Ototoxicidade e Otoproteção Flashcards

1
Q

Qual o conceito de ototoxicidade?

A

Perda da função auditiva e/ou vestibular por lesões celulares às estruturas da orelha interna, por substâncias químicas (medicamentos ou produtos industrializados). Vai depender da composição química, tempo de uso, dose, via de admnistração e predisposição genética.

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2
Q

Qual o tipo de achado clínico que temos que ter para considerar ototoxicidade?

A
  • PANS > 25dB em mais de 1 frequência (principalmente agudas), associado ou não a sintomas vestibulares.

Em crianças, qualquer alteração auditiva em mais de uma frequência já serve de alarma (até 7 anos o limite normal é 15dB. Se evoluiu para de 10 para 20dB por exemplo, já suspeitar).

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3
Q

Cite fatores que contribuem para agravamento do quadro.

A
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4
Q

Sobre os Aminoglicosídeos (considerado vestibulo e cocleotóxicos):

  • Qual deles é vestibulotóxico?
  • Qual deles é cocleotóxico?
  • Qual tem ação dupla (vestibulo e cocleotóxico)?
A
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5
Q

A gentamicina é descrita como vestibulotóxica. Porém pode se tornar cocleotóxica se o paciente tiver uma mutação genética. Qual seria ela?

A

Mutação mitocondrial A1555G (lembrar da aula de surdez hereditária).

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6
Q

Qual a fisiopatologia da toxicidade dos aminoglicosídeos?

A
  • Entram na orelha intterna e aumentam a concentração na perilinfa e endolinfa (permanecendo até 6 meses). Formam RADICAIS LIVRES e promovem APOPTOSE celular (gentamicina por si só é um quelante de ferro, formando complexos produtores de radicais livres com maior intensidade, lesando DNA mitocondrial, celular, proteínas e ácidos nucleicos, carboidratos e lipidios de membrana, neurotransmissores, etc).
  • Na cóclea, afetam inicialmente as CCE (parte basal e depois apical) e posteriormente CCI e gânglio espiral.
  • No vestibulo, afetam células ciliadas tipo 1 (utrículo e sáculo) primeiro, e posteriormente células ciliadas tipo 2 (crista ampolar).
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7
Q
  • Qual o quadro clínico da ototoxicidade por aminoglicosídeo?
  • Sintomas tem início após quanto tempo?
  • Tem relação com dose e pico sérico?
A
  • Hipoacusia, zumbido, plenitude auricular (cocleotoxicidade) e/ou vertigem, sintomas neurovegetativos, oscilopsia, ataxia, desequilibrio, dificuldade de andar no escuro (vestibulotoxicidade).
  • Início em DIAS a SEMANAS.
  • SEM relação com dose, pico sérico e outras toxicidades (doses baixas já podem causar).
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8
Q

Quais os exames mais indicados para diagnóstico de ototoxicidade por aminoglicosídeo e qual o prazo para serem feitos?

A

Audiometria convencional ou de alta frequência, EOA por produtos de distorção (detecção mais precoce) e exame vestibular. Devem ser feitos até 6 meses após suspensão da medicação.

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9
Q

Os exames devem ser realizados com que frequência para monitorizar os aminoglicosídeos?

A
  • Durante o uso: no início do tratamento e 2x/semana.
  • Após témino: 1x/mês por no mínimo 7 mese.
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10
Q

Sobre a Cisplatina:

  • Qual seu uso clínico?
  • É vestibulotóxica ou cocleotóxica?
  • Qual sua fisiopatologia auditiva?
  • Qual o quadro clínico esperado?
  • Como diagnosticar?
A
  • Tumores sólidos em crianças e adultos.
  • Cocleotóxica.
  • Produz radicais livres e perda da defesa antioxidante (depleção de glutationa). Reduz gene Bcl2 (controle de apoptose celular). Tem como célula alvo as CCE, causando aumento de influxo de cálvbio intracelular e attivação da NOX-3 (radicais superóxidos). Fibroblastos do ligamento espiral com aumento de potássio intracelular e apoptose. Na cóclea, afeta inicialmente CCE (basal, apical) e posteriormente CCI.
  • Zumbido, hipoacusia, perda em frequências altas, bilateralmente,m de caráter progressivo, sendo dose-dependente e irreversível. Depende de outros fatores como idade do paciente, tratamento associado a radioterapia e uso de outros ototóxicos, predisposição genética e IRA. CAUSA PERDA IRREVERSÍVEL EM 20-90% NOS ADULTOS E 50-90% EM CRIANÇAS (não é possível bloquear a COCLEOTOXICIDADE, mesmo com fracionamento de dose e hidratação venosa).
  • Diagnóstico com audiometria convencional, alta frequência e EOAPD (mais precoce).
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11
Q

A Eritromicina causa que tipo de ototoxicidade?

A

Cocleotóxica. É um macrolídeo que causa PANS bilateral em todas as frequências acompanhado de zumbido. Perda é reversível (retorno em 3 dias após suspensão)

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12
Q

Os Diuréticos de Alça (Furosemida) causam que tipo de ototoxicidade?

A

Cocleotóxico, altera o potássio na estria vascular, e portanto o potencial endococlear. A ototoxicidade é baixa, transitória e reversível.

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13
Q

O mercúrio causa que tipo de ototoxicidade?

A

Cocleotóxico. É um metal volátil e tóxico, lipossolúvel (passar a BHE, oxida e impregna SNC). Pode cuasr perda auditiva coclear ou retrococlear (casos graves, com desmielinização do córtex temporal e depósito no giro temporal transverso). Dependendo do grau de intoxicação, pode gerar nistagmo, altterações cerebelares e reflexos patológicos (Babinski).

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14
Q

Resuma quais drogas são vestibulotóxicas, cocleotóxicas e vestibulo/cocleotóxicas.

A
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15
Q

Sobre otoproteção, qual seriam os principais medicamentos com essa finalidade?

A
  • TIOSSULFATO DE SÓDIO e FOSFOMICINA (interação direta com cisplatina, ligando-se irreversivelmente a ela, deslocando a platina do seu sítio tóxico, previne interação com enzima superóxido dismutase, impede formação de radicais livres e intracelulares, bloqueio aos danos das celulas sensoriais que levam a apoptose). São as mais estudadas.
  • Dietilditiocarbamato (quelante de metais pesados).
  • D-metionina e L-metionina (liga a displatina e reduz toxicidade).
  • L-N-Acetil-cisteína (antioxidate e aumenta níveis de glutationa).
  • Salicilato de sódio (atua sendo quelante de ferro, elimina radicais livres, oxidade no lugar dos tecidos).
  • Ginkgo Biloba (EGB 761, atua removendo superóxidos e radicais livres).
  • Lactato (via transtimpânica, ação nas CCE, reduz lesão delas).

A cóclea parece ter uma autodefesa, sendo visto após 8 semanas potencial regenerador de CCE. Visto adaptaçõesi ntracocleares por agressão por aminoglicosídeos.

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