Hérnias Abdominais Flashcards

(50 cards)

1
Q

Locais de Herniação

A

Região inguinal-local de maior propensão
Região femorais
Umbigo
Região epigástrica
Hérnias incisionais
Hernia de spieghel => fraqueza do musculo oblíquo externo, abaixo da linha arqueada (abaixo do umbigo) e na região entre flanco e mesogástrio
Hérnia de Petit e Grynfelt=> lombares
-Petit => trígono inferior
-Grynfelt => superior

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2
Q

Qual a diferença de fáscia e aponeurose

A

Fáscia-tecido conjuntivo frouxo que recobre os músculos

Aponeurose-porção tendinosa formada por tecido conjuntivo denso responsável pela fixação de músculos nos ossos

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3
Q

Estratigrafia da região abdominal

A

1)Pele

2)TCSC e fáscia superficial
há duas camadas de fáscia nessa região:
-de Camper:delicada e pode onde passam os casos superficiais
-de Scarpa:mais grosseiro e profundo. Estende-se até o a bolsa escrotal

3) Aponeurose do oblíquo externo
- essa aponeurose estende-se por lateralmente por todo abdome
- na região da virilha, há um espessamento da aponeurose que irá formar o teto do canal inguinal

4) Oblíquo interno e músculo transverso
- oblíquo interno na região lateral
- músculo transverso na região central

5) Fascia Transversalis
6) Tecido gorduroso pré peritoneal
7) Peritonio

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4
Q

Limites e conteúdo Canal Inguinal

A

Podemos dividir o canal inguinal em 2 partes:

1) Parte superficial
- basicamente é uma abertura da aponeurose do M.oblíquo externo e o assoalho é a crista do pubis
- essa aponeurose encapeia de aponeurose o funículo espermático

2) Parte profunda
- localizado na região da fáscia transversal. Origem do canal

Conteúdo:funículo espermático no homem ou ligamento redondo do útero, nervo ilioinguinal

  • funículo espermático:vasos sanguíneos e linfáticos+ducto deferente
  • conforme o canal passa pelas outras camadas, há uma contribuição de fibras musculares, formando assim a Área conjunta
  • do M.oblíquo interno sai o M.cremaster
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5
Q

Limites do Canal femoral

A

Teto-ligamento pectíneo
Assoalho-linha pectínea do pubis
Lateralmente:músculo pectíneo
Medialmente-ligamento lacunar(ligamento entre o pubis e o ligamento pectíneo)

-o ligamento pectíneo é paralelo e abaixo ao canal inguinal

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6
Q

Trígono de Hasselbach

A

Local de maior fraqueza da fáscia transversalis => maior chance de hérnias DIRETAS

delimitado por:
-ligamento pectíneo
-m. reto abdominal
-vasos epigástricos inferiores

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7
Q

Classificação das Hérnias Inguinais

A

São divididas de acordo com sua formação

1) Indireta
- secundária do não fechamento do conduto peritoneovaginal
- túnel criado com a descida do testículo

2) Direta
- decorre do enfraquecimento da parede posterior do canal inguinal
- ocorre bem na região do trigono de Hasselbach
- possui causa multifatorial

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8
Q

Investigação de Hérnias

A

1)Local

ACIMA DO LIGAMENTO INGUINAL ==> Hérnia inguinal

ABAIXO DO LIGAMENTO INGUINAL ==> Hérnia Femoral

2)Situação

Redutível ==> observação
Encarcerada ou Abdome agudo obstrutivo ==> cirurgia de urgência

*3)Hérnias Inguinais

INDIRETA ==> POLPA do dedo

DIRETA ==> parte de cima do dedo

*embora haja essa investigação, não podemos diferenciar com 100% de certeza uma da outra, mesmo com exam de imagem
*no intraop, investigamos tanto as femorais quanto as inguinais

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9
Q

Como realizamos a avaliação de hernias inguinais

A

1) Inspeção
- localizar onde é o abaulamento

2) Realizar Manobra de Valsalva
- devemos estar palpando o canal inguinal externo
- caso seja positivo, é uma hernia indireta
* também chamada manobra de Landivar
- se sentirmos a protusão na polpa digital, temos uma hérnia direta

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10
Q

Como podemos classifcar os graus de hernias

A

Podemos classificar de acordo com a Classificação de Nyhus

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11
Q

Sinais de Isquemia de alça

A

Queda do estado geral
Hiperemia e dor local intensa-por mais de 6h
-devemos realizar hemograma e TC para confirmar diagnóstico

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12
Q

Epidemiologia Hérnias Femorais

A

Mulheres acima de 45 anos obesas

-possuem maior chance de encarceramento e estrangulamento

-condição muito rara devido à rigidez do canal femoral (cerca de 5% de todas as hérnias)

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13
Q

Fatores de risco Hérnia Umbilical Secundária

A

Pacientes com ascite e cirrose hepática

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14
Q

Locais mais comuns de Hérnias Incisionais

A

Ocorre na região da linha alba na parte supra umbilical

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15
Q

Técnicas convencionais

A

Temos as:

  • Convencionaiscom tela e sem tela
  • Laraposcópica-TAPP e TEPP
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16
Q

Técnicas cirurgicas Hérnias Inguinais

A

1) Sem tela => pouco utilizada
- Shouldice-mais usada. Bassini+reforço com a musculatura oblíqua
*em casos selecionados

2) Com tela => principais técnicas
- Lichenstein-padrão-ouro
- Stoppa - indicado para hérnias inguinais bilaterais
-TAPP X TEP => VLP

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17
Q

Técnica de Lichenstein

A

Aproximamo o M.transverso do abdome no ligamento inguinal e colocação de uma tela para sustentação dessa sutura

Vantagens:
-realização com raquianestesia ou local
-rápida
-baixa recidiva

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18
Q

Complicações cirurgia

A

1)Lesão de Nervo

Técnicas abertas
-N. ilioinguinal => principal
-N. iliohipogástrica
-Ramo genital do N. femoral

Técnicas laparoscópicas
-N. cutaneo lateral femoral
-N. genito femoral

2)Reicidiva - mais comum em técnicas laparoscópicas

3)Lesões testiculares
-hematoma da bolsa escrotal
-orquite isquêmica => decorrente da trombose venosa do cordão espermático

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19
Q

Técnicas para Hérnias Femorais

A

1)Com indicação de tela
-Plug femoral => mais utilizada

2)Sem indicação de tela
-Técnica de McVay

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20
Q

Conduta para Hernias abdominaos em idosos

A

Solicitar TC de abdome para excluir outras doenças

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21
Q

Inervação da região inguinal

A

1)N. genitofemoral ramo genital
-Cremaster e região escrotal lateral

2)N. ilio-hipogástrico
-Inerva o hipogástrio

3)N. ilioinguinal
-Região inguinal e a bolsa escrotal

22
Q

Classificação de NYHUS

A

1)CLASSE I => Hérnia Indireta

2)CLASSE II => Indireta + Dilatação do Canal inguinal

3)CLASSE III
a- Direta
b-Indireta + Destruição da parede do trígono ou Mistas
c- Femoral

4)CLASSE IV => Reicidivas

23
Q

Tratamento

A

Cirurgia

Eletivas => casos não complicados
Urgência => encarceramento, obstrução ou estrangulamento

*Risco cirurgico alto => watchful waiting
*Redução manual apenas em casos não graves e sem sinais de sofrimento de alça (mas não é ideal)

24
Q

Complicações

A

1)Encarceramento
-Compressão de estruturas internas com isquemia

2)Estrangulamento
-Necrose de alça

3)Perda de domicilio
-hérnias irredutíveis e crônicas mas sem sinais de sofrimento de alça

25
Técnicas cirurgicas
1)Inguinotomia 2)VLP *Usar tela em TODOS com Vicryl *não realizar LPT a não ser que haja complicações como peritonite ou sepse
26
Indicações de Stoppa
Hérnias grandes Recidivas -técnica mais dificil e com maior chance de complicações
27
5 triângulos do Y invertido
Y -parte reta => vasos epigástricos inferiores -bracinhos => ductos deferentes e vasos espermáticos Triângulos: -Entre as pernas => Triângulo da morte (passam os vasos Ilíacos) -Aos lados das pernas => Hérnia femoral e triangulo dos nervos -Parte de cima: Hernia direta e indireta Lado D: indireta Lado E: direta *N cutâneo femoral lateral
28
Condutas em casos de recidivas
1)Iniciou com Lichestein => Stoppa ou video 2)Iniciou com video => Linchestein *não é necessário retirar a tela
29
Cuidados Pos OP
1)Não é necessário colocar dreno -se alta chance de Seroma => uso de cinta compressiva 2)Retorno às atividades conforme dor do paciente 3)Evitar carregar mais de 10 kg por 4-6 semanas
30
Complicações pos OP
1)Recidiva 2)Infecção => não retirar tela de rotina 3)Dor crônica => Neuralgia -lesão de um dos 3 nervos principais -3 meses após a cirurgia + sem outros fatores -casos refratários: cirurgia 4)Orquite isquêmica => trombose do plexo panpiniforme -Congestão venosa testicular => dor e edema -2° a 5° dia pos op -Tratamento: clinicamente 5)Retenção urinária *orquite infecciosa não é muito comum
31
Tratamento hérnia femoral
Cirurgia para TODOS -grande risco de encarceramento
32
Indicação de cirurgia de hérnia umbilical
1)Hérnias grandes 2)Sintomáticos 3)Adelgaçamento de pele 4)Ascite -Colocação de tela pré aponeurótica ou pré peritoneal => se maior que 2 cm 5)NAS CRIANÇAS => a partir de 5 anos ou sintomáticos -a maioria tem resolução espontânea *NÃO usar telas em crianças
33
Melhor local de colocação de tela em hérnias incisionais
1)Onlay => pré aponeurótica -melhor local 2)Pré periotneal => 2° mais usada
34
Cuidados cirurgia de Hérnia Incisional
1)Suturas o máximo que der na tela -distribuir a tensão 2)Colocação de dreno => grande chances de seroma, ainda mais se grande área corrigida
35
Indicação de USG no EF
1)Suspeita de hérnia oculta => sensação de peso + ausência de achados de EF 2)Pacientes obesos *outros exames => TC de abdome, RNM
36
Fixação da tela no técnica de Lichenstein
1)FIXAÇÃO: ligamento inguinal e no pubis -pubis é a região com maior chance de reicidiva 2)Pontos separados de preferência Colocado en região pré aponeurótica da Fascia transversalis
37
Conduta em casos de Necrose de alça
Ressecção e anastomose com gampreador pela própria inguinotomia -Laparotmia apenas em casos de sepse ou complicações sistêmicas
38
Epônimo hérnias parcialmente obstruídas
Hérnia de Richter
39
Conduta na gestação
Esperar a resolução da gestação para operar
40
Colocação de tela Técnica de Stoppa
Região pré peritoneal
41
Contraindicações de técnicas VLP
Pacientes com manipulação prévia de espaço retroperitoneal Abdome agudo obstrutivo -Ex: Prostatectomia radical
42
Critérios de estrangulamento
1)Comprometimento vascular -dor -sinais flogísticos -leucocitose 2)Mais de 6h de encarceramento
43
Conduta hernia inguinal indireta
Em todos os casos é Cirurgia 1)ELETIVA -enquanto for redutível espontaneamente 2) URGÊNCIA -irredutível
44
Critérios de Hérnia Complexa
1)Volume hérnia/ Volume cavidade => > 15%-25% ou 2)Anel > 10 cm
45
Conduta para Hérnia Complexa
1)Preparo pré operatório -controle das comorbidades e rastreio de possíveis doenças 2)Bariátrica se necessário => Sleeve de preferência por ser menos agressiva 3)Pneumoperitônio progressivo -insulflação de gás 500 mL por dia => até o volume da hérnia 4)Colocação de tela onlay *se NÃO fechar => incisões relaxadoras de Gibson => Chevrel => técnica de Ramirez ou Álcino 5)UTI no PO => IOT + Curarização
46
Ponto de maior recidiva da Hérnia Inguinal Indireta
Região do púbis Ligamento inguinal
47
Hérnias nas crianças
A Indireta é a mais comum -se RN => operar antes da alta => grande risco de encarceramento -Não usar tela *nas meninas => o Ovário é a mais comum
48
Diagnóstico diferencial de Hérnias nas crianças
HIDROCELE => bolsa de água no escroto 1)REDUTÍVEL => operar -persistência do conduto peritoneo vaginal 2)NÃO REDUTÍVEL => observar
49
Características das telas
1)Tela de polipropileno 2)Macroporosa => melhora da imigração de células e melhor fixação 3)Baixa gramatura 4)Plana e de força tensil ate 16 N *Fixada com ácido poliglicólico
50
Conteúdo das hérnias indiretas
1)MENINAS => ovário e tubas uterinas 2)MENINOS => intestino delgado