Síndrome da Imunodeficiência Humana Flashcards

(82 cards)

1
Q

Paciente com imunidade CELULAR alterada apresentará o que, geralmente?

A

Infecções por vírus, fungos e micobactérias

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Q

Paciente com imunidade HUMORAL alterada apresentará o que, geralmente?

A

Infecções recorrentes por bactérias encapsuladas

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3
Q

Paciente com imunidade FAGOCITÁRIA alterada apresentará o que, geralmente?

A

Infecções cutâneas recorrentes ou por pseudomonas.

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4
Q

Paciente com imunidade COMPLEMENTO alterada apresentará o que, geralmente?

A

Doenças autoimunes e infecções bacterianas.

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5
Q

Qual o grupo de maior incidência do HIV atualmente?

A

Homem jovem (20-34 anos).

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6
Q

Qual a principal forma de transmissão do HIV?

A

Sexual, sobretudo anal receptiva.

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7
Q

Quais fases clínicas do HIV?

A

Exposição
Infecção aguda
Latência Clínica
Fase sintomática

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8
Q

Como é e quando ocorre a fase de infecção aguda do HIV?

A
Ocorre 1-3 semanas após exposição.
Cursa como uma síndrome mononucleose-like
- Febre
- Mialgia
- Faringite
- Rash cutâneo
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9
Q

Qual o principal fator prognóstico de como o paciente evoluirá no HIV?

A

Set point viral. Quanto maior, menos a fase de latência clínica e pior o prognóstico.

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10
Q

Quais as doenças e afecções características da Fase sintomática precoce do HIV e a contagem de CD4?

A
CD4 entre 200-300
Doenças:
- Candidíase oral e vaginal
- TB pulmonar
- Leucoplasia pilosa e Herpes-zoster
- Displasia cervical e CA in situ de colo
- Anemia, plaquetopenia, diarreia...
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11
Q

Quais as doenças e afecções características da Fase AIDS do HIV e a contagem de CD4?

A

CD4 < 200.
Doenças:
- Candidíase esofágica e respiratória
- TB extrapulmonar
- CMV disseminado, vírus JC, encefalopatia do HIV
- CA invasivo de colo uterino, Linfoma NÃO hodgkin
- Pneumocistose e neurotoxoplasmose.

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12
Q

Qual particularidade para diagnosticar HIV em pacientes <18 meses de vida ou com infecção recente (<30-90 dias)?

A

Não há positividade de anticorpos ainda.

Nesses casos, o diagnóstico só pode ser dado através da visualização direta do vírus.

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13
Q

Como podemos diagnosticar HIV?

A

Sempre através de 2 exames positivos.

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14
Q

Paciente apresenta teste rápido (+) para HIV. O que fazer?

A

Repetir teste rápido através de amostra sanguínea. Se (+), pedir carga viral para confirmar (>5000)

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15
Q

Qual a característica dos imunoensaios para diagnóstico de HIV?

A

São mais acurados, permitindo diagnóstico mais precoce, que os testes rápidos, porém demoram mais para sair os resultados.

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16
Q

Se paciente apresenta UM imunoensaio (+) como devemos conduzí-lo?

A

Realizar carga viral. Se positivar, realizar o segundo imunoensaio.

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17
Q

Se paciente realizar primeiro teste de HIV que vem (+), mas o segundo vem discordante. O que devemos fazer?

A

Solicitar Western-blot, se houver suspeita alta. Pois é como um padrão-ouro.

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18
Q

Quando está indicada TARV para paciente HIV?

A

SEMPRE.

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19
Q

Quais são os pacientes HIV prioritários para iniciar TARV?

A
  • Sintomáticos
  • CD4 < 350
  • Gestantes
  • Tuberculose ativa
  • Coinfecção por Hepatite B ou C.
  • Risco cardiovascular elevado (>20%).
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20
Q

Quando devemos indicar genotipagem no tratamento do HIV?

A
  • Gestante
  • TB
  • Falha virológica
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21
Q

Qual o esquema de 1ª linha para HIV pelo MS?

A
  • Tenofovir.
  • Lamivudina
  • Dolutegravir
    TDF + 3TC + DTG
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22
Q

Quais efeitos adversos do uso de Efavirenz?

A

Pesadelos vívidos, psicose.

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23
Q

Quais efeitos adversos do uso de AZT?

A

Anemia ou granulocitopenia.

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24
Q

Paciente vai iniciar TARV para HIV mas não pode usar DTG, devemos trocar por qual?

A

Efavirenz no lugar do DTG.

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25
Quais efeitos adversos do Tenofovir?
Nefrotoxicidade e Osteoporose.
26
Na gestante, qual o esquema TARV de escolha?
TDF + 3TC + Raltegravir (é o da GRALVIDA)
27
Paciente com tuberculose, qual esquema TARV de escolha?
TDF + 3TC + Efavirenz.
28
O que é a falha virológica no HIV?
Carga viral detectável após 6 meses de terapia OU rebote (CV detectável) após supressão virológica. - Lembrar que infecções virais podem aumentar a CV, sem necessariamente significar falha virológica.
29
Qual grupo prioritário para usar a PrEP para HIV? Quais indicações?
GRUPO PRIORITÁRIO - Gays e homens que fazem sexo com homens (HSH). - Pessoas trans - Profissionais do sexo - Parceiros sorodiscordantes (um tem e outro não tem) INDICAÇÕES - Relação anal ou vaginal sem preservativo nos últimos 6 meses. - Episódios recorrentes de IST. - Uso repetido de PEP.
30
É verdadeiro que a PVHIV que inicia a TARV não infecta mais outras pessoas?
Não. Atualmente sabe-se que as PVHIV em uso de TARV e com CV indetectável há pelo menos 6 meses não transmitem o vírus via sexual.
31
Qual esquema utilizado para fazer a PrEP?
Tenofovir + Entrecitabina (entreparceiros) | Uma vez ao dia, de forma contínua.
32
Pessoa que iniciou PrEP para HIV precisa de quais recomendações?
Explicar que o uso deve ser contínuo e a proteção não é imediata. Lembrando que também não é 100% de proteção, devendo sempre utilizar métodos de barreira. - Relação anal – 7 dias de uso para iniciar proteção. - Relação vaginal – 20 dias de uso para iniciar proteção.
33
O que consideramos exposição de risco para contrair HIV?
Material infectante – sangue, sêmen, fluidos vaginais, líquidos (serosa, líquor, articular, amniótico) Exposição – percutânea, mucosa, pele não íntegra, mordedura com sangue.
34
Idealmente devemos fazer a PEP até quanto tempo?
Até 2h. Porém, ela pode ser realizada até 72 horas da exposição de risco.
35
Como deve ser feita a PEP?
TDF + 3TC + DTG por 28 dias. Realizar testagem do exposto em 30 e 90 dias após exposição. Notificar e pesquisar outras ISTs.
36
Paciente teve exposição de risco a HIV, como proceder?
Teste rapido no exposto e na pessoa-fonte é o 1º passo. Se pessoa-fonte (-) não precisa fazer profilaxia. Se paciente exposto (+) não precisa fazer profilaxia.
37
Em relação à profilaxia vertical do HIV como devemos fazê-la no pré-natal?
Realizar testagem materna no 1º e 3º trimestres. | Se (+) iniciar TARV a partir da 14ª semana (TDF + 3TC + RAL)
38
Paciente gestante HIV (+) já fazia TARV, como devemos agir?
Acompanhamento normal. Não deve mudar a TARV.
39
No momento do parto como deve ser feita a profilaxia vertical do HIV?
Avaliar a carga viral com 34 semanas para decidir via de parto: CV < 1000 - Indicação obstétrica CV > 1000 ou desconhecida - Cesárea eletiva - Contraindicar quaisquer procedimentos invasivo (amniotomia, amniocentese) - AZT IV deve ser feito desde o início do TP até o clampeamento do cordão. AZT só pode ser desconsiderado se CV indetectável.
40
Qual o principal momento de transmissão vertical de HIV?
Parto.
41
No momento do puerpério como deve ser feita a profilaxia vertical do HIV?
- Contraindicar aleitamento e manter TARV materna - AZT para RN nas 4h pós-parto manter por 28 dias. - RN deve ser limpo, seco e dado banho imediatamente - Após terminar o AZT manter profilaxia com SMX-TMP
42
Quais indicações de Nevirapina na profilaxia vertical de HIV?
i. Mãe sem TARV na gestação ou má adesão. ii. CV > 1000 ou desconhecida na 34ª sem. iii. Mãe com IST (principalmente sífilis) iv. Teste rápido para HIV (+) no momento do parto.
43
PVHIV com quadro pulmonar quais são as duas principais hipóteses?
Pneumocistose e Tuberculose.
44
A partir de qual CD4 aparece cada uma das doenças definidoras de AIDS?
- TB não depende do CD4. Mas as formas miliar e difusa aparecem com <350. - Pneumocistose < 200 - Sarcoma de Kaposi < 200 - Vírus JC (LEMP) < 200 - Histoplasmose < 100 - Criptococose < 100 - Neurotoxoplasmose < 100 - Micobateriose atípica < 50 - Linfoma de SNC (EBV) <50
45
Qual a clínica da Pneumocistose em PVHIV?
``` Pneumonia arrastada com radiografia normal ou com infiltrado bilateral. O que mais sugere é: - Candidíase - Hipoxemia (SO2<90%) - Aumento de DHL ```
46
Como diagnosticar Pneumocistose no PVHIV?
Isolamento do Pneumocystis jirovecii através de lavado ou biópsia pulmonar (padrão-ouro)
47
Qual o agente etiológico da Pneumocistose?
Pneumocystis jirovecii
48
Tratamento da Pneumocistose em PVHIV?
SMX-TMP por 21 dias. | Se alérgico a sulfas: Clinda + Primaquina.
49
Quando indicar corticoide em paciente com Pneumocistose?
PaO2 < 70 em ar ambiente ou gradiente alveolocapilar > 35 ou Sato2 < 92%
50
Em quais situações devemos retardar o início da TARV e por quanto tempo?
Diagnóstico simultâneo de HIV e Tuberculose ou HIV e Pneumocistose. Trata primeiro as doenças oportunistas por 2 semanas e depois começa a TARV.
51
Quando indicar profilaxia para pneumocistose em PVHIV? Como deve ser feita?
- CD4 < 200 - Candidíase orofaríngea - Febre de Origem Indeterminada por > 2 semanas. Usar SMX-TMP 3x por semana.
52
Como diagnosticar TB em PVHIV, qual cuidado a mais devemos ter?
- Escarro: teste rápido + baciloscopia. | SEMPRE solicitar cultura e teste de sensibilidade em PVHIV.
53
Como fazer profilaxia para TB em PVHIV? Quando indicá-la?
``` Isoniazida 270 (9-12 meses) INDICAÇÃO - Radiografia de Tórax com cicatriz de TB nunca tratada - Contactante de bacilífero - CD4 < 350 - PPD > 5 ou IGRA (+) ```
54
Como se apresenta o Sarcoma de Kaposi?
Lesões cutâneas violáceas leves ou disseminadas. | Associa-se com quadro pulmonar com infiltrado bilateral com padrão nodular difuso
55
Como tratar sarcoma de kaposi?
Local - crioterapia | Disseminado - QT.
56
Qual a clínica da micobacteriose atípica? Quais peculiaridades?
- Febre, perda ponderal, sudorese noturna e enterite. Pode apresentar infiltrado miliar e adenopatia mediastinal. - Cursa com anemia e fosfatase alcalina elevada.
57
Tratamento da micobacteriose atípica?
Claritromicina + etambutol
58
Histoplasmose acomete que sistema do corpo? | Qual clínica?
Reticuloendotelial. | Por isso cursa com hepatoesplenomegalia, anemia, febre, perda de peso.
59
Histoplasmose pode apresentar sintomas respiratórios e eles são os mais exuberantes. Verdade?
Não. Os sintomas respiratórios são discretos.
60
Tratamento da Histoplasmose?
Itraconazol ou Anfotericina B.
61
Qual o quadro da Criptococose no PVHIV?
Meningite subaguda - febre, cefaleia, confusão mental, vômitos.
62
O que ajuda a diferenciar a Meningite Criptococócica dos outros quadros de Neuroaids?
Ausência de déficits focais e convulsões.
63
Quais alterações liquóricas teremos em pacientes com Meningite Criptococócica?
- Pressão liquórica aumentada - Aumento de mononucleares - Aumento de proteínas - Baixa concentração de glicose
64
Como diagnosticar Meningite Criptococócica no PVHIV?
- Tinta nanquim (identifica o criptococo no LCR) - Antígeno Criptococócico (teste de aglutinação) - Cultura (padrão-ouro)
65
Como tratar Meningite Criptococócica em PVHIV?
1) Indução – Anfotericina B por 2 semanas 2) Consolidação – Fluconazol 400 – 800mg/dia por mais 8 semanas. 3) Manutenção – Fluconazol 200mg/dia por 12 semanas
66
Qual a profilaxia para Meningite Criptococócica?
Não existe.
67
Quadro clínico da Neurotoxoplasmose em PVHIV?
Parece um AVC em paciente jovem com HIV | - Febre, cefaleia, convulsão e déficits focais (hemiparesia, disfasia).
68
Como diagnosticar Neurotoxoplasmose em PVHIV?
- Exame de imagem característico - PCR no líquor - Sorologia para toxoplasmose - Biópsia é o padrão-ouro e único DEFINITIVO.
69
Quais achados ao exame de imagem de um paciente com Neurotoxoplasmose? Qual exame de imagem pedir?
TC com contraste. Evidencia: - Múltiplas lesões hipodensas arredondadas em gânglios da base. - Edema perilesional - Realce de contraste em anel
70
Tratamento de Neurotoxoplasmose?
- Sulfadiazina + Pirimetamina por 6 semanas. | - SEMPRE associar com ácido folínico.
71
Paciente com Neurotoxoplasmose e alergia a sulfas. Quais possibilidades de tratamento?
Clindamicina e Dapsona.
72
Em quanto tempo de tratamento o paciente com Neurotoxoplasmose deve apresentar melhora. Se ele não melhorar, devemos pensar em que?
14 dias. | Linfoma.
73
Qual profilaxia de Neurotoxoplasmose
SMX - TMP. | A partir de CD4 < 100.
74
Linfoma primário de SNC em PVHIV se relaciona com que vírus?
Epstein-barr vírus.
75
Quando suspeitar de Linfoma primário de SNC em PVHIV? Como é a neuroimagem?
Paciente com quadro de neurotoxoplasmose que não melhorou com o tratamento. Imagem evidencia poucas lesões ou até mesmo lesão única de limites pouco precisos com reforço de contraste em anel e adjacentes aos ventrículos.
76
Qual a clínica de linfoma primário de SNC em PVHIV?
Déficit focal, cefaleia, convulsões
77
Qual história típica de PVHIV com LEMP?
Paciente que apresenta déficits MULTIFOCAIS progressivos e com história de convulsões. Ou seja, começa com um problema de fala, que depois evolui para marcha também e por ai vai...
78
Qual exame pedir em casos de LEMP e qual achado?
RNM. | Hiperintensidade em T2 com múltiplas lesões SEM realce, SEM efeito de massa e localizadas na substância branca.
79
Qual o tratamento da LEMP?
Não tem tratamento específico. Manter a TARV mesmo.
80
Diarreia crônica na PVHIV se associa a:
- Citomegalovírus - Isosporiase - Cryptosporidium - Ameba
81
Principal glomerulopatia associada ao HIV?
Glomeruloesclerose focal e segmentar
82
Quais sinais de alarme para imunodeficiência primária?
- 2 ou mais pneumonias no ano - 4 ou mais otites - estomatites de repetição - candidíase - abscessos de repetição - diarreia crônica - infecção sistêmica grave (meningite/sepse) - efeito adverso a BCG - doença autoimune.