Reto Flashcards

(81 cards)

1
Q

Qual é a posição do câncer de reto no ranking mundial de incidência?

A

É a 8ª neoplasia mais incidente do planeta.

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2
Q

Que fração dos tumores colorretais o câncer de reto representa?

A

Cerca de 30 % de todos os cânceres colorretais diagnosticados.

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3
Q

Como o reto é dividido anatomicamente?

A

Reto alto (10‑15 cm), reto médio (6‑10 cm) e reto baixo (0‑5 cm do esfíncter anal).

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4
Q

Qual porção do reto é peritonizada?

A

Somente o reto alto; as demais são extraperitoneais.

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5
Q

Por que tumores de reto médio/baixo recidivam mais localmente?

A

Porque ficam em área extraperitoneal e a fáscia mesorretal pode ficar comprometida.

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6
Q

O que é o mesorreto?

A

Gordura perirretal que contém vasos e linfonodos; removê‑lo reduz recidiva local.

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7
Q

Qual técnica cirúrgica se tornou padrão nos anos 1980?

A

Excisão total do mesorreto (TME), que derrubou a recidiva local de 20‑30 % para <10 %.

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8
Q

Qual estudo de 2004 mudou o manejo neoadjuvante?

A

Ensaio alemão que mostrou quimiorradioterapia (QTRT) neoadjuvante reduzindo recidiva local (6 % vs 13 %) e aumentando preservação do esfíncter.

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9
Q

Quais os benefícios clássicos da QTRT neoadjuvante?

A

Menos recidiva local, mais chance de cirurgia poupadora de esfíncter, toxicidade aceitável.

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10
Q

Quando considerar quimioterapia adjuvante com FOLFOX?

A

Pacientes com doença residual pT3/N+ após neoadjuvância (estudo ADORE).

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11
Q

Por que surgiu o conceito de tratamento neoadjuvante total (TNT)?

A

Para tratar micrometástases cedo, melhorar aderência e aumentar resposta patológica completa.

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12
Q

Qual regime do estudo PRODIGE‑23?

A

6 ciclos de FOLFIRINOX → QTRT com capecitabina → cirurgia → +3 m de FOLFOX adjuvante; pCR 27 % vs 12 % e +7 % em SLR.

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13
Q

O que o estudo RAPIDO demonstrou?

A

RT curta (5×5 Gy) + quimio pré‑op (CAPOX/FOLFOX) dobrou pCR (28 % vs 14 %) e reduziu metástase à distância em 7 %.

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14
Q

Qual diferença prática entre PRODIGE‑23 e RAPIDO?

A

PRODIGE usa triplet (FOLFIRINOX) em população de risco mais baixo; RAPIDO usa doublet (FOLFOX/CAPOX) em população de alto risco.

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15
Q

O que o estudo STELLAR acrescentou?

A

Mostrou não‑inferioridade da RT curta + 4 ciclos CAPOX vs QTRT longa, com pCR 21,8 % vs 12,3 %.

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16
Q

Após atualização do RAPIDO, qual curso de RT passou a ser preferido?

A

Long course, porque se observou aumento de recidiva local com short course.

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17
Q

O que significa estratégia “Watch & Wait”?

A

Se o paciente atinge resposta clínica completa pós‑TNT, pode‑se vigiar sem operar, preservando o esfíncter.

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18
Q

Qual ensaio apoia o Watch&Wait?

A

OPRA: metade dos pacientes manteve o órgão sem piorar sobrevida; consolidação (CRT→QT) preservou mais que indução.

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19
Q

Quando a radioterapia pode ser omitida?

A

Em T2N1, T3N0/N1 de baixo risco, quimio FOLFOX neoadjuvante guiada por resposta (estudo PROSPECT) evita RT em ≈90 %.

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20
Q

Qual biomarcador já muda conduta no reto?

A

Instabilidade de microssatélites (≈5 % dos casos); nesses, imunoterapia com dostarlimab pode dispensar QTRT/cirurgia.

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21
Q

Quais sintomas clássicos de câncer de reto?

A

Sangramento retal, tenesmo, alteração do hábito intestinal, perda de peso.

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22
Q

Principais fatores de risco tradicionais?

A

Idade > 50 a, dieta rica em carne vermelha/gordura, tabagismo, alcool, doença inflamatória intestinal.

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23
Q

Qual exame padrão‑ouro de rastreio?

A

Colonoscopia a partir dos 50 a (45 a se diretriz americana), repetindo a cada 10 anos se normal.

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24
Q

Como se classifica clinicamente o câncer de reto?

A

TNM (T1‑4, N0‑2, M0/1) baseado em ressonância pélvica de alta resolução.

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25
Qual esquema quimioterápico doublet mais usado?
FOLFOX (5‑FU/leucovorina/oxaliplatina) ou CAPOX (capecitabina/oxaliplatina).
26
Qual taxa de recidiva sistêmica persiste mesmo com TME + QTRT?
Cerca de 30 %, motivando estudos de intensificação sistêmica.
27
Por que discussão multidisciplinar é mandatória?
Para individualizar cirurgia, RT, quimio, preservação de órgão e seguimento – ninguém decide reto sozinho hoje em dia.
28
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29
Câncer de Reto: Quais os principais fatores de risco para câncer de reto?
Idade avançada, dieta pobre em fibras, obesidade, tabagismo, história familiar, síndrome de Lynch, PAF.
30
Câncer de Reto: Qual a importância do exame digital retal?
Permite detecção de lesões em reto inferior, avaliação da fixação tumoral e plano para ressecabilidade.
31
Câncer de Reto: Qual o exame padrão para estadiamento local?
Ressonância magnética da pelve com protocolo para câncer de reto.
32
Câncer de Reto: Qual o papel da ecoendoscopia no câncer de reto?
Boa acurácia em lesões iniciais para avaliar invasão parietal (T) e linfonodal (N), especialmente em tumores T1/T2.
33
Câncer de Reto: Quando está indicado tratamento cirúrgico isolado?
Tumores T1 com baixo risco de invasão linfonodal, margens livres e bem diferenciados.
34
Câncer de Reto: O que caracteriza a estratégia de tratamento TNT (Total Neoadjuvant Therapy)?
Quimioterapia sistêmica seguida de quimiorradioterapia ou vice-versa, antes da cirurgia.
35
Câncer de Reto: Quais os benefícios da estratégia TNT?
Maior taxa de resposta patológica completa (pCR), controle micrometastático precoce e menor toxicidade cumulativa.
36
Câncer de Reto: Qual a indicação preferencial da TNT?
Tumores localmente avançados (T3c/d, T4, N2 ou mesorreto ameaçado) e/ou com alto risco de recidiva.
37
Câncer de Reto: Qual estudo validou TNT com indução de QT seguida de CRT?
Estudo PRODIGE 23 (FOLFIRINOX → CRT → cirurgia), com aumento de pCR (28% vs. 12%).
38
Câncer de Reto: Qual estudo validou TNT com CRT seguido de QT?
Estudo OPRA, demonstrando maior preservação de órgão na estratégia de consolidação com QT após CRT.
39
Câncer de Reto: Quando considerar vigilância ativa ('watch and wait')?
Pacientes com resposta clínica completa após TNT; vigilância rigorosa com RM e endoscopia.
40
Câncer de Reto: Qual o esquema preferencial de quimiorradioterapia?
Capecitabina oral concomitante à radioterapia 50,4 Gy em 28 frações.
41
Câncer de Reto: Quais as margens cirúrgicas ideais no câncer de reto?
Margem circunferencial ≥1 mm e distal ≥1 cm (em tumores sem resposta completa).
42
Câncer de Reto: Qual o papel da quimioterapia adjuvante após TNT e cirurgia?
Controversa; pode ser considerada em pacientes com alto risco (pN+), mas sem evidência definitiva de benefício.
43
Câncer de Reto: Quais biomarcadores devem ser testados em câncer colorretal metastático?
RAS (KRAS/NRAS), BRAF, MSI/MMR, HER2 (em alguns casos).
44
Câncer de Reto: Qual a importância da mutação RAS?
Prediz resistência a terapias anti-EGFR como cetuximabe e panitumumabe.
45
Câncer de Reto: Qual o impacto da mutação BRAF V600E?
Pior prognóstico; pode indicar tratamento com BRAF + MEK + EGFR (ex: encorafenibe + cetuximabe).
46
Câncer de Reto: Qual a importância do status MSI-H/dMMR?
Alto benefício com imunoterapia (pembrolizumabe ou nivolumabe ± ipilimumabe).
47
Câncer de Reto: Quais terapias-alvo são aprovadas para tumores RAS wild-type?
Anti-EGFR: cetuximabe e panitumumabe.
48
Câncer de Reto: Quando considerar anti-EGFR em câncer de reto metastático?
Tumores RAS/BRAF wild-type, primário em cólon esquerdo ou reto, com alta expressão de EGFR.
49
Câncer de Reto: Qual esquema de tratamento inclui encorafenibe em câncer de reto?
Encorafenibe + cetuximabe para pacientes com BRAF V600E mutado.
50
Câncer de Reto: Quando usar imunoterapia no câncer de reto metastático?
MSI-H ou dMMR confirmados por IHC ou PCR; uso de pembrolizumabe ou nivolumabe.
51
Câncer de Reto: O que mostrou o estudo KEYNOTE-177?
Pembrolizumabe aumentou PFS vs. QT padrão em MSI-H na 1ª linha.
52
Câncer de Reto: Quando testar HER2 no câncer de reto?
Tumores RAS/BRAF wild-type, refratários a anti-EGFR; HER2+ pode indicar uso de trastuzumabe + lapatinibe ou tucatinibe.
53
Câncer de Reto: Qual abordagem terapêutica inicial para doença metastática resectável?
QT neoadjuvante com objetivo de conversão, seguida de ressecção R0.
54
Câncer de Reto: Qual QT padrão na 1ª linha para câncer de reto metastático?
FOLFOX, CAPOX, FOLFIRI ou FOLFOXIRI ± bevacizumabe ou anti-EGFR (conforme perfil molecular e localização).
55
Estudos: O que demonstrou o estudo RAPIDO?
TNT com RT curto curso seguido de QT reduziu metástase à distância e aumentou pCR vs. CRT convencional.
56
Estudos: Qual a sequência de tratamento no estudo RAPIDO?
RT curto (5x5 Gy) seguido de 18 semanas de FOLFOX4 ou CAPOX, cirurgia, ± QT adjuvante.
57
Estudos: O que mostrou o estudo PRODIGE 23?
Indução com FOLFIRINOX antes de CRT aumentou pCR (28% vs. 12%) e reduziu recidiva à distância.
58
Estudos: Qual foi a conclusão do estudo OPRA?
Maior preservação de órgão com TNT de CRT seguido por QT (consolidação) vs. indução.
59
Estudos: Quando considerar a estratégia 'Watch and Wait'?
Após resposta clínica completa à TNT, especialmente validada no OPRA.
60
Estudos: O que mostrou o estudo KEYNOTE-177?
Pembrolizumabe aumentou PFS vs. QT em MSI-H na 1ª linha (16,5 vs. 8,2m), com menor toxicidade.
61
Estudos: O que mostrou o estudo BEACON CRC?
Encorafenibe + cetuximabe ± binimetinibe melhorou SG e RR em BRAF V600E mutado refratário.
62
Estudos: Qual foi o benefício do estudo FIRE-3?
Anti-EGFR (cetuximabe) superior a bevacizumabe em SG em tumores RAS WT e localizados à esquerda.
63
Estudos: O que mostrou o estudo CALGB/SWOG 80405?
Sem diferença clara entre bevacizumabe e cetuximabe na 1ª linha; localização e RAS são cruciais.
64
Estudos: Qual estudo testou trastuzumabe + lapatinibe em HER2+?
HERACLES trial: resposta em tumores RAS/BRAF WT com amplificação de HER2.
65
Estudos: Qual foi a população-alvo do estudo RAPIDO?
Pacientes com câncer de reto localmente avançado com risco alto (T4, N2, CRM ameaçado ou EMVI+).
66
Estudos: Qual a intervenção testada no RAPIDO?
RT 5x5 Gy + QT (CAPOX ou FOLFOX4) antes da cirurgia vs. CRT convencional.
67
Estudos: Quais os resultados principais do RAPIDO?
Maior pCR (28% vs. 14%), menor metástase à distância, porém taxa maior de progressão local pré-cirurgia.
68
Estudos: Qual foi a população-alvo do PRODIGE 23?
Tumores localmente avançados (T3-4, N+), com alto risco de recidiva.
69
Estudos: Qual a intervenção no PRODIGE 23?
Indução com FOLFIRINOX (6 ciclos) → CRT → cirurgia → QT adjuvante vs. CRT → cirurgia → QT adjuvante.
70
Estudos: Quais os resultados do PRODIGE 23?
pCR 27,8% vs. 12,1%; melhora de sobrevida livre de recorrência (3 anos: 76% vs. 69%).
71
Estudos: Qual foi o desenho do estudo OPRA?
Randomizado fase II: CRT → QT (consolidação) vs. QT → CRT (indução), seguido de cirurgia ou vigilância ativa.
72
Estudos: Quais os achados principais do OPRA?
Maior taxa de preservação de órgão com CRT seguida de QT (53% vs. 41%).
73
Estudos: O OPRA foi desenhado para avaliar qual endpoint principal?
Taxa de preservação de órgão com vigilância ativa (Watch and Wait).
74
Estudos: Qual foi o desenho do estudo KEYNOTE-177?
Randomizado fase III: pembrolizumabe vs. QT padrão em 1ª linha para câncer colorretal MSI-H/dMMR.
75
Estudos: Quais foram os principais resultados do KEYNOTE-177?
PFS: 16,5 vs. 8,2 meses; menos toxicidade; tendência a melhor SG.
76
Estudos: Por que o crossover impactou a SG no KEYNOTE-177?
Alta taxa de crossover (59%) no braço QT dificultou significância estatística para SG.
77
Estudos: Qual população foi incluída no BEACON CRC?
Pacientes com câncer colorretal metastático BRAF V600E mutado, refratário a pelo menos uma linha.
78
Estudos: Qual foi o esquema testado no BEACON?
Encorafenibe + cetuximabe ± binimetinibe vs. QT padrão.
79
Estudos: Quais os resultados do BEACON CRC?
SG 9,3m vs. 5,9m (tripla vs. padrão), boa tolerância com dupla (encorafenibe + cetuximabe).
80
Estudos: Qual a população do estudo HERACLES?
Câncer colorretal RAS WT, HER2+ refratário a anti-EGFR.
81
Estudos: Quais os resultados do HERACLES?
Resposta objetiva de 30%, com combinação trastuzumabe + lapatinibe.