Síndromes Hipertensivas na Gravidez Flashcards

(27 cards)

1
Q

O que é pré-eclâmpsia?

A

É uma síndrome hipertensiva específica da gravidez, caracterizada por PA ≥140x90 mmHg após 20 semanas de gestação, associada à proteinúria ou sinais de gravidade (como lesão de órgão-alvo).

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2
Q

Qual o principal evento fisiopatológico da pré-eclâmpsia?

A

A falha na invasão trofoblástica e remodelação inadequada das artérias espiraladas, levando à placentação deficiente e liberação de substâncias vasoativas e inflamatórias.

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3
Q

Cite 4 principais fatores de risco para pré-eclâmpsia.

A

História de pré-eclâmpsia

HAS crônica

Diabetes mellitus

Gestação múltipla

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4
Q

Quais os critérios diagnósticos de pré-eclâmpsia segundo o Ministério da Saúde?

A

PA ≥140x90 mmHg após 20 semanas + um dos seguintes:

Proteinúria ≥300 mg/24h

Proteinúria ≥1+ em fita

Sinais de gravidade (cefaleia, dor epigástrica, plaquetopenia, etc.)

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5
Q

Quais são os sinais de gravidade que indicam pré-eclâmpsia grave?

A

PA ≥160x110 mmHg

Cefaleia persistente

Escotomas visuais

Epigastralgia/dor no hipocôndrio direito

Plaquetas <100.000

Creatinina >1,1 mg/dL ou duplicação

Enzimas hepáticas elevadas

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6
Q

Qual é o único tratamento definitivo da pré-eclâmpsia?

A

Parto, preferencialmente com controle pressórico e estabilização materna antes.

HAC leve: parto com 40-41 semamans

HAC moderada: parto com 38 semanas

HAC grave: parto com 37 semanas

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7
Q

Quando iniciar sulfato de magnésio?

A

Em casos de pré-eclâmpsia grave, eclâmpsia ou síndrome HELLP. Sulfato de magnésio evita convulsões.

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8
Q

Quais são os critérios para uso de anti-hipertensivos na pré-eclâmpsia?

A

Hospitalar:
Urgência Hipertensiva: Quando PA ≥160x110 mmHg. Drogas de escolha:
-Hidralazina (1ª opção) 5-10 mg/IV
-Labetalol 10-20mg IV
-Nifedipina. 10mg/VO

Ambulatorial ou estável:
-Alfa-metildopa ( 1ª escolha por segurança fetal) 750mg/dia , aumentando até 2,0g/ dia
-Nifedipina Retard 20mg/dia até 60mg/dia
-Carvedilol 12,5mg, aumentar até 50mg/dia

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9
Q

Como se previne a pré-eclâmpsia em gestantes de alto risco?

A

Com AAS 100–150 mg/dia iniciado entre 12 e 16 semanas, até 36 semanas.

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10
Q

O que caracteriza a síndrome HELLP?

A

Hemólise + Elevação de enzimas hepáticas + Plaquetopenia.

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11
Q

O que é eclâmpsia?

A

Convulsões tônico-clônicas em gestante com pré-eclâmpsia, sem outra causa neurológica.

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12
Q

Gestante de 32 semanas com PA 170x110 mmHg, cefaleia intensa, náuseas e epigastralgia. Proteinúria +++ em fita. Qual a conduta?

A

Sulfato de magnésio:
Iniciar sulfato de magnésio para profilaxia de eclâmpsia. A dose inicial recomendada é 4g IV em bolo, seguida de 1g/h IV contínuo. O sulfato de magnésio deve ser mantido até 24 horas após o parto ou até a estabilização da paciente.

Controle pressórico:
A paciente apresenta uma PA de 170x110 mmHg, que está acima do limite para diagnóstico de pré-eclâmpsia grave. Neste caso, é necessário iniciar medicação anti-hipertensiva para controle da pressão arterial.
Opções de drogas incluem:

Labetalol 20 mg IV (aumentar conforme necessário)

Hidralazina 5 mg IV (a cada 20 minutos, até atingir o controle desejado)

Nifedipina sublingual 10 mg (caso não haja acesso venoso disponível)

Monitorização:
Monitorar sinais de piora clínica, como dor epigástrica, alterações nos exames laboratoriais (como elevação de transaminases ou plaquetopenia) e outros sinais de sintomas de gravidade. A paciente deve ser monitorada quanto à função renal, aumento das enzimas hepáticas, plaquetas e sinais de eclâmpsia.

Preparo para o parto:
A decisão sobre o momento do parto deve ser tomada após estabilização da paciente, mas em casos de pré-eclâmpsia grave com sinais de comprometimento hepático ou renal, o parto pode ser indicado rapidamente (mesmo antes de 34 semanas, se necessário).

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13
Q

Qual é a principal medida terapêutica para prevenir a eclâmpsia em casos de pré-eclâmpsia grave?

A

A principal medida terapêutica é a administração de sulfato de magnésio, que deve ser iniciado em dose de 4g IV em bolo, seguido de 1g/h IV contínuo até 24 horas após o parto ou até a estabilização clínica da paciente. –> Esquema de Zuspan

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14
Q

Quais medicamentos são indicados para controle da pressão arterial em pacientes com pré-eclâmpsia grave?

A

Os medicamentos anti-hipertensivos indicados incluem:

Labetalol 20 mg IV (aumentar conforme necessário)

Hidralazina 5 mg IV (a cada 20 minutos até atingir o controle desejado)

Nifedipina sublingual 10 mg (caso não haja acesso venoso disponível).

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15
Q

Como deve ser feita a monitorização de uma paciente com pré-eclâmpsia grave?

A

A paciente deve ser monitorada em ambiente adequado, com monitorização contínua da pressão arterial, avaliação de sinais de eclâmpsia (como convulsões), controle da função renal (ureia e creatinina), monitoramento das enzimas hepáticas e plaquetas. A função fetal também deve ser monitorada, com cardiotocografia.

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16
Q

Quando deve ser realizado o parto em uma paciente com pré-eclâmpsia grave?

A

O parto deve ser considerado em casos de pré-eclâmpsia grave com sinais de comprometimento fetal ou materno, como insuficiência renal (anúria ou oligúria), eclâmpsia (convulsões), deterioração hepática (aumento das transaminases), ou síndrome HELLP. O momento do parto depende da idade gestacional e da gravidade do quadro clínico.

17
Q

Qual é o papel da dexametasona no manejo da pré-eclâmpsia grave?

A

A dexametasona é indicada quando o parto prematuro é iminente, para maturação pulmonar fetal. A dose recomendada é 6 mg IV a cada 12 horas, durante 48 horas, se o parto ocorrer antes de 34 semanas de gestação.

18
Q

Quais são os sinais que indicam que a paciente com pré-eclâmpsia grave pode evoluir para eclâmpsia?

A

Os sinais incluem:

Dor epigástrica (indicando possível insuficiência hepática)

Convulsões (características da eclâmpsia)

Aumento da pressão arterial e alterações no exame de fundo de olho (papiledema)

Oligúria ou anúria (indicando insuficiência renal)

Plaquetopenia ou elevação das enzimas hepáticas (indicando síndrome HELLP).

19
Q

Quais são os critérios para diagnóstico de síndrome HELLP?

A

síndrome HELLP é caracterizada por:

Hemólise (com elevação de LDH e bilirrubinas)

Elevação das transaminases (AST/ALT)

Low platelets (plaquetas abaixo de 100.000/mm³).

20
Q

Quais são as principais complicações da pré-eclâmpsia grave?

A

As principais complicações incluem:

Eclâmpsia (convulsões)

Síndrome HELLP

Insuficiência renal aguda

Acidente vascular cerebral (AVC)

Descolamento prematuro de placenta

Comprometimento fetal (restrição de crescimento intrauterino ou morte fetal).

21
Q

Qual a importância da monitorização do feto em casos de pré-eclâmpsia grave?

A

A monitorização fetal é essencial para avaliar sinais de comprometimento fetal, como a restrição de crescimento intrauterino e falta de movimento fetal, bem como monitorar bem-estar fetal por meio de exames como cardiotocografia e doppler umbilical.

22
Q

Quais fatores de risco devem ser monitorados para prevenir complicações da pré-eclâmpsia grave?

A

Os principais fatores de risco incluem:

Hipertensão pré-existente ou doenças renais crônicas

Idade materna avançada (acima de 40 anos)

Gestação múltipla

Obesidade

Histórico de pré-eclâmpsia em gestação anterior

Diabetes mellitus e hipertensão gestacional.

23
Q

Quais são os principais anti-hipertensivos usados no controle ambulatorial da pré-eclâmpsia?

A

Alfa-metildopa: 750 mg a 2 g/dia

Nifedipina Retard: 20 mg 12/12h, até 60 mg/dia

Carvedilol: iniciar com 12,5 mg, até 50 mg/dia

24
Q

Qual o objetivo do controle ambulatorial da pressão arterial na gestação?

A

Reduzir progressivamente a PA para níveis seguros (geralmente <150/100 mmHg), evitando hipotensão e hipoperfusão placentária.

25
O que caracteriza uma urgência hipertensiva na gestação?
PA ≥ 160x110 mmHg e/ou sintomas de lesão de órgão-alvo (ex: cefaleia, escotomas, dor epigástrica, rebaixamento de consciência).
26
Quais os principais medicamentos usados na urgência hipertensiva na gravidez?
Hidralazina IV: 5–10 mg, até 30 mg Nifedipina VO de ação rápida: 10–30 mg Labetalol IV: 10–80 mg (não disponível no Brasil)
27
Cite como é feito o esquema de Zuspan:
Dose de ataque sulfato de magnesio a 50%( o mais encontrado) diluir 8ml( 4g) em 12ml de Agua destilada e realizar endovenoso 1ml por minuto por 20 minutos. Dose de manutenção diluir 1 ampola ( 5g - 10ml) em 490 de Soro fisiológico 0,9% IV em bomba de infusão 100ml/hora. Sulfato de magnésio a 50% = ampola tem 10ml = 5g sulfato de magnésio a 20% = ampola tem 10 ml = 2 g Sulfato de magnésio a 10% = ampola tem 10ml = 1g