Capítulo 0 Princípios Gerais Flashcards

(48 cards)

1
Q

Deve-se utilizar anestésico e corticoide na mesma seringa durante a infiltração?

A

Não se indica o uso combinado de anestésicos e corticoide nas infiltrações, pois uso separado aumentam as chances de um melhor posicionamento da agulha e diminuem as chances de hipopigmentação da pele e atrofia do subcutâneo

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2
Q

Tempo mínimo esperado entre 2 procedimento cirúrgicos (em geral)

A

• O tempo entre uma cirurgia e outra deve ser criteriosamente avaliado e individualizado, porém o autor parte de período referencial de 3 meses, quando o arco de movimento estará bom, ferida cicatrizada e as articulações flexíveis

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3
Q

Tempo entre assepsia e antissepsia do membro e início da cirurgia

A

• A assepsia e antissepsia do membro do paciente deve ser feita 5 - 10 minutos antes da cirurgia. Há baixíssimos números de infecção em procedimentos eletivos

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4
Q

Em quais pacientes não está indicada antibiótico profilaxia?

A

• O uso de antibióticos pré-operatórios é desnecessário quando o procedimento é eletivo e tem duração prevista < 2 horas. Potenciais efeitos contra laterais são alergia e aumento da resistência à droga

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5
Q

Qual a principal complicação relacionada ao uso de torniquete?

A

○ Principal complicação

§ Paralisia → está diretamente relacionada a pressão utilizada

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6
Q

Efeito do torniquete sobre o nervo e músculo (tempo seguro)?

A

• Torniquete

	○ Durante o uso do manguito o nervo está mais susceptível à lesão pela pressão e o músculo pela isquemia

	○ Tempo seguro de isquemia fica em torno de 2 horas, tendo a partir desse limite aumento progressivo de acidose no sangue venoso
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7
Q

Qual a pressão do torniquete?

A

○ A pressão de insuflação do torniquete geralmente não deve ser > 100 mm Hg da PA sistólica em adultos e crianças
§ Geralmente 50 - 75 mmHg > PA sistólica é suficiente

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8
Q
Tempo para reinsuflar o torniquete?
30min
60min
90min
120min
A

30min - 3-5min
60min - 5-10min
90min - 10-15min
120min - 15-20min

tempo de normalização da acidose do membro

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9
Q

Quando não realizar exsanguinação do membro?

A

○ Exsanguinação é contra-indicada em caso de infecções e tumor e deve ser evitado passar a faixa por cima de um cisto no membro para evitar rupturas

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10
Q

Complicações associadas ao uso de torniquete? (5)

A

○ Complicações

		§ Edema desproporcional ou prolongado, temporário ou permanente

		§ Rigidez

		§ Sensibilidade diminuída

		§ Fraqueza ou paralisia

		§ Contratura muscular
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11
Q

Pode utilizar torniquete no antebraço? Para quem está indicado, pressão necessária:

A

○ Manguito no antebraço

		§ 75 - 100 mmHg maior que a PA sistólica

		§ Indicação no paciente renal crônico com uma fístula proximal à cirurgia

	○ O paciente consegue tolerar bem por 20 minutos o torniquete no braço proximal ou 30 minutos no antebraço, porém o tempo de tolerância pode ser estendido com o bloqueio anestésico dos nervos cutâneos. Creme anestésico não tem efeito

	○ O garrote no antebraço apresenta menor taxa de dor pós garrote e normalmente necessita de metade da dose de anestésico que o mesmo procedimento com garroteamento no braço
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12
Q

• Rotina radiográfica para dor no punho

Dor no lado radial (6)

A

○ Dor no lado radial ( indicado série para escafóide )

		§ PA neutro

		§ PA com desvio ulnar → escafóide em perfil
			□ Escafóide estende → alongando

		§ PA com punho cerrado → aumento do gap escafossemilunar (comparativo de preferência)

		§ Perfil verdadeiro → medição dos ângulos carpais

		§ Oblíquas pronado e supinado → fx no dorso do carpo e polo distal do escafóide
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13
Q

• Rotina radiográfica para dor no punho

	○ Dor no dorso ou lado ulnar do punho
A

○ Dor no dorso ou lado ulnar do punho

		§ PA neutra → variância ulnar

		§ Perfil neutra → alinhamento carpal

		§ Oblíqua → mostrar a face dorsal do lado ulnar do punho em perfil
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14
Q

○ Incidência pisopiramidal como fazer e o que mostra

A

○ Incidência pisopiramidal

		§ Perfil com 10 - 15° de supinação

		§ Mostra a pisopiramidal em perfil
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15
Q

○ Incidência do túnel carpal

  • Epônimo
  • O que mostra
  • Como fazer
  • O que não mostra
A

○ Incidência do túnel carpal ( Incidência de Gaynor-Hart )

		§ Mostra os pilares do carpo, incluindo o hâmulo do hamato e a crista do trapézio

		§ Inclinação do radio de 25 - 30° a partir da vertical (antebraço pronado encostado no filme + extensão máxima do punho)

		§ Não é possível visualização do trapezóide e semilunar ( questão PUC SP 2017 )
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16
Q

○ Incidência CMC de Watson

Para que é utilizada
Como realizar

A

○ Incidência CMC de Watson

		§ Mostra a bossa carpal

		§ 30° - 40° de supinação + 20° - 30° de desvio ulnar
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17
Q

Index CMC view:

Para que é utilizada
Como realizar

A

○ Incidência CMC do indicador

		§ Melhor incidência para STT

		§ Boa visualização do trapezóide e da 2ª CMC

		§ Posicionamento similar à incidência de Robert, mas o raio é direcionado 30° do eixo central

Robert: ( antebraço hiperpronado com dorso do polegar e 1º MTC encostado no filme)

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18
Q

Incidência de Brewerton

A

Incidência de Brewerton:

Dorso da MF contra filme, MF fletida em 65° Raio inclinado em 15° de ulnar para radial

Fraturas da cabeça dos metas

		§ Mostra erosão precoce ou alterações pós traumáticas sob os lig colaterais da MF
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19
Q

• Posição de imobilização da mão no pós operatório geral:

A

• Posição de imobilização da mão no pós operatório

	○ A menos que hajam indicações específicas, a mão é melhor imobilizada

		§ Punho → moderada extensão ( 30 - 45° )

		§ MF → 50 - 75° de flexão

		§ IFP → completa extensão
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20
Q

Quais as fases de cicatrização das feridas?

A
  1. Hemostasia
  2. Inflamação
  3. Proliferação
  4. Remodelação
21
Q

Zonas da fise:

A
  1. Germinativa
  2. Proliferativa
  3. Hipertrófica
  4. Calcificação provisória
22
Q

Qual o tempo de duração das 4 fases de cicatrização das feridas:

A
  1. Hemostasia (0-24h)
  2. Inflamação (1-6d)
  3. Proliferação (2-4 a 21d)
  4. Remodelação ( 21d - 1 ano )
23
Q

Quais as fases de cicatrização das feridas se sobrepõem temporalmente?

A
  1. Inflamação (1-6d)

3. Proliferação (2-4 a 21d)

24
Q

Quais as primeiras células a chegar e quais as mais importantes na fase inflamatória:

A

§ Primeiras células → PMN

§ Macrófagos são as células essenciais

25
Como ocorre a cascata de coagulação:
§ Formação do coagulo sanguíneo □ Plaquetas □ Eritrócitos □ MEC ( fibrina + vitronectina + trombospondina ) □ Iniciação (Via extrínseca): FT, FVII/FVIIa □ Amplificação (Via intrínseca): FXI, FIX e FVIII
26
Quais os elementos essenciais da fase de hemostasia para iniciar a fase inflamatória:
Fibrina e trombina: § Fibrina - Fundamental no processo inflamatório - Facilita angiogênese e proliferação celular § Trombina - Converte o fibrinogênio plasmático solúvel em um coágulo de fibrina insolúvel - Estimula a vasodilatação e extravasamento de plasma → edema - Induz a liberação de citocinas pró-inflamatórias (CCL2, IL-6, IL-8, interferon-γ, IL-1β,TNF-α) - Interface entre a fase hemostática da cicatrização de feridas e a fase inflamatória
27
Quais os elementos celulares da fase inflamatória e com quantos dias surgem?
``` § Elementos celulares □ Plaquetas ( interfase ) □ Neutrófilos ( 24 - 48 h ) 1º □ Monócitos e macrófagos ( 3 - 5 dias ) + importante □ Mastócitos □ Linfócitos ( 5 - 7 dias ) ```
28
Função dos Neutrófilos na fase inflamatória e com quando ocorre seu pico?
§ NEUTRÓFILOS ( pico em 24h ) □ Influxo inicial de leucócitos na ferida □ Fagocitose de agentes infecciosos □ Depuração de tecidos desvitalizados □ Produzem produtos inflamatórios
29
Função dos Macrófagos na fase inflamatória e com quantos dias surgem?
§ MACRÓFAGOS ( 3 a 5 dias ) □ Importante na resolução da fase inflamatória □ Fagocitose dos neutrófilos mortos e células apoptóticas □ Fagócitos vorazes – tecidos e restos bacterianos □ Produzem ® Citocinas ® Fator de crescimento ® Fator angiogênico
30
Quais as principais células na fase proliferativa?
Elementos Principais → Fibroblastos e Queratinócitos
31
O que ocorre na fase proliferativa?
``` ○ FASE PROLIFERATIVA ( 2 - 21 dias ) § Angiogênese § Formação de MEC (matriz extra celular) § Tecido de granulação § Contração da ferida § Epitelização ```
32
Quando o fibroblasto passa a ser a célula principal na cicatrização das feridas?
▪ Formação de matriz extracelular □ Degradação da matriz provisória inicial de fibrina-plaquetas □ Macrófagos e mastócitos estimulam ativação de fibroblastos □ Fibroblastos passam a ser dominantes a partir do 7 dia ® Sintetizam a MEC
33
Em qual fase e qual a célula responsável pela contração das feridas?
□ Contração da ferida (F. Proliferativa) ® Tecido circundante é puxado radialmente para o ferimento ® Feridas abertas – reduz tamanho ® Fibroblastos → miofibroblastos
34
Em qual fase e qual a célula responsável pela reepitelização das feridas?
(F. Proliferativa) □ Reepitelização ( resultado de 3 funções de queratinócitos sobrepostas ) ® Migração ® Proliferação ® Diferenciação
35
Quando ocorre o início da produção de colágeno nas feridas e o pico de produção?
▪ Produção e degradação de colágeno equiparam-se ao redor do 21º dia □ Produção de colágeno foi iniciada no 3º dia □ Pico produção colágeno é 2 - 4 sem
36
Qual o tipo de colágeno predominante na fase inicial da remodelação
○ REMODELAÇÃO ( 21 DIAS - 1 ANO ) ▪ Produção e degradação de colágeno equiparam-se ao redor do 21º dia □ Produção de colágeno foi iniciada no 3º dia □ Pico produção colágeno é 2 - 4 sem § Organização de colágeno e ligações cruzadas mais fortes § Substituição do colágeno tipo III pelo tipo I ( 4:1 ) § Mudança na característica da cicatriz □ Aparência rosada □ Os vasos começam a regredir – tendência a hipopigmentação
37
Qual o tipo de colágeno predominante na pele normal, osso, cartilagem* e tendão.
▪ Produção de colágeno ( mais de 20 tipos ) □ Tipo I → pele ( 90 % ), tendões e ossos □ Tipo II → cartilagens hialinas e córnea □ Tipo III → cicatriz imatura, vasos, intestino e útero ® Até 30 % no início da cicatrização ® Pele normal (10 %) □ Tipo IV → membrana basal □ Tipo V → tecido fetal e placentário
38
Qual a força tênsil esperada nas feridas após: ® 7 dias → % ® 90 dias → % ® 1 ano → %
▪ Força tênsil da cicatriz □ Não depende do colágeno total mas da organização das fibras ® Mais ligações cruzadas □ Força tênsil final nunca é igual a previa ® 7 dias → 20 % ® 90 dias → 70 % ® 1 ano → 80 %
39
Qual a definição de feridas agudas?
• FERIDAS AGUDAS | ○ Definição → até 4 sem
40
Fatores que promovem cicatrização | ○ Nutricionais:
Fatores que promovem cicatrização ○ Nutricionais ▪ Pré-albumina sérica → rastreio para a desnutrição, se usado como duas medições tomadas de 3 a 5 dias de intervalo, juntamente com os níveis de PCR ▪ Ingesta calórica adequada ▪ Ingesta proteica adequada ▪ Micronutrientes: Mg, Cu, Zn e Fe → co-fatores para enzimas que suportam o processo de cicatrização
41
Fatores que promovem cicatrização | ○ Oxigênio terapêutico
○ Oxigênio terapêutico § Funções de desbridamento de feridas antibacterianas e fisiológicas de leucócitos são atribuídas ao papel essencial do oxigênio na cura de feridas → suplementação direta de oxigênio para melhorar a cicatrização de feridas § Aumento da proliferação e migração de fibroblastos § Aumento da síntese de colágeno § Aumento resultante na resistência à tração das fibras de colágeno § Estimulação da angiogênese § Promoção de funções imunológicas como a quimiotaxia de macrófagos
42
• FERIDAS CRÔNICAS | ○ Definição :
• FERIDAS CRÔNICAS | ○ Definição → a partir de 4 - 6 sem
43
Fatores associados a problemas de cicatrização:
``` Idade Tabagismo Alcolismo DM Infecção Desnutrição Corpo estranho Uremia, icterícia Genético: Ehrles Danlos... Irradiação Quimioterapia Edema Pressão ```
44
• Quelóides e Cicatrizes Hipertróficas - Como ocorre? - Diferenças histológicas - Sexo mais prevalente
• Quelóides e Cicatrizes Hipertróficas ○ Distúrbios fibroproliferativos → fibroblastos com regulação positiva da síntese, depósito e acumulação de colágeno ○ Falta de apoptose de fibroblastos ativados ○ Desbalanço no “turnover” do colágeno ○ Variam pouco histologicamente → classificação e monitoramento clínico ○ Prevalência igual entre os sexos
45
• Quelóides e Cicatrizes Hipertróficas Incidência:
○ Incidência exata é desconhecida § Queloide → incidência estimada de 5 - 15 % em negros § Cicatriz hipertrófica → incidência maior que a do queloide
46
• Quelóides e Cicatrizes Hipertróficas - Como diferenciar?
○ Cicatrizes Hipertróficas § Cicatriz patológica que NÃO se estende além dos limites da incisão ou ferida § Regride espontaneamente § Associado à tensão na ferida ○ Quelóides § Cicatrizes que superam as margens da ferida original § Não regride espontaneamente § Associado à Herança genética AD
47
Principais características das cicatrizes hipertróficas:
○ Cicatrizes Hipertróficas § Cicatriz patológica que NÃO se estende além dos limites da incisão ou ferida § Etiologia □ Liberação de substância neuropeptídica pro inflamatória nas terminações nervosas após a lesão □ Fase inflamatória prolongada § Dolorosa e pruriginosa § Secundarias a forças de tração excessivas § Comum em superfícies flexoras, extremidades, tronco, mama e pescoço § Começam a se desenvolver algumas semanas após a ferida e tende a regredir com o tempo ( autolimitadas ) – podendo demorar até anos § Histologia semelhante ao queloide § Microscopia eletrônica → queloides apresentam fibras de colágeno mais espessas § Excesso de matriz e número de fibroblastos normal
48
Principais características dos Queloides:
○ Quelóides § Cicatrizes que superam as margens da ferida original § Dolorosa, prurido, queimação § Etiologia → não é totalmente esclarecida □ Fatores de crescimento pro fibrótico ??? □ Estimulação excessiva ou uma resposta inadequada à estimulação ? § Comum em africanos ( 6 – 16% ) § Importante componente genético → padrão autossômico dominante § Comportamento de tumor de pele benigno → crescimento lento e contínuo § Excisão + fechamento primário → recidiva § Raros em pálpebras, pênis, escroto, regiões frontal, palmar e plantar § Histologia □ Consistem principalmente de colágeno □ Relativamente acelulares em suas porções centrais com fibroblastos presentes ao longo de suas bordas de aumento □ Não tem excesso significativo de fibroblastos, mas sim uma deposição de colágeno que supera a degradação, permitindo que a lesão aumente □ Excesso de MEC □ Nódulos de colágeno □ Hiper vascularização