Síndromes Epilépticas e Fraqueza Muscular Flashcards

(89 cards)

1
Q

Qual exame de imagem solicitar e qual achado esperado no paciente com Neurocisticercose?

A

Neuroimagem (TC ou RNM): Imagem em queijo suiço!

  • Lesão cística = processo ativo
  • Lesões cicatriciais calcificadas = processo cicatricial apenas.
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2
Q

Qual achado característico no líquor de paciente com neurocisticercose?

A

Presença de eosinófilos.

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3
Q

Como tratar Neurocisticercose?

A

Albendazol OU Praziquantel COM corticoide

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4
Q

Qual causa mais comum de crise epiléptica em pacientes <5 anos?

A

Convulsão febril.

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5
Q

Qual a definição de síndrome epiléptica focal? Quais subtipos?

A

Crise que se inicia em um hemisfério cerebral. Divide-se em:
o Focal perceptiva (simples): SEM perda de consciência.
o Focal disperceptiva (complexa): COM perda de consciência.
o Focal evoluindo para tônico-clônica bilateral (generalização secundária)

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6
Q

Qual a definição de síndrome epiléptica generalizada? Quais seus subtipos?

A

Crise que acomete ambos hemisférios cerebrais, com perda de consciência.
o Motoras: Mioclônica; tônico-clônica; atônica
—Na mioclônica o indivíduo pode manter a consciência.
o Não motoras: ausência (perda de consciência).

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7
Q

Paciente com síndrome epiléptica, quais exames pedir para confirmar o diagnóstico?

A
  • Eletroencefalograma ou VídeoEEG – avaliar presença de complexo ponta onda.
  • RNM – avaliar presença de lesões subjacentes (tumores, hematoma, neurocisticercose…)
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8
Q

Quando podemos avaliar diminuição ou parada de medicações para epilepsia?

A

Após ≥ 2 anos sem crise, pode se avaliar diminuição e até parada das medicações.

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9
Q

Qual medicamento utilizar no tratamento das síndromes epilépticas?

A
  • Tônico-clônica generalizado: Valproato; Lamotrigina; Levetiracetam
  • Focal: Carbamazepina; Lamotrigina; Valproato; Levetiracetam
  • Mioclônica/Atônica: Valproato; Lamotrigina
  • Ausência: Etossuximida; Valproato; Lamotrigina.
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10
Q

Qual a síndrome epiléptica mais comum no adulto?

A

Epilepsia do lobo temporal

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11
Q

Como se apresenta a epilepsia do lobo temporal?

A
Focais disperceptivas (parciais complexas) que podem ser seguidas por TCG.
--- É uma crise comportamental
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12
Q

Qual síndrome epiléptica cursa com esclerose hipocampal?

A

Epilepsia do lobo temporal!

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13
Q

Qual medicamento que apresenta boa resposta nos pacientes com epilepsia do lobo temporal?

A

Carbamazepina.

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14
Q

Qual síndrome epiléptica é geralmente desencadeada por hiperventilação?

A

Ausência infantil ou Pequeno mal.

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15
Q

Como se apresenta o paciente portador de Ausência Infantil/Pequeno Mal?

A

Perdas de consciência com duração de 5-25 segundos em até 200 episódios por dia.
– Na história do paciente há mau desempenho escolar

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16
Q

Como se apresenta o paciente com Epilepsia Mioclônica Juvenil?

A

Crises mioclônicas, principalmente ao despertar.

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17
Q

Como é o EEG do paciente com ausência infantil?

A

Ponta onda de 3Hz.

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18
Q

Como é o EEG do paciente com Epilepsia mioclônica juvenil?

A

Ponta-onda de 4-6Hz.

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19
Q

Qual principal desencadeante da Síndrome de Janz e qual é esta síndrome?

A

Privação de sono. Epilepsia mioclônica juvenil.

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20
Q

Qual tríade da síndrome de West? Acomete geralmente em que idade?

A

Em <1 anos!

- Espasmos musculares + EEG (hipsarritmia) + retardo no DNPM.

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21
Q

Qual tratamento da síndrome de West?

A

ACTH ou Vigabatrina.

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22
Q

Como se apresenta a Epilepsia rolândica?

A

Normalmente crises focais disperceptivas (motoras ou sensitivas) que envolvem lábios, língua, bochechas, ao acordar ou durante ou sono.

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23
Q

Paciente com crises tônicas, atônicas, mioclônicas e tônico-clônicas e retardo mental. Pensar em qual diagnóstico?

A

Síndrome de Lennox-Gastaut.

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24
Q

Qual EEG da síndrome de Lennox-Gastaut?

A

Complexo ponta-onda de frequência lenta <2,5Hz.

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25
Qual idade normalmente ocorre convulsão febril?
6 - 60 meses.
26
Qual fator de risco conhecido para convulsão febril?
História familiar (+).
27
Quais características da crise/convulsão febril típica?
Criança com febre alta (>39ºC) com: o Crise tônico-clônica ou clônica de curta duração (<15 minutos) o Apresenta período pós-ictal bem marcado por alteração do nível de consciência.
28
Quais características de uma crise/convulsão febril atípica?
Focal, >15 minutos, ocorrem repetidamente e permanecem com déficit neurológico
29
Quando indicar punção lombar em paciente com crise convulsiva febril?
o <6 meses de idade o Dúvida diagnóstica o Entre 6 – 12 meses de idade considerar nas crianças não vacinadas para Hemophilus B ou para pneumococo o Entre 6 – 12 meses de idade e que estão em tratamento com antibiótico.
30
Por definição o que é o estado de mal epiléptico?
o ≥ 5 minutos de crise OU | o ≥ 2 crises sem recuperação da consciência entre elas.
31
Paciente que chega em estado mal epiléptico. Qual primeira conduta que devemos fazer para excluir causas secundárias?
Administrar Tiamina IV + Glicose a 50%.
32
Paciente que chega em mal epiléptico. Qual 1º medicamento para cessar a crise?
--- Benzodiazepínico – Diazepam IV ou Midazolam IM | o Dose de 10mg, podendo ser repetida
33
Paciente que chega em mal epiléptico. Realizou BDZ e repetiu a dose, mas não melhorou. Qual o próximo passo?
- Fenitoína IV (20mg/Kg – administrar lentamente 50mg/min) | o Caso não melhore, pode repetir 1/2 da dose.
34
Paciente que chega em mal epiléptico. Realizou BDZ e Fenitoína, mas não melhorou. Qual o próximo passo?
 Fenobarbital IV (20mg/Kg) | o Repetir com ½ da dose, se necessário.
35
No estado epiléptico refratário, como devemos abordar?
Utilizar anestésicos, como Midazolan, Propofol ou pentobarbital.
36
Como quantificar os graus de força?
o Grau 0: Incapaz de realizar movimentos o Grau 1: Miofasciculações, mas sem movimentação ativa o Grau 2: Há movimento, porém, incapaz de vencer gravidade o Grau 3: Capaz de vencer gravidade, mas não vence pequenas resistências. o Grau 4: Capaz de vencer pequenas resistências o Grau 5: Movimentação normal
37
Quando nos temos fraqueza + alteração de sensibilidade, podemos inferir que a lesão está em:
Significa que o problema está na condução do impulso nervoso.
38
Quais achados clínicos da síndrome do 1º neurônio motor?
* Paresia/plegia. * Reflexos tendinosos aumentados * Espasticidade (rigidez) - Sinal de canivete (+) * Babinski em extensão (+)
39
Quais achados clínicos característicos da síndrome do 2º neurônio motor?
* Força diminuída ou ausente – paresia/plegia. * Reflexos tendinosos diminuídos ou abolidos * Flacidez * Atrofia muscular * Babinski em extensão ausente (-). * Presença de miofasciculações ou câimbra.
40
Qual principal característica das lesões de placa motora?
Paciente se apresenta com uma fraqueza que varia com o movimento (fatigabilidade muscular)
41
Qual principal característica das lesões musculares?
Paciente com fraqueza e evidências de lesão muscular (aumento de enzimas musculares - TGO, CPK, Aldolase, DHL)
42
Qual clínica do paciente com dermatomiosite?
* Fraqueza – proximal, simétrica, insidiosa. * Disfagia * Mialgia * Manifestações dermatológicas
43
Quais manifestações dermatológicas características da dermatomiosite?
Heliotropo e pápulas de Gottron | São patognomônicas!!
44
Quais doenças sempre devemos excluir ao pegar um paciente com dermatomiosite?
Excluir possibilidade de neoplasias!
45
Qual o padrão-ouro para diagnosticar Dermatomiosite?
Biópsia muscular! | Biópsia de pele também seria uma opção.
46
Quais anticorpos relacionados com dermatomiosite, a positividade deles associa-se com o que?
Anti-Mi2 e Anti-Jo1. | Positividade para Anti-Jo1 indica maior probabilidade de acometimento pulmonar.
47
Enzimas musculares não se elevam na dermatomiosite. V ou F?
Falso. Podemos encontrar aumento de AST, CPK, DHL... A doença se caracteriza por ataque autoimune as fibras musculares.
48
Qual tratamento proposto para dermatomiosite?
Corticoide ± imunossupressores
49
Como a dermatomiosite pode complicar?
Deposição de cálcio nas estruturas musculares a longo prazo.
50
Qual anticorpo de polimiosite?
Anti-SRP
51
Quais particularidades da miosite por corpúsculos de inclusão?
Semelhante a miosite, porém mais comum em homem idoso e acomete membros inferiores. Após tratar com corticoide e imunossupressores não há melhora.
52
Qual característica da síndrome antissintetase?
Miosite + artrite + Pneumosite com positividade para Anti-Jo1
53
Qual fisiopatologia da esclerose múltipla?
Doença autoimune desmielinizante contra a substância branca do SNC.
54
Como se apresenta o paciente mais típico de esclerose múltipla?
* Neurite óptica – lesão bainha do 2º par craniano. * Síndrome do 1º neurônio motor * Sintomas sensitivos * Disfunção vesical * Neuralgia do trigêmeo
55
O que são os sintoma de Uhthoff e sinal de Lhermite? | São característicos de qual doença?
• Sintoma de Uhthoff – piora manifestações com aumento da temperatura corporal. • Sinal de Lhermitte – sensação de choque na região nucal ao flexionar o pescoço. Comuns na esclerose múltipla! Apesar de não patognomônica!
56
Como fechar diagnóstico de Esclerose múltipla?
* Clínica * Líquor – presença de bandas oligoclonais de IgG e aumento de IgG. * RNM – múltiplas placas desmielinizantes, hiperintensas em T2
57
Como tratar esclerose múltipla?
o Surto: Corticoide (pulsoterapia) ou Plasmaférese | o Manutenção: Interferon/Glatirâmer/Azatriopina.
58
Geralmente Síndrome de Guillain-Barré ocorre por qual mecanismo?
Processo autoimune pós-infeccioso, especialmente por Campylobacter jejuni.
59
Qual clínica característica de Síndrome de Guillain-Barré?
* Fraqueza flácida e arreflexia simétrica e ASCENDENTE. * Disautonomias – arritmias, hipotensão. * Dor lombar * Sensibilidade e esfíncteres geralmente estão preservados
60
O que mais mata na Síndrome de Guillain-Barré?
IRPa por acometimento de nervos torácicos. | Por isso é importante acompanhar os pacientes
61
Qual achado diagnóstico é mais característico de Síndrome de Guillain-Barré?
Dissociação proteinocitológica no líquor. | Proteinas altas com citologia normal.
62
Qual tratamento de Síndrome de Guillain-Barré?
Plasmaférese ou Imunoglobulina. | -- Se tiver que escolher um, dar preferência a imunoglobulina.
63
Esclerose lateral amiotrófia acomete que estruturas? | O que isso significa?
1º e 2º neurônio motores. Que é uma doença PURAMENTE motora!
64
Qual clínica da ELA?
• Fraqueza – principal achado. o 1º neurônio – babinski (+), espasticidade e hiperreflexia o 2º neurônio – atrofia, miofasciculações, câimbras (geralmente começa por aqui) • SEM alteração sensitiva o Não há alteração ocular nem esfincteriana também.
65
Como diagnosticar ELA?
É diagnóstico de exclusão: LCR, imagem e laboratório normais!
66
Qual tratamento para ELA?
Suporte: Fisioterapia, gastrostomia, fonoterapia, traqueostomia.... Avaliar uso de Riluzol/Edavarone.
67
Qual a fisiopatologia da Miastenia gravis?
Doença autoimune da placa motora, contra receptores de acetilcolina.
68
Qual estrutura caracteristicamente acometida na miastenia gravis?
Olhos (musculatura ocular)!
69
Qual clínica de Miastenia gravis?
* Fraqueza + fatigabilidade * Não há alterações pupilares. * Não há alterações sensitivas ou nos reflexos. * Melhora pela manhã e com repouso. * Timo anormal (75% dos casos)
70
Qual padrão de acometimento da miastenia gravis?
o Há casos com preferência pela musculatura ocular (ptose/diplopia/oftalmoparesia) o ou padrão generalizado (começa no olho, evolui para musculatura bulbar e, depois, região proximal de membros).
71
Como é o teste do gelo na miastenia gravis?
Ao colocar gelo na região muscular que está fatigada, ela apresenta melhora mais rápida.
72
Qual o padrão da Eletroneuromiografia na miastenia gravis?
Potencial decremental!!
73
Quais anticorpos presentes na Miastenia gravis?
- Anti-AChR e | - Anti-MuSK (este (+) só na forma generalizada).
74
Por que é imprescindível solicitar exame de imagem no paciente com miastenia gravis?
o Exame de imagem do tórax à procura de acometimento do Timo. --- Hiperplasia tímica ou timoma.
75
Em que se baseia o tratamento da miastenia gravis?
- -- Droga anticolinesterásica periférica: Piridostigmina. - -- Caso não responda, associar imunossupressor - -- Timectomia
76
Sempre vamos indicar Timectomia no paciente com Miastenia gravis?
Não. | Apenas se Timoma ou <60 anos com forma generalidade ou grave.
77
Paciente com crise de miastenia gravis evoluindo para insuficiência respiratória. Como conduzir?
o Realizar Imunoglobulina ou Plasmaférese | o Retirar anticolinesterásicos, pelo risco de ser crise colinérgica.
78
Síndrome Miastênica de Eaton Lambert se associa com que patologia?
Neoplasia de pulmão oat cell.
79
Qual a clínica do paciente com Eaton Lambert?
* Fraqueza que tende a melhorar com movimentação. * Presença de disautonomias * Reflexos reduzidos ou ausentes.
80
Qual padrão na Eletroneuromiografia do paciente com Eaton Lambert?
Padrão incremental! | Oposto à miastenia gravis
81
Qual anticorpo (+) na doença de Eaton Lambert?
• Anticorpo anticanal de cálcio (P/Q-VGCC)
82
Tratamento da síndrome de Eaton Lambert?
Piridostigmina (anticolinesterásico) + imunossupressores.
83
Qual a fisiopatologia do botulismo?
Ação de neurotoxinas A e G do clostridium botulinum.
84
Quais tipos de botulismo?
* Adquirida por alimentos - conservas, enlatados... * Adquirida por feridas * Forma intestinal - forte relação com o mel em < 1 ano.
85
Qual a clínica do botulismo?
* Paralisia flácida simétrica e descendente * Diplopia/Disartria/Disfonia/Disfagia * Disautonomias * Ptose e acometimento pupilar pode acontecer
86
Como diagnosticar o botulismo?
Clínica + isolamento do organismo ou da toxina causadora.
87
Qual tratamento do botulismo em suas várias formas:
 Alimentos: antitoxina equina  Feridas: Antitoxina equina + ATB (penicilina)  Intestinal: Imunoglobulina botulínica humana
88
Nome da hemiparesia transitória que pode se instalar no período pós-ictal de uma crise motora focal?
Paralisia de Todd.
89
Recomenda-se uso de Corticoide em pacientes com Síndrome de Guillain-Barré?
NÃO!!!!!