Estômago - CA gástrico (adenoca) Flashcards

1
Q

No Brasil, excetuando-se o câncer de pele não melanoma, o câncer gástrico é a (…) causa de câncer no sexo masculino e a (…) entre as mulheres.

A

Terceira
Quinta

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Q

Qual o tipo mais comum de câncer gástrico?

A

Adenocarcinoma (95% dos casos)

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3
Q

Quais os principais fatores de risco para o câncer gástrico? (15)

A

Infecção crônica pelo Helicobacter pylori
História familiar
Baixo nível socioeconômico
Anemia perniciosa (gastrite atrófica autoimune)
Gastrite crônica atrófica
Grupo sanguíneo A (tipo difuso)
Obesidade
Tabagismo
Dieta rica em sal e em alimentos defumados contendo nitritos ou compostos de nitrosamina
Vírus Epstein Barr
Anormalidades genéticas: A deleção do gene supressor tumoral p53, a expressão dos oncogenes k-sam e c-erbB2 e a superexpressão do gene da COX-2 são alterações frequentes no câncer gástrico. Mutações do gene APC também estão descritas.
Pólipos gástricos (adeninas - PAF)
Metaplasia intestinal
Doença de Menetrier (gastrite hipertrófica)
Cirurgia gástrica prévia (especialmente Billroth II)

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4
Q

Qual a porcentagem de casos de câncer gástrico que apresentam associação familiar?

A

10%

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5
Q

A ocorrência do câncer gástrico difuso hereditário (CGDH) está relacionada à perda da expressão da molécula de adesão (…)

A

E-CADERINA.

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6
Q

O CGDH possui herança…

A

autossômica dominante com alta penetrância

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7
Q

Qual a principal classificação macroscópica do câncer gástrico?

A

Borrmann

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8
Q

Borrmann I

A

Carcinoma polipoide (ou “fungoide”) — esta lesão é bem demarcada com áreas de tecido normal em toda a sua volta.

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9
Q

Borrmann II

A

Carcinoma ulcerado com margens bem demarcadas e nenhuma infiltração

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10
Q

Borrmann III

A

Carcinoma ulcerado e infiltrante com margens rasas e pouco definidas

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11
Q

Borrmann IV

A

Carcinoma infiltrativo difuso.

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12
Q

Borrmann V

A

Não se encaixa em nenhuma descrição

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13
Q

Qual o Borrmann mais comum do câncer gástrico?

A

Borrmann III

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14
Q

Qual a principal classificação histológica do câncer gástrico?

A

Lauren

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15
Q

Como se classifica o câncer gástrico segundo a classificação de Lauren?

A

Intestinal
Difuso

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16
Q

Qual o subtipo mais comum do adenocarcinoma gástrico?

A

Intestinal

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17
Q

Por que o nome “intestinal” para um subtipo de adenocarcinoma gástrico?

A

Ele apresenta formação de estruturas glandulares (tal como o adenocarcinoma de cólon-intestino).

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18
Q

Qual subtipo de adenocarcinoma gástrico apresenta melhor prognóstico?

A

Intestinal

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19
Q

Qual localização mais comum do subtipo intestinal do adenocarcinoma gástrico?

A

Localização mais distal do estômago

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20
Q

Qual tipo de disseminação do subtipo intestinal do adenocarcinoma gástrico?

A

Hematogênica

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21
Q

Qual sexo e faixa etária mais acometida pelo adenocarcinoma gástrico do subtipo intestinal?

A

Homens (2:1)
Incidência aumenta com idade (55-60 anos)

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22
Q

Qual subtipo de adenocarcinoma gástrico está ligado a instabilidades de microssatélites?

A

Intestinal

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23
Q

Qual subtipo de adenocarcinoma gástrico está associado a uma condição conhecida, como a presença de gastrite crônica atrófica (relação com o H. pylori) ou metaplasia intestinal?

A

Intestinal

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24
Q

Qual característica histológica do adenocarcinoma gástrico do subtipo difuso?

A

Células em anel de sinete, sem estruturas glandulares

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25
Q

Qual sexo e faixa etária mais acometida pelo adenocarcinoma gástrico subtipo difuso?

A

Mulheres
Faixa ligeiramente mais jovem (40-48 anos)

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26
Q

Qual a localização mais acometida pelo adenocarcinoma gástrico do subtipo difuso?

A

Localização mais proximal do estômago

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27
Q

Qual o tipo de disseminação do adenocarcinoma gástrico subtipo difuso?

A

Linfática ou por contiguidade

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28
Q

O subtipo intestinal é (…) diferenciado e o subtipo difuso é (…) diferenciado.

A

Bem
Pouco (indiferenciado)

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29
Q

Por que pode haver disfagia no cancer gástrico?

A

Porque pode haver invasão da cárdia ou do esôfago distal (o que é comum nas lesões fúndicas). Alguns chamam esta condição de pseudoacalásia.

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30
Q

Quais os principais locais de metástase do câncer gástrico?

A

Fígado, pulmão e principalmente para o peritônio.

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31
Q

Quais os sintomas mais comuns do câncer gástrico?

A

Perda ponderal (62%), dor epigástrica (52%), náusea (34%), anorexia (32%), disfagia (26%), melena (20%), saciedade precoce (17%) e dor semelhante à da úlcera péptica (17%)

32
Q

O que é o linfonodo de Virchow?

A

Linfonodo supraclavicular esquerdo

33
Q

O que é o linfonodo de Irish?

A

Linfonodo axilar esquerdo

34
Q

O que é o nódulo da irmã Maria José (sister Mary-Joseph)

A

Implante umbilical

35
Q

O que é a prateleira de Blumer?

A

Espessamento no fundo de saco sentido pelo toque retal

36
Q

O que é o tumor de Krukenberg?

A

Lesão metastática ovariana

37
Q

Por que todo paciente com câncer gástrico deve ser submetido a toque retal e vaginal?

A

Para pesquisar prateleira de Blumer e investigar tumor de Krukenberg

38
Q

Quais os achados no exame físico que indicam tumor gástrico irressecável? (7)

A

Massa palpável
Ascite
Linfonodo de Virchow
Linfonodo de Irish
Nódulo da irmã Maria-José
Prateleira de Blumer
Tumor de Krukenberg

39
Q

O que é o omental-cake?

A

Infiltração tumoral do omento

40
Q

Qual achado na seriografia Esôfago-Estômago-Duodeno (SEED) pode indicar linite plástica?

A

Aspecto de garrafa de couro

41
Q

Quais sinais radiológicos são sugestivos de malignidade na SEED? (7)

A

Lesão em massa com ou sem obstrução luminal ou ulceração;
Úlcera com pregas irregulares;
Úlcera com fundo irregular;
Irregularidade de mucosa com perda da distensibilidade;
Pregas alargadas;
Massa polipoide;
Aspecto de garrafa de couro

42
Q

Qual o melhor exame para estadiamento T no adenocarcinoma gástrico?

*alguns autores também colocam como N

A

Ultrassom endoscópico (USE)

43
Q

Qual o melhor exame para avaliar metástases peritoneais no adenocarcinoma gástrico?

A

Videolaparoscopia

44
Q

Qual o exame mais utilizado para avaliar metastases no adenocarcinoma gástrico?

A

Tomografia de tórax + abdome total

*Não é muito sensível para metastases peritoneais (50-70%)

45
Q

Qual seria o estadiamento “completo” do adenocarcinoma gástrico?

A

USE (avaliar bem T e N)
TC de tórax + abdome (avalia bem M)
Videolaparoscopia (avalia M - especialmente meta peritoneal)

46
Q

Estadiamento TNM do câncer de estômago (AJCC 2018)

T = tumor

A

T0 = sem evidência de tumor primário
Tx = tumor primário não pode ser abordado
Tis = carcinoma in situ (tumor intraepitelial sem invasão da lâmina própria)
T1 = invade até submucosa
- T1a: até lâmina própria ou muscular da mucosa
- T1b: invasão da submucosa
T2 = invade até muscular própria
T3 = invaté até a subserosa
T4 = invade serosa (peritônio visceral ou estruturas adjacentes)
- T4a: peritônio visceral
- T4b: estruturas adjacentes

47
Q

Estadiamento TNM do câncer de estômago (AJCC 2018)

N = linfonodos

A

Nx = linfonodo não pode ser avaliado
N0 = não invade linfonodos
N1 = invade 1 ou 2 linfonodos regionais
N2 = invade 3-6 linfonodos regionais
N3 = invade 7 ou mais linfonodos regionais
- N3a: 7-15 linfonodos
- N3b: 16 ou mais linfonodos

48
Q

Estadiamento TNM do câncer de estômago (AJCC 2018)

M = metástase

A

M0 = nenhum sinal ou indício de metástase à distância
- M1a: linfonodos não regionais
- M1b: osso
- M1c: outros sítios

49
Q

Qual o tratamento do adenocarcinoma gástrico não metastático?

A

Ressecção do tumor + margens de segurança (pelo menos 6cm, subtipo 8cm?) + linfadenectomia (pelo menos 16)
- Tumores proximais: gastrectomia total com reconstrução em Y de Roux
- Tumores distais: gastrectomia radical subtotal (75% do estômago distal incluindo piloro + 2cm de duodeno + omento maior + omento menor + linfadenec). Reconstrução em BII ou Y de Roux.

50
Q

Qual o mínimo de linfonodos que devem ser retirados na linfadenectomia do cancer gástrico?

Qual o tipo mais comum utilizado no Brasil?

A

16

D2

51
Q

Quais as cadeias ressecadas na linfadenectomia a D1?

A

Cadeias 1-7

Alguns autores: D1+ > + 8 + 9 + 11p

52
Q

Quais as cadeias ressecadas na linfadenectomia a D2?

A

Fácil de lembrar: até o 12

Gastre parcial: - 2, 4sa, 10 e 11d

53
Q

Quais as cadeias ressecadas na linfadenectomia a D3?

A

D2 + cadeias 13-16

54
Q

Quando indicar tratamento adjuvante no adenocarcinoma gástrico?

Como fazer?

A

Individuos submetidos a ressecção curativa com tumor T3, T4 ou linfonodo positivo

RT + QT

55
Q

Quando indicar QT neoadjuvante no adenocarcinoma gástrico?

A

Segundo o estudo alemão FLOT-4: Tumores T2 ou mais e /ou N+

Sistema triplo (fluorouracil + oxaliplatina + docetaxel) - 4 ciclos pré + 4 ciclos pós-operatórios

56
Q

O que é degastrectomia?

A

Ressecção de coto gástrico pós-gastrectomia

57
Q

Quais as opções de cirurgia para pacientes com doença metastática?

A

Gastrectomia parcial paliativa (higiênica) - exceto em pacientes com doença hepatica ou peritoneal muito volumosa
Gastroenteroanastomose (bypass gástrico ou derivação gastrojejunal)

58
Q

Quais as opções paliativas para pacientes com sangramento pelo adenocarcinoma gástrico?

A

EDA
Angioembolização
Radioterapia hemostática
Cx higiênica

59
Q

O que é terapia de conversão no câncer gástrico?

A

Quimioterapia seguida de ressecção cirúrgica com intenção curativa de um tumor que era considerado como irressecável ou oncologicamente incurável.

60
Q

O que é e qual o objetivo da quimioterapia neoadjuvante no cancer gástrico?

A

Consiste na administração de qt antes da cx, indicada para tumores que são ressecáveis a principio, com o objetivo de reduzir a lesão e a possibilidade de metastase linfonodal e de micrometástases, melhorando sobrevida.

61
Q

É necessário realizar linfadenectomia nas gastrectomias paliativas?

A

Não. Não acrescentam benefício e aumentam consideravelmente a morbidade da cirurgia.

62
Q

O que é o câncer gástrico precoce (CGP)?

A

Tumores restritos a mucosa e submucosa, independentemente da presença ou ausência de linfonodos acometidos (T1, qualquer N)

63
Q

De acordo com a classificação da Sociedade Japonesa de Endoscopia Gastroenterológica, o câncer gástrico precoce do tipo I são…

A

Lesões polipoides

Ip: pediculado
Ips: subpediculado
Is: séssil

64
Q

De acordo com a classificação da Sociedade Japonesa de Endoscopia Gastroenterológica, o câncer gástrico precoce do tipo II são…

A

Lesões planas (ou superficiais)

IIa: superficial elevado
IIb: plano
IIc: com depressão

65
Q

De acordo com a classificação da Sociedade Japonesa de Endoscopia Gastroenterológica, o câncer gástrico precoce do tipo III são…

A

Lesões ulceradas

66
Q

De acordo com a classificação da Sociedade Japonesa de Endoscopia Gastroenterológica, o câncer gástrico precoce do tipo IV são…

A

Invasão lateral

67
Q

Qual o tratamento do cancer gastrico precoce?

A

Gastrectomia com linfadenectomia a D2 (ou D1)
Terapia endoscópica - mucosectomia (para um certo subgrupo)

68
Q

Quando podemos indicar terapia endoscópica no tratamento do cancer gastrico precoce? (5)

A

Preencher todos os critérios:

Tumor limitado na mucosa (T1a - USE)
Não ulcerado
Bem diferenciado
<2cm
Ausência de invasão linfovascular

69
Q

Quais as duas técnicas endoscópicas utilizadas no tratamento do câncer gástrico precoce?

A

RESSECÇÃO DA MUCOSA (RM) e DISSECÇÃO SUBMUCOSA (DS).

70
Q

Quais as vantagens e desvantagens da DS no tratamento endoscópico do câncer gástrico precoce?

A

Vantagens:
Maior probabilidade de ressecção completa
Menor probabilidade de ressecção local

Desvantagens:
Procedimento mais demorado
Maior dificuldade de execução
Maior habilidade endoscópica
Maior risco de complicações
Maior risco de perfuração

71
Q

No que consiste os tumores de JEG?

A

De um modo geral, podemos chamar de tumor da JEG aquelas lesões que apresentam seu epicentro a 5 cm proximal ou distal da JEG.

72
Q

Classificação de Siewert
Tipo I

A

Tumores cujo o epicentro se localiza no esôfago distal, entre 1–5 cm da JEG

73
Q

Classificação de Siewert
Tipo II

A

Tumores cujo o epicentro se localiza entre 1 cm proximal da JEG e até 2 cm distal da JEG

74
Q

Classificação de Siewert
Tipo III

A

Tumores cujo o epicentro se localiza no estômago, entre 2–5 cm da JEG.

75
Q

Como tratar a os tumores de JEG?

A

Siewert I e II - tratar como esôfago
Siewert III - tratar como estômago
Não pega JEG - tratar como estômago