Exames de Audição Flashcards

1
Q

Qual o objetivo da audiometria?

Qual a diferença da audiometria tonal e vocal?

É um teste objetivo ou subjetivo?

O que a audiometria avalia?

A

Detectar os limiares psicoacústicos mínimos da percepção sonora do indivíduo.

Utilizam tom puro e estímulo fala, respectivamente.

Subjetivo.

Perdas auditivas (condutivas, sensorioneurais, mistas), grau, configuração, unilateral ou bilateral, flutuante ou estável, progressiva ou súbita.

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2
Q

Quais os equipamentos necessários para realização da audiometria?

A

Audiômetro
Fones supra-aurais (via aérea)
Vibrador ósseo (via óssea)

Obs: alguns aparelhos utilizam fone de inserção ao invés dos fones supra-aurais.

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3
Q

Qual o nome do gráfico construido?

Quais são as frequências clássicas de análise?

A

Audiograma (mostra intensidade e frequência em Hertz).

American Speech-Hearing-Language Association (ASHA): 125, 250, 500, 1000, 2000, 4000, 8000 (e algumas intermediárias pontilhadas com eixo ligeiramente mais para direita).

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4
Q

Qual o limite em dB da audição normal?

Descreva a simbologia da audiometria.

A

25 dB

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5
Q

Como aparece na audiometria se houver audição normal, perda condutiva, neurossensorial e mista?

A

Conforme imagem abaixo.

Obs: para haver perda condutiva o GAP deve ser de no mínimo 15 dB.

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6
Q

Via óssea = 30 dB
Via aérea = 40 dB

Qual o tipo de perda?

A

Neurossensorial.

Para ser mista, precisaria ter também perda condutiva, e só podemos chamar de perda condutiva quando o GAP é de pelo menos 15 db. Um GAP menor é como se estivesse acoplado.

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7
Q

Quais os tipos de perda (A a D).

A

A= Normal
B = Condutiva (GAP ~ 30)
C = Mista (GAP ~ 30)
D = Neurossensorial

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8
Q

Qual via é utilizada para avaliar o grau da perda auditiva, aérea ou óssea?

Quais são os graus de perda, seus valores e como é calculada a média da perda auditiva por:

  • Davis e Silverman (1970)
  • Lloyd e Kaplan (1978)
  • OMS (2014)
A

A via utilizada é sempre a VIA AÉREA (VA) para calcular o grau.

Davis e Silverman (1970): é a mais conhecida e utilizada segundo o tratado. USAR ESSA NA PROVA, CASO NÃO ESPECIFIQUE. Média tritonal (500, 1000 e 2000) da VA.

  • Leve = 26 a 40
  • Moderada = 41 a 70
  • Severa = 71 a 90
  • Profunda = 91 ou mais.

Lloyd e Kaplan (1978): : é a mais utilizada na prática, no dia-a-dia. Média tritonal (500, 1000 e 2000) da VA.

  • Leve = 26 a 40
  • Moderada = 41 a 55
  • Moderadamente Severa = 56 a 70
  • Severa = 71 a 90
  • Profunda = 91 ou mais.

OMS (2014): proposta mais recente, menos utilizada. Média quadritonal (500, 1000, 2000, 4000) da VA.

  • Leve = 26 a 40
  • Moderada = 41 a 60
  • Severa = 61 a 80
  • Profunda = 81 ou mais.
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9
Q

Qual o tipo e o lado da perda desse paciente?

Qual seria o grau de perda do paciente abaixo segundo as classificações?

A

Perda mista à direita

Grau MODERADO (Davis e Silverman) ou MODERADAMENTE SEVERO (Lloyd) = 68dB
- Calculado pela média tritonal (soma 70+65+70 e divide por 3).

Grau SEVERO (OMS) = 70dB
-Calculado pela média quadritonal (soma 70+65+70+75 e divide por 4).

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10
Q

Para crianças com menos de 7 anos de idade, qual limiar devo considerar para perda auditiva ?

A

Davis e Silverman consideram “adultos audiológicos” a partir de 7 anos.

Idade inferior a essa consideramos a classificação de Northern & Downs (1984) que estabelece para crianças (<7 anos) limiar normal até 15dB (ao invés de 25dB).

Os limites e a classificação é diferente, mas não cai na prova de título.

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11
Q

Quais são as configurações das curvas audiométricas possíveis?

A

Horizontal
Ascendente
Descendente
Em U
Em U invertido
Entalhe
Irregular

Bilateral ou Unilateral

Simétrica (mesmos graus de perda) ou Assimétrica.

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12
Q

Qual paciente se encaixaria em cada audiometria abaixo?

  • Ménière (fase inicial)
  • Presbiacusia
  • PAIR
  • Labirintopatia metabólica.
A
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13
Q

Qual a indicação de mascaramento durante a realização da audiometria?

A

Grandes assimetrias. Nesses casos, posso colocar o som de um lado e ser percebido do outro (curva sombra). Possui portanto, duas indicações:

É indicada se diferença maior que 40dB em entre as VA das duas orelhas, ou entre VA e óssea de cada lado.

Via óssea sempre mascara (porque pela via óssea não existe atenuação do som pela orelha contralateral, fato que ocorre fisiologicamente na via aérea).

Obs: exceto se limiares de VO acoplados aos da VA (diferença pequena) ou se limiares da orelha não testada forem bem piorar que da orelha testada.

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14
Q

Quais sons o paciente terá dificuldade de escutar de acordo com cada grau de perda?

A

Leve = dificuldade de audição com voz suave, distante ou ambientes ruidosos.

Moderada = dificuldade com fala em nível de conversação, mesmo quando de perto.

Severa = escuta apenas voz ou barulhos muito altos. Conversas em intensidade habitual não são entendidas.

Profunda = apenas percebe sons muito altos ou vibrações (caminhão, motocicleta, serra elétrica).

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15
Q

O que é o audiograma de sons familiares?

Qual o sinônimo da audiometria vocal?

A
  • É a avaliação da perda segundo sons que o paciente está habituado. A área normal é a “banana da fala”, onde há maior intensidade dos fonemas.
  • Logoaudiometria
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16
Q

Também pode ser avaliada via óssea e aérea na audiometria vocal?

A

Sim. Equipamentos mais modernos pode avaliar o estímulo fala pela via óssea.

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17
Q

O que significa IPRF, SRT e SDT?

A

IPRF (Índice Percentual de Reconhecimento de Fala) = fala-se 25 monossílabos e cada um corresponde a 4% dos acertos, totalizando 100%. Depois classifica-se o grau do IPRF.

SRT (ou LRF, é o Limiar de Reconhecimento de Fala) = Busca o limiar mínimo que o paciente consegue perceber o estímulo fala. Deve bater com a média tritonal.

SFT (Limiar de Detecção de Fala): é o limiar que o paciente detecta (sem necessidade de reconhecer) a fala. Feito para pacientes com perda profunda em que não se faz IPRF ou SRT.

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18
Q

Qual a classificação de IPRF ?

A
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19
Q

Como eu espero o IPRF nos diferentes tipos de perda?

A

Na audição normal e na perda condutiva eu espero um IPRF NORMAL (porque a cóclea está boa, e mesmo na PAC o estímulo sonoro do teste tem intensidade alta, cerca de 30 a 40dB acima do SRT).

Mas na perda mista ou neurossensorial podemos variar o grau do IPRF.

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20
Q

Sobre a Audiometria de Alta Frequência, quando solicitada, acrescenta quais faixas?

Quais suas indicações?

A

Acrescenta as frequências de 9.000 a 20.000Hz.

Estudo do zumbido, diagnóstico precoce de labirintopatias, lesões da base da cóclea, processos degenerativos, doenças autoimunes, doenças genéticas.

Obs: apesar de marcado na imagem abaixo, não se faz via óssea em alta frequência, apenas VA.

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21
Q

Com qual idade pedimos audiometria comportamental, lúdica e tonal/vocal?

A

Comportamental = 6 meses a 2 anos

Lúdica = 2 a 4 anos

Tonal e Vocal = 4 anos adiante

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22
Q

O que é a Audiometria Comportamental?

A

É a avaliação da audição por meio da reação reflexa ao estímulo sonoro provocado por instrumentos ou fala.

Os mais utilizandos são os sons de ling

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23
Q

Cite 4 desvantagens da audiometria comportamental.

Quais tipos de respostas frente ao som podem ser detectadas?

Com qual intensidade sonora desencadeados o reflexo cócleo-palpebral?

A
  • Não determina perdas unilaterais, assimétrica, grau, tipo e configuração da perda.
  • Pode não pegar perdas leves e moderadas (confiabilidade da resposta é melhor em sons de forte intensidade).
  • A variabilidade da resposta depende da habituação da criança, dificultando pesquisa de limiares, que podem ter inclusive respostas diferentes aos estímulos.
  • É examinador-dependente (pode subestimar ou superestimar a resposta).

Pode ser avaliado reflexo cócleo-palpebral (o mais confiável no primeiro mês de vida) e reflexo de startle (estremecimento corpóreo com movimento de membros súbito ao som intenso), atenção ao som, procura da fonte sonora, localização lateral, de sons para baixo e para cima.

O reflexo cocleo-pálpebral é detectado com sons na intensidade 90dB e é a resposta mais confiavel no primeiro mes de vida.

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24
Q

O que é audiometria de reforço visual ?

A

É a avaliação da audição por meio da reação a estímulos sonoros (tons puros) em fones ou em campo livre e estímulos visuais (figuras e luzes) para condicionar a resposta do paciente.

Pode ser feita a partir de 12 meses, quando a criança apresenta controle cervical e do tronco. Se feita em campo livre não identifica perda unilateral e assimétrica. Quando se coloca o fone, é possível ver grau, tipo e configuração da perda.

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25
Q

O que é audiometria lúdica?

A

Estímulos sonoros (tons puros) por fones ou em campo livre e condicionamento operante (brinquedos, jogos e ações) para condicionar a resposta do paciente.

Assim como na de reforço visual, se feita em campo livre não identifica perda unilateral e assimétrica. Quando se coloca o fone, é possível ver grau, tipo e configuração da perda.

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26
Q

Qual o sinônimo de Impedanciometria?

Qual o objetivo desse exame?

Quais suas 2 etapas?

A

Imitânciometria

Avaliar orelha média e preservação das estruturas timpano-ossiculares.

  • Timpanometria (complacência)
  • Pesquisa dos reflexos do músculo estapédio (avalia região de tronco baixo, ipsilaterais e contralaterais, recrutamento de Metz e patologias do nervo facial).
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27
Q

O paciente abaixo está recebendo uma estmiulação do fone do lado direito. Qual reflexo do estapedio está sendo captado nessa paciente (reflexo ipsilateral ou contralateral de qual lado) ?

A

No paciente em questão, a estimulação está sendo feita a direita (fone) e reflexo captado a esquerda (sonda), ou seja, está sendo testado o reflexo contralateral do lado direito.

No entanto a sonda tem três componentes (bomba pressórica de ar, alto falante e microfone para captar resposta), podendo ser feito também o reflexo ipsilateral.

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28
Q

O que é complacência timpano-ossicular ?

Qual o nome do gráfico criado ?

A

É o avanço do sistema e recuo do mesmo (em mL, volume) quando se faz pressão positiva (em mmH20 ou daPa: decapascal) e negativa dentro do CAE.

Os valores são dados por um gráfico (timpanograma). Geralmente se coloca + 200 de pressão e depois - 200, devendo voltar ao estado de repouso (ponto 0 ou pico de complacência).

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29
Q

O que é uma curva do tipo A e quais suas principais causas?

A

Complacência normal.

Pode ser fisiológico (normalidade), ou aparecer em perdas neurossensoriais.

Observação: eventualmente pode ser um achado em otoesclerose (ás vezes a fixação do estribo não causa rigidez porque a elasticidade da membrana compensa).

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30
Q

O que é uma curva do tipo Ar (ou As) e quais suas principais causas?

A

Quando temos o pico abaixo de 0,2 mL. Significa uma complacência reduzida e rigidez do sistema timpano-ossicular.

Relacionada a PAC ou perda mista.

Pode ser visto no espessamento de MT, timpanoesclerose ou otoesclerose.

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31
Q

O que é uma curva do tipo Ad e quais suas principais causas?

A

Quando temos o pico muito elevado muito elevado (literatura cita acima de 1,3 ou 2,5 mL, dependendo da referência). Significa excesso de mobilidade do sistema timpanossicular.

Relacionada a PAC ou perda mista.

Pode ser viso na desarticulação de cadeia ossicular ou nos casos de MT hipervolumétrica (membranas muito finas com elasticidade muito grande).

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32
Q

O que é uma curva do tipo B e quais suas principais causas?

A

Diferentemente das curvas A, Ar e Ad (que avaliam complacência), as curvas do tipo B e C indicam alteração de pressão da orelha média.

Na curva B não visualizamos pico de complacência, devido pressão anormal.

Relacionada a PAC ou perda mista.

Achado em Otites Médias, Malformações ou Obstruções do CAE.

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33
Q

O que é uma curva do tipo C e quais suas principais causas?

A

A curva tipo C significa deslocamento do pico de complacência para esquerda (abaixo de -150 daPA).

Indica principalmente Disfunção Tubária (e otites iniciais ou de grau leve).

Observação: a curva tipo C geralmente precede a curva B, e à medida que a pressão negativa (ou líquido) vai aumentando na orelha média, o pico vai se deslocando cada vez mais para esquerda até sumir e virar curva B.

34
Q

O que é uma curva do tipo D e quais suas principais causas?

A

É uma curva mais rara, em que temos “D”uplo pico da complacência, podendo ter ou não pressão alterada.

Presente em Neonatos, Neotímpanos e nas Malformações de MT.

35
Q

Sobre a Pesquisa do Reflexo do Estapédio (Acústico), responda:

  • Qual seu objetivo?
  • É sempre associado à timpanometria?
A

Avaliar o reflexo desse músculo e de algumas estruturas do tronco encefálico baixo (altura da ponte).

É sempre associado porque algumas curvas da Impedanciometria são associadas a reflexos presentes e outras a reflexos negativos.

36
Q

No esquema abaixo, qual lado estou avaliando a timpanometria, e quais reflexos estou pesquisando (ipsi e contra de quais lados?)

F= Fone
S= Sonda

A

Timpanometria da esquerda
Reflexo ipsilateral da esquerda
Reflexo contralateral da direita

37
Q

E nesse exemplo?

A

Timpanometria da direita
Reflexo ipsilateral da direita
Reflexo contralateral da direita

38
Q

A ausência de reflexo do estapédio é sempre indicativo de PAC?

A

Não. Ausência de reflexo costuma indicar PAC. Mas pode costuma estar ausente também nas perdas neurossensoriais com limiares elevados (severas ou profundas) e alterações do processamento auditivo central.

39
Q

O que é o fenômeno de Recrutamento (Metz) e como ele é visto nos exames?

A

Nas perdas neurossensoriais leves e moderadas pode ainda haver reflexo presente devido a uma sincronia neuronal, chamada de Recrutamento de Metz.

É visto comparando a diferença entre limiar audiométrico (tonal) e o limiar do reflexo acústico CONTRALATERAL. Se for igual ou menor que 65dB temos o recrutamento.

Observação: fazemos a comparação utilizando o reflexo contralateral porque a audiometria é feita com o fone, e o fone dá o reflexo contralateral (a sonda é que informa o reflexo ipsilateral).

40
Q

Quais as vias do reflexo do estapedio ipsilateral e contralateral?

A

Reflexo ipsilateral = a fonte emite o som e o estímulo sobe pelo nervo vestibulococlear, passa pelo núcleo coclear e chega ao complexo olivar superior, para depois ir aos núcleos motores do nervo facial (via aferente). Depois o estímulo segue via nervo facial do mesmo lado (via eferente) para contrair o estapédio.

Reflexo contralateral = o estímulo segue o mesmo trajeto até chegar no complexo olivar superior ipsilateral. Nessa região, parte do estímulo vai para o corpo trapezóide e depois complexo olivar superior contralateral, seguindo para nucleo motor facial (via aferente), nervo facial (via eferente) e estapédios contralaterais.

41
Q

Cite como eu esperaria o reflexo do estapédio nos casos abaixo:

1- Otite média serosa com PAC leve a direita.

2- Paralisia facial periférica à direita e audiometria normal.

3- Perda condutiva (ou neurossensorial) bilateral de grau severo a profundo.

4- Perda neurossensorial unilateral à direita, profunda e não recrutante.

5- Audiometria normal mas TC com uma massa no centro do tronco encefálico baixo.

A

1- Ausência de reflexo ipsilateral do lado direito e contralateral do lado esquerdo

(obs: se a perda for moderada, severa ou profunda, o reflexo reflexo contralateral do lado direito pode vir ausente também devido alteração dos sinais introduzidos no exame).

2- Ausência de reflexo ipsilateral a direita e contralateral à esquerda.

(obs: a ausência de reflexo em uma paralisia facial periférica com audiometria normal indica lesão desse nervo próximo à emergência do músculo estapédio, sem relação com etiologia ou prognóstico).

3- Ausência de todos os reflexos.

4- Ausência do reflexo ipsi e contralateral somente à direita.

5- Ausência dos reflexos contralaterais somente, com presença dos reflexos ipsilaterais (o arco reflexo terá dificuldade de cruzar, mas funcionará normalmente isilateral ao lado testado, seja direita ou esquerda).

42
Q

Qual a finalidade do Teste de Função Tubária?

Existe diferença no teste com o tímpano íntegro e perfurado?

A

Avaliar permeabilidade da tuba auditivas nas suspeitas de Disfunção Tubária, em que temos o pico na impedanciometria deslocado para esquerda (negativo).

Com timpano íntegro, realiza-se timpanometria associada a manobra de Valsalva (para pressão ficar positiva e o pico deslocado para direita). Depois pede-se para fazer várias deglutições. Se ao repetir não reduzir a pressão, indica bloqueio da tuba.

Se o timpano estiver perfurado ou com tubo de ventilação, teríamos dificuldade de vedação ao colocar a sonda (o ar vaza pela perfuração e pela tuba). Então colocamos uma pressão positiva e pedimos o paciente para deglutir. Se não houver redução da pressão, indica bloqueio da tuba.

43
Q

O que é Impedanciometria de Altas Frequências?

A

Também chamda de Impedanciometria de Banda Larga.

O aparelho de impedanciometria convencional utiliza pressão mas também lança um som, em tom puro (226 Hz). Em neonatos o sistema timpanossicular é controlado principalmente por MASSA, enquanto o de adultos por RIGIDEZ. O uso de sons mais agudos podem facilitar o diagnóstico nessa idade. Nesse outro modelo, ele lança vários tons (226Hz, 600Hz, 800Hz, 1000Hz, etc) de avaliação.

É uma tecnologia mais recente, e pode ser um complemento às Emissões Otoacústicas e BERA na triagem neonatal, especialmente no diagnóstico diferencial de alterações neurossensoriais ou problemas de MT, cadeia ossicular e orelha média.

44
Q

Qual célula tem importância na produção das Emissões Otoacústicas?

Qual a melhor intensidade para estimular esses tipos de células?

O que é “Eco Coclear”?

A

Células Ciliadas Externas.

Essas células possuem corpo cilíndrico, com núcleo mais voltado para base, e no seu esqueleto tendo filamentos de actina e miosina, com propriedades musculares, podendo contrair rapidamente ou lentamente. As contrações rápidas aumentam ao receber ESTÍMULO ENTRE 40 E 50dB (acima e abaixo disso, contrai mais lentamente), sendo essa a faixa de estímulo MAIS EFETIVA de contração dessas células (logo, é a faixa usada para as EOA).

Quando a CCE é estimulada, ela gera varios subprodutos: energia elétrica (vista na eletrococleografia e BERA por meio do microfonismo coclear), energia térmica, e também mecânico (ruído, chamado de eco coclear, que faz o caminho inverso ao estímulo, de volta para orelha média e sendo captado pela sonda, sem precisar de eletrodos).

Obs: essas células também fazem parte do sistema eferente Olivo-Coclear Medial (SEOCM) relacionado ao processamento auditivo central.

45
Q

A sonda utilizada para EOA é igual da impedanciometria?

A

Não. A sonda é posicionada com oliva no CAE também, porém diferente da impedanciometria (no caso das EOA tem só 2, estimulador e captador, não tem pressão).

É altamente sensivel a variações da orelha média (se possível, associar impedanciometria previamente).

46
Q

Quais os 2 tipos de EOA que existem?

A

Espontâneas (identifica o eco coclear por algum barulho natural, do ambiente, do batimento cardíaco, respiração, etc. São inviáveis na prática pelo tempo e além disso apenas 50% dos pacientes normais vão apresentar as EOA espontâneas)

Evocadas (provocadas por estímulos, sendo mais utilizadas na prática, presente em 98% dos pacientes normais. Somente 2% dos pacientes serão normais e terão EOA estarão ausentes). Essas podem ser classificadas em:
- Transientes (EOAT)
- Por Produto de Distorção (EOAPD)

Obs: existe a EOA por supressão (é uma EOAT em que temos redução na amplitude dos picos por introdução de um ruído contralateral no exame, simultaneamente ao estímulo da EOA. Essa supressão é ocasionada pela ativação do Sistema Eferente Olivococlear Medial. Serve portanto para avaliar integridade do SEOCM (se não suprimir indica alteração de processamento auditivo central).

47
Q

Qual o estímulo da EOA evocada transiente?

Resposta estará ausente a partir de qual limiar?

A

Estimulo leve, “click”, de banda larga,, com intensidade de estimulo entre 45-55dB e avaliada as frequências de 1 a 4 kHz (a depender do equipamento). A resposta é rápida (3-15ms de latência).

DESAPARECE SE LIMIAR AUDITIVO > 20-25dB

48
Q

O paciente pode ter EOA presente em pacientes com alteração de limiar auditivo?

A

Sim. Por exemplo, na NEUROPATIA AUDITIVA, as EOA vão ser ser NORMAIS mas BERA ALTERADO.

As vezes a criança fez as EOA e vieram normais, mas ao examinar, não tem reflexo cócleo-palpebral sendo bom indicativo.

49
Q

Qual tipo de EOA é representada no gráfico abaixo?

Qual relação sinal / ruído devo considerar as emissões presentes nesse exame?

O que significa reprodutibilidade?

A

Nesse gráfico, temos duas cores: azul (sinal) e verde (ruído de fundo) e não é em frequência específica, mas avalia no geral entre 1-5 kHz, sendo uma EOA transitente (EOAT).

Em neonatos, relação sinal/ruído > 5dB em 1 kHz e > 7dB nas demais frequências, variando na criança, e depois no adulto para 3dB e 5dB.

A reprodutibilidade diz respeito a qual porcentagem dos estímulos retornou como Eco coclear (geralmente 70% em neonatos e 50% no adulto).

50
Q

Qual a definição de EOA por Produtos de Distorção?

Qual deve ser a relação sinal / ruído para ser considerado presente?

A

É a energia mecânica medida no CAE que se origina na cóclea pela interação NÃO LINEAR (não aritmética, mas sim de forma geométrica) de tons puros aplicados simultaneamente. Utiliza uma fórmula com esses estímulos.

No gráfico da esquerda (imagem abaixo), ele utiliza duas frequências separadas e assim como nas EOAT o sinal (roxo) deve ser sempre maior que o ruído de fundo (verde).

Ao observar o gráfico da direita, ele apresenta relação sinal/ruído de 7.4 (as EOAPD estarão presentes se houver relação sinal/ruído maior que 6 dB).

51
Q

Cite as principais aplicações clínicas das emissões otoacústicas.

A

TANU (principal, visto nos próximos flashcards. As mais utilizadas são as EOAT, pelos limiares menores).

Outras:

PAIR
Ototoxicidade
Doenças vestibulares

52
Q

Como as EOA ajudam no PAIR?

A

Relação sinal / ruído diminui nas frequências específicas (geralmente 4kHz). Observar nas imagens abaixo a alteração presente tanto na EOAT e EOAPD.

53
Q

Como as EOA ajudam na ototoxicidade?

A

Observar na imagem abaixo os sinais fracos e relação S/R ruins.

54
Q

Como as EOA ajudam nas vestibulopatias?

A

Perceber os graves piores que agudos (principalmente em Meniere inicial) e os gráficos em U invertidos (vestibulopatias metabólicas).

É como se fosse um audiograma específico da cóclea.

55
Q

Paciente apresentando EOAT sem resposta e EOAPD presente, qual a estimativa de grau de perda auditiva?

Se ambos vierem negativos, qual seria a estimativa?

A

Sim, EOAT estão presentes até 20-25 dB e EOPD estão presentes em até 45-55 dB. Logo se houver negatividade na primeira c om positividade na segunda temos perdas leves a moderadas.

Se ambos negativos, indica perda severa ou profunda.

obs: lembrar que as EOA NÃO servem para quantificar a perda (dá apenas estimativa).

56
Q

Quais os 3 tipos de estímulos sonoros mais comuns (e as frequências estimuladas por eles) ?

A

Clique (2-4 kHz)

Chirp (2-4 kHz + delay para fazer a membrana basilar levantar como um todo, ou seja, despolariza em banda. Isso aumenta a amplitude do sinal, facilitando a avaliação da onda V e reduzindo a taxa de estimulações necessárias, e o tempo de exame)

Tone Burst (frequencia específica pré-determinada, que despolariza apenas aquele local especificado).

57
Q

Quais os 3 tipos de latência observados pelos potenciais auditivos? Cite exemplos clínicos.

A

Quanto mais longa a latência, mais proximal (central) nas vias auditivas.

  • < 10ms (curta ): entre cóclea/VIII e tronco.
    (ECOGh e BERA)
  • 10-80ms (média ): entre tronco e córtex
    (Na, Pa, Pb, Pc)
  • > 80ms (longa ): córtex cerebral.
    (P300, N1, N2).
58
Q

Como é realizada a Eletrococleografia?

Qual estímulo é utilizado?

Qual sua finalidade?

A

Antigamente a ECOGh era realizada com a agulha encostada na janela oval. Hoje em dia se utiliza um eletrodo na membrana timpânica mas é importante ter cuidado com descamação da pele, cerume e outros fatores que podem atrapalhar. O eletrodo ativo conectado na entrada positiva do pré-amplificador fica no promontório, membrana timpânica ou conduto auditivo dependendo do eletrodo. O eletrodo referência conectado na entrada negativa do pré-amplificador fica no lóbulo ou mastoide da orelha ipsi ou contralateral, e o eletrodo terra conectado na entrada terra na mastoide contralateral ao eletrodo referência.

Geralmente se faz o CLIQUE (80dB ou mais de intisidade), mas pode ser necessário obter respostas mais especificas em relação a frequência, podendo ser associado o TONE BURST de curta duração (o tone burst pode aumentar a sensibilidade ao exame em crianças e no diagnóstico de Mèniére também).

Tem como finalidade registrar eventos elétricos da CÓCLEA E SINAPSE COM NERVO AUDITIVO (não estuda o labirinto, sendo errado solicitar para essa finalidade). Ele NÃO DETECTA LIMIAR AUDITIVO.

59
Q

Quais os três potenciais observados na ECOGh e a origem deles?

Quais representam potenciais pré sinápticos (intracelulares) e a sinapse propriamente dita do nervo coclear?

Quais não sofrem fadiga e adaptação com aumento da intensidade ou taxa de estímulos?

A

Os potenciais observados e suas origens são:

  • Microfonismo Coclear (MC): CCE
  • Potencial de Somação (SP): CCI
  • Potencial de Ação (AP): sinapse do nervo coclear.

MC e SP são pré-sinápticos (intracelulares) e não sofrem com fagida e adaptação.

O AP é a sinapse propriamente dita e sofre mudança tanto de latência quanto de amplitude com com a alteração da intensidade ou taxa de apresentação dos estímulos.

60
Q

Microfonismo coclear é a mesma coisa que EOA, visto que são ambos originados das células ciliadas externas?

Porque não costumamos vê-lo no traçado habitual da eletrococleografia?

A

O microfonismo coclear não é a mesma coisa que emissões otoacústicas (as emissões são potenciais não elétricos, mas micromecânicos, apesar de ter também relação com as células ciliadas externas). O microfonismo praticamente não tem latência, ocorrendo no exato instante que o som chega à cóclea.

O microfonismo coclear (MC) não costuma aparecer classicamente na linha de eletrococleografia (porque é um potencial de corrente alternada, ou seja, feita sob estimulo alternado, positivo e negativo, com rarefação e condensação, e essas linhas se anulam). Mas é possível pelo software separar e ver as duas ondas (imagem abaixo).

61
Q

Qual a importância desse exame na avaliação da hidropsia endolinfática?

Ele consegue confirmar o diagnóstico dessa condição?

Como diferenciar hidropsia de cocleopatia na ECOGh?

A

O potencial de somação (SP) é importante para fazer a aferição da pressão e averiguar indiretamente hidropsia endolinfática. Como a CCI está na membrana basilar é possível averiguar isso (se encher de endolinfa e murchar toda hora, a membrana basilar fica mais maleável, e quando houver maior estímulo, há aumento de amplitude de SP. Se houver aumento da relação SP/AP (> 30%) às custas de AUMENTO DE SP, indica indiretamente hidropsia endolinfática.

Não confirma, apenas aponta indiretamente para a condição (que pode ser uma cocleopatia também). Além disso, ECOGh normal não afasta hidropsia.

Se tivermos um AP reduzido, temos sinal importante de COCLEOPATIA (isso gera uma relação SP/AP aumentada, porém nesses casos às custas de redução do AP). Portanto cuidado para considerar aumento dessa relação como Ménière, pois pode ser cocleopatia também. Devo observar se é às custas de SP ou AP.

62
Q

Comente o achado.

A

Presença de relação PS/PA dentro do padrão de normalidade no lado direito mas acima do normal do lado esquerdo, podendo sugerir doença de Ménière à esquerda (avaliar se é às custas de aumento de SP).

63
Q

Como é esperado a ECOGh na neuropatia auditiva?

Como encontraria EOA e BERA?

A

Na neuropatia auditiva temos função de células CCE preservada (com comprometimento das CCI) encontrando uma divergência nos exames.

Teremos:

  • ECOGh com MC presente, PS presente e PA variável (PA/PS costuma ser menor que 1, podendo ter ausência de PA se for pré-sináptica, ou com presença de PA se for pós-sináptica).
  • EOA presente e BERA ausente.
64
Q

Sobre o BERA:

  • Qual seu sinônimo?

-O que o exame avalia e quando é indicado?

  • Como é a frequência e intensidade de estímulo?
A

Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE).

Avalia a despolarização progressiva da porção distal do nervo coclear até o tronco encefálico e distúrbios nessa via (com possibilidade de topografar). Também avaliar limiar auditivo e pode ser utilizado na triagem auditiva.

  • Pode ser feito CLIQUE ou TONE BURST, com intensidade de 80dBs ou mais.
65
Q

Cite o nome das vias auditivas e a onda correspondente no BERA (I - VII).

A
  • Nervo auditivo distal e proximal (I e II)
  • Núcleo coclear (III)
  • Complexo olivar superior (IV)
  • Leminisco lateral (V)
  • Colículo inferior (VI)
  • Corpo geniculado medial (VII)

Dica para decorar as ondas: ECOLIM (imagem).

66
Q

Qual a finalidade do BERA topodiagnóstico?

A

Topodiagnóstico = estímulo em CLIQUE (2-4 kHz), serve para conferir a INTEGRIDADE DAS VIAS por meio da avaliação do padrão das ondas.

67
Q

Qual a finalidade do BERA limiar e qual a onda considerada limiar dependente?

A

O BERA Limiar, chamado de BERA frequência específica, é feita com TONE BURST. É bom exame para avaliar neonato surdo com triagem ruim no protocolo da TANU ou em simuladores (porque independe da contribuição do paciente). É preciso fazer o estímulo em cada frequência e intensidade específica até sumir o estimulo (a ONDA V é a mais fiel e persistente, sendo considerada a ONDA LIMIAR DEPENDENTE ou seja, vou reduzindo a intensidade até ela sumir). Á medida que reduzo a intensidade, as ondas reduzem de amplitude e aumenta de latência (por isso não serve para topodiagnóstico. Existe um a tabela com idade do paciente e latência da onda V que é normal para cada intensidade. Ver um exemplo de BERA limiar na imagem abaixo.

Obs: reparar que a onda V tem uma deflexão negativa ao final e isso é uma dica para vê-la em baixas intensidades de estimulo (deflexão negativa se chama Snow Negative 10 – SN10).

68
Q

Quais as ondas mais importantes no BERA?

Qual a mais constante e fácil de identificar?

Quais as ondas que interagem com grande variedade de padrões, formando um complexo?

A

As ondas I, III, V são as mais proeminentes e, por essa razão, são as ondas consideradas na análise do traçado.

A onda V é a mais constante e a mais fácil de identificar, sendo limiar dependente.

As ondas IV e V interagem em uma grande variedade de padrões, denominando-se complexo IV e V.

69
Q

Quais parâmetros devem ser avaliados na análise de um BERA?

Qual a definição de latência absoluta e latência interpico?

A

Os parâmetros que devem ser considerados na análise do traçado são:

  • Presença das ondas I, III e V.
  • Replicabilidade da latência de cada componente.
  • Latência absoluta de ondas I, III e V.
  • Latência interpicos I-V; I-III e III-V.
  • Amplitude da onda V em relação a amplitude da onda I.
  • Diferença interaural da latência interpico I-V ou da latência da onda V

Latência absoluta: é o intervalo de tempo decorrido entre o início do estímulo e a resposta da onda.

  • A onda I situa-se normalmente entre 1,4 e 1,8 ms.
  • A onda III próximo a 3,7 ms.
  • A onda V próximo a 6 ms.

Latência interpico: é o intervalo de tempo decorrido entre duas ondas.

  • Latência interpico I – III: representa a atividade entre o nervo auditivo e o tronco encefálico baixo.
  • Latência interpico III – V: reflete a atividade do tronco encefálico alto.
  • Latência interpico I – V: é a mais importante, por representar toda a atividade, desde o nervo auditivo até núcleos e tratos do tronco encefálico. Situa-se próximo a 4ms. É importante a comparação da latência interpico I – V entre as duas orelhas, sendo que a diferença entre elas não deve exceder a 0,3 ms em indivíduos normais. Quando não há a onda I, a diferença interaural deve ser calculada entre as latências absolutas das ondas V, não ultrapassando 0,3ms nos indivíduos normais.
70
Q

Cite quais seriam os achados em uma perda de origem: condutiva, coclear e retrococlear.

A

Condutiva:

  • Aumento da latência absoluta de todas as ondas.
  • Limiar eletrofisiológico moderadamente elevado.
  • Latência interpico I-V normal.

Coclear:

  • Latências absolutas de ondas I, III e V normais
  • Latência interpicos normais.
  • Limiar eletrofisiológico elevado, apresentando boa concordância com o limiar psicoacústico em altas freqüências.

Retrococlear:

  • Latência interpico I-V aumentada: se de forma uniforme (I –III e III-V prolongadas): indicam comprometimento difuso das vias auditivas no tronco encefálico; Se aumentada a custa de I-III: comprometimento de tronco encefálico baixo; Se aumentada a custa de III-V: comprometimento de tronco encefálico alto.
  • Presença somente de onda I, com ausência de ondas III e V.
  • Ausência de todas as ondas com limiar psicoacústico melhor que 60dBNA nas freqüências entre 2 e 4Khz
  • Falta de reprodutibilidade (ondas com latência e morfologias instáveis).
  • Diferença interaural da latência interpico I - V, ou da latência absoluta da onda V, maior que 0,3ms.
  • Amplitude da onda V menor que a onda I.
  • Mudança morfológica e ausência do potencial com a inversão de polaridade.
71
Q

Comente os achados do BERA abaixo e o que pode representar (avaliar os valores com as referências ao lado).

A

Atraso global na latência das ondas com intervalos interpicos preservados.

Sugere perda condutiva (cerume, otite média, otoesclerose, etc). Não posso confirmar porque não fiz evocação por via óssea (que pode ser feito quando solicitado).

72
Q

Comente o achado do BERA abaixo e o que sugere.

A

Ausências de resposta na orelha direita (vermelho).

Qualquer doença que não deixe acontecer despolarização do nervo (cóclea não funcionante, anacusia neurossensorial, neurinoma do acústico).

Perdas auditivas profundas em agudos também (o BERA clique é evocado em agudos).

73
Q

Comente o que pode significar o achado do BERA abaixo (orelha esquerda representada em azul normal, e orelha direita de vermelho, completamente desorganizado).

A

É uma dessincronia de respostas na orelha direita. Pode indicar fadiga com o aumento da taxa de estímulo ou doenças neurodegenerativas do tronco encefálico ou doenças neurológicas (como esclerose múltipla, por exemplo).

74
Q

O que é Resposta Auditiva de Estado Estável e ele pode ser obtido por meio de quais outros exames?

Quais suas vantagens e desvantagens em relação ao BERA?

Quais suas indicações?

A

A resposta auditiva de estado estável (RAEE) pode ser feita via BERA ou via eletroencefalografia (EEG) para aquisição de limiares auditivos por verificação de estímulos centrais.

Vantagens = é feito um cálculo com base em um software que testa as intensidades e verifica as ondas de forma contínua, sendo mais rápido que o BERA limiar convencional, permitindo avaliar as duas orelhas simultaneamente e avaliar frequências mais graves (500 a 4kHz) e também avaliar perdas de grau profundo (acima de 100 dBNA) sendo automático (elimina necessidade de avaliação subjetiva).

Desvantagem = NÃO faz topodiagnóstico!

Enquanto o BERA é limitado para avaliar frequências mais graves (com clique se estimula 2 a 4 kHz) e perdas acima de 90 dBNA a RAEE é útil para esses casos. Ótimo exame para avaliar reserva coclear em um neonato por exemplo com BERA ruim na triagem neonatal e depois indicar implante.

Observar na imagem: aquele com potencial que ele replica e acha que tem chance de 95% de ser presente ele marca como “passa no teste”, de verde, se tiver dúvida amarelo e aqueles que reprova de vermelho. No final, monta um audiograma com o que passou que pode ser conferido depois.

75
Q

Qual o sinônimo de Potencial Evocado Auditivo Cognitivo e como esse exame é realizado?

Qual a origem desse potencial e como ele pode ser estimulado?

A ausência de resposta nesse xame indica qual comprometimento?

Qual sua indicação?

A

É o P300, que verifica estímulos centrais cognitivos em resposta ao som (PRECISA DA INTERAÇÃO DO PACIENTE). O paciente vai respondendo sempre que o examina utilizar um estimulo sonoro diferente e é feito uma comparação da latência do estimulo sonoro sistema nervoso central e resposta do paciente, então é bom para COGNIÇÃO E ATENÇÃO.

A origem do P300 é complexa e ainda mal entendida (córtex auditivo, centroparietal, frontal, hipocampo). A estimulação é feita com tone bursts de 50ms de duração de duas frequencias diferentes, incluindo tone burst raros (sons diferentes) sendo 20% deles, para o paciente identificar.

A ausência de repostas é considerada indicativo de distúrbio de processamento auditivo central se o individuo informar corretamente o numero de estímulos raros deflagrados e mesmo assim a resposta estiver ausente (avaliada pela latência do P300).

Especialmente útil para crianças com déficit de aprendizado, sem doença psiconeurológica evidente, idosos demenciais, em terapia cognitiva, entre outros casos. Obs: ele NÃO DETECTA LIMIAR AUDUTIVO.

76
Q

Sobre o exame Processamento Auditivo Central:

  • O que é um Transtorno do PAC e quando deve ser suspeitado?
  • Quais doenças podem alterar o PAC?
A

O processamento auditivo central é a maneira como os sons são captados pelos ouvidos e transmitidos até o cérebro, onde serão interpretados. Se por algum motivo houver uma falha nesse sistema, o som pode chegar atrasado ou nem chegar. Quando isso ocorre estamos diante do transtorno do processamento auditivo central, que é uma dificuldade para processar a informação sonora. Crianças que apresentam queixas para entender a professora, para ler e escrever, de se socializar com os coleguinhas, compreender piadas e ironias ou até mesmo de desenvolver a fala, podem apresentar algum transtorno de PAC. Geralmente, esses indivíduos apresentam dificuldades com conversas longas, em organizar um discurso e em se expressar em ambientes ruidosos. É bem indicado para criaças com esses achados, especialmente se histórico de otites de repetição, problemas neurológicos, privações sensoriais, meningite, problemas de desorganização do sistema fonológico, alterações da voz, ritmo de fala ou de leitura e escrita, necessidade de diagnóstico diferencial com TDAH ou deficiência mental leve. O TPAC não é causado por alterações de linguagem ou alterações cognitivas, sendo inclusive necessário usar testes com menor recrutamento cognitivo linguístico.

77
Q

Quais considerações devo fazer (faixa etária, limiares auditivos, fala e outros fatores) para solicitar o exame?

A

O diagnóstico de Transtorno de Processamento Auditivo Central só pode ser fornecido aos sete anos de idade, mas a avaliação do processamento auditivo central pode ser realizada antes, a partir dos 4 anos de idade. Crianças que apresentam resultados alterados abaixo dessa faixa etária (7 anos) recebem o diagnóstico de atraso do desenvolvimento das habilidades auditivas centrais.

Antes da avaliação do processamento auditivo central é indispensável a realização da audiometria e da imitanciometria, pois o fonoaudiólogo precisa ter conhecimento das condições da audição periférica, ou seja, se há ou não uma perda auditiva, líquido no ouvido e outros problemas. O ideal é que estes exames sejam recentes, para um melhor aproveitamento e um diagnóstico efetivo.

Os sintomas do Transtorno do Processamento Auditivo Central podem ser confundido com outras alterações, cabendo uma avaliação para o diagnóstico diferencial. Inclusive, algumas crianças com Transtorno de Espectro Autista (TEA) podem apresentar problemas relacionados ao PAC e estar medicadas durante o exame.

Abaixo, algumas considerações durante a solicitação do exame.

78
Q

Qual o nome dos três questionários validados para avaliação de PAC no Brasil?

A

Q-Fisher

SAB (Scale of Auditory Behaviors)

CHAPPS (Childrens Auditory Processing Performance Scale)

79
Q

Os testes para PAC variam conforme a faixa etária?

A

Sim (ver tabela).

80
Q

Cite o nome de 4 categorias de testes para PAC utilizados no Brasil.

A

Obs: é indicado fazer sempre 1 de cada categoria (apesar de geralmente ser feito mais, conforme tabela do FC anterior).