35 – Anestesia para Oftalmologia Flashcards

(55 cards)

1
Q

Qual é a variação típica para a pressão intraocular (PIO)?

A

A pressão intraocular (PIO) varia entre 10 e 22 mg Hg. No
olho intacto normal, há uma variação diurna típica de 2 a 5 mm
Hg. Pequenas mudanças podem ocorrer com cada contração
cardíaca e com o fechamento dos olhos, a midríase e as
mudanças nas posturas

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2
Q

Como a PIO é criada e mantida?

A

A pressão intraocular é primariamente um equilíbrio entre a
produção e a drenagem do humor aquoso. O humor aquoso é
ativamente secretado do corpo ciliar da câmara posterior e flui
pela pupila para a câmara anterior, onde fica misturado aos
fluidos aquosos, que são passivamente produzidos por vasos
sanguíneos na superfície anterior da íris. O fluido, por fim, sai
do olho para as veias episclerais que fluem para a veia cava
superior.

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2
Q

Quais são alguns dos efeitos adversos de um aumento
constante na PIO durante a anestesia?

A

Os efeitos adversos potenciais de um aumento constante da
PIO durante a anestesia incluem glaucoma agudo, isquemia da
retina, hemorragia e perda visual permanente

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3
Q

Que fatores durante o período de uma anestesia geral
aumentam a PIO?

A

Durante a anestesia geral, qualquer manobra que obstrua o
retorno venoso do olho para o lado direito do coração aumentará
a PIO. Essas manobras incluem a posição de Trendelenburg, o
colar cervical apertado, o esforço, náusea, vômito e a tosse. Uma
máscara facial aplicada firmemente, a laringoscopia direta e a
intubação também aumentam a PIO, bem como a hipoxemia e a
hipoventilação

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4
Q

Qual é o grau de aumento da PIO durante a tosse e o vômito?

A

A tosse ou o vômito podem aumentar a PIO em 40 mm Hg ou
mais.

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5
Q

Que fatores fisiológicos (CO2, temperatura) geral diminuem a
PIO durante a manutenção da anestesia?

A

Durante a anestesia geral, a hiperventilação e a hipotermia
diminuem a PIO.

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6
Q

Como a cetamina afeta a PIO? Que outros atributos de
cetamina a tornam uma escolha inferior ao ideal para a anestesia
em pacientes submetidos a procedimentos oftalmológicos?

A

Há controvérsias em relação ao efeito da cetamina na PIO.
Embora a cetamina possa não aumentar a PIO, pode induzir
nistagmo rotatório, ciclopegia e blefarospasmo (aperto firme das
pálpebras), tornando-a menos ideal para o uso em procedimentos
cirúrgicos oftalmológicos. Além disso, é pró-emética e aumenta
as secreções.

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7
Q

Qual é o aumento da PIO com a administração intravenosa de
succinilcolina? Qual é a duração deste efeito?

A

A succinilcolina pode gerar um aumento na PIO de cerca de
9 mm Hg em 1 a 4 minutos após a administração intravenosa.
Esse efeito pode durar até 7 minutos.

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8
Q

Qual é o mecanismo para o aumento da PIO após a
administração da succinilcolina?

A

Aumentos na PIO secundários à administração de
succinilcolina se devem a um número de mecanismos, incluindo
a contração tônica dos músculos extraoculares, o relaxamento do
músculo liso orbital, a vasodilatação vascular da coroide e a
cicloplegia, que impede a saída do escoamento aquoso

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9
Q

Como as drogas paralisantes dos bloqueadores
neuromusculares não despolarizantes afetam a PIO?

A

Os bloqueadores neuromusculares não despolarizantes
diminuem a PIO relaxando os músculos extraoculares

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10
Q

Que manobras podem atenuar o aumento da PIO
associado ao uso de succinilcolina para a laringoscopia e a
intubação traqueal?

A

O pré-tratamento com uma dose pequena de bloqueador
neuromuscular não despolarizante, lidocaína, β-bloqueador ou
acetazolamida podem atenuar os aumentos na PIO associados ao
uso de succinilcolina para laringoscopia direta e intubação
traqueal

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11
Q

Como os anestésicos inalatórios afetam a PIO? Qual é o
efeito da maioria dos anestésicos venosos sobre a PIO?

A

Os anestésicos inalatórios e a maioria daqueles
intravenosos geram reduções relacionadas à dose na PIO. Isso
provavelmente se deve a múltiplos mecanismos incluindo a
depressão do sistema nervoso central, a diminuição da produção
do humor aquoso, o fluxo aumentado de humor aquoso e o
relaxamento dos músculos extraoculares. O efeito da cetamina
sobre a PIO é controverso

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12
Q

Como as alterações na pressão arterial afetam a PIO?

A

A hipertensão arterial pode aumentar de forma transiente
a PIO, mas tem uma influência mínima sobre a PIO. A drenagem
venosa é o fator principal que afeta a PIO.

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13
Q

Como os medicamentos oftalmológicos tópicos são
absorvidos na circulação sistêmica? Que medicamentos
oftalmológicos tópicos podem ser absorvidos suficientemente
para exercer os efeitos sistêmicos?

A

Os agentes oftalmológicos tópicos podem ser absorvidos
sistematicamente via a conjuntiva ou drenar o ducto
nasolacrimal e ser absorvidos pela mucosa nasal. Esses agentes
incluem acetilcolina, anticolinesterases, ciclopentolato,
adrenalina, fenilefrina e timolol.

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14
Q

Que efeitos sistêmicos têm sido atribuídos ao uso de
medicamentos oftalmológicos tópicos β-adrenérgicos?

A

Os medicamentos bloqueadores β-adrenérgicos
oftalmológicos tópicos podem produzir a bradicardia resistente
à atropina e broncoespasmo e podem exacerbar a insuficiência
cardíaca congestiva

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15
Q

Quais são os efeitos sistêmicos do iodeto de fosfolina
(ecotiofato), um medicamento oftalmológico de uso tópico?

A

O iodeto de fosfolina (ecotiofato) é uma anticolinesterase
indutora de miose que interfere profundamente no metabolismo
da succinilcolina. Pacientes com níveis baixos de colinesterase
plasmática correm o risco especial de ter paralisia prolongada.

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16
Q

Por que a fenilefrina administrada como um medicamento
oftalmológico tópico tem sido atribuída à aplicação
oftalmológica tópica desta droga?

A

Gotas de fenilefrina estão disponíveis em concentrações de
2,5% e 10% e são administradas para causar midríase (dilatação
da pupila). A absorção sistêmica via o ducto nasolacrimal de
10% de fenilefrina pode induzir a hipertensão maligna
transiente.

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17
Q

Por que os inibidores da anidrase carbônica, como
acetazolamida, são administrados como medicamentos
oftalmológicos tópicos? Que efeitos sistêmicos têm sido
atribuídos à aplicação oftalmológica tópica desta droga?

A

A administração oftalmológica tópica de acetazolamida
inibe a produção de humor aquoso. Seus efeitos sistêmicos
incluem diurese e acidose metabólica hipocalêmica

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18
Q

O que é reflexo oculocardíaco? Qual é o relato de sua
incidência?

A

O reflexo oculocardíaco é uma resposta mediada por vago
que se manifesta com uma queda profunda e abrupta na
frequência cardíaca. Ocorre em resposta à tração muscular
extraocular ou à pressão externa no globo. A incidência relatada
varia amplamente de 15% a 80%.

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19
Q

Quando o reflexo oculocardíaco é mais provavelmente
encontrado?

A

O reflexo oculocardíaco é encontrado com mais frequência
durante a cirurgia de estrabismo. No entanto, pode surgir durante
qualquer tipo de cirurgia oftalmológica, bem como durante os
procedimentos otorrinolaringológicos. Um bloqueio
oftalmológico anestésico regional pode removê-lo.
Paradoxalmente, isso pode ser ativado durante a administração
desse bloqueio

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20
Q

Que arritmias cardíacas podem ocorrer como resultado do
reflexo oculocardíaco?

A

O reflexo oculocardíaco pode se manifestar como uma
variedade de arritmias, incluindo a bradicardia juncional ou dos
seios, o bloqueio atroventricular, o bigeminismo ventricular, as
contrações ventriculares prematuras, a taquicardia ventricular e
assistolia

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21
Q

Como a hipoxemia arterial ou a hipercarbia afeta o reflexo
oculocardíaco? Como a profundidade da anestesia geral afeta o reflexo oculocardíaco?

A

Hipercarbia, hipoxemia e planos leves de anestesia geral
aumentam a incidência e a gravidade de reflexo oculocardíaco.

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22
Q

Qual é a primeira linha de tratamento do reflexo
oculocardíaco? Que medidas podem ser tomadas se o reflexo
persistir?

A

A remoção imediata de estímulo cirúrgico que causa o
reflexo oculocardíaco em geral resulta em uma rápida
recuperação. Ao primeiro sinal de arritmia, a cirurgia deve ser
interrompida, e toda a pressão sobre o olho ou a tração nos
músculos extraoculares devem ser descontinuadas. Outras
medidas que podem ser tomadas incluem a administração de um
parassimpatolítico como atropina ou glicopirrolato. O aumento
da profundidade da anestesia geral (contanto que o paciente
esteja hemodinamicamente estável) deve ser levado em
consideração. Alternativamente, a infiltração do anestésico local
atenua a recorrência do reflexo

23
Q

O uso profilático de anticolinérgicos é totalmente efetivo na prevenção do reflexo oculocardíaco? Que problemas podem surgir a partir do uso de anticolinérgicos?

A

O uso profilático de um anticolinérgico não é 100% eficaz
na prevenção do reflexo oculocardíaco. Os efeitos colaterais que
podem resultar do uso de um anticolinérgico incluem a
taquicardia persistente. Isso pode ter graves consequências em
pacientes geriátricos e naqueles com um histórico de doença
cardíaca.

24
Quais são algumas características demográficas importantes de pacientes com cirurgia oftalmológica marcada?
Pacientes com cirurgia oftalmológica em geral estão em extremos opostos de idade, variando de recém-nascidos prematuros a nonagenários. As considerações específicas de idade como a farmacocinética e a farmacodinâmica alteradas se aplicam. Os idosos, os pacientes pediátricos sindrômicos e as crianças prematuras comumente apresentam condições comórbidas que carregam importantes implicações para a anestesia.
25
Os medicamentos antiplaquetários ou anticoagulantes devem ser descontinuados antes da cirurgia oftalmológica?
A cessação de drogas antiplaquetárias ou de anticoagulantes antes da cirurgia oftalmológica é controversa. Os riscos de sangramento intraocular versus os riscos de AVC perioperatório, a isquemia do miocárdio ou a trombose venosa profunda devem ser ponderados.
26
Qual é a principal consideração anestésica para o paciente submetido a uma cirurgia oftalmológica com tosse não controlada, tremor parkinsoniano não tratado, claustrofobia grave ou ansiedade patológica?
Um importante componente da avaliação pré-operatória de pacientes a serem submetidos a uma cirurgia oftalmológica é verificar a probabilidade de ele se mover durante a cirurgia. Uma incapacidade de permanecer na posição supina e relativamente imóvel durante a cirurgia dos olhos sob cuidado anestésico monitorado pode resultar em lesão nos olhos com consequências visuais desastrosas a longo prazo
27
Quais são as opções anestésicas para pacientes submetidos a um procedimento oftalmológico?
As opções anestésicas para os procedimentos oftalmológicos incluem a anestesia geral, o bloqueio retrobulbar (intraconal), a anestesia peribulbar (extraconal), o bloqueio subtenoniano e a analgesia tópica.
28
Qual é o significado do cone muscular extraocular para bloqueios oftalmológicos?
O cone do músculo extraocular separa o espaço intraconal do extraconal e determina se a anestesia local administrada em um bloqueio oftalmológico é fornecida como um bloqueio retrobulbar ou peribulbar
28
Qual é a posição definitiva da ponta de agulha para um bloqueio retrobulbar (intraconal)?
Um bloqueio retrobulbar (intraconal) é alcançado ao inserir uma agulha com um ângulo bem pronunciado no cone muscular de modo que a ponta dela esteja atrás (retro) do globo (bulbar). A injeção de um pequeno volume de anestésico local no compartimento irá produzir uma acinesia e analgesia de início rápido
29
Qual é o raciocínio por trás da anestesia extraconal (peribulbar)? Onde fica a posição definitiva da ponta da agulha?
O limite que separa o espaço intraconal e extraconal é poroso. A anestesia local injetada fora do cone muscular se difunde para dentro, resultando na anestesia do olho. O bloqueio extraconal é alcançado ao direcionar a agulha com um mínimo de angulação a uma profundidade rasa, de modo que a ponta permaneça fora do cone muscular. Como os anestésicos locais são injetados mais distantes do nervo no bloqueio extraconal do que no bloqueio intraconal, maiores volumes e mais tempo são necessários para permitir a difusão do anestésico local para alcançar o bloqueio. Também é considerado ser mais seguro teoricamente porque a agulha não está direcionada para o ápice da órbita.
30
Quais são algumas complicações de um bloqueio retrobulbar?
Complicações de bloqueio anestésico regional oftalmológica por agulha incluem hemorragia retrobulbar ou superficial, geração do reflexo oculocardíaco, injeção intraocular de anestésico local, penetração ou punção do globo, trauma no nervo óptico, injeção intravenosa da solução anestésica e convulsões resultantes, oclusão da artéria retinal central, anestesia do tronco encefálico e cegueira
31
Qual é o diagnóstico diferencial do status fisiológico alterado (pressão arterial, frequência cardíaca) após o bloqueio anestésico?
O diagnóstico diferencial de alterações em um estado fisiológico de um paciente após o bloqueio anestésico oftalmológico por agulha incluem a sedação excessiva, a anestesia no tronco encefálico e a injeção intravascular de anestésicos locais. A sedação intravenosa é a causa mais comum do estado fisiológico alterado (pressão arterial, frequência cardíaca, ritmo e ventilação) após bloqueio oftalmológico por agulha. A anestesia no tronco encefálico tem um início gradual e pode persistir por 10 a 40 minutos ou mais. A injeção intravascular do anestésico local é caracterizada por um início abrupto de atividade de convulsão que tem uma duração limitada e breve.
31
Quais são os sinais clínicos da anestesia no tronco encefálico após o bloqueio anestésico oftalmológico?
Sinais clínicos da anestesia do tronco encefálico após um bloqueio anestésico oftalmológico incluem a consciência alterada que prossegue para apneia, instabilidade cardíaca e dilatação da pupila contralateral. A anestesia do tronco encefálico geralmente se manifesta dentro de 6 a 10 minutos após o bloqueio. A atividade convulsiva costuma não ser uma característica da anestesia do tronco encefálico
32
Como diferenciar a anestesia no tronco encefálico da sedação excessiva após o bloqueio anestésico oftalmológico?
As características da sedação excessiva após um bloqueio anestésico oftalmológico podem imitar aquelas da anestesia do tronco encefálico. A diferença principal é que a sedação excessiva com opioides pode induzir a miose da pupila contralateral. A anestesia troncoencefálica em geral resulta em uma pupila não reativa e midriática e acinesia daquele globo.
33
Qual é a diferença entre o bloqueio subtenoniano e um bloqueio anestésico oftalmológico?
Um bloqueio subtenoniano é realizado usando uma cânula não perfurante inserida no espaço entre a esclera do globo e a cápsula de Tenon ao redor. O anestésico local injetado nesse espaço bloqueia os nervos ópticos e ciliares à medida que penetram na cápsula
34
Que pacientes correm mais risco de descolamento de retina?
Diabéticos e pacientes com miopia grave correm o risco de descolamento da retina.
35
Quais são as considerações anestésicas para pacientes submetidos a uma cirurgia para reparar o deslocamento de retina?
A cirurgia da retina em geral é prolongada e associada a uma maior manipulação dos olhos. Os pacientes podem necessitar de planos mais profundos de anestesia geral ou de um bloqueio regional denso. Uma técnica cirúrgica envolve a injeção intravítrea de um gás perfluocarbono, como o hexafluoreto de enxofre. Essa técnica limita o uso de óxido nitroso na anestesia
36
O que é glaucoma? Quais são as suas variantes?
O glaucoma é uma condição caracterizada pelo aumento da PIO, lesão no nervo óptico e perda gradual de visão. Acredita-se que um aumento contínuo da PIO resulte na diminuição da perfusão do nervo óptico. As variantes incluem glaucoma de ângulo fechado (agudo) e de ângulo aberto (crônico).
36
Quando o óxido nitroso deve ser evitado como um anestésico de manutenção para pacientes submetidos a uma cirurgia para reparar o deslocamento de retina? Qual é o risco associado a isso?
Quando a técnica cirúrgica para o reparo do descolamento da retina envolve a injeção do gás perfluocarbono intravítreo, o óxido nitroso deve ser descontinuado 20 minutos antes da injeção de gás ou evitado por completo. Os perfluocarbonos são gases relativamente insolúveis que são introduzidos de maneira cirúrgica para tamponar na retina; eles podem levar até 28 dias para reabsorver. O óxido nitroso é 10 vezes mais distribuído do que o hexafluoreto de enxofre e, portanto, pode expandir o tamanho de uma bolha de gás. Isso aumentará a PIO e pode resultar na isquemia da retina com a perda permanente da visão.
37
Quais são os objetivos anestésicos no manejo de pacientes com glaucoma?
Os principais objetivos anestésicos no manejo de pacientes com glaucoma incluem evitar a midríase (assegurando que gotas mióticas sejam continuadas), compreender as interações entre os medicamentos para tratar o glaucoma e os agentes anestésicos e prevenir aumentos da PIO associados à indução, manutenção e emergência da anestesia. É importante notar que a administração intravenosa de atropina não resulta em midríase e não deve ser usada se indicada durante a anestesia
38
Quais são as considerações anestésicas para crianças submetidas a uma cirurgia para tratar o estrabismo?
As considerações anestésicas para crianças submetidas a cirurgia para estrabismo incluem uma conscientização quanto à alta incidência de reflexo oculocardíaco intraoperatório, um aumento de risco para hipertermia maligna e alta incidência de náusea e vômito no pós-operatório. O estrabismo é uma doença neuromuscular que pode estar associada a outras miopatias. A frequência do espasmo do músculo masseter após a succinilcolina é quatro vezes maior do que a linha de base.
39
Qual é a razão mais comum para a admissão de internação para crianças após a cirurgia para tratar o estrabismo?
A razão mais comum para a internação do paciente pediátrico após a cirurgia para o estrabismo são náusea e vômito no pós-operatório (NVPO).
40
Por que a intubação traqueal no paciente acordado é perigosa para aqueles com lesões abertas no globo ocular?
A intubação traqueal realizada no paciente acordado pode ser apropriada para aqueles com vias aéreas difíceis. No entanto, no cenário de um globo aberto, aumentos na PIO podem levar a resultados visuais adversos. Os riscos associados a aumentos na PIO gerados por uma intubação realizada enquanto o paciente está acordado devem ser ponderados em relação a perigos inerentes de via áreas difíceis.
40
Que fatores devem ser considerados no manejo anestésico de pacientes com lesões oculares traumáticas?
A administração de anestesia de pacientes com lesões traumáticas nos olhos deve equilibrar os riscos específicos de aumento da PIO e exacerbar o insulto ocular versus anestesia um paciente que não esteja em jejum com risco de aspiração na indução de anestesia geral. O aumento da PIO via a aplicação de uma máscara justa na face, laringoscopia e intubação, ou através da tosse ou de esforços pode resultar em extrusão de conteúdo do globo ocular e comprometer o resultado visual. Uma indução de sequência rápida é indicada para pacientes que não estão em jejum.
41
Que manobras anestésicas podem atenuar aumentos na PIO na lesão ocular traumática?
É importante evitar manobras que aumentem a PIO em pacientes com uma lesão traumática nos olhos. O paciente deve estar em uma posição de Trendelenburg inclinada reversa. Se nenhum problema nas vias aéreas for antecipado, considere a indução de sequência rápida da anestesia com uma ampla dose de agente de bloqueio neuromuscular não despolarizante. Se a succinilcolina for selecionada, a hipertensão sistemática e o aumento na PIO que sucedem sua administração podem ser atenuados pela administração de pré-indução de medicamentos intravenosos como a lidocaína e os opioides. Além disso, é útil o pré-tratamento com uma pequena dose de um agente bloqueador neuromuscular não despolarizante.
41
A anestesia regional é contraindicada em lesões oculares traumáticas?
A anestesia regional para pacientes com lesões traumáticas nos olhos pode ser uma opção para lesões selecionadas e em pacientes com maior risco de anestesia geral.
42
Qual é a complicação ocular mais comum após a anestesia geral para uma cirurgia não oftalmológica? Que outras condições podem ser semelhantes?
A complicação ocular mais comum após a anestesia geral para a cirurgia não oftalmológica é a abrasão da córnea. É importante lembrar que a dor ocular também pode ser uma manifestação de glaucoma agudo.
42
Quais são as principais causas da abrasão da córnea em pacientes que serão submetidos a um procedimento cirúrgico?
O dano mecânico à córnea pode ocorrer durante a indução da anestesia. Pode ser causado por etiquetas penduradas nos olhos, máscaras de anestesia, campos cirúrgicos ou outros objetos que entrem em contato com os olhos abertos. Abrasões também podem ocorrer secundárias à perda do reflexo de piscar com a subsequente secura causada pela exposição à atmosfera e pela diminuição da produção de lágrimas.
43
Quais são os sinais clínicos da abrasão da córnea?
Os sinais clínicos de uma abrasão da córnea incluem conjuntivite, lacrimejamento e sensação de corpo estranho.
44
Quais são algumas medidas preventivas que podem ser tomadas para reduzir o risco de abrasão da córnea em pacientes sob o efeito da anestesia geral? Quais são alguns potenciais problemas do uso rotineiro de colírio oftalmológico?
Medidas preventivas para reduzir os riscos de uma abrasão da córnea incluem cobrir a pálpebra durante a ventilação com a máscara, a intubação e no intraoperatório. Os colírios podem causar uma reação alérgica ou turvar a visão após a emergência. Óculos de proteção podem ser benéficos.
45
Como o glaucoma agudo se apresenta e como ele é tratado?
O glaucoma agudo é dolorido, com a presença de uma pupila midriática. O manitol intravenoso ou a acetazolamida pode diminuir a PIO e aliviar a dor. O glaucoma agudo requer uma consulta urgente com o oftalmologista.
45
Que procedimentos cirúrgicos estão associados a um risco maior de perda visual no pós-operatório?
O risco de perda visual no pós-operatório é maior na cirurgia prolongada da coluna na posição pronada e na cirurgia cardíaca.
46
Que providência pode ser tomada se o paciente reclamar de perda visual no pós-operatório?
A consulta imediata ao oftalmologista é essencial quando um paciente reclama de perda visual no pós-operatório. A fundoscopia e os exames do campo visual podem auxiliar no diagnóstico.
46
Que riscos específicos devem ser discutidos no pós￾operatório com pacientes que serão submetidos a uma cirurgia cardíaca ou na coluna de grande porte?
Paciente submetido a grandes cirurgias cardíacas, da coluna ou da cabeça/do pescoço correm o risco de ter perda visual no pós-operatório. Essa comparação rara deve ser discutida como um componente do consenso pré-operatório.