizar v. umbilical
(6) FC <60 bpm?
- Adm epinefrina a cada 3-5 min via EV (primeira dose pode ser via traqueal)
- Ausência de R ou sinais de hipovolemia (DPP): SF 0,9% 10ml/kg
Quando interromper manobras de reanimação?
Individualizar… razoável em >= 34 sem: 10 min de reanimação em assistolia
Em relação a fração ofertada de O2 na reanimação neonatal:
a. Com quanto iniciar e com qual dispositivo?
b. Quais valores de Sat desejáveis com 5, 5-10 e >10 min de vida?
c. Como regular?
a. >=34 sem: 21% (aa) bolsa inflável // <34 sem: 30% ventilador manual em T
b. 5 min: 70-80%
5-10 min: 80-90%
>10 min: 85-95%
c. Aumentar 20% na oferta de O2 se Sat abaixo do desejável
O que muda no APAS do menino com <34 sem?
Enrolar no saco plástico e colocar touca + colocar oxímetro de pulso
Criança nasceu banhada em líquido amniótico meconial, a termo, com choro fraco e tônus flácido. Foi levada à mesa de reanimação onde foi feita as medidas iniciais (APAS) e aferida a FC (70 bpm). Iniciou a VPP por 30’’, mas a criança manteve FC de 78 bpm.
Qual o próximo passo?
Considerar aspiração traqueal e só depois pensar em IOT
RN nasceu a termo, tônus flácido e em apneia. HPP: hérnia diafragmática diagnosticada em US pré-natal.
O que deve ser diferente na reanimação dessa criança?
Ventilação por IOT direta!!! (evitar levar ar para o TGI e piorar dinâmica respiratória)
Em relação ao APGAR:
Quais parâmetros avaliados?
Qual fator de mau prognóstico?
Quando calcular?
- Respiração; FC; Tônus muscular; Irritabilidade reflexa; Cor
- Apgar baixo no 5º min
- 1 e 5º min SEMPRE –> Se 5º min =<6 –> 10, 15 e 20º min
Em relação aos cuidados de rotina do RN, como fazer:
a. cuidados com o cordão
b. profilaxia de oftalmia gonocócica
c. prevenção de doença hemorrágica
a. gaze embebida em álcool 70%
b. colírio de eritromicina 0,5% ou > tetraciclina 1% ou > nitrato de prata 1%
c. Vit K 1mg IM ou SC
Em relação à triagem metabólica (teste do pézinho):
a. quando fazer?
b. o que é rastreado pelo MS?
c. quais as 2 condições NÃO rastreadas pelo MS?
a. entre 3-5º dia de vida (UBS)
b. Toxoplasmose + HFHFHF:
Hipotireoidismo congênito (falso-positivo antes de 2d);
Fenilcetonúria (falso-negativo antes de 2d);
Hemoglobinopatias;
Fibrose cística;
Hiperplasia adrenal congênita;
deFiciência de biotinidase
c. GG: Galactosemia e def. G6PD
Em relação ao teste da oximetria (teste do coraçãozinho):
a. quando realizar? em busca de que?
b. onde realizar?
c. o que é um resultado ANORMAL?
d. quais próximos passos?
a. entre 24-48h - cardiopatias críticas, ou seja, dependentes do canal arterial
Ex: atresia a. pulmonar; coarctação de aorta; hipoplasia coração E; transposição de grandes vasos
b. MSD e um MI
c. Sato2 < 95% em qualquer membro e/ou diferença >=3% entre eles
d. Repetir em 1h –> Anormal –> ECO em 24h
Em relação ao teste do olhinho (reflexo vermelho):
a. o que se rastreia?
b. o que é considerado ANORMAL?
c. como conduzir?
a. Opacidades do globo ocular: catarata congênita; retinopatia da prematuridade; retinoblastoma; glaucoma congênito; descolamento de retina; hemorragia vítrea
b. Pontos pretos, assimetria ou reflexo branco (leucocoria)
c. avaliação do oftalmo
Em relação ao teste da orelhinha (triagem auditiva):
a. o que se rastreia?
b. qual método?
c. o que fazer diante do alterado?
a. Déficit auditivo pré-neural (sistema condutivo e cóclea)
b. emissões otoacústicas (EOA)
c. repetir até 3m
Em relação ao teste da linguinha (triagem do frênulo língual):
a. o que avalia?
b. CD?
a. anquiloglossia (língua presa) pelo exame físico - pode prejudicar amamentação
b. frenulectomia
RN do sexo masculino, pré-termo (32 semanas), filho de mãe com DMG. Apresentou desconforto respiratório ao nascimento, associado à taquipneia progressiva. Rx tórax inicial sem alterações, repetido com 6h de nascimento mostrou infiltrado reticulogranular difuso e aerobroncogramas.
- HD
- Fisiopatologia
- CD
- Prevenção
- Doença da membrana hialina/Síndrome do desconforto respiratório
- Surfactante alveolar baixo (estabilidade >33 sem; atraso por hiperinsulinemia) –> alta tensão superficial –> colapso alveolar e microatelectasias = Hipoxemia –> Hipercapnia –> acidose respiratória/mista
- O2 via CPAP já na sala de parto! –> IOT
- Surfactante via traqueal
- ATB (dx diferencial de PNM)
- O2 via CPAP já na sala de parto! –> IOT
- Betametasona IM 12 mg MID 2d (no TPP)
RN termo, nascido de cesariana eletiva, nasceu com tônus adequado, chorando, taquipneia (80 ipr) e sinais de desconforto leve. Foi submetido à radiografia de tórax que evidenciou congestão hilar, aumento da trama vascular e derrame cisural.
- HD
- Fisiopatologia
- CD
- Taquipneia Transitória do RN/ Síndrome do pulmão úmido;
- Retardo na absorção do líquido pulmonar (começa com o trabalho de parto) –> hipoxemia leve
- Suporte - resolução em 12-24h (máx 72h)
O2 por hood ou CPAP com FiO2 <40% (se precisar de +, desconfiar de outro dx)
Alimentação por sonda orogástrica (FR>60 pode levar à broncoaspiração)
RN pós-termo (42 sem), filho de mãe hipertensa, nasceu em líquido amniótico meconial. Após algumas horas começou a apresentar desconforto respiratório progressivamente grave. Rx evidenciou infiltrado alveolar grosseiro, penumotórax em ápice E e aumento do volume pulmonar.
- HD
- Fisiopatologia
- CD
- Síndrome da Aspiração Meconial
- Sofrimento fetal –> aumenta peristaltismo e inibe esfíncter –> liberação de mecônio –> aspiração –> pneumonite e bloqueio expiratório
- O2 (com frequência necessita VM) + Surfactante + ATB (dx diferencial)
Em relação à sepse neonatal, classifique precoce e tardia e dê os principais germes envolvidos
- Precoce (até 48h): GBS e E.coli
- Tardia (após 48h-7d): Staphylo aures ou coagulase negativo (epidemids); gram-negativos; fungos (peso<1000g / NPT / ATB amplo espectro)
RN pré-termo, 36 semanas, nascido após TP prolongado, BR>18h, começou a apresentar desconforto respiratório com 40 horas de vida. Ao exame: Tax 36ºC, hipoativo e hipotônico.
- HD
- Propedêutica
- Tratamento
- Quais os FRs presentes e os demais?
- Sepse neonatal precoce
- Rx tórax (~DMH) + Hemograma (neutropenia; relação I/T >=0,2; neutrófilos com granulações tóxicas)
Culturas: hemocultura + cultura de secreção traqueal + líquor (?) + urocultura (se dx de malformação TU) - Ampicilina (200 mg/kg/d) + Gentamicina (5 mg/kg/d) 7-10 dias
- Maternos: BR> 18h; colonização por GBS; febre; infecção urinária ou do trato genital (corioamnionite, herpes..)
RN: Prematuridade; FC>180 bpm; Apgar 5ºmin <7; sexo masculino
Como pode ser feito diagnóstico de sepse neonatal?
Quais são os sinais clínicos?
Quais são os fatores de risco materno?
3 critérios clínicos ou 2 clínicos + 1 FR materno
Critérios clínicos:
- Distermia; av. subjetiva “RN não está bem”
- Desconforto respiratório;
- Hipotonia/ convulsões; Irritabilidade/ letargia;
- TGI (recusa alimentar, vômitos, distensão abd);
- Icterícia (Bb D);
- Palidez cutânea; sinais de sangramento
FR materno: BR> 18h; colonização por GBS; febre; infecção urinária ou do trato genital (corioamnionite, herpes..)
Quais os 3 principais mecanismos de icterícia fisiológica?
(1) Produção aumentada de BI: Ht alto; 1/2 vida das Hm curta +
(2) Imaturidade hepática (captação e conjugação)
(3) Aumento da circulação êntero-hepática
Quando (5) desconfiar de icterícia patológica no RN?
(1) Início <24/36 horas;
(2) Aumento de Bb >5 mg/dl/dia;
(3) Bb >12 mg/dl (zona III - passou do umbigo, sinal de perigo) no termo ou >14 mg/dl no pré-termo;
(4) Icterícia persistente >10-14 dias;
(5) Colestase (aumento de Bb D)
RN termo, 24 horas de vida, está ictérico até zona II de Kramer.
- Quais as possibilidades diagnósticas?
- Exames complementares
1. Hemólise! > Incompatibilidade ABO > Incompatibilidade Rh > Esferocitose e outras > Def. G6PD e outras
- BT e frações (aumento de BI) + Ht (baixo) + Reticulócitos (aumentados);
- Hematoscopia (esferócitos > esferocitose ou Inc. ABO);
- TS + Rh + Coombs Direto (Anemia hemolítica autoimune)
- BT e frações (aumento de BI) + Ht (baixo) + Reticulócitos (aumentados);
RN a termo, 18 horas de vida apresenta icterícia zona II. GS RN: O+ // GS materno: O-. Mãe relata filho prévio tb O+.
- Qual provável causa da icterícia?
- Como confirmar sensibilização materna?
- Como estaria os exames do RN?
- Incompatibilidade Rh
- Coombs Indireto materno positivo!
- Aumento de BbI + reticulocitose + queda Ht/Hb + Coombs direto positivo!
RN a termo, 28 horas de vida apresenta icterícia zona II. GS RN: A+ // GS materno: O+.
- Qual provável causa da icterícia?
- Como estaria os exames do RN?
- Incompatibilidade ABO (mãe O com RN A ou B)
2. Aumento de BbI + reticulocitose + queda Ht/Hb + CD positivo ou negativo (se pouco Ac) + esferocitose