Capítulo 06 Flashcards

Culturas de Feridas, Abscessos e Materiais Cirúrgicos (25 cards)

1
Q

Por que as culturas de feridas, abscessos e materiais cirúrgicos são fundamentais no diagnóstico de infecções cutâneas ou cirúrgicas?

A

Porque permitem identificar o agente etiológico (bactérias aeróbias, anaeróbias ou fungos) e orientar o tratamento antimicrobiano adequado. São especialmente importantes em infecções de pele e partes moles, abscessos profundos e em sítios cirúrgicos infectados.

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2
Q

Qual o grande desafio das culturas de feridas e tecidos?

A

O risco de contaminação por flora cutânea ou mista, dificultando a interpretação de qual microrganismo é o verdadeiro patógeno e qual faz parte da flora comensal.

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3
Q

Como é realizado o aspirado e quais suas vantagens em comparação a outros métodos?

A

É feito com seringa e agulha estéreis, aspirando secreção purulenta diretamente do foco (ex.: abscesso).

Vantagens:
* Menor contaminação pela flora superficial.
* Material mais representativo da infecção real.

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4
Q

Qual a limitação do uso de swab na coleta de material para cultura de feridas?

A

Ele pode coletar apenas flora superficial ou contaminante; além disso, o volume de material obtido é menor, o que pode prejudicar a sensibilidade do exame.

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5
Q

Em que circunstâncias o swab pode ser indicado, apesar de suas limitações?

A

Quando não é possível aspirar o conteúdo (por ex.: feridas secas, superficiais), sendo importante limpar a área para chegar a camadas subjacentes e tentar reduzir a contaminação.

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6
Q

Por que a biópsia de tecido pode ser uma opção mais representativa para diagnosticar infecções profundas?

A

Porque fornece fragmentos de tecido de áreas infecciosas profundas, com menor risco de contaminação superficial, e reflete com maior fidelidade o microrganismo causador.

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7
Q

Cite duas situações onde a biópsia é particularmente indicada.

A
  • Úlceras crônicas (ex.: diabéticas ou vasculares) onde se suspeita de infecção profunda.
  • Lesões por queimaduras ou tecidos necróticos suspeitos de osteomielite.
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8
Q

O que caracteriza uma infecção superficial de pele, e qual a coleta mais comum?

A

Envolve camadas mais externas (epiderme, derme superficial, subcutâneo raso).
Ex.: impetigo, foliculite, celulite superficial.
Usualmente, coleta-se por swab da superfície, embora haja maior presença de flora cutânea.

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9
Q

Quais exemplos de infecção profunda e por que é preferível aspirado ou biópsia nesses casos?

A
  • Abscessos subcutâneos
  • Fasciite necrosante
  • Osteomielite
  • Feridas cirúrgicas profundas

O aspirado ou biópsia obtém material do foco real da infecção, evitando contaminações superficiais e aumentando a precisão diagnóstica.

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10
Q

Como essa distinção superficial/profunda impacta o processamento no laboratório?

A

Feridas superficiais tendem a ter menor valor diagnóstico devido à maior contaminação.
Amostras de lesões profundas (obtidas sob técnica estéril) refletem melhor o patógeno, merecendo processamento mais amplo (anaeróbios, fungos, etc.) e maior relevância clínica.

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11
Q

Qual a função da bacterioscopia (Gram) na análise de material de feridas?

A

Fornece informações imediatas sobre o tipo de microrganismo (Gram-positivo/negativo, formato de cocos/bastonetes, leveduras) e a presença de PMNs, sugerindo infecção ativa.

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12
Q

Quais meios de cultura são tipicamente usados para bactérias aeróbias em amostras de feridas?

A
  • Ágar sangue (permite avaliar hemólise)
  • Ágar MacConkey (seleciona e diferencia Gram-negativos)
  • Caldos de enriquecimento (BHI, tioglicolato) para aumentar a sensibilidade.
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13
Q

Em que situações é importante pesquisar anaeróbios em feridas?

A

Em abscessos profundos, feridas cirúrgicas extensas, pé diabético com necrose, cirurgias colorretais — qualquer situação em que anaeróbios sejam prováveis agentes.

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14
Q

Como deve ser feito o transporte de amostras suspeitas de anaeróbios?

A

Em meios e recipientes anaeróbios que impeçam contato com O₂ (por ex.: sistemas de transporte especializados), mantendo a viabilidade desses microrganismos sensíveis ao oxigênio.

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15
Q

Quando suspeitar de infecção fúngica em feridas ou tecidos cirúrgicos?

A

Em pacientes imunossuprimidos ou críticos, em úlceras atípicas, queimaduras ou feridas crônicas sem resposta a antibióticos tradicionais.
Ex.: leveduras (Candida spp.) em úlceras de pacientes debilitados.

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16
Q

Quais meios de cultura são usados para fungos e como identificar fungos filamentosos?

A
  • Sabouraud dextrose agar
  • Mycosel
  • BHI com antibióticos

Fungos filamentosos (ex.: Aspergillus, Fusarium) se identificam pela morfologia de hifas e conídios em microscopia e cultivo.

17
Q

Descreva o fluxo após crescimento das colônias de aeróbios/anaeróbios/fungos no laboratório.

A

Identificação (testes fenotípicos, bioquímicos, MALDI-TOF).
Antibiograma ou antifungigrama, determinando suscetibilidade.
Em casos especiais, testes moleculares ou de tipagem.

18
Q

Quais microrganismos aparecem comumente como contaminantes ou flora normal em pele e mucosas?

A
  • Staphylococcus coagulase-negativo
  • Corynebacterium spp. (difteroides)
  • Propionibacterium/Cutibacterium acnes
  • Enterococos e bacilos Gram-negativos em algumas áreas abdominais/perineais
19
Q

Qual a significância de um resultado monomicrobiano em cultura de ferida profunda?

A

Geralmente indica um patógeno único e real causador da infecção, especialmente se clinicamente compatível (ex.: Staphylococcus aureus em abscesso).

20
Q

Em que circunstâncias espera-se isolamentos polimicrobianos (mais de um microrganismo)?

A

Em feridas traumáticas contaminadas, pé diabético, abscessos intra-abdominais ou perianais, onde há participação de flora mista (anaeróbios + aeróbios, enterobactérias, etc.).

21
Q

Por que, em geral, mais colônias (crescimento maior) sugerem maior relevância do patógeno?

A

Porque maior quantidade de bactérias isoladas indica carga infecciosa significativa, enquanto poucas colônias (especialmente de supostos contaminantes) podem representar contaminação ou colonização inócua.

22
Q

Quais fatores clínicos devem ser considerados ao interpretar o resultado de uma cultura de ferida ou abscesso?

A
  • Exame físico: intensidade da inflamação, secreção purulenta, necrose.
  • Sinais sistêmicos: febre, leucocitose, PCR elevada.
  • Exames de imagem: ultrassom, ressonância ou tomografia revelando extensão.
  • Resposta terapêutica: melhora com antimicrobiano direcionado ao isolado?
23
Q

Como diferenciar um achado irrelevante (ex.: contaminante) de um verdadeiro patógeno no contexto de feridas?

A

Verificar se corresponde a flora cutânea típica (estafilococos coagulase-negativo, difteroides).
Avaliar se está em concentração significativa ou crescendo de forma monomicrobiana.
Correlacionar com o quadro clínico: presença de pus, evolução inflamatória, falha terapêutica.

24
Q

Resuma três pilares do diagnóstico microbiológico em feridas, abscessos e materiais cirúrgicos.

A
  • Coleta adequada (preferir aspirado/biópsia para infecções profundas).
  • Processamento para aeróbios, anaeróbios e, se indicado, fungos.
  • Interpretação cuidadosa correlacionando achados laboratoriais e clínicos (imagem, evolução do paciente).
25
Como a comunicação entre laboratório e equipe clínica contribui para melhores resultados no tratamento de infecções em feridas e abscessos?
Permite que o laboratório compreenda o tipo de lesão, profundidade, uso prévio de antibióticos e suspeita clínica, direcionando a metodologia de cultura e auxiliando na interpretação do laudo (verdadeiro patógeno x contaminante).