Apêndice Flashcards

1
Q

Qual o tamanho médio do ceco?

A

Aproximadamente 7,5 cm de comprimento e largura.

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2
Q

Qual o tamanho médio do apêndice?

A

6 a 10 cm de comprimento — podendo ser menor e até mesmo chegar a 20 cm

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3
Q

Qual a principal posição do apêndice?

A

Retrocecal

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4
Q

Quem irriga o ceco?

A

Artéria ileocólica, o ramo terminal da AMS.

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5
Q

Quem irriga o apêndice?

A

Artéria apendicular, ramo da artéria ileocólica

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6
Q

Quem drena o ceco e o apêndice?

A

Uma tributária da VMS, a veia ileocólica.

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7
Q

Para onde segue a drenagem linfática do Ceco e apêndice?

A

segue até os linfonodos no mesoapêndice e até os linfonodos ileocólicos situados ao longo da artéria ileocólica. Os vasos linfáticos eferentes seguem até os linfonodos mesentéricos superiores.

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8
Q

Onde origina-se apêndice vermiforme?

A

Origina-se na face posteromedial do ceco, inferiormente à junção ileocecal. Essa fixação se dá na confluência das tênias colônicas.

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9
Q

Qual a inervação do ceco e apêndice?

A

A inervação do ceco e do apêndice vermiforme provém dos nervos simpáticos e parassimpáticos do plexo mesentérico superior. As fibras nervosas simpáticas originam-se na parte torácica inferior da medula espinal, e as fibras nervosas parassimpáticas provêm dos nervos vagos. As fibras nervosas aferentes do apêndice vermiforme acompanham os nervos simpáticos até o segmento T10 da medula espinal.

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10
Q

Qual a principal causa de abdome agudo inflamatório?

A

Apendicite aguda

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11
Q

Qual o pico de incidência da apendicite aguda?

A

Entre 10-30 anos ou 20-40 anos

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12
Q

Qual a principal causa de apendicite aguda?

A

Sabiston: fecalito

Schwartz:
Crianças: hiperplasia linfoide
Adultos: fecalito

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13
Q

Geralmente a perfuração do apêndice ocorre após quantas horas do início do quadro?

A

48h

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14
Q

Quais as principais bactérias isoladas no quadro de apendicite aguda perfurada?

A

Bacteroides fragilis e E. coli

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15
Q

Qual o espectro coberto pelos antibióticos utilizados para a apendicite aguda perfurada?

A

Gram negativos e anaeróbios

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16
Q

Devemos realizar cultura de líquidos peritoneais durante a apendicectomia?

A

Nao, porque já conhecemos a flora bacteriana esperada

Exceto para pacientes imunodeprimidos e, de acordo com a última edição do Sabiston, aqueles pacientes que utilizaram recentemente antibióticos ou aqueles provenientes de ambientes hospitalares ou de cuidados de saúde.

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17
Q

Onde fica situado o ponto de McBurney?

A

Fica situado no limite entre o terço médio e lateral de uma linha imaginária traçada da espinha ilíaca anterossuperior direita ao umbigo

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18
Q

Onde fica o trígono de Sherren?

A

Área entre a cicatriz umbilical, o púbis e a espinha ilíaca anterossuperior

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19
Q

No que consiste o sinal de Dunphy?

A

dor na fossa ilíaca direita, que piora com a tosse

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20
Q

No que consiste o sinal de Lapinsky?

A

dor à compressão da fossa ilíaca direita enquanto o paciente ou o próprio examinador eleva o membro inferior direito esticado (apêndice retrocecal)

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21
Q

No que consiste o sinal de Markle?

A

é inespecífico para qualquer irritação peritoneal. Com o paciente na ponta dos pés, peça para ele chocar os calcanhares contra o chão. O choque suscitará dor no ponto onde o peritônio parietal está irritado

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22
Q

No que consiste o teste de percussão calcânea?

A

Com a palma da mão o examinador percute o calcanhar direito do paciente deitado, gerando dor na FID;

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23
Q

No que consiste o sinal de Ten Horn?

A

dor promovida pela tração do testículo direito;

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24
Q

No que consiste o sinal de Aaron?

A

dor epigástrica referida durante a compressão do ponto de McBurney;

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25
Q

No que consiste o sinal de Lenander?

A

temperatura retal maior que a axilar em 1°C (apêndice pélvico)

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26
Q

No que consiste o sinal do obturador?

A

dor hipogástrica provocada pela flexão da coxa e rotação interna do quadril (apêndice pélvico).

27
Q

No que consiste o sinal do ileopsoas?

A

dor provocada pela extensão e abdução da coxa direita, com o paciente deitado sobre o seu lado esquerdo (apêndice retrocecal);

28
Q

No que consiste o sinal de Rovsing?

A

dor na fossa ilíaca direita após a compressão da fossa ilíaca esquerda (por deslocamento do ar em direção à fossa direita — peristalse retrógrada).

29
Q

No que consiste o sinal de Blumberg?

A

dor de maior intensidade com a descompressão súbita do abdome, indicativa de peritonite. Segundo o artigo original em que o sinal foi descrito, sua pesquisa é limitada ao ponto de McBurney. No entanto, devido ao constante uso do termo para descompressão dolorosa em qualquer outro ponto do abdome, a alcunha de sinal de Blumberg costuma ser aceita para descrição de outros tipos de descompressão dolorosa, embora o termo torne-se impreciso nesses casos;

30
Q

Quais os critérios diagnósticos para apendicite crônica ou recorrente?

A

História de mais de um mês com ataques recorrentes (três ou mais) de dor abdominal no quadrante inferior direito;
Sensibilidade à palpação no quadrante inferior direito sem evidências de irritação peritoneal;
Achados radiológicos no estudo baritado que variam de preenchimento incompleto até a não visualização do apêndice após 24 horas do uso do contraste, ou o não esvaziamento de contraste do apêndice preenchido após 72 horas. Alguns apresentam apendicolito à TC ou aumento de diâmetro à USG.

31
Q

Existe apendicite crônica ou recorrente?

A

Embora seja questionada por muitos autores, esta condição tem sido cada vez mais reconhecida, principalmente em crianças. A obstrução parcial intermitente da luz do apêndice parece justificar o diagnóstico.

32
Q

Qual o fluxograma de investigação diagnóstica para apendicite aguda precoce (<48h)?

Sabiston

A

Nos pacientes do sexo masculino, com uma apresentação precoce e típica, nenhum exame é necessário para o diagnóstico e para a indicação cirúrgica.
Se dúvida: TC cc EV

Nos casos duvidosos (crianças, idosos, quadro atípico e nas mulheres) indica-se a investigação por imagem.
Se for gestante ou criança, o primeiro exame é a USG. E, na gestante, caso a USG seja negativa, indica-se (de acordo com a última edição do Sabiston) RM.
Se for idoso ou quadro atípico: TC cc EV

33
Q

Qual a diferença entre o escore de Alvarado e o escore de Alvarado modificado?

A

O EAM não considera a presença de desvio para esquerda. Dessa forma, muita atenção, pois no escore tradicional, a pontuação é de 10 pontos e no escore modificado, 9 pontos. Um aspecto curioso, é que nos casos em que encontramos a descompensação dolorosa, provavelmente também vamos identificar a sensibilidade em FID.

34
Q

Quais os critérios do escore de Alvarado modificado?

A

Dor migra para FID: 1
Anorexia: 1
Náuseas ou vômitos: 1
Dor à palpação (sensibi­lidade/infla­mação) em FID: 2
Descompen­sação brusca e dolorosa em FID: 1
Temperatura > 37,5ºC: 1
Leucocitose: 2

35
Q

É sugestivo de apendicite aguda quando o diâmetro do apêndice é maior que:

A

> = 7mm
Algumas referências utilizam 6mm para USG

36
Q

Devemos utilizar antibiótico para apendicite aguda?

A

Para apendicites não perfuradas (não complicada), uma dose única pré-operatória de antibióticos reduz as infecções pós-operatórias da ferida e a formação de abscesso intra-abdominal. Para apendicites perfuradas ou gangrenosas, continuamos com antibióticos intravenosos no pós-operatório por 4–7 dias. Esquemas possíveis preconizam o uso de cefoxitina ou associação de anaerobicida (clindamicina ou metronidazol) com aminoglicosídeo ou cefalosporina de 3ª geração.

37
Q

A apendicite aguda poderia dar dor à mobilização do colo uterino?

A

A dor à mobilização do colo uretino (sinal de Chandelier) é característico de doença inflamatória pélvica, porém não é patognomômico. Se o apêndice estiver em posição pélvica, pode cursar com dor à mobilização de colo uterino.

38
Q

O que fazer no intra-operatório de pacientes com suspeita de apendicite aguda mas apresentando apêndice normal?

A

Procura outra causa e retira o apêndice.

39
Q

Qual a conduta na apendicite precoce ou sem complicações?

A

Hidratação + correção de distúrbios hidroeletrolíticos;
Antibioticoprofilaxia;
Apendicectomia (convencional ou laparoscópica).

40
Q

Qual a melhor técnica para apendicectomia: aberta ou VLP?

A

A maioria das referências indicam a preferência do cirurgião, mas tende-se a preferir a VLP

41
Q

Qual a conduta na apendicite tardia ou com complicações?

A

Se peritonite difusa: cirurgia

Se não: TC de abdome

TC evidenciando a presença de abscesso (nesta última edição do Sabiston não temos a definição do tamanho do abscesso): drenagem guiada por TC + antibioticoterapia. Após melhora, é indicada uma colonoscopia com 4–6 semanas para afastar qualquer outro possível diagnóstico (colite e neoplasia). Avaliar a necessidade de apendicectomia de intervalo após 6–8 semanas*.

TC evidenciando a presença de fleimão ou pequena quantidade de líquido: ANTIBIOTICOTERAPIA + colono após 4–6 semanas + apendicectomia de intervalo após 6–8 semanas.

42
Q

Qual a classificação histpatológica da apendicite aguda?

A

Fase catarral
Fase flegmonosa
Fase úlcero-flegmonosa
Fase supurada
Fase gangrenosa

43
Q

Quais os graus de apendicite aguda n VLP?

A

Gau 0 - normal
Grau 1 - hiperemia e edema
Grau 2 - exsudato fibrinoso
Grau 3 - necrose segmentar
Grau 4A - abscesso
Grau 4B - peritonite regional
Grau 4C - necrose de base
Grau 5 - peritonite difusa

44
Q

Se a literatura traz que cerca de 85% dos casos de apendicite aguda podem ser tratados apenas com antibioticoterapia, por que continuamos indicando a apendicectomia como tratamento padrão-ouro?

A

Apendicectomia é realizada com baixas taxas de morbidade e mortalidade;
A tomografia não exclui em 100% dos casos as complicações, e a conduta não cirúrgica só pode ser realizada para os casos não complicados;
A presença de fecalito está relacionada a uma chance maior de complicação, então, nesses casos, não podemos adotar uma conduta conservadora;
Risco de apendicite recorrente na abordagem conservadora;
A abordagem não cirúrgica é de risco em IDOSOS e IMUNODEPRIMIDOS.

45
Q

Por que, em geral, não indicamos drenagem cavitária na apendicite aguda mesmo nas complicadas?

A

Porque não é uma anastomose de risco

46
Q

Qual o tipo de câncer mais comum do apêndice?

A

O Sabiston aponta como sendo os tumores carcinoides (nome genérico para as neoplasias neuroendócrinas do apêndice). No entanto, alguns estudos demostram uma prevalência maior das lesões mucinosas.

47
Q

Qual o principal fator prognóstico dos tumores carcinoides de apêndice?

A

O principal fator prognóstico é o tamanho da lesão. É muito pouco provável que os tumores menores do que 2 cm (encontrados em cerca de 95% dos casos) já se apresentem com metástases. Em contrapartida, 1/3 das lesões com mais de 2 cm já são metastáticas no momento do diagnóstico.

48
Q

Como podemos dividir os tumores carcinoides de apêndice?

A

NET-G1 (bem diferenciados), NET-G2 (intermediariamente diferenciados), NEC-G3 (carcinomas neuroendócrinos pouco diferenciados) e carcinomas neuroendócrinos mistos (MANECs).

49
Q

Qual a taxa de sobrevida dos tumores carcinoides de apêndice?

A

Tumor < 3 cm e sem metástase — 100%;
Tumor ≥ 2 mas < 3 cm com metástases para linfonodos regionais ou tumor ≥ 3 cm com ou sem metástases — 78%;
Metástase à distância — 32%.

50
Q

Qual o tratamento dos tumores carcinoides de apêndice?

A

< 1cm - apendicectomia
1-2cm
Se não invadir mesoapêndice: apendicectomia
Se invadir: colectomia direita + linfadenectomia
> 2cm - colectomia direita + linfadenectomia

51
Q

O que são as mucoceles de apêndice?

A

Qualquer lesão apendicular que se apresenta repleta de muco.

52
Q

Quais as principais lesões relacionadas a mucocele de apêndice?

A

Adenomas mucinosos (cistoadenoma)
Tumores mucionosos (cistoadenoma)
Adenocarcinomas mucosos (cistoadenocarcinoma)

53
Q

Qual a lesão mucinosa de apêndice que está confinada a mucosa?

A

Adenomas mucinosos

54
Q

Qual a lesão mucinosa de apêndice que pode invadir a camada muscular da mucosa?

A

Tumores mucosos

55
Q

Qual a lesão mucinosa de apêndice com potencial de invasão glandular?

A

Adenocarcinomas mucinosos

56
Q

Quais as lesões mucinosas que podem evoluir com pseudomixoma peritoneal?

A

Cistoadenoma mucinoso
Cistoadenocarcinoma mucinosos

57
Q

Qual a conduta nas lesões mucinosas do apêndice?

A

Lesões de baixo grau com menos de 2 cm são tratados adequadamente com apendicectomia isolada (com excisão do mesoapêndice), sendo a hemicolectomia direita reservada para casos em que há margem positiva, envolvimento da base do apêndice, aqueles que exibem extensão extra apendicular ou aqueles com histologia invasiva (adenocarcinoma) no exame patológico final.

58
Q

O que é o pseudomixoma peritoneal?

A

É definido como a presença de coleções difusas de material gelatinoso no abdome e pelve, além de implantes peritoneais. Este quadro decorre da ruptura espontânea ou iatrogênica de lesões mucinosas, notadamente do cistoadenoma mucinoso como o cistoadenocarcinoma mucinoso. O grande problema é que este conteúdo mucinoso acaba semeando o peritônio com células produtoras de muco que continuam a proliferar e produzir muco.

59
Q

Qual a complicação mais temida do pseudomixoma peritoneal?

A

Obstrução intestinal

59
Q

Qual o tratamento do pseudomixoma peritoneal?

A

(1) esvaziamento cirúrgico seriado
(2) cirurgia citorredutora + quimioterapia intraperitoneal.

60
Q

Quais os 3 tipos de adenocarcinoma de apêndice?

A

Mucinoso
Tipo intestinal: também chamado de colônico. (Características semelhantes ao adenocarcinoma do cólon)
Adenocarcinoma de células em anel de sinete (tal qual no câncer gástrico difuso, indica uma lesão pouco diferenciada e associado a pior prognóstico)

61
Q

Qual a neoplasia menos comum do apêndice?

A

Adenocarcinoma

62
Q

Qual o tratamento do adenocarcinoma de apêndice?

A

A tendência atual é a realização de uma colectomia direita. No entanto, alguns estudos mostram que para aquelas lesões confinadas à mucosa ou até mesmo aquelas lesões BEM DIFERENCIADAS que chegam até a submucosa, a apendicectomia pode ser tentada. Mas como foi pontuado, a tendência é tratar da mesma maneira que os tumores de ceco! Hemicolectomia direita + linfadenectomia.