Síndrome nefrótica-etiologias Flashcards

(34 cards)

1
Q

Qual a epidemiologia da doença por lesão mínima?

A
  • Principal causa na INFÂNCIA (90%) – geralmente 1-8 anos. Acomete adultos em ~ 10% dos casos
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2
Q

Qual a patogênese da doença por lesões mínimas?

A

PERDA DA CARGA NEGATIVA DA MEMBRANA BASAL- QUE LEVA A FUSÃO E RETRAÇÃO DOS PROCESSOS PODOCITÁRIOS – perda da carga negativa da membrana basal glomerular gerando PROTEINÚRIA SELETIVA- perde albumina, pois o que impedia a sua passagem era a carga negativa que repelia ela.
- EVENTO AUTOIMUNE: tipo LES… MELHORA MUITO COM CORTICOIDE
 BIÓPSIA + MICROSCOPIA ÓPTICA = glomérulo normal
 BIÓPSIA + IMUNOFLUORESCÊNCIA = sem depósitos
 BIÓPSIA + MICROSCOPIA ELETRÔNICA = DESTRUIÇÃO/FUSÃO DOS PROCESSOS PODOCITÁRIOS
A lesão é considerada “mínima” praticamente por só conseguir ser vista em microscopia eletrônica.

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3
Q

Quais os achados da biópsia da doença por lesão mínima?

A

BIÓPSIA + MICROSCOPIA ÓPTICA = glomérulo normal
 BIÓPSIA + IMUNOFLUORESCÊNCIA = sem depósitos
 BIÓPSIA + MICROSCOPIA ELETRÔNICA = DESTRUIÇÃO/FUSÃO DOS PROCESSOS PODOCITÁRIOS
A lesão é considerada “mínima” praticamente por só conseguir ser vista em microscopia eletrônica.

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4
Q

Quais eventos podem precipitar a doença por lesões mínimas?

A

ASSOCIAÇÕES:
- PODE SER PRECIPITADA POR AINES, LÍTIO e LINFOMA DE HODGKIN. Todo paciente recém-diagnosticado com síndrome nefrótica por lesãomínima deve ser investigado para esta neoplasia.

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5
Q

Qual a clínica da doença por lesões mínimas?

A
  • SÍNDROME NEFRÓTICA CLÁSSICA COM PERÍODOS DE PIORA-REMISSÃO-PIORA-REMISSÃO…
    Pensar em doença por lesão mínima quando: “SURGE EDEMA PERIORBITÁRIO, COM HIPOALBUMINEMIA, SENDO UMA CRIANÇA ENTRE 1-8 ANOS, QUE
    MELHORA COM CORTICOIDE E PODE SER PRECIPITADA POR AINES”.
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6
Q

Há consumo de complemento na doença de lesão mínima?

A

NÃO HÁ CONSUMO DO COMPLEMENTO

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7
Q

Qual o tratamento da doença por lesões mínimas?

A

TRATAMENTO:
- CORTICOIDE, com excelente resposta (80-90% das crianças respondem em 4 semanas)-resposta dramática. Por isso não é necessário fazer biópsia em crianças com doença de lesão mínima, pois se ela responder muito bem ao uso do corticoide o diagnóstico praticamente está dado.
 Prednisona 1mg/kg/dia por 8 semanas em crianças e 16 semanas em adultos, com desmame depois
 Objetivo: resolução da proteinúria (< 500mg/dia)

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8
Q

Quando eu considero que a pessoa é cortico-sensível, cortico-dependente, cortico-resistente e recidivante frequente?

A

 CORTICO-SENSÍVEL: remissão completa da proteinúria nas primeiras semanas
 CORTICO-DEPENDENTE: retorno da proteinúria durante o desmame ou até 1 mês após término
 RECIDIVANTE FREQUENTE: retorno da síndrome nefrótica 1-6 meses após o término
 CORTICO-RESISTENTE: sem remissão completa após 8-16 semanas
 Se cortico-resistente ou cortico-dependente: considerar RITUXIMABE, CICLOSPORINA, TACROLIMUS, MICOFENOLATO DE MOFETILA

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9
Q

Qual a epidemiologia da glomeruloesclerose focal e segmentar ( GEFS)?

A
  • É a PRINCIPAL CAUSA DE SÍNDROME NEFRÓTICA EM ADULTOS
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10
Q

Qual a patogênese da glomeruloesclerose focal e segmentar ( GEFS)?

A

PATOGÊNESE:
- Pode ser PRIMÁRIA OU SECUNDÁRIA!
 PRIMÁRIA: pouco esclarecida. Acredita-se que haja ataque de linfócitos aos podócitos
 SECUNDÁRIA( +importante em prova): pode ser por SEQUELA de doença renal, SOBRECARGA em pacientes com rim único funcionante, HIPERFLUXO ocasionado por diabetes, HAS, etc.
*Sequela de uma doença renal, que “comeu” um pedaço do rim dele, juntamente com um pedaço dos glomérulos, ou seja há um envolvimento focal do rim-uma parte dele é acometida, e um envolvimento segmentar dos glomérulos-uma parte deles é acometida.
Sobrecarga-pois por só ter um rim funcionante, ele fica sobrecarregado, e as alças dos seus glomérulos começam a “morrer”
Hiperfluxo= filtra mais devido ou a hiperglicemia ou a hipertensão, o que leva também a sobrecarga
- Em todos estes casos citados, os GLOMÉRULOS QUE SOBRAM FICAM SOBRECARREGADOS…Depois de muito tempo, estes glomérulos remanescentes começam a morrer… Surge, então, a síndrome nefrótica. Este é o mecanismo da GEFS!

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11
Q

Quais os achados da biópsia da glomeruloesclerose focal e segmentar ( GEFS)?

A

BIÓPSIA + MICROSCOPIA ÓPTICA = FOCOS DE GLOMÉRULOS COM CICATRIZAÇÃO SEGMENTAR
 BIÓPSIA + IMUNOFLUORESCÊNCIA = pode haver depósitos de IgM e C3 ou estar negativa
 BIÓPSIA + MICROSCOPIA ELETRÔNICA = sem depósitos imunes

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12
Q

Quais os eventos e medicações que podem precipitar a glomeruloesclerose focal e segmentar ( GEFS)?

A

ASSOCIAÇÕES:
- VÁRIAS (!!!) CONDIÇÕES PODEM GERAR GEFS-(HAS,HIV, ANEMIA FALCIFORME, DM,LES e etc)
Numa prova, se não soubermos nada, chuta GEFS. Então, qual é o macete? Estamos na prova, olhamos a questão, e ela diz que uma condição X, Y ou Z cursa síndrome nefrótica: SE NÃO É LINFOMA DE HODGKIN, AINE, LÍTIO, CAPTOPRIL, SAIS DE OURO, D-PENICILAMINA,
HEPATITE B, LES, NEOPLASIA OCULTA OU HEPATITE C  É GEFS! Lembrar, 5 doenças e 5 medicações!

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13
Q

Qual a clínica da glomeruloesclerose focal e segmentar ( GEFS)?

A

CLÍNICA:
- PROTEINÚRIA (em qualquer nível, mas geralmente na FAIXA NEFRÓTICA)
- HAS e HEMATÚRIA MACROSCÓPICA podem ocorrer!

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14
Q

Há consumo de complemento na glomeruloesclerose focal e segmentar ( GEFS)?

A
  • NÃO HÁ CONSUMO DO COMPLEMENTO.
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15
Q

Qual o tratamento da glomeruloesclerose focal e segmentar ( GEFS)?

A

TRATAMENTO:
- NEFROPROTEÇÃO com IECA/BRA- Faz com que o glomérulo filtre menos-protege ele.
- ESTATINA (se indicada) +
 Se primária: imunossupressão com CORTICOIDE 1mg/kg por 3-4meses com desmame depois (remissão em 40-60% dos casos)
 Se secundária: TRATAR CAUSA BASE
 Se cortico-resistente ou cortico-dependente: RITUXIMABE, CICLOSPORINA, TACROLIMUS, MICOFENOLATO DE MOFETILA

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16
Q

Qual a epidemiologia da glomerulonefrite proliferativa mesangial?

A

EPIDEMIOLOGIA: 5-10% das causas primárias de síndrome nefrótica. Dificilmente cairá na prova

17
Q

Qual a patogênese da glomerulonefrite proliferativa mesangial?

A

PATOGÊNESE: PROLIFERAÇÃO CELULAR NO MESÂNGIO

18
Q

Qual a clínica da glomerulonefrite proliferativa mesangial?

A

CLÍNICA: PROTEINÚRIA. Também pode cursar com HEMATÚRIA. Se envolve “mesângio”, cursa com hematúria…
Lembrando… 3 CONDIÇÕES NA SD. NEFRÓTICA QUE PODEM CURSAR COM HEMATÚRIA = GN PROLIFERATIVA MENSANGIAL, GEFS,E TROMBOSE DE VEIA RENAL.

19
Q

Qual a associação da glomerulonefrite proliferativa mesangial?

A

ASSOCIAÇÕES: LÚPUS

20
Q

Qual o tratamento da glomerulonefrite proliferativa mesangial?

A

TRATAMENTO: CORTICOTERAPIA. Não precisa saber detalhes! Há muito tempo não cai em prova!

21
Q

Qual a epidemiologia da nefropatia membranosa?

A

2ª CAUSA MAIS COMUM DE SÍNDROME NEFRÓTICA EM ADULTOS;

22
Q

Qual a patogênese da nefropatia membranosa?

A
  • DEPÓSITOS SUBEPITELIAIS DE IMUNOCOMPLEXOS -ESPESSAMENTO DA MEMBRANA BASAL.
    Membrana espessa=”membranona”
  • Relação com o ANTICORPO ANTI-PLA2R (antireceptor da fosfolipase A2)  presente em 70-80% dos casos na forma primária.
    OU seja, antes de fazer uma biópsia, dosar o anticorpo da antireceptor da fosfolipase A2, se positivo=membranosa, sem precisar de biópsia.
23
Q

Quais os achados na biópsia da nefropatia membranosa?

A

BIÓPSIA + MICROSCOPIA ÓPTICA = capilares glomerulares rígidos e espessos, sem proliferação celular
 BIÓPSIA + IMUNOFLUORESCÊNCIA E/OU MICROSCOPIA ELETRÔNICA = depósitos imunes subepiteliais
densos (C3) + ESPESSAMENTO DA MEMBRANA BASAL com PADRÃO GRANULAR > diferenciação em relação à GN por anti-MBG (padrão linear)

24
Q

Qual a clínica da nefropatia membranosa?

A

CLÍNICA:
- SÍNDROME NEFRÓTICA pura em 70-80% dos casos, com evolução prognóstica variável!

25
Quais os eventos e medicações que podem desencadear a nefropatia membranosa?
ASSOCIAÇÕES: - Pode ser primária ou secundária (HEPATITE B; LES; NEOPLASIA OCULTA/TUMORES SÓLIDOS; CAPTOPRIL, SAIS DE OURO; DPENICILAMINA) - Pode ser o SINAL INICIAL DO LES - É a mais associada a TROMBOSE DE VEIA RENAL! Fique atento nos casos em que surgir dor lombar e hematúria associadas!
26
Há consumo de complemento nefropatia membranosa?
- NÃO HÁ CONSUMO DO COMPLEMENTO na forma primária.
27
Qual o tratamento da nefropatia membranosa?
- SE PROTEINÚRIA < 4G/DIA E FUNÇÃO RENAL NORMAL: TRATAMENTO CONSERVADOR APENAS COM NEFROPROTEÇÃO (IECA/BRA/ESTATINA, se indicada), visto que há CHANCE DE REMISSÃO ESPONTÂNEA (aproximadamente 30% dos casos) Detalhes: em casos de nefropatia membranosa causada por IECA, usar BRA ou outra classe de IECA (exemplo: trocar captopril por losartana ou enalapril). A associação de IECA e BRA, inclusive, pode ser utilizada, na tentativa de reduzir a proteinúria. - AVALIAR ANTICOAGULAÇÃO PROFILÁTICA (principalmente se albumina < 2-3g/dl). Há estudos que indicam que 50% dos pacientes evoluem com trombose de veia renal. - AVALIAR IMUNOSSUPRESSÃO de acordo com a evolução. INDICADA, SE:  Proteinúria > 4g/dia por mais de 6 meses, mesmo com a nefroproteção  Sintomas graves, incapacitantes ou com risco de morte  Aumento > 30% da creatinina sérica em um período de 6-12 meses após o diagnóstico  ESQUEMA: iniciar com pulsoterapia com Metilprednisolona seguida por Prednisona + Ciclofosfamida (não usar imunossupressor se TFG < 30ml/min)
28
Qual o prognóstico da nefropatia membranosa?
PROGNÓSTICO: - Sinais de BOM PROGNÓSTICO:  Jovens/Sexo feminino  Proteinúria < 10g/dia  Albumina > 2,5g/dl  Ausência de fenômenos trombóticos, insuficiência renal e alterações tubulointersticiais na biópsia
29
Qual a patogênese da glomerulonefrite membranoproliferativa ou mesangiocapilar?
- Mecanismo de lesão: EXPANSÃO MESANGIAL gerando o SINAL DO DUPLO CONTORNO-O mesângio ele cresce tanto que começa a dissecar o epitélio da membrana basal.
30
Quais os achados da biópsia da glomerulonefrite membranoproliferativa ou mesangiocapilar?
 BIÓPSIA + MICROSCOPIA ÓPTICA = hipercelularidade mesangial, formação de crescentes, ASPECTO DO DUPLO CONTORNO  BIÓPSIA + IMUNOFLUORESCÊNCIA = depósito de imunoglobulinas, C3 ou sem depósitos (acometimento é vascular)  BIÓPSIA + MICROSCOPIA ELETRÔNICA = realizada quando há depósito de C3, apenas
31
Qual a clínica da glomerulonefrite membranoproliferativa ou mesangiocapilar?
CLÍNICA: - SÍNDROM MISTA = SÍNDROME NEFRÓTICA (30-40%) e/ou SÍNDROME NEFRÍTICA (25%). Como há diminuição da filtração, pode haver OLIGÚRIA /HAS/EDEMA. Por isso, acaba CONFUNDINDO BASTANTE COM GNPE (principal diagnóstico diferencial) - IVAS PRÉVIA PODE PRECEDER O CASO EM 50% DOS CASOS, o que pode complicar ainda mais o diagnóstico diferencial. Aqui, entretanto, o complemento persiste por mais de 8 semanas! -Pode ser uma nefrótica pura/ nefrítica pura/ ou mista. - Também pode complicar com TROMBOSE DA VEIA RENAL
32
Quais as doenças associadas a glomerulonefrite membranoproliferativa ou mesangiocapilar?
ASSOCIAÇÕES: - Pode ser primária ou secundária!  HEPATITE C (questão de prova quase todo ano)  CRIOGLOBULINEMIA MISTA (artralgia + GN mesangiocapilar + hepatite C = crioglobulinemia)  ENDOCARDITE BACTERIANA  GAMOPATIAS MONOCLONAIS
33
Há a queda de complemento na glomerulonefrite membranoproliferativa ou mesangiocapilar?
COMPLEMENTO: - CONSOME COMPLEMENTO (é a única que consome). Lembra das indicações de biópsia da GNPE? Pois é... É pensando nisso. Se a proteinúria for na faixa nefrótica por mais de 4 semanas/complemento não melhora em 8 semanas... Peço biópsia!
34
Qual a da glomerulonefrite membranoproliferativa ou mesangiocapilar?
TRATAMENTO: - NEFROPROTEÇÃO (IECA/BRA, ESTATINA, se indicada) - IMUNOSSUPRESSÃO EM CASOS GRAVES (declínio progressivo da função renal) Os estudos de tratamento em GNMP são heterogêneos, variando em relação aos tipos de GNMP incluídos, à idade e aos protocolos de tratamento. O regime terapêutico mais utilizado e baseado em evidências é o controle pressórico resrito, preferencialmente com IECA, e está indicado para pacientes com proteinúria > 500mg/dia e PAs > 130. Um dos alvos do tratamento deve ser a redução da proteinúria para o nível mais baixo possível.